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Comunicação Empresarial - UVB Faculdade On-line UVB53 Aula 5 Gênero Do Discurso II - Aplicabilidade Das Funções Da Linguagem Objetivos da aula Permitir a você comparar diferentes estruturas textuais, identificar diferentes estratégias de leitura, e praticá-las sistematicamente. Além disso, tem por objetivo também permitir a você como criticar temas e situações do cotidiano a partir da leitura de textos diversificados. Ao final desta aula, você deverá estar apto a desenvolver habilidades com o objetivo de planejar estratégias de comunicação negocial. Texto reflexivo 1: Atingindo Objetivos e Metas Luiz Marins Anthropos Consulting Na noite anterior à caçada, os aborígenes australianos, com quem vivi e estudei por mais de um ano, fazem a dança da caça na qual uma parte do grupo faz o papel da caça e a outra o dos caçadores. Nessa dança, eles acreditam caçar o animal. Após a caçada (na dança), eles comemoram, fazem as chamadas pinturas rupestres (desenham o animal caçado nas paredes das cavernas) e vão dormir. No dia seguinte, se levantam e vão apanhar o Comunicação Empresarial - UVB Faculdade On-line UVB54 animal, com os bumerangues e lanças próprias para (agora sim) caçar o animal que acreditam já ter sido devidamente caçado durante a dança na noite anterior. O que a caçada aborígene nos ensina ? Em primeiro lugar vemos que a dança é uma preparação mental e física para a caçada (objetivo) e ao mesmo tempo um verdadeiro treinamento. Quando os aborígenes imitam o animal e o ato de caçar, fazem, na verdade um treinamento de simulação da caça verdadeira. Aí então, são discutidos os hábitos do animal a ser caçado, o comportamento dos caçadores, as suas armas e a destreza no uso dos equipamentos (bumerangues e lanças), etc. Mas o principal é que a dança serve para fixar claramente qual é o objetivo do dia seguinte – caçar aquele determinado animal (e não outro). Com o objetivo claramente determinado, e obviamente, de conhecimento de todos (qual o animal a ser caçado) e com as ações de preparação e treinamento (dança noturna) para conquistá-lo, além das armas certas, não há como não obter êxito na caça! No dia seguinte, a caçada segue sem nenhuma tensão ou ansiedade, posto que a certeza de caçar é tão grande que basta apenas ter dedicação e entusiasmo para se atingir o objetivo final – trazer o animal para a aldeia! Na empresa e no nosso dia-a-dia é a mesma coisa: um objetivo, e metas claras e bem definidas, instrumentos certos para atingi-las (ou armas adequadas), pessoas certas e habilidades treinadas, dedicação e entusiasmo e, com certeza, atingiremos nossos objetivos, por mais audaciosos que parecem ser. Comunicação Empresarial - UVB Faculdade On-line UVB55 Os dias atuais de extrema mudança e competitividade exigem que tenhamos claros os nossos objetivos pessoais e profissionais, e um total envolvimento e comprometimento para com as coisas, e para com as causas da empresa em que trabalhamos. Para atingir um objetivo é preciso que não nos economizemos em nossa capacidade de participar dos programas e projetos de qualidade, produtividade, agressão ao mercado, vendas, e ainda outras atividades que levem nossa empresa ao sucesso. Há pessoas que não se envolvem, e não se comprometem com a idéia falsa e errônea de que, não se envolvendo, e não se comprometendo, ficam isentas de problemas. Nada mais falso! Pessoas que preferem morrer sentadas, com medo de participar, ficam à margem do caminho, e nunca são promovidas, sendo vistas como não-comprometidas com os interesses da organização. Quanto mais uma pessoa se economiza em seu comprometimento e ação participativa, mais os outros a economizarão, não contando nada a ela, não a envolvendo nas decisões, não perdendo, enfim, tempo com esse tipo de indivíduo. E assim, pessoas com esta natureza pouco comprometida vão ficando cada vez mais por fora, e alheias a tudo o que acontece e, é lógico, tornam-se cada vez mais igualmente esquecidas nas promoções, e nas oportunidades de crescimento pessoal e bem como profissional. Com um objetivo claro e definido, pessoas comprometidas experimentam o sucesso tão invejado pelos que não se envolvem, não se comprometem, e ficam à margem do caminho, excluindo outras oportunidades profissionais vindouras. Comunicação Empresarial - UVB Faculdade On-line UVB56 Texto reflexivo 2 : A Importância Do Reconhecimento É preciso que chefes e colegas percam o medo de elogiar, de reconhecer méritos nas pessoas. Temos a tendência de repetir comportamentos que nos são positivamente reforçados, e o valor do reconhecimento está justamente aí. Quando reconhecemos um valor, esse valor tende a multiplicar-se tanto para a pessoa que foi alvo de nosso reconhecimento, quanto para as demais pessoas. Assim, o reconhecimento é fundamentalmente importante para o sucesso pessoal e profissional de qualquer pessoa. Um muito obrigado, um bilhete de reconhecimento, uma carta, um cumprimento sincero valem muito mais, e nós bem sabemos disso. Portanto, temos de perder o medo de agradecer e reconhecer nos outros a verdadeira essência de pessoas que nos auxiliam, e nos ajudam a obter o que queremos. Ninguém vence sozinho. Sabemos disso. E se sabemos disso, deveremos também saber reconhecer isso com ações concretas de reconhecimento e gratidão. Faz parte, também, do reconhecimento dar crédito a quem realmente merece. Assim, também tenho visto chefes que furtam idéias de seus subordinados, dizendo aos outros serem aquelas idéias de sua propriedade ao invés de creditá-las ao verdadeiro autor. Um chefe que tem o hábito (sic) de furtar idéias de seus subordinados acabará ficando isolado, uma vez que mais nenhum de seus colaboradores virá com idéias novas com o medo de tê-las furtadas pelo seu chefe. Por incrível que possa parecer essa é uma prática muito comum de chefes inseguros que não compreendem que sua chefia será a cada dia mais valorizada quanto mais suportada pelo seu pessoal subordinado. Há tempos atrás, um chefe precisava bajular seus superiores para manter-se no cargo. Hoje parece ser o oposto. Ele precisa ser apoiado pelos seus subordinados para manter-se. E esse suporte Comunicação Empresarial - UVB Faculdade On-line UVB57 será maior quanto maior for a capacidade de um chefe em oferecer reconhecimento ao trabalho, esforço, dedicação e comprometimento de seus subordinados. Pense nisso. Texto reflexivo 3 : Afinal, o que é motivação? Em quase todas as reuniões de empresas em que participo, os dirigentes falam do fato de que seus funcionários precisam mais de motivação. Muitos me pedem programas de motivação para seus empregados. Afinal, o que é motivação? Como conseguir empregados motivados? Serão salários altos? Serão programas de incentivo? O que fazer? O que a empresa deve e pode fazer é criar as contingências necessárias à motivação. Isto quer dizer, em outras palavras, criar um clima em que as pessoas sintam-se motivadas a empreender e fazer o que seja necessário. Nas pesquisas que temos feito com várias empresas, temos visto que o salário e um bom pacote de remuneração é importante – sem isso, como fator básico, é muito difícil conseguir- se empregados motivados. Mas o salário e benefícios pecuniários nem sempre são ingredientes suficientes. Conheço empresas em que as pessoas ganham muito e não são totalmente comprometidas com o sucesso da empresa de seus clientes, de seus mercados, e de suas marcas. A empresa deve ser capaz de oferecer a seus funcionários a autonomia necessária para que possam exercer sua criatividade e tomar decisões e até,como temos dito, errar. Sem autonomia, as pessoas sentem-se numa rotina massacrante que suprime a criatividade, e faz com que elas não se comprometam com o que fazem. Comunicação Empresarial - UVB Faculdade On-line UVB58 Não importa, dê o nome que quiser: quer seja empowerment ou delegação. Mas, procure promover a autonomia em sua empresa. Deixe as pessoas tentarem, experimentarem, e principalmente, fazerem. O segundo é a iniciativa . A iniciativa é uma decorrência direta da autonomia. Há que se valorizar funcionários que tenham iniciativa. Um grande empresário me disse: Prefiro empregados que tenho que segurar, a empregados que tenho que empurrar. Numa empresa em que a iniciativa é punida ou desencorajada não pode haver motivação. Os textos que foram lidos nesta aula são exemplos concretos dos vários gêneros de discurso, e dos tipos de funções que a linguagem pode desempenhar, seja ela verbal (de natureza falada ou escrita); ou não-verbal (caracterizada por gestos, expressões, desenhos, entre outras formas expressivas). Ficou claro, também, como os gêneros de discurso bem como as funções da linguagem podem exercer papel relevante no cenário empresarial dos negócios, e de como é primordial a valorização dos potenciais produtivos das pessoas em sua empresa. Referências Bibliográficas Luiz Marins - Anthropos Consulting http://www.anthropos.com.br/
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