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Aula 4 Fundamentos da Economia - Renda e Nível de Atividade

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Aula 4
Renda e Nível de Atividade
	História Econômica:
	Antigamente se pensava que o ato de produzir (contratar os fatores de produção) criava a sua própria demanda (consumo dos proprietários dos fatores produtivos).
	essa maneira de ver o funcionamento da economia, é representado pela Lei de Say, atribuída ao economista francês Jean Baptista Say.
	Essa Teoria não explicava as crises econômicas.	
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Renda e Nível de Atividade
	História Econômica:
	Os economistas do dos séculos XVIII e XIX acreditavam que a economia de um país funcionava de forma, que o nível do produto não sofreria grandes alterações e todos os fatores produtivos estariam ocupados na produção de bens e serviços, que formam a renda.
	Esta situação ficou conhecida como Pleno Emprego .
	Se de fato a economia funcionasse sempre assim não haveria nem recessão nem desemprego.
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Renda e Nível de Atividade
	Foi preciso esperar até a década de 1930 para que surgisse uma teoria que não fosse tão otimista quanto os clássicos. 
	Essa teoria ficou conhecida como Princípio da Demanda Efetiva desenvolvida pelo inglês John Maynard Keynes.
	Ela inverte a lei de Say pois enquanto esta dizia que a oferta determinava a sua própria procura, o princípio da demanda efetiva diz que a demanda determina o nível de produção.
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Renda e Nível de Atividade
	Enquanto para Say toda a renda distribuída no ato da produção se destinaria ao mercado para adquirir bens e serviços, para Keynes isto não acontecia necessariamente pois parte da renda poderia vazar do sistema de tal forma que só uma parte do dinheiro pago sob a forma de salários, lucros, juros e aluguéis seriam empregados no consumo.
	Com isto parte da produção não vendida estaria formando os estoques indesejáveis.
	Se estes estoques crescessem muito as empresas teriam que reduzir sua produção o que lavaria a demissão de trabalhadores, e redução nas compras de matérias primas.
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Renda e Nível de Atividade
	 Assim ao final desse processo a economia estaria em crise, o seu produto teria diminuído com trabalhadores desempregados.
	Mas o que seriam esses vazamentos que diminuiriam a demanda? Há vários mas Keynes dá bastante importância ao sistema financeiro. Se os bancos oferecem investimentos com uma grande remuneração, é bem provável que uma parte da renda não se dirija ao consumo, mas aos bancos.
	Com isto a demanda diminui e também a produção.
	Em resumo este é o Princípio da Demanda Efetiva.
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Renda e Nível de Atividade
	Mas vamos agora ver o que determina a demanda e portanto o nível do produto?
	Uma economia fechada e sem governo
	Sabemos que os agentes econômicos são os trabalhadores, os empresários, o governo e o setor externo.
	Vamos inicialmente montar um sistema econômico bem simples apenas com trabalhadores e empresários. 
	Esse sistema é chamado de sistema fechado e sem governo.
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Renda e Nível de Atividade
 	Esse sistema é fechado porque não mantém relações com o exterior, e sem governo porque não tem setor público. Naturalmente que um país assim não existe. Mas para um exercício fica mais fácil desenvolver alguns raciocínios para uma economia de tal simplicidade, e a partir daí, vamos aumentando o grau de realismo do nosso sistema, introduzindo o governo e depois o comércio exterior.
	Portanto nessa economia teremos:
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Renda e Nível de Atividade
 	O produto desta economia é distribuído sob forma de salário (W) para os trabalhadores, e lucros (L) para os empresários e chamaremos de renda Y.
Y = W + L
	Como já vimos Renda é igual ao Produto 
	Vamos admitir aqui, que os trabalhadores consomem toda a sua renda em bens e serviços portanto 
W = Cw
	Em que Cw é o consumo dos trabalhadores.
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Renda e Nível de Atividade
 	Vamos agora supor que os empresários transformam em consumo parte da sua renda (L), aplicando em poupança (S) o restante.
L = Cl + S = Cl + I
	Pois como vimos anteriormente S = I
	Em que: Cl = consumo dos empresários.
	Portanto a demanda agregada (D), desta economia será formada de:
D = Cw + Cl + I
	
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Renda e Nível de Atividade
 	Observação:
	Observe que nada garante que os empresários apliquem toda a sua poupança em investimento produtivo. Se por exemplo eles estiverem pessimistas em relação a economia, certamente não acreditarão no crescimento de suas empresas. Com isso a poupança ficará maior que o investimento.
S > I	
	
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Renda e Nível de Atividade
 	Uma Economia Fechada e com Governo
	Vamos agora dar mais um passo em direção a uma economia mais real. 
	Introduziremos o setor público, o governo.
	 Esse novo agente vai interferir no nosso esquema de duas maneiras. 
	Primeiro é na divisão do produto pois o governo se apropria de parte da renda por meio dos impostos que chamaremos de T. Assim a Renda (Y) fica:
Y = W + L + T
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Renda e Nível de Atividade
	A segunda modificação é do lado da demanda (D). 
	O governo gasta com compras feitas as empresas e com os salários de seus funcionários, que será representado por (G).
	Assim a demanda agregada dessa economia será
D = Cw + Cl + I + G
	Onde D é a demanda agregada.
	como a D (demanda) é igual ao Y (produto) temos:
	W + L + T = Cw + Cl + I +G
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Renda e Nível de Atividade
 	W + L + T = Cw + Cl + I + G
	 Mas como W = Cw pois consideramos que os trabalhadores gastam os seus salários (W) no seu consumo (Cw) teremos:
	L + T = Cl + I + G
	L – Cl = I + (G – T) mas como S = L – Cl teremos:
	S = I + (G – T) com a entrada do setor público.
	Esta é a igualdade fundamental da macroeconomia.
	Onde (G – T) representa o orçamento do setor público.
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Renda e Nível de Atividade
 	Exemplo:
	Suponhamos que a renda de um país é dividida entre salários e lucros da seguinte forma:
	W = 60 milhões
	L = 40 milhões
	Assim podemos calcular 
	Y = W + L = 60 + 40 = 100 milhões
	Supondo que empresários consumam apenas 40% da sua renda, teremos a seguinte situação:
	portanto S = L – Cl = 40 – 16 = 24 milhões
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Renda e Nível de Atividade
 	Exemplo: Continuando o exemplo vamos adicionar gastos do governo (G) no valor de 20 milhões e receita tributária no (T) no valor de 10 milhões, portanto:
	W + L + T = Cw + Cl + I + G
	60 + 40 + 10 < 60 + 16 + 24 + 20
	110 < 120 portanto a economia esta em desequilíbrio.
	A demanda (120) está maior que a renda (110).
	Assim temos S < I + (G – T) 24 < 24 + (20 – 10)
	Para ajustar o investimento privado terá de ser:
	S = I + (G – T) onde I = S – (G – T) ou seja
	I = 24 – (20 – 10) = 14 milhões
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