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Transmissão das Obrigações

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Transmissão das Obrigações - Noções Gerais
TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES
NOÇÕES GERAIS:
        A relação obrigacional admite alterações na composição de seus elementos essenciais:
i)                    conteúdo ou objeto;
ii)                  e sujeitos ativo e/ou passivo.
        A relação obrigacional é passível de alteração na composição de seu elemento pessoal, sem que esse fato atinja sua individualidade, de tal sorte que o vínculo subsistirá na sua identidade, apesar das modificações operadas pela sucessão singular ativa ou passiva.
        O ato de transmissão da obrigação consiste na substituição do credor, ou do devedor, na relação obrigacional, sem a extinção do vínculo, que continua a existir como se não houvesse sofrido qualquer tipo de alteração.
        O ato determinante dessa transmissibilidade das obrigações denomina-se cessão, que vem a ser a transferência negocial, a título gratuito ou oneroso, de um direito ou de um dever, de uma ação ou de um complexo de direitos, deveres e bens.
        Chama-se:
i)                    cessionário - o adquirente, que exerce a posição jurídica idêntica à do antecessor.
ii)                  cedente – aquele que transmite a posição na obrigação.
iii)                cedido – é o devedor da obrigação transmitida a outrem.
ESPÉCIES:
        A transmissibilidade das várias posições obrigacionais pode decorrer, presentes os requisitos para a sua eficácia.
        São requisitos para a transmissibilidade da obrigação:
        i) cessão de crédito – pela qual o credor transfere a outrem seus direitos na relação obrigacional;
       ii) cessão de débito – que constitui negócio jurídico pelo qual o devedor transfere a outrem a sua posição na relação jurídica, sem novar, ou seja, sem acarretar a criação de obrigação nova e a extinção da anterior;  iii) cessão de contrato – em que se procede à transmissão, ao cessionário, da inteira posição contratual do cedente.
CONCEITO DE CESSÃO DE CRÉDITO:
        Cessão de crédito é negócio jurídico bilateral, pelo qual o credor transfere a outrem seus direitos na relação obrigacional.
        A cessão de crédito pode configurar tanto alienação onerosa como gratuita, preponderando, no entanto, a primeira espécie. O terceiro, a quem o credor transfere sua posição na relação obrigacional, independentemente da anuência do devedor, é estranho ao negócio original.
        O credor que transfere seus direitos denomina-se cedente. O terceiro a quem os direitos são transmitidos, investindo-se na sua titularidade, e é denominado cessionário. O devedor ou cedido, não participa necessariamente da cessão, que pode ser realizada sem a sua anuência.
        No entanto, o cedido deve ser comunicado da transmissão da obrigação, para que possa solver a prestação ao legítimo detentor do crédito. É para este fim a que presta-se a comunicação da cessão,  sendo no entanto, a anuência ou intervenção do cedido  dispensável para a concretização da cessão.
        O contrato de cessão é simplesmente consensual, pois, torna-se perfeito e acabado com o acordo de vontades entre cedente e cessionário, não exigindo a tradição do documento para se aperfeiçoar. Todavia, em alguns casos a natureza do título exige a entrega, como sucede com os títulos de crédito, assimilando-se então aos contratos reais. 
Adimplemento e extinção das obrigações do pagamento - Resumo
	           Adimplemento e extinção das obrigações do pagamento
	Noção
Pagamento significa cumprimento ou adimplemento de qualquer espécie de obrigação. Pode ser direto e indireto (mediante consignação, p. ex.). Constitui o meio normal de extinção da obrigação. Esta pode extinguir-se, todavia, por meios anormais (sem pagamento), como nos casos de nulidade ou anulação.
	Natureza Jurídica
Predomina o entendimento de que o pagamento tem Natureza contratual, ou seja, resulta de um acordo de vontades, estando sujeito a todas as suas normas.
	Requisitos de validade
a) a existência de um vínculo obrigacional;
b) a intenção de solvê-lo (animus solvendi);
c) o cumprimento da prestação;
d) a pessoa que efetua o pagamento (solvens);
e) a pessoa que o recebe (accipiens).
	Quem deve pagar
a) o devedor, como principal interessado;
b) qualquer interessado na extinção da dívida (art. 304). Só se considera interessado quem tem interesse jurídico, ou seja, quem pode ter seu patrimônio afetado caso não ocorra o pagamento, como o avalista e o fiador. Estes podem até consignar o pagamento, se necessário;
c) terceiros não interessados (que também podem consignar), desde que o façam em nome e por conta do devedor, agindo, assim, como seu representante ou gestor de negócios (hipótese de legitimação extraordinária, prevista na parte final do art. 6º do CPC). Não podem consignar em seu próprio nome, por falta de interesse. Se pagarem a dívida em seu próprio nome (não podendo, neste caso, consignar), têm direito a reembolsar-se do que pagarem, mas não se sub-rogam nos direitos do credor (art. 305). Só o terceiro interessado se sub-roga nesses direitos (art. 346, III). Se pagarem a dívida em nome e por conta do devedor (neste caso, podem até consignar), entende-se que quiseram fazer uma liberalidade, sem qualquer direito a reembolso.
	A quem se deve pagar
■ O pagamento deve ser feito ao credor, a quem de direito orepresente ou aos sucessores daquele, sob pena de não extinguir a obrigação (art. 308).
■ Mesmo efetuado de forma incorreta, o pagamento será considerado válido se for ratificado pelo credor ou se for revertido em seu proveito (art. 308, 2ª parte).
■ Há três espécies de representantes do credor:
a) legal;
b) judicial; e
c) convencional.
O art. 311 considera portador de mandato tácito quem se apresenta ao devedor portando quitação assinada pelo credor, “salvo se as circunstâncias contrariarem a presunção daí resultante”.
■ Será válido, também, o pagamento feito de boa-fé ao credor putativo, isto é, àquele que se apresenta aos olhos de todos como o verdadeiro credor (art. 309).
■ O pagamento há de ser efetuado a pessoa capaz de fornecer a devida quitação, sob pena de não valer se o devedor não provar que em benefício dele efetivamente o reverteu (art. 310).
	Objeto do pagamento
■ O objeto do pagamento é a prestação. O credor não é obrigado a receber outra, “diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa” (art. 313).
■ As dívidas em dinheiro “deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, salvo o disposto nos artigos subsequentes” (art. 315), que preveem a possibilidade de corrigi-lo monetariamente.
O CC adotou, assim, o princípio do nominalismo, pelo qual se considera como valor da moeda o valor nominal que lhe atribui o Estado no ato da emissão ou cunhagem.
■ Na dívida em dinheiro, o objeto da prestação é o próprio dinheiro, como ocorre no contrato de mútuo. Quando o dinheiro não constitui o objeto da prestação, mas apenas representa seu valor, diz-se que a dívida é de valor.
	Prova do pagamento
■ Pagamento não se presume, e sim prova-se pela regular quitação fornecida pelo credor. O devedor tem o direito de exigi-la, podendo reter o pagamento e consigná-lo se não lhe for dada (arts. 319 e 335, I).
■ O CC estabelece três presunções, que facilitam a prova do pagamento, dispensando a quitação:
a) quando a dívida é representada por título de crédito, que se encontra na posse do devedor;
b) quando o pagamento é feito em quotas sucessivas, existindo quitação da última; e
c) quando há quitação do capital, sem reserva dos juros, que se presumem pagos (arts. 322, 323 e 324).
	Lugar do pagamento
■ O local do cumprimento da obrigação pode ser livremente escolhido pelas partes e constar expressamente do contrato.
■ Se não o escolherem, nem a lei o fixar, ou se o contrário não dispuserem as circunstâncias, efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor. Neste caso, a dívida é quérable(quesível), devendo o credor buscar o pagamento no domicílio daquele.
■ Quando se estipula, comolocal do cumprimento da obrigação, o domicílio do credor, diz-se que a dívida é portable (portável), pois o devedor deve levar e oferecer o pagamento nesse local. A regra geral é a de que as dívidas são quesíveis. Para serem portáveis, é necessário que o contrato expressamente consigne o domicílio do credor como o local do pagamento.
	Tempo do pagamento
■ As obrigações puras, com estipulação de data para o pagamento, devem ser solvidas nessa ocasião, sob pena de inadimplemento e constituição do devedor em mora de pleno direito (art. 397), salvo se houver antecipação do pagamento por conveniência do devedor (art. 133) ou em virtude de lei (art. 333, I a III).
■ Caso não tenha sido ajustada época para o pagamento, o credor pode exigi-lo imediatamente (art. 331), salvo disposição especial do CC.
■ Nos contratos, o prazo se presume estabelecido em favor do devedor (art. 133).
FORMAS ESPECIAIS DE PAGAMENTO E EXTINÇÃO DE OBRIGAÇÕES: PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO, PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO E DAÇÃO EM PAGAMENTO
1. PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO
1.1 CONCEITO
O requisito essencial para a extinção da obrigação é voluntariedade e a satisfação do interesse do credor, pelo devedor. Necessário também é, que o credor aceite a quitação da obrigação por quem lhe deve. No entanto, há situações em que o mesmo não concorda com tal situação, negando-se a receber a prestação ou a fornecer a quitação.
Diante do exposto, resta ao devedor recorrer a meios indiretos de pagamentos para livrar-se da obrigação contraída. Uma delas é a consignação em pagamento. Conforme preceitua Carlos Roberto Gonçalves: O pagamento em consignação consiste no depósito, pelo devedor da coisa devida, com o objetivo de liberar-se da obrigação.  É o meio indireto de pagamento, ou pagamento especial.6[1]
Dispõe o art. 334 do Código Civil de 2002, sobre pagamentos indiretos:
Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e formas legais.
 
1.2OBJETO DA CONSIGNAÇÃO
 
Quando o art. 334 do Código Civil fala sobre “coisa devida”, entende-se que a consignação seja feita não somente em dinheiro, mas também em bens móveis ou imóveis. Nas palavras de Carlos Roberto Gonçalves, segue o exemplo:
 
O credor, por exemplo, que se recusar a receber a mobiliária encomendada só porque não está preparado para efetuar o pagamento convencionado, dá ensejo ao marceneiro de consigná-la judicialmente. Do mesmo modo possibilita a efetivação do depósito o adquirente dos animais, que se recusa a recebê-los quando o alienante deseja entregá-los para se libertar do encargo de guardá-los e alimentá-los.7
 
Aduz ainda o código civil em seu art. 341, que sendo imóvel ou bem certo e que seja sabido de ambas as partes que devem ser apanhadas no lugar onde se encontram, pode o devedor aludir ao credor que assim o faça, caso contrário, as mesmas podem ser depositadas.
Se a coisa devida for imóvel ou corpo certo que deve ser entregue no mesmo lugar onde está, poderá o devedor citar o credor para vir ou mandar recebê-la, sob pena de serem depositadas.
 
Em se tratando de coisa indeterminada, incerta, faltando a escolha da qualidade e se esta compelir ao credor, o devedor não será obrigado a permanecer aguardando indefinidamente que ela se realize.8[2] Conforme elucida o art. 342 do Código Civil de 2002:
Se a escolha da coisa indeterminada compelir ao credor, será ele citado para esse fim, sob cominação de perder o direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher; feita a escolha pelo devedor, proceder-se-á como no artigo antecedente.
 
1.3REQUISITOS DE VALIDADE DA CONSIGNAÇÃO
De acordo com o art. 336 do Código Civil:
Será mister concorram, em relação às pessoas, ao objeto modo e tempo, todos os requisitos sem os quais não é válido o pagamento.
 
Em relação às pessoas, o pagamento deve ser feito ao verdadeiro credor pelo verdadeiro devedor, ambos capazes, ou então, pelos seus representantes legais.
A legitimidade ativa para aviltar ação consignatória fica a cargo do devedor, ao terceiro interessado no pagamento da dívida e também ao terceiro não interessado, se o fizer em nome e à conta do devedor.9
Em relação à legitimidade passiva, ficará a cargo do credor, réu da ação consignatária, visto ser o mesmo agente capaz de exigir o pagamento ou de quem alegue possuir tal qualidade, ou seu representante.10
Exige-se que o depósito seja realizado na sua integralidade, pois o credor não é obrigado a aceitar o pagamento parcial, incluído também a correção monetária dos dias vencidos que ficaram sem pagamento, conforme preceitua a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:
Impões-se ao devedor, na consignatória, ao efetuar o depósito, fazê-lo com inclusão da correção monetária do período compreendido entre a data do vencimento da obrigação e a do efetivo depósito, sob pena de ser julgado improcedente o pedido.
Quanto ao modo, será o convencionado por ambas as partes, não sendo aceito, por exemplo, prestações mensais, quando o que foi acordado foi o pagamento a vista.
 
1.4LEVANTAMENTO DE DEPÓSITO
 
É cediço de todos que o devedor, quando não puder efetuar o pagamento diretamente ao credor, o mesmo dispõe-se da consignação judicial ou extrajudicial do pagamento para livra-se das obrigações em que se encontra vinculado.
Dispõe o art. 338 do Código Civil que:
Enquanto o credor não declarar que aceita o depósito, ou não o impugnar, poderá o devedor requerer o levantamento, pagando as respectivas despesas, e subsistindo a obrigação para todas as conseqüências do direito.
 
 
Caso o credor, ao invés de contestar ação de consignação, aceitar o depósito, dar-se-á por satisfeita a obrigação do devedor para com o mesmo, visto que a consignação produz os mesmos efeitos do pagamento.11[3]
 
1.5 PROCEDIMENTO
 
Quanto ao procedimento, o mesmo encontra-se disciplinado nos arts. 890 e seguintes do Código de Processo Civil.
De acordo com Silvio Rodrigues:
Ocorrendo um dos casos previstos em lei, o devedor ou terceiro interessado, pedirá a consignação da quantia ou da coisa devida, podendo optar, em se tratando de obrigação com dinheiro, pelo depósito, em estabelecimento bancário, do valor devido, seguindo cientificação do credor, que terá dez dias para manifestar a recusa, sem o que ficará o devedor liberado da obrigação.12[
2. PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO
2.1 CONCEITO
Nos termos jurídicos, quando se fala em “sub-rogação”, entende-se por coisa que substitui outra coisa. Há um objeto ou um sujeito jurídico que toma o lugar de outro diverso.13
Entende-se por pagamento com sub-rogação, àquele efetuado por terceiro que tem interessa na extinção da obrigação do devedor principal. Exemplo claro é o do fiador quando quita a dívida por completa do devedor principal. Neste caso o mesmo efetuou um pagamento com sub-rogação. Assim como preceitua o art. 831 do Código Civil vigente:
O fiador que pagar integralmente a dívida fica sub-rogado nos direitos do credor.     
2.2 NATUREZA JURÍDICA
Para alguns doutrinadores, o pagamento com sub-rogação é uma cessão de crédito, interpretação esta errônea, segundo leciona Sílvio Venosa:
[...] Ambas as figuras não se coincidem. A sub-rogação contém como essência o pagamento de uma dívida por terceiro e fica adstrita aos termos dessa mesma dívida. Por outro lado, a cessão de crédito pode ter efeito especulativo, podendo ser efetivada por valor diverso da dívida originária.Na cessão de crédito, há a necessidade de que o credor seja notificado para ser eficaz com relação a ele (art.290), o que não ocorre na sub-rogação. A cessão de crédito é uma alienação de um direito, aproximando-se à compra e venda. Não existe esse caráter de alienação na sub-rogação. Na cessão, a operação é sempre do credor e até mesmo contra sua vontade.14
 
Pagamento por consignação, na realidade é um instituto autônomo e anômalo em que o pagamento promove apenas uma alteração subjetiva, mudando o credor.15
2.3 ESPÉCIES
A sub- rogação pode ser legal ou convencional.
A legalé aquela oriunda de lei, independente que o credor ou devedor a declare.
A convencional decorre da vontade das partes, podendo se dar por iniciativa ou declaração do credor e ainda por interesse ou declaração do devedor.1[5]
De acordo com o art. 346 do Código Civil, a sub-rogação legal opera de pleno direito em favor “do credor que paga a dívida do devedor comum” (inciso I), e também, em segundo lugar, em favor “do adquirente do imóvel hipotecário, bem como de terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado do direito sobre o imóvel (art. 346,II, CC), e em terceiro lugar, a sub-rogação opera-se ainda, em favor “do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte”(art. 346, III, CC).
2.4 EFEITOS
Os efeitos da sub-rogação encontram-se expressos no art. 349 do Código Civil:
A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores.
 
De acordo com Roberto Gonçalves, a sub-rogação, legal ou convencional, produz dois efeitos: o liberatório, por extinguir a obrigação do devedor para com o credor e o efeito translativo, por  transmitir para terceiro que quitou as obrigações do credor, os direitos de crédito que o mesmo usufruíra.17
 
3. DAÇÃO EM PAGAMENTO
3.1 CONCEITO
É cediço de todos que o devedor de uma coisa certa não pode ser obrigada a receber outra em seu lugar, ao mesmo que haja concordância por parte do credor. A isto dá-se o nome de dação em pagamento, ou seja, receber outra coisa diferente da coisa que foi avençada por concordância do credor.  Conforme preceitua o art. 995 do Código Civil de 2002:
O credor pode consentir em receber coisa que não seja dinheiro, em substituição da prestação que lhe era devida.
 
3.2 NATUREZA JURÍDICA
De acordo com o art. 356 do Código Civil, dação em pagamento é uma forma de pagamento indireto.
A dação em pagamento é contrato liberatório, diferente dos demais contratos, cujo efeito é gerar uma obrigação. Tem a mesma índole jurídica do pagamento, com a diferença de que este consiste na prestação do que é devido, enquanto aquele consiste no prestar da coisa devida.18[6]
 
3.3DISPOSIÇÕES LEGAIS
De acordo com o art. 357 do Código Civil, “Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas normas de contrato de compra e venda. Fato este que não significa que a dação em pagamento convertera-se em compra e venda, somente se regula pelas normas que as disciplinam, se distinguem em várias formas,  conforme leciona Judith Martins-Costa: (1)Na compra e venda não cabe, em linha de princípio,a  repetição do indébito, cabível na dação em pagamento quando ausente a causa debendi; (2) o próprio objetivo ou finalidade da dação em soluto, é a solução da dívida, o desate da relação; e,(3) a dação exige, como pressuposto, a entrega, constituindo negócio jurídico real.19
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Destarte, chega-se às considerações finais do trabalho apresentando, no entanto, é preciso trazer à baila o porquê do subtítulo não estar intitulado “conclusão”. Pois bem, não se trata de conclusão devido ao fato do tema em questão ser de constantes questionamentos oriundos das diversas posições doutrinárias lançadas no mundo jurídico frequentemente, demonstrado que é indispensável o crebo conhecimento por parte do discente sobre tema.
O direito das obrigações exsurge desde o momento em que o homem se agrupou aos demais, percebendo a necessidade de manter relações com o próximo, relações essas que vão desde as emocionais ao compromisso. Tais relações apenas de adaptaram com tempo, vestiram-se se diversas formas, mas sempre com a mesma essência: a busca incessante pela satisfação, de ambas as partes.
Exemplo mais preciso são os meios de pagamentos indiretos, surgidos com o positivismo e que suprem lacunas que a sociedade por si só não atestaria.
Diferentes em seus conceitos, mas que essencialmente são sinônimos um dos outros, outros sim, acomete o pagamento em consignação, qual seja um elo entre devedor e credor, uma ligação indireta entre ambos. Igualmente acontece com a dação em pagamento, ou seja, busca-se uma forma diferente da que foi pactuada para alcançar a satisfação pretendida por ambas as partes, qual seja a “substituição” de uma coisa por outra. E por derradeiro o pagamento com sub-rogação, sendo aquele que gera direito de crédito do devedor para com o credor, pois o devedor já satisfez o credor, resta-lhe ser ressarcido por tal feito. A isto chama-se pagamento com sub-rogação.
Importante salientar que tais formas de pagamentos são intituladas doutrinariamente como “especiais”, tese sobrevinda, pois os meios diretos e certeiros são os pagamentos diretos, efetuados pelo devedor juntamente ao credor não gerando complicações, o que não ocorre nos meios de pagamentos indiretos. Haverá sempre um obstáculo entre credor e devedor que impede que ambos assumam seus direitos e deveres na relação jurídica avençada, necessitando portanto de meios diferentes para que os mesmos se libertem de seus compromissos.

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