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CAPÍTULO 1 TCC

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Capítulo 1
O desenvolvimento do grafismo e a organização das estruturas mentais superiores
Segundo Luquet, filósofo e etnógrafo francês considerado o pioneiro no estudo do desenho infantil, partiu da observação dos desenhos que sua filha Simone fazia para fundamentar suas pesquisas sobre o tema para sua tese de doutorado. Seu método de estudo partiu de uma análise “monográfica” onde ele acompanhava e registrava todas as ações e verbalizações da filha antes, durante e depois do ato dela desenhar. Para ele toda criança desenha para se divertir e afirma em sua teoria que o repertório gráfico infantil está condicionado pelo meio onde a criança vive e que a intenção de desenhar está diretamente ligada a objetos reais e a associação de ideias (LUQUET Georges Henry, 1876 – 1965). Luquet distingue quatro estágios para o desenho infantil são eles:
. Realismo Fortuito percebe-se que se inicia por volta dos dois anos de idade a criança confirma os seus traços realizados acidentalmente a semelhança não procurada. E é por meio da prática automática do grafismo imediato que a habilidade gráfica se desenvolve e se aperfeiçoa proporcionando sucesso em seus desenhos por meio da grafia completa finalizando assim o período denominado rabisco e passando a dar nomes aos seus desenhos.
. Realismo Falhado normalmente vai de três a quatro anos de idade, é a fase em que a criança tem a intenção de desenhar algo apresentando determinadas características, mas não consegue por ainda não ter desenvolvido habilidades de ordem motora devido a não ter, ainda, controle de seus movimentos e também o caráter de tempo restrito que não permite a continuidade da atenção infantil. 
. Realismo Intelectual: permeia dos quatro aos dez anos de idade, nessa fase a criança inseri em seus desenhos elementos que só existiam em sua mente e utiliza de transparências, planificação, rebatimento e mistura diversos pontos de vista (ensaio de perspectiva). 
. Realismo Visual: geralmente acontece por volta dos doze anos de idade, fase a qual a criança substitui a transparência pela opacidade, o rebatimento e a mudança de ponto de vista pela perspectiva. Isto é, pelo que ela deseja e pretende desenhar. 
Luquet enfatiza que a passagem do realismo intelectual para o visual é a que caracteriza o desenho do adulto. Isso acontece entre oito e nove anos de idade, porém ele explica que em alguns casos quando se apresenta mais cedo, algumas pessoas adultas ainda podem permanecer na fase do realismo intelectual. Ele ainda afirma que existe outro aspecto do desenho infantil que deve ser considerado além dos quatro estágios citados acima que é a “narração gráfica”. Desse modo, como a criança ao desenhar uma história, escolhe naturalmente o melhor jeito de traduzi-la para o papel. Prosseguindo, ele mostra três características para esse processo que são classificadas em forma de solução. São estas:
- Narração Gráfica do tipo Simbólica: utilizada pelas crianças ou adultos em que é escolhido o momento mais marcante da história para desenhá-la. 
- Narração Gráfica do tipo Espinal: utilizada pelas crianças e adultos sendo a história desenhada em diversas imagens, como por exemplo: nas histórias em quadrinhos. 
- Narração Gráfica do tipo Sucessiva: utilizada somente pelas crianças, os quais são reunidos elementos pertencentes a diversos momentos da história em um momento desenhado.
De acordo Jean Piaget, biólogo e psicólogo suíço, foi um grande estudioso do campo da inteligência infantil que observou seus filhos e desenvolveu estudos sobre a aprendizagem como um processo de reorganização cognitiva (JEAN Piaget, 1896 – 1980). Com relação ao desenho infantil a análise piagetiana apresenta as seguintes fases:
. Garatuja: compreende o estágio sensório motor ao completar um ano de idade, a criança passa pelo estágio da garatuja sentindo o prazer em traçar linhas em todos os sentidos sem levantar o lápis do papel como se esse fosse o prolongamento de sua mão. Nessa fase os desenhos estão relacionados diretamente com o “eu” (ego). Nessa fase à figura humana é inexistente ou aparece da forma imaginária e o uso das cores tem papel secundário o que faz com que apareça o interesse pelo contraste. 
. Até os dois anos de idade a criança desenha sem intenção consciente o que divide a garatuja em dois momentos. São eles:
1. Garatuja Desordenada: através dos movimentos amplos e desordenados onde o desenho ainda é um exercício pisco e viso motor, pois não há preocupação com a preservação dos traços uma vez que eles são cobertos com novos rabiscos várias vezes.
2. Garatuja Ordenada: através do uso de movimentos longitudinais e o surgimento das células nos desenhos o que caracteriza o início do interesse pelas formas através de uma exploração maior do traçado no papel.
• Pré-Esquematismo: (estágio Pré-Operacional) com três anos de idade a criança já atribui significado mutável ao que desenha fazendo riscos na horizontal, vertical, espiral e círculos apesar de não nominar o que faz. Com relação ao uso das cores em suas produções, ela ás vezes pode usar, mas não há uma relação forte com a realidade, pois depende do interesse emocional já que os elementos são dispersos e não relacionados entre si. 
• Esquematismo: (estágio Operações Concretas) a partir dos sete anos de idade as operações mentais da criança ocorrem em resposta a objetos e situações reais e com isso ela compreende termos de relações como: maior, menor, mais alto, mais largo, etc. Apesar de apresentar dificuldade com os problemas verbais, ela ainda traça a chamada “linha de base” como aos seis anos apesar de representar a figura humana com alguns desvios como: exageros, negligências e omissão ou mudança de símbolos. Nessa fase a criança descobre as relações de cor, cor-objeto e progressivamente começa a desenvolver a capacidade de se colocar no ponto de vista do outro. Ao final do estágio das Operações Concretas, o desenho infantil apresenta a fase do Realismo onde a criança utiliza bastante as formas geométricas em seus desenhos com maior rigidez e formalismo e acentuam-se os usos das representações de roupas para distinguir os sexos.
• Pseudo Naturalismo: (estágio Operações Formais e/ou Abstratas) a partir dos doze anos de idade o pensamento formal da criança é hipotético-dedutivo, isto é, ela é capaz de deduzir as conclusões de puras hipóteses e não somente através de observação real. Diante disso, essa fase do desenho infantil é marcada pelo fim da arte como atividade espontânea e passa a ser uma exploração da perspectiva buscando profundidade e uso consciente da cor. Na figura humana as características sexuais são exageradas existindo a presença detalhada das articulações e das proporções.
Segundo Lowenfeld, educador e psicólogo austríaco, ele publicou inúmeros artigos sobre arte-educação onde qualificava a arte como catalisadora da criatividade. Segundo ele a expressão gráfica do desenho acontece em fases conforme o desenvolvimento em cada idade (LOWENFELD Viktor, 1977, p 448). 
. Fase dos Rabiscos: inicia com os primeiros rabiscos de forma desordenada só como atividade sinestésica de movimento. Depois de seis meses de rabiscos, os traços começa a serem ordenados e a criança nomeia-os. Desse modo, como os outros estudos ele classifica os rabiscos ou garatujas em três estágios. São eles:
Garatuja Desordenada: um ano e seis meses e dois anos de idade: percebemos esse tipo de rabisco quando a criança faz traços simples em forma de linhas que seguem em todas as direções. A criança rabisca sem um planejamento prévio ou controle de suas ações.
2- Garatuja Ordenada: a partir de dois anos de idade, a criança descobre que existe ligação entre seus movimentos e os traços que realiza no papel, passando do traçado contínuo para o descontínuo. Começa a trocar intencionalmente de cor e inicia a realizar formas circulares, porém não faz relação entre o que desenhou e a realidade.
3- Garatuja Nomeada: aos três anos de idade, a criança começa executar comentários verbais sobre o desenho que fez e passa a darnome à garatuja. Nesse estágio é possível perceber que a criança passa mais tempo desenhando e distribui de forma significativa e melhor o traço no papel e os movimentos circulares e longitudinais mudam-se em formas reconhecíveis. Gradativamente a criança dá significado a seus desenhos e nomeia-os. 
. Fase Pré-Esquemática: até seis anos de idade, a criança executa as primeiras tentativas de representação da figura humana. As linhas se fecham e geralmente usam o círculo para representar a cabeça e duas linhas verticais para as pernas. Nessa fase o desenho não forma um conjunto organizado e devido esse motivo à criança desenha o que sabe do objeto e não o que vê e ainda não existe uma relação temática e especial entre os objetos desenhados.
. Fase esquemática: entre sete e nove anos de idade, nessa fase a criança chega a um “esquema”, uma forma definitiva de representar um objeto, mesmo que possa ser modificado quando ele necessita representar algo importante. Os desenhos nessa fase simbolizam de modo descritivo o conceito de forma definida, há uma ordem nas relações espaciais e entre objetos, seus temas e suas cores. Quando representam as coisas da terra a criança as desenha na borda inferior do papel e as coisas relatam ao céu na parte superior da folha.
Referências Bibliográficas: do primeiro capítulo
FERREIRO, Emília. Passado e presente dos verbos ler e escrever. Trad. Claudia Berliner - 3. Ed. São Paulo: Cortez,2009.-(Coleção Questões da Nossa Época; v. 95).
MARINHO Heloisa, vida educação leitura Método Natural de Alfabetização, editora Papelaria América, 1981. 
RIZZO Gilda e LEGEY Eliane, Fundamentos e Metodologia da Alfabetização Método Natural – 5Ed. Editora Francisco Alves. xxxxxxx
Referências Eletrônicas: 
http://catolicaonline.com.br/revistadacatolica2/artigosv3n5/artigo33.pdf
acessado em 30/10/2013
http://www.dad.puc-rio.br/dad07/arquivos_downloads/37.pdf 
acessado em 30/10/2013
http://www.olharpedagogico.com/site_detalheDica.php?id=10 
 acessado em 29/10/2013
http://portal.unesco.org/culture/en/files/29712/11376608891lais-krucken-pereira.pdf/lais-krucken-pereira.pdf 
acessado em 30/10/2013

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