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Prévia do material em texto

Disciplina
Comunicação Empresarial
Professor Dr. Marcio da Graça
São Paulo
Março - 2004
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB2
Apresentação
O ano de 2004 inicia com o olhar promissor para o País. Você também 
faz parte desse progresso, afinal fez uma opção por este curso inovador 
que demarca o início de uma nova modalidade de graduação.
Problemas? São desafios, e penso que nós devemos superá-los, não são 
eles que nos vencem. Então, escolha o seu assento, preferencialmente 
perto da janelinha (o que eu escolheria) e preste atenção na paisagem 
da janela, pois o cenário da sua viagem é de negócios (Projeto 
Interdisciplinar) e a primeira “grande parada” será a certificação no 
final deste semestre: Análise de Informação em Negócios, embora 
durante este percurso façamos algumas “paradinhas”, só para conferir 
o destino.
Sejam bem-vindos e boa viagem. 
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB3
Ementário
Oficinas de gênero: Gênero de discurso. Gênero, texto e contexto. 
Contexto de produção e linguagem. Elementos do contexto de 
produção. Os diferentes segmentos de um texto: descrição, narração, 
explicação, justificativa, argumentação.
Oficinas Temáticas: Leitura de clássicos nas diferentes áreas de 
conhecimento. Contexto social da obra. Posição do texto na obra do 
autor. Posição da obra na área de conhecimento. Gêneros e tipos da 
obra. Organização interna da obra. Leituras do mundo dos negócios, 
dentro do contexto do curso. Leituras interdisciplinares, dentro do 
contexto do curso.
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB4
1. Comparar diferentes estruturas textuais.
2. Diferenciar características da linguagem escrita e da oral.
3. Identificar diferentes estratégias de leitura e prática-las 
sistematicamente.
4. Interpretar idéias, fatos, expectativas e cenários para a 
produção de diferentes estratégias de comunicação.
5. Sintetizar idéias e redigir resumos e relatórios.
6. Planejar estratégia de comunicação, produzindo textos e 
utilizando regras gramaticais.
7. Criar e produzir diferentes estruturas de linguagem para uso 
em comunicação oral e escrita.
8. Criticar temas e situações do cotidiano a partir da leitura de 
textos.
9. Interpretar dados dos temas relacionados ao mundo dos 
negócios.
10. Correlacionar informações de textos interdisciplinares, 
identificando estruturas, interpretando textos e idéias.
11. Desenvolver terminologia empresarial, criar e produzir 
diferentes estruturas de linguagem, aplicando ao mundo dos 
negócios.
12. Criar e produzir estruturas de documentos técnicos.
13. Planejar estratégia de comunicação negocial.
Habilidades e Competências
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB5
Sumário
Aula 01. O Processo Comunicativo
Aula 02 - Os Códigos da Comunicação 
Aula 03. Gênero, Texto e contexto do Mundo dos Negócios
Aula 04. Gênero do Discurso I 
Aula 05. Gênero do Discurso II
Aula 06. Oralidade e Letramento
Aula 07. Comunicação Oral e Escrita II
Aula 08. Identificação dos Segmentos de um Texto
Aula 09. Narração - Prática e Indicadores de Qualidade
Aula 10. Fundamentação do Mundo Produtivo
Aula 11. Argumentação: Estrutura, Programação e Estilo
Aula 12. Interdisciplinariedade e Qualidade na Comunicação 
 Empresarial
Aula 13. Leituras Interdisciplinares no Mundo dos Negócios
Aula 14. Relações e Deslocamentos na Estrutura da Língua I
Aula 15. Figuras da Linguagem: Figuras da Palavra, de Pensamento 
 e de Construção
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB6
Aula 1 
O Processo Comunicativo
Modelos de comunicação
Podemos descrever o processo de comunicação com a utilização de 
modelos. Eles servem como recurso, sobretudo gráfico, de apresentar 
uma situação comunicativa. As partes do processo, num simples 
golpe de vista, são.
1 - O modelo linear
Esse modelo se apresenta como se fosse uma linha, ligando a fonte 
emissora e/ou emissor ao receptor, por meio de mensagem codificada 
pelo emissor/codificador e decodificada pelo receptor/decodificador. 
Origem e destino constituem o ponto básico desta comunicação, 
pois ela sempre começa e termina em alguém. A mensagem pode 
ser codificada com signos verbais e não-verbais, sendo, portanto, 
estruturada em linguagens lingüísticas e/ou não-lingüísticas.
Objetivos da Aula
Oferecer subsídios para que o aluno interprete idéias, fatos, 
expectativas e cenários para a produção de diferentes estratégias 
de comunicação; criticar temas e situações do cotidiano, a partir 
da leitura de textos, interpretar dados dos temas relacionados 
dos mundos dos negócios; correlacionar informações de textos 
interdisciplinares, identificando estruturas, interpretando textos e 
idéias.
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB7
2 - Modelos contextualizados
São aqueles que somam toda a situação ou ambiente do ato 
comunicativo. Mostram que o processo de comunicação se realiza 
de acordo com situações específicas e particulares, inseridas num 
determinado contexto físico e psicológico circundante.
Somos envolvidos, porém, quando muitas coisas acontecem ao 
mesmo tempo. A nossa realidade é um processo, e a Teoria da 
Comunicação reflete esse ponto de vista, rejeitando que os fenômenos 
sejam constituídos de elementos separados, mas com inter-relações 
dinâmicas entre seus elementos e/ou componentes. A comunicação, 
como um iceberg, revela apenas um terço do mesmo, nível em que 
será acessível à manipulação, observação e mensuração de qualidade. 
Neste nível encontramos todas as classes de símbolos escritos ou 
falados, por intermédio dos quais os seres humanos se relacionam 
com seu ambiente.
Porém, cerca de dois terços do acervo das comunicações animais 
estão abaixo do nível da consciência integral. É o mundo “não-
verbal”, inexplorado, das linguagens estranhas e silenciosas, de sinais 
e símbolos, em grande parte desconhecidos e ainda não estudados. 
Pelo olhar, tato, postura, murmúrios e um sem-número de outras 
formas sutis, os animais e as pessoas se comunicam.
Que mensagens não-verbais você envia a alguém 
quando põe o braço no seu ombro? Quando você não 
engraxa seus sapatos? Quando usa uma forte loção 
facial ou um delicado perfume? Quando lhe sorri?
Há, provavelmente, classes inteiras de agentes portadores de 
informações ainda desconhecidas. Os estudos atuais sobre 
parapsicologia, percepção extra-sensorial e comunicação subliminar 
?
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB8
apenas insinuam outras incríveis cadeias de comunicação, cuja 
existência não estamos, ainda, preparados para compreender.
Todavia, onde quer que ocorra, a comunicação tem quatro 
componentes básicos, que podemos assim classificar:
1. Fonte/emissor / Codificador
2. Mensagem
3. Canal
4. Decodificador / Receptor
Vejamos como esses quatro componentes operam em duas situações 
típicas de comunicação. Imagine um princípio de incêndio em sua 
empresa. O diretor do estabelecimento (fonte) toca o alarme de 
incêndio (canal). Os estudantes e o corpo de funcionários ouvem 
(receptores) e abandonam o prédio (mensagem).
Outro exemplo: quando você (receptor) volta do trabalho para casa, 
seu nariz (canal) lhe diz que seu vizinho (fonte) está queimando folhas 
secas (mensagem). Em outras palavras, em troca de informações entre 
pessoas ou coisas haverá uma fonte emissora, um receptor, um canal 
de comunicação (veículo/meio) e uma mensagem.
Imagine:
• Um colega espirrando em sala de aula;
• O diretor de sua faculdade anunciando que não haverá aula 
na próxima segunda-feira;
• Um(a) garoto(a) simpático(a) sorrindo insinuantepara você;
• O telefone tocando em seu quarto;
• O locutor de rádio informando que o trânsito das marginais 
está parado;
• O apresentador do Jornal Nacional comunicando a vitória da 
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB9
seleção brasileira sobre a seleção italiana;
• O guarda de trânsito rodoviário estendendo seu braço, 
apontando para você parar no acostamento;
• Um forte cheiro de queimado durante a sessão das vinte 
horas no cinema;
• Você passando um telegrama confirmando sua aprovação 
no teste de seleção da Folha de S.Paulo.
Fonte/Emissor
A fonte é a nascente de mensagens e iniciadora do ciclo de 
comunicação. No caso de animais, ela tem para cada operação um 
repertório arquivado de respostas potencial, que foi ampliado e 
desenvolvido por meio de comunicações anteriores. A mensagem 
que formula e transmite são produtos de seus anteriores com o seu 
meio.
Por exemplo, você tem hoje uma soma total de todas as espécies 
de informações que vem adquirindo e as quais, consciente ou 
inconscientemente, convoca para ajudá-lo a tomar decisões. Se você 
é homem, desde o momento de sua concepção está sintonizado 
para receber apenas certas espécies de informação, ao passo que 
é improvável ter acesso às mesmas informações que recebe uma 
mulher.
Estas limitações de “sintonia” influenciam as espécies de informação à 
sua disposição após o seu nascimento. Hoje você possui um conjunto 
exclusivamente seu de informação; não há outra coleção igual em 
todo o mundo. Quando você formula e envia uma mensagem, utiliza 
apenas o estoque pessoal de informações que possui.
As fontes não-animais, tais como os computadores ou relés 
automáticos, comportam-se de uma maneira diferente. Não podem 
evoluir; isto é, não por si mesmo, aumentar ou modificar seus 
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Faculdade On-line UVB10
reservatórios de informações, além das especificações originais. Seu 
limite de comportamento é, por conseguinte, rigorosamente restrito 
à execução predeterminada de simples operações. Sendo assim, os 
computadores têm acesso a um vasto reservatório de informações que 
lhes dão muitas alternativas, mas, numa análise final, não são capazes 
de agir além de um nível rigorosamente restrito e predeterminado.
É possível que futuros computadores sejam capazes de rever e 
modificar seus próprios circuitos enquanto atuam. Quando e se 
tais sofisticados engenhos se tornarem uma realidade, uma nova 
classificação, mais ou menos entre o animal e a máquina, poderá ser 
criada. Mas, embora seja importante esta distinção entre animal-fonte 
e uma máquina-fonte, a qualidade básica de todos os transmissores 
continua a mesma. A natureza da fonte, em outras palavras, não 
afeta sua função. Penetrando num barco de memórias de dados 
disponíveis, sintonizados e adquiridos, qualquer fonte estrutura e 
transmite uma mensagem intentada para mudar e controlar a forma 
ou o ritmo de acontecimentos ambientais. Comunicamos de forma 
a controlar, influenciar ou mudar o nosso meio e até certo ponto ser 
mudados por ele. Este é o fim de toda comunicação.
Receptor
O receptor é o intérprete de mensagens. Os tipos de decisão 
escolhidos pelo receptor e sua maneira de mudar de atitude são 
medidas da eficiência da comunicação. Por exemplo, consideremos 
mais uma vez a escola durante o princípio de incêndio. Momentos 
antes da campainha de alarme ter tocada, um número infinito de 
situações ocorriam. Mas, tão logo foi ouvida, a escola inteira cessou 
suas atividades para realizar uma outra ação específica – a evacuação 
do prédio.
A decisão de fazer isso e a maneira de agir foram medidas da 
eficiência daquela comunicação. Se ninguém tomasse conhecimento 
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Faculdade On-line UVB11
da campainha ou se os estudantes saltassem pelas janelas em lugar 
de deixarem o prédio ordenadamente, a comunicação teria sido 
ineficiente. Ao fazer tocar o alarme, em outras palavras, o diretor 
reduziu todas as possibilidades de comportamentos variados a 
praticamente um específico. Foi este o valor daquela comunicação.
Desde que o propósito da operação seja influenciar e reduzir a 
variabilidade de comportamento do receptor, ele é o ponto central, 
o pivô no qual a mensagem é refletida de volta à fonte. Sua eficiência 
como transmissor precisa, conseqüentemente, ser medida pelo 
comportamento do receptor que recebe sua mensagem.
Tudo isto nos leva a um princípio básico da comunicação. Os 
significados não estão na mensagem, mas nos receptores. Como a 
fonte é o nascedouro da mensagem, o receptor é, naturalmente, a 
fonte dos significados. Se os estudantes e professores não tivessem 
previamente “arquivado” o significado de “princípio de incêndio”, 
“alarme de incêndio”, “saída ordenada do prédio” e uma série de 
outros conceitos, a fonte não poderia esperar conseguir nada deles, 
independentemente da forma da mensagem. Os significados residem assim, 
definitivamente, na pessoa – não em palavras, gestos ou expressões.
Não só um receptor interpreta uma mensagem com base em seus 
arquivos próprios de conhecimento, mas atribui também significação 
a fatos, de modo que tendam a perpetuar a estrutura existente de sua 
organização informativa. Por exemplo, você levou toda a vida para 
adquirir os conhecimentos que tem e estabelecer relações entre cada 
uma de suas partes e peças. E você dispôs tudo de forma ordenada, 
de maneira a “ter sentido” para si próprio. Pode não ter sentido para 
ninguém , mas isso não vem ao caso. Seu sistema de classificação, da 
mesma forma que sua informação, é somente seu, e você realmente 
ordenará e atribuirá significados às mensagens que for recebendo, de 
modo que se ajustem à idéia que já tem.
Alguns receptores humanos fazem isto, expondo-se seletivamente 
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Faculdade On-line UVB12
à informação, quando a escolha é possível. Porém, geralmente, 
focalizam sua atenção somente naquelas fontes de mensagem e 
partes que tendem a reforçar seu presente equilíbrio. Um exemplo: 
o homem conservador tenderá a se expor quase exclusivamente a 
informações ordinárias de fontes conservadoras. Seus jornais, revistas, 
livros e mesmo seus amigos serão selecionados cuidadosamente 
em apoio à sua interpretação particular dos fatos. Podemos dizer o 
mesmo de professores, dentistas, acrobatas, profissionais liberais, ou 
de um modo geral, de todos aqueles com determinadas opiniões 
sobre alguma coisa. Somente uma personalidade doentia se exporia 
repetidamente a informações que iriam inevitavelmente destruí-
la. Sobreviver como uma organização lógica e finalista parece ser o 
comportamento de todos os organismos.
Quando a exposição de informação desfavorável a pontos de vista atuais 
é inevitável, o receptor pode distorcê-la, selecionando e interpretando 
a mesma de modo a manter intactas as estruturas de seus dados 
existentes. Um estudante que teve algumas experiências desagradáveis 
com a poesia iria às aulas de literatura já predisposto a não gostar, faça 
o que fizer o professor para tornar a aula interessante e informativa.
Receptores não-humanos, tais como máquinas e alguns animais não 
dotados de meios para realizar eles mesmos a seleção de dados a 
serem recebidos num grau significativo podem, amiúde, destruir a si 
próprio, numa espécie de busca de equilíbrio, quando confrontados 
com dados incompatíveis. A picada suicida do escorpião, quando em 
perigo ou a explosão de uma caldeira a vapor são exemplos disto. 
Uma caldeira, construída para suportar certa pressão por polegada 
quadrada, pode, por exemplo, explodir quando seu limite de tolerância 
é excedido. Esta é a única maneira de poder acomodar uma tensãoincompatível com sua estrutura.
Da mesma forma, os chamados colapsos nervosos entre os humanos 
podem ter sua origem em excessiva informação de tensão e ansiedade 
que inunda os mecanismos humanos manuseadores da informação. 
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB13
O estudante que não consegue o nível de informação para uma aula 
de Física, mas é forçado a freqüentar as aulas, confronta-se com a 
mesma espécie de situação ameaçadora. Ela pode torcer e mascarar 
os estímulos recebidos, de forma a reduzir a situação à proporção que 
possa manejar ou então poderá se defrontar com futuras e intoleráveis 
conseqüências. Aparentemente, então, as pessoas são feitas para 
resistir a mudanças radicais no rumo em que elas estruturaram e 
relacionam a informação.
Quem não pode se modificar, não aprende. E sabemos que as pessoas 
aprendem. Como poderemos concorrer para isso? E como, na qualidade 
de comunicadores, poderemos aumentar no mais alto grau as condições 
que contribuam para a recepção de novas espécies de informação? No caso 
exposto, parece ser superar a inibição da mudança; uma nova estrutura 
é freqüentemente aceitável. “Recompensa”, nesse sentido, refere-se 
àquela espécie de informação que aumenta o equilíbrio ou o conduzem 
a estágios mais estáveis! Isto significa que, embora o organismo humano 
tenha tendência nata para resistir às mudanças, parece também ter a 
capacidade de realizar transformações quando tais alterações conduzem 
a uma organização mais estável dos dados existentes.
Uma interessante generalização surge em conexão com a boa vontade 
dos receptores humanos de mudar e modificar comportamentos na 
base de uma nova informação. Poderia ser chamada de a “lei do menor 
esforço” do comunicador. Em poucas palavras, ela estabelece que, na 
ausência de recompensa conveniente, o organismo humano tenderá 
a entender apenas aquelas mensagens que requeiram menor esforço, 
em termos de mudança estrutural.
Isto significa que, a menos que a recompensa seja bastante grande, o 
receptor humano só se voltará para aquelas fontes de informação que 
demandem a menor mudança de sua estrutura informativa. Podemos 
seguramente concluir, portanto, que toda aprendizagem é uma 
espécie de crise de credibilidade do estudante. O aprendizado pode 
ser difícil e pode requerer um grande dispêndio de energia.
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB14
A recompensa, podemos relembrar, é determinada não pela fonte, 
mas pelo receptor. De acordo com alguns emissores-fontes, seu 
desempenho pessoal é a sua própria recompensa.
Mensagem
Observamos que os significados residem nos receptores e não 
nas mensagens. Conseqüentemente, não podemos falar de uma 
mensagem exceto em termos de receptores individuais. Uma simples 
mensagem, em dado momento, contém tantas outras dentro de si, da 
qual cada receptor seleciona aquela, ou parte dela, que mantenha e 
realce sua própria estrutura organizacional.
Assim, o apresentador de TV pode pensar que está transmitindo uma 
mensagem sobre a situação econômica da Inglaterra quando, naquele 
momento, um telespectador pode observar a cor da sua gravata; outro, 
o movimento de sua boca; um outro, ainda, o tom “desagradável” de 
sua voz. Para alguns estudantes, o alarme de incêndio pode significar 
a evacuação da escola; para outros, ocasião para diversão, e para 
outros, ainda, um sem-número de coisas diferentes.
Mas é a mensagem que concretiza o objetivo da fonte e/ou emissor, 
pois ela existe em forma física por meio de palavras, sons, desenhos, 
gráficos, sinais, gestos, etc., que traduzem as idéias, intenções e 
objetivos de um código ou sistema convencionalizado de signos. Esse 
sistema é baseado em regras e convenções trocadas e compartilhadas 
por aqueles que se utilizam desse código.
Para influenciar o procedimento de receptor, a fonte precisa 
primeiramente codificar, selecionar e ordenar um conjunto de 
símbolos (ou códigos) significando alguma coisa para ambos – a 
fonte e o receptor. Se, por exemplo, você deseja mudar o estado do 
filamento de tungstênio de uma lâmpada para produzir luz, precisará 
codificar sua mensagem de uma maneira específica. Você não pode 
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB15
esperar que a luz entenda gritos ou reclamações, sacudir de mãos, 
ou outras formas de código. Mas, ao apertar o interruptor da luz, 
acionando uma série específica de processos mecânicos e elétricos, 
você terá codificado sua mensagem numa forma em que o filamento 
da lâmpada pode receber.
Do mesmo modo, se um jornalista espera que os leitores entendam 
sua mensagem, precisará codificá-la de forma apropriada. Será 
necessário selecionar e organizar um sistema de símbolos comuns a 
ele e aos ouvintes. Não poderá escrever e/ou expor um assunto em 
outra língua, pois, certamente, ninguém o entenderia. Um professor 
de Matemática pode empregar um sistema de símbolos estranho e 
fantástico – e não saber por que os estudantes não o entenderam. 
Lembre-se de que este é o significado.
A codificação efetiva da informação é uma das etapas mais difíceis na 
tarefa do comunicador, pois exige dele objetividade, clareza, coesão 
e coerência na elaboração de mensagens.
Como os símbolos são meras representações de acontecimentos, não 
podem evocar a espécie e o número de reações do receptor que o 
acontecimento irá produzir. Se, por exemplo, um professor de História 
deseja transmitir aos estudantes alguma coisa sobre o período colonial 
e sobre as idéias existentes que provocaram a Revolução Americana, 
a seleção de um código eficaz torna-se crucial. Suponhamos que um 
publicitário deseja informar a fregueses em potencial que sua pasta 
de dente deixa a boca fresca e hálito agradável, que espécie de código 
deveria usar? A seleção de códigos é freqüentemente a chave mais 
importante para provocar o comportamento desejado.
Quando a mensagem é codificada, a fonte está longe de terminar a 
tarefa de enviá-la, pois ela precisa competir com uma infinidade de 
outras mensagens do próprio meio para atrair a atenção. Não só o 
receptor se torna receptáculo de um fluxo de mensagens da fonte, 
mas, simultaneamente, recebe um número infinito de estímulos do 
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ambiente em geral. A mensagem do radialista, por exemplo, compete 
pela atenção dos ouvintes com mensagens originárias em vários 
lugares, tanto dentro como fora de casa: tráfego na rua, temperatura 
do ambiente, murmúrios de outras pessoas e, principalmente, as 
necessidades materiais e psicológicas.
Havendo um objetivo a comunicar e uma resposta a obter, o emissor 
espera que a sua comunicação seja a mais fiel possível. Por fidelidade 
queremos dizer que ele obterá o que quer. Um codificador de alta 
fidelidade é o que traduz a mensagem que o receptor com total 
exatidão.
Ruído e Redundância
Claude Shannon e Warren Weaver, em seu livro The Mathematical 
Theory of Communication, de 1949, analisando a questão da fidelidade 
eletrônica, introduziram o conceito de ruído como qualquer fator que 
distorce a qualidade de um sinal.
É denominado ruído ou interferência tudo que afeta a transmissão 
da mensagem. São fatores (barreiras ou filtros) que surgem ou que se 
colocam entre o emissor e o receptor no processo de comunicação. Por 
exemplo, falar em voz muito baixa, erros de codificação, nervosismo, 
falta de atenção, falta de energia elétrica, mancha no papel, são alguns 
fatores que podem ser ruídos num contexto de comunicação.
Os ruídos podem vir dos canais de comunicação, do código ou da 
percepção do emissor e receptor. Geralmente, os problemas na 
comunicação estão relacionados com esses filtros,pois é na mente 
que se codifica e decodifica a mensagem e os diferentes aspectos da 
comunicação. Por isso, são importantes as informações que temos 
sobre a fonte e/ou emissor que estamos vendo e ouvindo, pois 
filtramos antes de dizer alguma coisa ou depois de ter ouvido algo.
Comunicação Empresarial - UVB
Faculdade On-line UVB17
As bases desse filtro partem das presunções e interpretações que 
fazemos das mensagens e situações de comunicação. Muitas vezes 
colocamos filtros em relação a uma mensagem falada num sotaque 
regional cuja credibilidade e autoridade estejam diminuídas. A 
própria BBC de Londres já demonstrou a existência desses filtros entre 
os ouvintes de locutores, apresentadores e correspondentes com 
sotaque. Isto nos sugere, também, que os veículos de comunicação 
(mídia), em parte, constroem nossas crenças e valores. Elas nos 
chegam por meio de filtros e por meio deles percebemos o mundo.
A comunicação pode, portanto, ser bloqueada ou filtrada por fatores 
físicos, semânticos ou psicológicos:
a) Barreiras mecânicas – um problema físico, como surdez ou algo 
na produção da fala ( gagueira, murmúrio, rouquidão, defeitos 
de articulação) – podem bloquear a recepção, impedindo 
a comunicação. Qualquer defeito ou pane em aparelhos 
e equipamentos que envolvam transmissão podem ser 
considerados barreiras mecânicas. Ela está relacionada com a 
eficiência ou não dos canais de comunicação, influenciando, 
assim, no contexto e no processo de codificação.
b) Barreiras semânticas – diz respeito ao significado das palavras. 
Vocábulos inarticulados ou usados inadequadamente, 
interpretações aleatórias, quebra de convenções e outros 
fatores, tais como o contexto no qual o código está sendo 
utilizado, podem provocar bloqueios em relação ao 
entendimento da mensagem. Esta barreira está relacionada 
ao uso adequado ou não do código que estrutura a 
mensagem.
c) Barreiras psicológicas – relacionadas à seleção e interpretação 
das mensagens no processo comunicativo, de acordo 
com nossas presunções, crenças, valores e ideologias, 
inseridas no processo emocional que envolve as pessoas 
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Faculdade On-line UVB18
no ato comunicativo. Ex.: preconceitos religiosos, raciais, 
sentimentos recalcados, etc.
Assim, além de evitar as barreiras e/ou ruídos numa situação 
comunicativa, como pode uma fonte aumentar suas chances de 
conseguir a atenção de receptor visado?
Um método comum é a utilização da redundância: quando o 
comunicador transmite uma qualidade limitada de informações 
repetindo-as, porém, freqüentemente, em vez de transmitir mais 
informações, menos vezes. Uma luz de aviso que pisca repetidamente 
ou a campainha persistente do telefone são exemplos de redundância. 
Um professor pode repetir certas palavras-chave, escrevê-las depois 
no quadro-negro, mandar que os alunos as copiem em seus cadernos, 
revendo-as freqüentemente. Tudo isto toma o tempo que o professor 
poderia usar para transmitir novas informações. A repetição aumenta 
as chances de atenção, mas quanto de redundância é eficiente? 
Alguns comerciais de televisão repetem o nome do produto umas 
dez vezes em trinta segundos. É este o melhor uso do tempo? Como 
usar efetivamente a repetição é um dos maiores desafios feitos ao 
comunicador.
Pesquisas nos dizem que a nossa comunicação oral usa 50% de 
redundância: informações já dadas; redundâncias sintáticas (subir 
para cima); redundâncias gestuais (polegar para cima quando dizemos 
positivo); redundâncias tonais (quando exclamamos “Estou morto de 
fome!”) e outras.
A redundância é necessária para inteligibilidade e clareza da 
mensagem, como também, para nos livrarmos de possíveis ruídos. 
No entanto, o excesso deste artifício pode, conseqüentemente, gerar 
ruído, pois a repetição exagerada compromete a clareza e objetividade 
da mensagem, prejudicando a comunicação.
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Podemos definir mensagem como o produto físico real do codificador-
fonte. As mensagens, redigidas por códigos, comunicam informações. 
Ex.: quando falamos, o nosso discurso é a mensagem; se escrevemos, 
a escrita é a mensagem; ao gesticularmos, os movimentos das mãos, 
braços e as expressões faciais são as mensagens; ao desenharmos, o 
desenho é a mensagem.
Mas, pelo menos, ao criarmos mensagens num ato comunicativo, três 
fatores precisam ser considerados:
1. Código;
2. Conteúdo;
3. Tratamento.
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Faculdade On-line UVB20
Referências Bibliográficas
CITELLI, Adilson. Linguagem e persuasão. São Paulo: Ática, 1991.
FIORINI, José Luiz & Savioli, Francisco Platão. Lições de Textos: leitura e 
redação. São Paulo: Ática, 1996.
OLIVEIRA, Elvira de. Help! Sistemas de consulta interativa – língua 
portuguesa, técnicas de redação e literatura. São Paulo: Klick Editora/O 
Estado de São Paulo, 1996.
PEREIRA, Gil Carlos. A palavra: expressão e criatividades. São Paulo: 
Moderna, 1997.
Sugestões Bibliográficas
BORDENAVE, Juan E. Díaz. O que é comunicação. São Paulo: Brasiliense, 
1982.

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