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Aula 4 TC TCC e análise do comportamento

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Aula 4: Principais diferenças entre Terapia Cognitiva, Terapia cognitivo-Comportamental e Análise do Comportamento.
Análise do comportamento tem sua base filosófica no Behaviorismo Radical de Skinner, que defende a premissa de que o comportamento é mediado pela interação do indivíduo com seu ambiente. Faculdades mentais como dons, aptidões, predisposições não são considerados nesta abordagem. O comportamento de um indivíduo é ajustado por reforçamentos e/ou punições de outros organismos/ambiente, o que por sua vez irá estabelecer, facilitar, estimular, impedir ou evitar que tal comportamento ocorra novamente.
A Análise do Comportamento é baseada nos princípios do Behaviorismo que tratam de comportamento respondente (controlado por estímulos antecedentes à resposta), comportamento operante (o comportamento é fortalecido ou enfraquecido por eventos posteriores à resposta), comportamento verbal (mantido e estabelecido pelo reforçamento mediado por outra pessoa), condicionamentos (explicação dos mecanismos de aprendizagem), reforços (positivos e negativos), punição, esquiva, generalizações (mudanças de comportamento na sessão terapêutica teriam grande probabilidade de serem generalizados para outras situações).
A consciência, sentimentos, emoções, personalidade são frutos de contingências que formam os repertórios comportamentais do indivíduo. Uma psicopatologia para esta visão, seria em decorrência de uma pequena freqüência de reforços positivos à comportamentos adequados, em detrimento de reforços à comportamentos não apropriados.
A Terapia Cognitiva começou a ser desenvolvida por Aaron Beck na década de 60, por conta da insatisfação deste psiquiatra com a explicação da teoria Psicodinâmica para a depressão (raiva contra o self). Através de observação clínica e empreendimentos empíricos, Beck verificou que o conteúdo de pensamentos e sonhos de pacientes deprimidos tendiam a interpretar os acontecimentos de forma negativa. A partir daí Beck formula a Terapia Cognitiva (TC), que tem por princípios os Pensamentos Automáticos (PA- são mais superficiais e mais facilmente acessíveis), Crenças Intermediárias ou Subjacente s (mais aprofundadas, geralmente aparecem como condicionais “ Se...então” ou regras “tenho que..., devo...”) , Crenças Centrais (mais profundas, enraizadas, irredutíveis e rígidas. São difíceis de serem acessadas e reestruturadas) e esquemas (conjunto de crenças e experiências que formam a “maneira padrão” de interpretação dos acontecimentos).
A TC baseia-se na Tríade Cognitiva (visão de si, do mundo e do futuro) e advoga que os homens são perturbados não pela situação, mas pela visão, interpretação que fazem da mesma.
As causas de psicopatologias para a TC seriam distorções cognitivas (abstração seletiva, catastrofização, desqualificação do positivo, inferência arbitrária, leitura mental, personalização, supergeneralização) e o objetivo da terapia seria reestruturas estas crenças disfuncionais. É interessante ressaltar que para a TC os transtornos emocionais possuiriam um conteúdo cognitivo específico, ou seja, uma temática própria do transtorno. Por exemplo: depressão- perda, desvalorização. Pânico- perigo, ameaça.
A TC é uma psicoterapia reeducativa, ativa, diretiva, estruturada cujos focos são a reestruturação cognitiva, relação saudável entre pensamentos, sentimentos e comportamentos e educar o paciente a utilizar os métodos da terapia em seus problemas atuais.
Princípios: aliança terapêutica segura, caráter educativo, foco no problema atual, sessões estruturadas, prevenção de recaídas.
Principais Técnicas: Descoberta guiada, questionamento socrático, seta descendente, registros (pensamento, sentimento, comportamento), psicoeducação.
A Terapia Cognitivo Comportamental- TCC teve início nos anos 70 e uniu os princípios da TC à alguns pressupostos da Análise Comportamental (condicionamento, reforços, esquiva, etc).
Tem por princípio o papel mediador da cognição nos sentimentos e nos comportamentos. A cognição pode ser alterada e comportamentos desejáveis podem ser influenciados mediante mudanças cognitivas. 
A TCC utiliza alguns princípios e técnicas comportamentais para conduzir a terapia a avaliar sua evolução, mas o principal fator que a define como TCC é a adoção da posição mediacional da atividade cognitiva que influencia o comportamentos, podendo ser alterada e que o comportamento adequado pode ser alcançado por meio da mudança cognitiva.
Segue os mesmos fundamentos da TC, enfatizando a aliança terapêutica, o autocontrole do paciente, é focada em metas e estruturada.
Tem sido cada vez mais estudada e propagada na literatura científica, que por sua vez tem encontrado resultados positivos desta psicoterapia.

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