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Sistema Jurídico Tributário

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Sistema - reunião ordenada de várias partes que formam um todo, de tal sorte que elas se sustentem mutuamente, e as últimas se explicam pelas primeiras. 
Sistema jurídico tributário - unidade do direito que consiste no conjunto de normas hierarquizadas, formado por princípios e regras que têm por fim cuidar direta e indiretamente da instituição, arrecadação e fiscalização de tributos.
Classificados em: 
Rígido - quando a Constituição Federal (CF) relacionar todos os tributos e, respectivamente, a pessoa jurídica política que poderá, dentro de sua competência privativa, instituir e exigi-los dos respectivos contribuintes, como é o caso do sistema jurídico tributário brasileiro, ou seja, a CF determina quais são os tributos que cada pessoa política poderá instituir e exigir. 
Exemplo: IPTU – imposto municipal. 
flexível - consiste naquele em que não há vedações no exercício das competências tributárias, ressalvadas algumas exceções previstas nas constituições. Por esse, é possível haver cobrança de um mesmo tributo por mais de um Estado, exigíveis dos mesmos contribuintes. 
Exemplo: Estados Unidos e Itália. 
Além do aspecto de relacionar quais impostos poderão ser criados e cobrados, e por quem, os sistemas jurídicos rígidos também impõem princípios que limitam o poder de tributar. Exemplo: princípio da anterioridade.
Outra característica do sistema tributário brasileiro é que ele é uno e complexo: 
Uno – porque se insere dentro de um único sistema jurídico, universal, cujos ramos do direito, por mais variados que sejam, entrelaçam-se por uma única coluna vertebral, ou seja, a Constituição Federal. 
Complexo – pela infinidade de princípios, regras e normas de caráter geral e específico, que necessitam ser bem estudados e compreendidos para serem corretamente aplicados aos casos concretos.
Receita pública originária: é aquela proveniente do patrimônio do Estado, ou seja, gerada pela utilização dos bens que o Estado possui. 
Exemplos: aluguéis, empréstimos, doações pura e simples, prescrições aquisitivas etc. 
Receita pública derivada: é aquela decorrente da imposição do tributo. São prestações patrimoniais impostas aos cidadãos; receitas que provêm dos contribuintes. 
Exemplos: tributos, multas, confisco.
Direito Tributário - parte do Direito Financeiro e este consiste no conjunto de princípios e normas que rege a arrecadação, a gestão patrimonial e os dispêndios efetuados pelo Estado no desempenho de suas funções. O seu conteúdo abrange as normas do Direito Tributário, orçamentário, crédito público, contabilidade pública etc. Sendo parte do primeiro, o Direito Tributário estuda as relações jurídicas entre o Estado (fisco) e os particulares (contribuintes), no que concerne ao âmbito da instituição, arrecadação, fiscalização e extinção do tributo. Faz parte do ramo do Direito Público, uma vez que se trata de normas que regulam a relação do Estado com os particulares, havendo claramente uma relação de subordinação dos contribuintes frente ao poder do fisco.
O Direito Público - regula a atividade do Estado (em si mesmo, em suas relações com particulares, em suas relações com outros Estados estrangeiros). 
O direito privado - regula as relações jurídicas entre os particulares entre si, entendendo-se como particulares, pessoas físicas, pessoas jurídicas de direito privado e o próprio Estado, quando se relaciona com os particulares em posição de igualdade, em uma relação de coordenação e não de subordinação (exemplo: compra e venda de imóvel).
Ramos do Direito que se relacionam com o Direito Tributário:
• Direito constitucional: este é o mais importante dos direitos, uma vez que condiciona todos os demais, conferindo-lhes a estrutura. 
• Direito civil: fornece normas que auxiliam o entendimento do Direito Tributário, como a figura do enriquecimento sem causa. 
• Direito judiciário: aqui na presença de litígios de Direito Tributário na justiça. Forma de acesso à justiça.
• Direito penal: oferece conceitos e institutos sobre penalidades, como contrabando, descaminho, crime de apropriação indébita, sonegação, etc.
Fontes do Direito Tributário:
As fontes são as origens de um determinado sistema jurídico. 
Fontes materiais - exprimem situações ou fatos tributários que inspiram o legislador a regulamentar. 
Exemplos: a renda, a transmissão da propriedade, os serviços etc. 
Para as fontes materiais surtirem efeito no Direito Tributário, há a necessidade de tomarem forma. Esse trabalho cabe ao Poder Legislativo, ou seja, cabe ao Legislativo discutir e aprovar leis a fim de regulamentar nosso Direito Tributário. 
b) Fontes formais - são as regras jurídicas, as quais são dotadas de forma. Podem ser primárias ou secundárias.
Fontes formais primárias:
 • CF/1988 – A CF pode ser considerada o esqueleto de todo o sistema jurídico brasileiro. É ela que dá sustentação ao corpo. Imagine que a coluna vertebral seria a CF e as vértebras seriam as divisões do direito – entre elas estaria inclusive o Direito Tributário.
• Emendas à CF - Tais atos normativos modificam ou emendam a atual constituição e, portanto, são consideradas normas constitucionais em sentido formal, situadas em patamar hierárquico superior às Leis Complementares, mas inferior à CF originária em face do exame de sua constitucionalidade. Após passarem por esse exame, integram-se à CF e passam a ocupar o mesmo grau hierárquico (REGIANI, 2009).
• Leis Complementares - A LC integra a eficácia da norma constitucional. Isso quer dizer que ela irá complementar preceitos básicos constitucionais, uma vez que estes, sem a complementação, carecem de aplicação. Dentro da Constituição existem normas de eficácia limitada, ou seja, estas têm aplicabilidade mediata, o que significa dizer que somente incidem sobre os interesses que regulam após uma normatividade ulterior que lhes desenvolva a aplicabilidade; são aquelas que dependem de complementação do legislador infraconstitucional para se tornarem exigíveis.
Qual o precedimento para se aprovar uma LC? A LC, para ser aprovada, exige um quórum qualificado (votação específica). De acordo com o art. 69, CF, para ser aprovada uma lei complementar será necessária uma votação de maioria absoluta, o que significa que 50% + 1 da totalidade dos integrantes das duas casas legislativas deverão concordar com o texto de lei e votar favoravelmente a sua aprovação.
• Leis Ordinárias - elaborada pelos Poderes Legislativos das unidades políticas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) de conformidade com a competência material outorgada pelo Constituinte, instituem os tributos (existem exceções em que a LC institui, por exemplo, caso dos empréstimos compulsórios). Sua aprovação exige maioria simples, ou seja, necessita de uma votação de 50% +1 dos votos dos presentes na sessão ordinária legislativa.
• Leis Delegadas - São elaboradas pelo Presidente da República, o qual deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. No Direito Tributário, a LD não é considerada fonte, pois não são objetos de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional e matéria reservada à LC – art. 68, § 1º, CF.
• Medidas Provisórias - Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar Medidas Provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. Esse texto foi adotado após a Emenda Constitucional 32/2001 – anteriormente, as MPs tinham validade de 30 dias, podendo ser prorrogadas inúmeras vezes, o que acarretava sua eterna manutenção, sem a aprovação do Congresso Nacional. Essa é a razão de a antiga CPMF ter sido prorrogada inúmeras vezes por meio de Medida Provisória. Hoje essa atitude seria impossível. Atualmente, a MP tem validade a partir da publicação, devendo ser convertida em lei no prazo máximo de 120 dias, caso contrário perde sua validade.
• Decretos Legislativos - Os tratados, as convenções e os atos internacionais, firmados pelo Presidente da República, devem ser submetidos à apreciação do Congresso Nacional,o qual se pronunciará mediante decreto legislativo. Também é por meio de decreto legislativo que o Congresso Nacional dispõe sobre os efeitos da medida provisória rejeitada, quando de sua vigência temporária.
• Resoluções - As resoluções que importam ao Direito Tributário são as do Senado Federal, uma vez que tratam das alíquotas mínimas e máximas de determinados impostos. O Senado Federal também poderá, mediante resoluções, estabelecer as alíquotas interestaduais do ICMS e de exportação de mercadorias para o exterior. Art. 155, § 2º, V, CF: “Quórum de aprovação: Para aprovação de resoluções exige-se maioria absoluta dos membros do Senado”.
Fontes formais secundárias:
São de menor importância, visto que têm a função de viabilizar os comandos das fontes primárias
Decretos e regulamentos – expedidos pelo chefe do Executivo (Presidente, Governador e Prefeito) para fiel execução das leis – art. 84, IV, CF. Visam regulamentar as disposições contidas na lei. Excepcionalmente, a Constituição confere ao Poder Executivo poderes para alterar alíquotas dos impostos (II, IE, IOF, IPI); porém, a lei deve prever. 
• Instruções Ministeriais: art. 87, II, CF – são atos normativos expedidos pelos ministérios relativos à matéria que lhes cabe. O fim destas é garantir a execução das leis. 
• Circulares, ordens de serviço e outros - são emitidos pelos chefes de departamento, mesma finalidade.
Normas complementares - art. 100, CTN – são aquelas, por exemplo, expedidas pelos departamentos administrativos dos poderes públicos. Têm por finalidade estabelecer entendimentos ou procedimentos acerca de matéria tributária.
Vigência - é termo jurídico que expressa a existência da lei tributária. Com a publicação, fixa-se a existência da lei e identifica-se sua vigência.
A própria lei pode apontar a data em que entra em vigor:
• a lei pode determinar que entra em vigor a partir da publicação; 
• se nada falar, entende-se que entra em vigor 45 dias após sua publicação – vacatio legis; 
• no exterior (embaixadas, aeronaves, embarcações), entra em vigor três meses após sua publicação.
quanto ao espaço:
“Salvo disposição em contrário, a lei começa a vigorar em todo país (brasileiros ou estrangeiros).
Eficácia da lei - é a capacidade de irradiar efeitos jurídicos. Com a eficácia, ela reúne condições de ser aplicada aos casos práticos. 
Aplicação da lei - significa que a eficácia, que no primeiro instante surge com sua potencialidade contida, passa a irradiar seus efeitos jurídicos, em virtude da superveniência de um fato tributário, gerador da obrigação principal ou acessória.
Vol. 2
Impostos municipais:
IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – de competência privativa dos municípios e do Distrito Federal encerra duas situacões tributarias: o terreno e a construcão. Por isso, e chamado de imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (meio fio ou calcamento, com canalizacao de agua pluviais; II. abastecimento de agua; III. sistema de esgoto sanitário; IV. rede de iluminacão publica, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; V. escola primaria ou posto de saúde a uma distância máxima de três quilômetros do imovel considerado).
Base de Cálculo – art. 33, CTN: e o valor venal do imovel. Segundo Machado (2002, p. 38), valor venal “e aquele que o bem alcancaria se fosse posto a venda, em condicoes normais. O preco, nesse caso, deve ser o correspondente a uma venda a vista, vale dizer, sem incluir qualquer encargo relativo a financiamento”.
Compete a autoridade administrativa apurar o valor venal dos imoveis para fins de apurar o imposto devido, assegurando ao contribuinte o direito de avaliacao contraditoria (Art. 148, CTN).
O valor venal e apurado de acordo com normas tecnicas de avaliacao, aprovadas pela Lei no 10.235/1986 e pela Lei no 15.044/2009 – referentes ao municipio de Sao Paulo.
Na composicao do valor venal do imovel, levam-se em consideracao elementos:
a) o preco do metro quadrado de cada tipo, a idade e a area na avaliacao da construcao;
b) o preco do metro quadrado relativo a cada face do quarteirao, a forma e a area real ou corrigida na avaliacao do terreno [...] o valor venal do predio e constituido pela soma do terreno ou parte ideal deste, com o valor da construcao e dependencias, obedecidas as normas para a competente inscricao.
Quanto ao aspecto temporal, o fato gerador do IPTU e o periodico, verificando-se a cada 1 de janeiro do ano correspondente.
Alíquota - Ira variar de municipio para municipio, normalmente as alíquotas poderao progredir de acordo com a localizacao do imovel, uso ou em face do valor do imovel. Os municipios gozam de autonomia para fixar as aliquotas sobre os servicos, devendo respeitar a aliquota maxima de 5% (art. 8o, LC) e a aliquota minima de 2% (art. 88, ADCT).
Atualização do IPTU por decreto – princípio da legalidade
Os impostos so podem ser majorados por meio de Lei Ordinaria proveniente do Poder Legislativo.
Contudo, a atualizacao do valor venal nao e considerada como aumento de imposto, podendo ser procedida por decreto expedido pelo chefe do Poder Executivo.
ISS – Imposto sobre serviço de qualquer natureza Competência e legislação - 
Compete aos Municipios instituir imposto:
IMPOSTOS MUNICIPIAS E DISTRITO FEDERAL
IPTU
ITBI
ISSQN
IPTU
Zona urbana se cobra o ITR.
Zona urbana é quando possui saneamento, asfalto, luz e agua.
	A respeito da isenção e da anistia, é correto dizer que:
 
		Resposta Selecionada:
	c.
a anistia implica a extinção da multa decorrente de infração tributária e a isenção implica a supressão do poder de tributar pela pessoa política competente, que, podendo exigir o tributo, opta por não fazê-lo, como nos casos de incentivos fiscais.
	Respostas:
	a. 
ambas decorrem de lei e implicam a extinção do crédito tributário.
	
	b. 
ambas decorrem de decreto e implicam a prorrogação no tempo do tributo devido.
	
	c.
a anistia implica a extinção da multa decorrente de infração tributária e a isenção implica a supressão do poder de tributar pela pessoa política competente, que, podendo exigir o tributo, opta por não fazê-lo, como nos casos de incentivos fiscais.
	
	d. 
a anistia envolve apenas os incentivos fiscais e a isenção afeta os juros dos tributos devidos.
	
	e. 
a anistia envolve correção monetária e a isenção apenas afeta a multa dos tributos devidos.
 
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: C.
Comentário: tanto a isenção como a anistia são tratados no CTN como exclusão do crédito tributário, o que implica não a extinção, mas um tratamento especial e diferente, sendo a isenção o não exercício do poder de tributar para que determinadas situações escolhidas pelo legislador não sejam atingidas pela exigência de tributo, o que é tratado nos arts. 176 a 179 do CTN e muito utilizado com efeito de benefício fiscal para estimular, por exemplo, um determinado setor ou segmento da atividade econômica. Já quanto à anistia, igualmente prevista em lei, decorre do perdão da multa tributária (não dos juros ou da correção monetária) e está prevista nos arts. 180 a 182 do CTN, além de ser muito utilizada como uma técnica de arrecadação, que mediante a lei concede a anistia, por exemplo, do ISS sobre o valor da construção dos imóveis para que os contribuintes regularizem as construções que fizeram nos seus imóveis em que não recolheram a seu tempo o ISS da obra, mas que, ao fazerem essa regularização (menos onerosa) acabam por atualizar a planta de imóveis do Município, e isso se reflete na maior arrecadação do IPTU, que incide sobre o valor de imóveis (terreno) e da construção (prédios). A anistia implica o incentivo para a regularização de débitos tributários.
Pergunta 2
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	A respeito da vigência da legislação tributária, é correto dizer:
 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c.
é precisodistinguir atos normativos das autoridades fiscais e decisões administrativas de órgãos colegiados com eficácia normativa, sendo as primeiras vigentes na data de sua publicação e as segundas, 30 dias após a sua publicação.
	Respostas:
	a. 
toda e qualquer regra de natureza tributária será vigente na data de sua publicação no Diário Oficial.
	
	b.
é preciso distinguir lei e legislação tributária para efeito de incidência, sendo que as leis tributárias sempre serão vigentes na data de sua publicação no Diário Oficial.
	
	c.
é preciso distinguir atos normativos das autoridades fiscais e decisões administrativas de órgãos colegiados com eficácia normativa, sendo as primeiras vigentes na data de sua publicação e as segundas, 30 dias após a sua publicação.
	
	d. 
os decretos que se prestam à fiel execução da lei serão vigentes no primeiro dia do exercício financeiro seguinte ao da sua publicação.
	
	e.
os convênios em matéria de fiscalização tributária celebrados, por exemplo, entre os Estados, serão vigentes no primeiro dia do exercício financeiro seguinte ao da sua publicação.
 
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: C.
Comentário: o CTN é detalhista no momento de estabelecer a vigência de regras tributárias, e estabeleceu com muita precisão que atos administrativos serão vigentes (ou seja, passarão a produzir efeitos para obrigar contribuintes) no momento da sua publicação no Diário Oficial (veja o art. 100 – I e o art. 103 – I do CTN), pois é no momento dessa publicação que o ato administrativo ganha a necessária publicidade. Mas em relação às decisões administrativas com eficácia normativa (por exemplo, as súmulas de julgamento de tribunais administrativos), esse momento em que passam a produzir efeitos será de 30 dias após a data de publicação, conforme art. 100 – II do CTN. Cumpre esclarecer, por oportuno, que as regras de vigência dos tributos estão também previstas na Constituição da República, como os princípios da anterioridade geral (art. 150 – III – b), da anterioridade mitigada (art. 150 – III – c) e da noventena (art. 195 § 6º), e nessa matéria é sempre preciso primeiramente verificar o que dispõe a Constituição e depois o que prevê o CTN, em razão da hierarquia das normas dentro do Sistema Tributário Nacional. Note que a vigência das instruções e das decisões administrativas com eficácia normativa não é tratada na Constituição, mas no CTN, fonte, portanto, da normatividade sobre a questão ora apresentada.
	
	
	
Pergunta 3
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Determinado contribuinte em débito com a fazenda pública precisa obter certidão para participar de licitação. Porém, diante da existência de um débito seu, não quitado, que prova ele precisa fazer perante essa repartição para obter a certidão que atenda a seus interesses?
 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
Concessão de tutela antecipada.
	Respostas:
	a. 
Inscrição na dívida ativa.
	
	b. 
Autuação fiscal.
	
	c. 
Lançamento por homologação.
	
	d. 
Concessão de tutela antecipada.
	
	e. 
Privilégio do crédito tributário.
 
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: D.
Comentário: no caso apresentado, o contribuinte precisa de uma certidão positiva com efeito de negativa, conforme previsto no art. 206 do CTN. Para fazer isso é necessário demonstrar que o tributo apontado como “devido” ou “não pago” está com sua exigibilidade suspensa, ou seja, ocorreu alguma situação prevista no art. 151 do CTN em que, para o caso concreto, não pode haver o ajuizamento de ação de execução fiscal. Dentro das alternativas apresentadas na questão, a que faz por suspender a exigibilidade do tributo é a concessão de tutela antecipada (art. 151 – V). Se for feita essa prova, será emitida a certidão para que o contribuinte possa participar de licitação (art. 193 do CTN).
 
	
	
	
Pergunta 4
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Em se tratando de sujeito passivo da obrigação tributária, o responsável tributário é aquele que:
 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
não tem relação pessoal e direta com o fato gerador, mas tem sua obrigação expressamente prevista em lei.
	Respostas:
	a. 
não tem relação pessoal e direta com o fato gerador, mas tem sua obrigação expressamente prevista em lei.
	
	b. 
é obrigado a exibir os livros fiscais em caso de fiscalização.
	
	c. 
tenha sido indicado por ato administrativo da autoridade fiscal.
	
	d. 
tenha seu nome constante do contrato celebrado entre os particulares.
	
	e. 
decorre de uma previsão de competência constitucional tributária.
 
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: A.
Comentário: a responsabilidade tributária diz respeito ao sujeito passivo da obrigação, ou seja, aquele obrigado a pagar o tributo, e pode ser tanto o contribuinte como o responsável, na forma prevista no art. 121 do CTN. Assim, a lei tributária irá prever que, em algumas situações, não se exigirá o valor do tributo daquele que realizou diretamente o fato gerador (o contribuinte), mas se exigirá o valor de outra pessoa (que é expressamente designada pela lei), por exemplo, no caso dos sucessores que adquiriram um novo negócio (art. 128 e 133 do CTN), respondem os adquirentes pelos tributos que eventualmente não foram pagos por quem vendeu o negócio a eles.
	
	
	
Pergunta 5
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Não são consideradas normas complementares das leis, tratados e convenções internacionais e dos decretos:
 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
a Constituição da República Federativa do Brasil.
	Respostas:
	a. 
os atos normativos expedidos pela autoridade administrativa.
	
	b. 
a Constituição da República Federativa do Brasil.
	
	c. 
as decisões administrativas de órgãos singulares com força normativa.
	
	d. 
as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas.
	
	e. 
os convênios celebrados entre Estados e Municípios.
 
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: B.
Comentário: o CTN dispõe no seu art. 100 sobre quais são as normas complementares, e a Constituição da República, além de não estar ali arrolada, jamais poderia ser considerada como regra complementar, pois é o texto fundador do sistema jurídico, ou seja, é o texto principal, de maior hierarquia no sistema jurídico, que faz por criar o sistema e, dessa forma, é a regra mais importante do sistema, pois além de fixar como será a estrutura e a organização da República Federativa do Brasil, estabelece o poder de tributar (regras de competência) e os princípios e garantias fundamentais (que se prestam a limitar o poder estatal em face da sociedade e de seus cidadãos).
 
	
	
	
Pergunta 6
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	O contrato celebrado entre particulares não pode alterar a previsão legal de quem é sujeito passivo da obrigação tributária, pois assim está previsto no art. 123 do CTN, e a explicação mais adequada para essa previsão é:
 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e.
acertada, pois a previsão da lei sobre quem será o sujeito passivo da obrigação tributária não pode ser alterada por contrato, diante da natureza de direito público da obrigação tributária.
 
	Respostas:
	a.
equivocada, pois o CTN não pode interferir nas relações entre os particulares, que possuem o livre poder de celebrar contratos em razão da liberdade de iniciativa.
	
	b.
acertada, pois quem estabelece o sujeito passivo é o contrato celebrado entre os particulares para dispor como serão satisfeitas as obrigações tributárias entre o particular e o Estado.
	
	c. 
acertada, pois quem disciplina o sujeito passivo é o decreto editado para a fiel execução da lei.
	
	d.
equivocada, pois o Brasil adota o sistema capitalista e o direito de propriedade, cabendo às partes do contrato disciplinar como serão satisfeitas as obrigações tributárias.
	
	e.
acertada, pois a previsão da lei sobre quem será o sujeito passivo da obrigação tributárianão pode ser alterada por contrato, diante da natureza de direito público da obrigação tributária.
 
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: E.
Comentário: o contrato, ou a convenção entre as partes, não pode alterar o que prevê a lei em matéria tributária sobre o sujeito passivo. Por exemplo, num contrato de locação de imóvel é comum haver uma cláusula prevendo que o locatário irá pagar, além do aluguel, o valor do IPTU. Mas nos termos da lei quem é obrigado a pagar o IPTU é o proprietário do imóvel, e se o locatário não pagar o IPTU o município competente irá exigir o valor do proprietário do imóvel (o locador), que não poderá utilizar o contrato de locação para mostrar para a prefeitura que o IPTU deve ser pago pelo locatário. Nessa situação hipotética, se o locatário não pagar o IPTU, o proprietário do imóvel deverá fazê-lo, e depois disso terá motivo para pleitear a exigência do valor em face do inquilino, mas isso em razão do descumprimento de uma cláusula do contrato de locação, e não com base no descumprimento de uma obrigação tributária, pois, pela lei, quem é obrigado a pagar o IPTU é o proprietário do imóvel
	
	
	
Pergunta 7
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Observe as seguintes afirmações:
 
I - O que se entende por “legislação tributária” é um conceito muito amplo de “lei tributária”, pois a legislação tributária abrange lei, tratados, decretos e instruções que digam respeito a relações jurídicas tributárias.
II - Os decretos em matéria tributária se prestam à fiel execução das leis tributárias, e não podem os decretos criar obrigações tributárias que não estejam previstas em lei.
III - Um exemplo de norma complementar em matéria tributária são as instruções, orientações e pareceres normativos expedidos pelas autoridades administrativas da área tributária.
 
Atribua a cada uma dessas afirmativas V de verdadeiro e F de falso e assinale a alternativa correta:
 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
Todas são V.
	Respostas:
	a. 
Todas são V.
	
	b. 
Apenas I é V.
	
	c. 
Apenas II é V.
	
	d. 
Todas são F.
	
	e. 
Apenas I é F.
 
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: A.
Comentário: a expressão “legislação tributária” tem o conceito abrangente, pois está a contemplar todo tipo de regra que cuida da instituição, arrecadação e fiscalização de tributos (vide art. 96 do Código Tributário Nacional – CTN), ao passo que a “lei tributária” tem um conceito mais restrito (art. 97 do CTN) e se presta, dentro do princípio da legalidade, a estabelecer todos os elementos da relação jurídica tributária. Lei tributária é aquela editada pela pessoa política (União, Estados, DF e Municípios) no exercício da competência constitucional, e somente a lei (não a legislação) é que pode criar a obrigação de pagar tributo. Note que não é a Constituição da República (estabelece competência e princípios) ou o Código Tributário Nacional (estabelece normas gerais tributárias) que criam a obrigação tributária, mas somente a lei tributária. Os decretos são editados com base na lei para a fiel execução da lei. Assim, o decreto irá dispor, por exemplo, sobre os códigos de recolhimentos de tributos ou o formato da guia de recolhimento, mas não cria obrigação tributária (vide art. 99 do CTN), e as instruções normativas, os atos declaratórios e pareceres normativos são considerados como normas complementares nos termos do art. 100 do CTN. Todas as afirmativas são, portanto, verdadeiras.
 
	
	
	
Pergunta 8
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Qual é a melhor explicação para a seguinte expressão utilizada pelo CTN no seu art. 113: “a obrigação tributária é principal ou acessória”?
 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c.
A obrigação principal é de natureza patrimonial (de dar, de pagar o tributo) e a obrigação acessória é de natureza instrumental (de fazer, de emitir nota fiscal).
	Respostas:
	a. 
Se não houver a principal, jamais haverá a acessória.
	
	b. 
A acessória segue a principal. Assim, se houver a principal, sempre haverá a acessória.
	
	c.
A obrigação principal é de natureza patrimonial (de dar, de pagar o tributo) e a obrigação acessória é de natureza instrumental (de fazer, de emitir nota fiscal).
	
	d.
A obrigação principal é de natureza instrumental (de fazer, de apresentar declaração de imposto de renda no prazo) e a obrigação acessória é de natureza patrimonial (de dar, de pagar o tributo devido).
	
	e. 
A obrigação principal de natureza instrumental é de “não fazer” (por exemplo, de não pagar o tributo devido antes do prazo previsto em lei).
 
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: C.
Comentário: o CTN, que foi editado em 1966, sofreu influência do Código Civil então vigente para fazer uma distinção entre obrigações (principal e acessória), mas que não se sustenta após longos anos de estudo e debate sobre o tema. As obrigações, pela teoria geral das obrigações, são divididas em “dar”, “fazer” e “não fazer”, mas o legislador do CTN nominou de principal a obrigação que envolve o pagamento de tributo, ou seja, quando o sujeito passivo desembolsa a favor do Estado uma quantia em dinheiro (o “dar” é a entrega do valor), ao passo que o “fazer” são as chamadas prestações positivas ou negativas (vide texto do § 2º do art. 113 do CTN) e, portanto, são o “fazer” e o “não fazer”. O exemplo é fácil de entender. Apresentar no prazo a declaração de Imposto de Renda da PF é um “fazer”, uma obrigação tributária, mesmo que o sujeito passivo não tenha valor de IR a pagar. Mas se deixar de apresentar no prazo, sofrerá o contribuinte uma sanção (multa por não apresentar a declaração no prazo), e essa multa é devida mesmo que não haja valor de imposto a pagar (por exemplo, existe um valor de IR a restituir em razão da apresentação da declaração de ajuste anual). Um exemplo de obrigação de “não fazer” é não embaraçar a fiscalização tributária (vide art. 200 do CTN, que autoriza o eventual uso de força policial para o trabalho de fiscalização tributária).
 
	
	
	
Pergunta 9
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	Trata-se de uma hipótese de extinção do crédito tributário:
 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
a decisão administrativa irreformável.
 
	Respostas:
	a. 
a lavratura de auto de infração.
	
	b. 
a concessão de liminar em mandado de segurança.
	
	c. 
a moratória.
	
	d. 
o parcelamento.
	
	e. 
a decisão administrativa irreformável.
 
	Feedback da resposta:
	Resposta correta: E.
Comentário: as hipóteses de extinção do crédito tributário estão arroladas no art. 156 do CTN e envolvem 11 (onze) situações, das quais apenas uma está prevista na questão, que é a decisão administrativa irreformável (art. 156 – IX do CTN). Esta significa que o sujeito passivo, para honrar a obrigação tributária, deve aguardar o lançamento do tributo, por exemplo, o carnê do IPTU ou um auto de infração. Nesse caso de lançamento, o sujeito passivo é intimado a pagar ou impugnar a exigência. Se optar por impugnar, haverá o início do processo administrativo da discussão do tributo, que culminará com a decisão de manter ou não a exigência. Assim, se a decisão final do processo administrativo for de não manter a exigência (vitória do contribuinte), essa decisão é irreformável, pois o Estado não poderá levar o tema para discussão no Poder Judiciário. Logo, a decisão irreformável impede a exigência do tributo, por isso é considerada uma hipótese de extinção do crédito tributário.
 
	
	
	
Pergunta 10
0,5 em 0,5 pontos
	
	
	
	É possível realizar o pagamento do tributo com:
 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	
	Respostas:
	a. 
dinheiro, cheque, papel selado ou estampilha.
	
	b. 
apenas com moeda corrente nacional em espécie.
	
	c. 
títulos da dívida pública.
	
	d. 
precatórios.
	
	e. 
apenas mediante Transferência Eletrônica Disponível (TED) ou Documento de Ordem de Crédito (DOC).
 
	Feedback da resposta:Resposta correta: A.
Comentário: a forma de satisfação da obrigação tributária está prevista no art. 162 do CTN, que detalha a maneira como será possível honrar a obrigação, incluindo o cheque (desde que resgatado pelo sacado – ver § 2º do CTN) e também a estampilha, que é muito comum nos maços de cigarro e nas bebidas alcoólicas para efeito de demonstração do pagamento do IPI, pois nesses casos os fabricantes de cigarro e bebida compram as estampilhas na Receita Federal e aplicam nos produtos como uma demonstração de pagamento do valor do tributo devido.

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