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Diagnóstico laboratorial da infecção pelo HIVrevisado

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Diagnóstico laboratorial 
da infecção pelo HIV
Marcadores detectados pelos testes laboratoriais 
Os testes laboratoriais atuais podem detectar os seguintes marcadores da infecção pelo HIV: 
 ■ ácido ribonucleico (RNA) ou ácido desoxirribonucleico (DNA) proviral G ;
 ■ a proteína p24; e
 ■ anticorpos anti-HIV.
Testes laboratoriais para o diagnóstico 
da infecção pelo HIV
Os ensaios para o diagnóstico da infecção pelo HIV podem ser divididos em duas categorias:
 ■ Ensaios de triagem: apresentam elevada sensibilidade G e elevada especificidade G .
 ■ Ensaios confirmatórios ou complementares: apresentam, no mínimo, a mesma sensibilidade dos testes 
de triagem e necessariamente maior especificidade.
Os ensaios para a detecção de anticorpos anti-HIV são baseados na reação entre antígeno e anticorpo. 
 ■ Em 1985, surgiu a primeira geração de ensaios para o diagnóstico da infecção pelo HIV. Esses ensaios 
empregavam antígenos virais obtidos a partir da lise viral em cultura de células. A detecção de anticorpos 
era baseada na metodologia denominada ELISA indireto, detalhada na imagem abaixo:
Legenda
Fase sólida 
(Poço de uma placa de 96 poços)
Antígeno de HIV (Ag) 
(Ligados à fase sólida – poço da placa)
Anticorpo 
IgG anti-HIV (Ac)
Conjugado (Conj) 
Peptídeos sintéticos ou proteínas 
recombinantes de HIV + enzima
Substrato (S) 
(Cromógeno + H2O2)
Incubação
Incubação
Lavagem
Lavagem
Degradação do substrato 
Reação de cor: presença de 
anticorpos
 Figura 1 – Representação esquemática de um ELISA indireto.
 ■ Em 1986, o diagnóstico laboratorial começou a ser realizado no Brasil. 
 ■ Em 1987, surgiu a segunda geração de ensaios, que empregavam o mesmo formato indireto da primeira 
geração. A diferença entre essas duas gerações foi a utilização de antígenos recombinantes e peptídeos 
sintéticos originados de regiões específicas de proteínas do vírus. A introdução de antígenos recombinantes 
aumentou a sensibilidade e a especificidade dos ensaios.
HIV - Estratégias para diagnóstico no Brasil Aula 04 -Diagnóstico laboratorial da infecção pelo HIV
 ■ No início dos anos 90, o problema da variabilidade do HIV tornou-se evidente. Os ensaios passaram a incluir 
antígenos para o HIV-2, com o objetivo de possibilitar o reconhecimento de anticorpos anti-HIV-1 e anti-
HIV-2. Adicionalmente, novos antígenos do HIV-1, grupos M, N e O foram incluídos.
 ■ Em 1994, surgiram os ensaios de terceira geração que passaram a utilizar um outro formato denominado 
ELISA sanduíche ou imunométrico, detalhado na imagem abaixo:
Legenda
Fase sólida 
(Poço de uma placa de 96 poços)
Antígeno de HIV (Ag) 
(Ligados à fase sólida – poço da placa)
Anticorpo 
IgG anti-HIV (Ac)
Anticorpo 
IgM Anti-HIV (Ac)
Conjugado (Conj) 
Peptídeos sintéticos ou proteínas 
recombinantes de HIV + enzima
Substrato (S) 
(Cromógeno + H2O2)
Incubação
Incubação
Lavagem
Lavagem
Degradação do substrato 
Reação de cor: presença de 
anticorpos
 Figura 2 – Representação esquemática de um ELISA sanduíche ou imunométrico.
A modificação do formato dos testes para ELISA sanduíche tornou o ensaio mais sensível e específico, pois 
todas as classes de anticorpos anti-HIV (IgG, IgM e IGA) passaram a ser detectadas. Os ensaios de terceira geração 
reduziram o período de janela imunológica.
A evolução tecnológica permitiu o desenvolvimento dos ensaios de quarta geração. Esses ensaios apresentam 
as mesmas características dos ensaios da geração anterior, mas são capazes de detectar também o antígeno p24.
Atualmente, uma grande variedade de métodos manuais, semiautomatizados e automatizados baseados na 
reação antígeno-anticorpo está disponível para o diagnóstico da infecção pelo HIV.
HIV - Estratégias para diagnóstico no Brasil Aula 04 -Diagnóstico laboratorial da infecção pelo HIV
Etapas do diagnóstico laboratorial
O diagnóstico laboratorial da infecção pelo HIV em indivíduos com idade superior a 18 meses deve ser 
realizado em duas etapas: uma de triagem e, dependendo do resultado, uma segunda etapa para complementar 
o diagnóstico.
ETAPA DE TRIAGEM – Métodos utilizados para o diagnóstico laboratorial da infecção pelo HIV
Os métodos recomendados pelo Ministério da Saúde são:
 ■ Ensaio imunoenzimático – ELISA; 
 ■ Ensaio imunoenzimático de micropartículas – MEIA;
 ■ Ensaio imunológico quimioluminescente – QL;
 ■ Ensaio imunológico com revelação eletroquimioluminescente – EQL;
 ■ Ensaio imunológico fluorescente ligado a enzima – ELFA;
 ■ Ensaio imunológico quimioluminescente magnético – CMIA; 
 ■ Testes rápidos: imunocromatografia, aglutinação de partículas em látex ou imunoconcentração.
ETAPA COMPLEMENTAR – Métodos utilizados para o diagnóstico laboratorial da infecção pelo HIV
Os métodos que podem ser utilizados são:
 ■ Imunofluorescência indireta – IFI;
 ■ Imunoblot – IB; 
 ■ Western Blot – WB.
Atenção
Além dos métodos já citados, podem ser utilizados outros, desde 
que estejam registrados na Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária – ANVISA – e validados pelo Departamento de DST, 
Aids e Hepatites Virais.
Escolha do teste laboratorial
A escolha do teste laboratorial deve estar relacionada ao desempenho do método ou equipamento e envolve 
a exatidão, a precisão, a sensibilidade e a especificidade analíticas. 
A avaliação destas características requer estudos experimentais, utilizando soros padrão e amostras coletadas 
em populações com diferentes prevalências G da infecção. 
Considere também as seguintes questões técnicas:
 ■ É uma atualização tecnológica que auxilia na manutenção da competitividade?
 ■ O kit está registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária?
 ■ O teste permite otimizar os fluxos e a carga de trabalho?
 ■ O teste permite a melhoria da eficiência do laboratório e rapidez no resultado? 
 ■ Melhores níveis de desempenho técnico serão alcançados?
 ■ Reduzirá o volume de amostra, diminuindo o número de tubos coletados por usuário?
 ■ Qual o tipo de amostras e risco de manuseio, o rendimento do método, as condições de calibração, os 
controles, as medidas de segurança e a destinação de resíduos gerados?
Atenção
Não existem testes laboratoriais que apresentem 100% de 
sensibilidade e 100% de especificidade simultaneamente. 
Resultados falso-negativos, falso-positivos, indeterminados ou 
discrepantes entre distintos testes podem ocorrer na rotina do 
laboratório clínico.
HIV - Estratégias para diagnóstico no Brasil Aula 04 -Diagnóstico laboratorial da infecção pelo HIV
Cálculo da sensibilidade e especificidade
A sensibilidade e especificidade são calculadas a partir das fórmulas a seguir: 
VP = amostra verdadeiro positivo
VN = amostra verdadeiro negativo
FP = amostras falso-positivas
FN = amostras falso-negativas
Sensibilidade = VP
VP + FN
X 100
VN
VP + FP
X 100Especificidade =
Veja o exemplo de aplicação dessas fórmulas
 ■ 200 amostras de soro foram previamente caracterizadas a partir de metodologia padrão. Destas, 150 
eram amostras verdadeiro positivo e 50 verdadeiro negativo. 
 ■ Quando submetidas a um determinado teste para verificação de sensibilidade e especificidade, apresentaram 
os seguintes resultados: 
 ■ 148 amostras reagentes (verdadeiro positivo) e 2 amostras com resultado não reagente (falso-negativo);
 ■ 50 amostras não-reagentes (verdadeiro negativo), sem nenhum resultado falso-positivo.
DADOS:
Amostras verdadeiro positivo – VP = 148
Amostras verdadeiro negativo – VN = 50
Amostras falso-positivas - FP = zero 
Amostras falso-negativas – FN = 2
Sensibilidade = 148
148 + 2
X 100
50
50 + 0
X 100Especificidade =
SENSIBILIDADE = 98,66%
ESPECIFICIDADE = 100%
Atenção
Não existem testes laboratoriais que apresentem 100% desensibilidade e 100% de especificidade simultaneamente. 
Resultados falso-negativos, falso-positivos, indeterminados ou 
discrepantes entre distintos testes podem ocorrer na rotina do 
laboratório clínico.
O resultado laboratorial indica o estado sorológico do indivíduo 
e deve obrigatoriamente ser associado à sua história clínica e/ou 
epidemiológica.
HIV - Estratégias para diagnóstico no Brasil Aula 04 -Diagnóstico laboratorial da infecção pelo HIV

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