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Caso concreto semana 3

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DIREITO CIVIL V - CCJ0111
SEMANA 3
Caso Concreto - Luana tem 14 anos de idade e há seis meses, com o consentimento expresso de ambos os pais, reside com Danilo (17 anos), seu namorado há quase dois anos. Ambos resolveram que é hora de casar e seus pais não se opõem ao casamento por entenderem que ambos já compreendem quais são as obrigações matrimoniais. Ao dar entrada ao processo de habilitação para o casamento, foram informados pelo oficial que seria necessário o procedimento de suprimento judicial da idade. Feito o procedimento os nubentes tiveram negado o pedido, pois, segundo o juiz da Vara de Registros Públicos, o casamento não preenche os pressupostos estabelecidos em lei para o casamento de quem não atingiu a idade núbil. Explique para os nubentes quais são esses pressupostos e que recurso seria cabível visando a autorização.
R: Faz-se necessário atingir a idade núbil para casar-se, segundo art. 1550, inciso I, o estado de casados implicam responsabilidades que exigem maturidade. 
Art. 1517 CC. Esse configura o entendimento da respeitada doutrina, in-verbis: Quando a Constituição Federal, em seu artigo 226, §3 º, garante a proteção estatal a todas as formas familiares, sejam elas decorrentes ou não do casamento, cabe aos profissionais do direito encontrar os meios necessários para observá-la. É certo, contudo, que essa proteção não significa necessariamente uma equiparação total e absoluta às regras do casamento, como defendem inúmeros doutrinadores e v árias de cisões judiciais. Tal insistência mostra -se em completo desacordo com o próprio espírito constitucional de proteção à diferença e ao pluralismo. É perfeitamente possível (e desejável) que as uniões estáveis tenham um estatuto próprio que observe sua s peculiaridades, sem que se recorra de forma inexorável às norma s que regem os casamento. Nessa ordem de pensamento, a própria Constituição reconhece abertamente que ambos os institutos são diversos, uma vez que não haveria qual quer senti do em afirmar que a lei deve facilitar a conversão das uniões estáveis e m casamento se ambos fosse idênticos ( metáfora).Quando o legislador constituinte requer do legislador ordinário que cri e mecanismos facilitadores da conversão da união estável em casamento, o que ele demonstra é respeito à diferença e à vontade individual. O respeito ao pluralismo decorre d o reconhecimento de que o casamento e a união estável não são idênticos (igualdade como diferença), o que exige do legislador ordinário e do intérprete o desenvolvimento de regimes jurídicos e interpretações que assegurem as diferenças próprias de cada um . XAVIER, Fernanda Di as. Considerações sobre a impossibilidade de equiparação da união estável ao casamento. In: BASTOS , E. F., LUZ, A. F . da. Família e Jurisdição 
Questão objetiva - (PCMA 2012) A respeito do instituto do casamento, analise as afirmativas a seguir.
I. Os pais, tutores ou curadores podem revogar a autorização até à data da celebração do casamento. Art. 1518 do CC.
II. Quando injusta, a denegação do consentimento, pode ser suprida pelo juiz. Art. 1519 do CC
III. Será permitido, excepcionalmente, o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil apenas em caso de gravidez. Art.1520 c/c 1517 ambos do CC.
Assinale:
a. se somente a afirmativa I estiver correta.
b. se somente a afirmativa II estiver correta.
c. se somente a afirmativa III estiver correta.
d. se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
e. se todas as afirmativas estiverem corretas.

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