Buscar

Manual Teórico de Semiotécnica Médica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 258 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 258 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 258 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

0 
 
 
 
 
1 
 
Manual Teórico de 
Semiotécnica Médica 
 
 
Ana Paula Santos Oliveira Brito 
Marcus Vinicius Henriques Brito 
Edson Yuzur Yasojima 
 
 
 
 
 
 
Direitos exclusivos 
Copyright by Ana Paula Santos Oliveira Brito & Marcus Vinicius 
Henriques Brito & Edson Yuzur Yasojima 
 
 
 
Editoração eletrônica 
Atorres 
Jornalista. 795 DRT/Pa 
atorrescursos@gmail.com 
 
 
Ficha catalográfica 
 
Todos os direitos autorais estão reservados e protegidos pela Lei nº 9.610 de 
19 de fevereiro de 1998. É proibida a duplicação ou reprodução desta obra, 
no todo ou em parte, sem a permissão prévia, por escrito dos autores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brito, Ana Paula Santos Oliveira & Brito, Marcus Vinicius Henriques & 
Yasojima, Edson Yuzur. 
 
Manual Teórico de Semiotécnica Médica / Ana Paula Santos Oliveira Brito & 
Marcus Vinicius Henriques Brito & Edson Yuzur Yasojima – Belém, Pará, 
2016. 
252 f. 
 
ISBN: 978-85-69835-17-2 
 
Editora Ximango 
1. Semiotécnica, 2. Ensino médico, 3. Educação médica 
 
 
 
2 
 
Prefácio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Toda realização nasce de um sonho... 
Bem aventurados os sonhadores. 
 
 Em 1995, quando aluna do Prof. Marcus Vinicius na disciplina de Clínica Propedêutica da 
UFPa, tive a honra de participar do grupo de trabalho organizado para tentar à época, escrever um 
manual de semiologia que pudesse complementar, atualizar e expandir o conteúdo do “Manual de 
Propedêutica Médica” da Professora Bettina Ferro de Souza, de quem meu agora mestre, tinha sido 
discípulo. 
 Foram 2 anos de trabalho árduo com a confecção de fotografias, filmagens, descrições 
técnicas, elaboração de um CD-ROM iterativo, todo feito com muito amor para facilitar o aprendizado 
da tão nobre “Arte de examinar” a qual todo médico deve dominar. 
 Na concepção original também seria elaborado um curso no qual os alunos poderiam na 
prática realizar todas as manobras semiotécnicas com a devida supervisão, a fim de complementar de 
forma intensiva o aprendizado recebido durante seu curso médico. 
 Por motivos alheios a vontade do grupo, somente em 2014 com minha entrada na Pós-
graduação profissional, a ideia ressurgiu com toda a força, e um excelente grupo foi formado, com o 
Dr. Edson (Orientador), Dr. Marcus (Mestre) e os Drs. Gabriel, Louise e Rafaela, antigos integrantes do 
grupo inicial e agora todos médicos, além de docentes dos cursos médicos de Belém do Pará. 
 Para minha satisfação e total alegria, nosso projeto foi finalizado e é ora apresentado como 
um “Manual teórico” e seis “Cadernos práticos”, atualizados e iterativos, que servem de base para o 
“Curso teórico prático de semiotécnica Médica”, lançado em abril de 2016 com a procura de 255 
inscritos para 64 vagas, incluindo quatro profissionais médicos já graduados que justificaram sua 
inscrição no curso, pela necessidade de reciclagem em semiotécnica, o que demonstra a importância 
do conteúdo elencado. 
 A análise de dados obtida durante os dois primeiros cursos serviu de base para minha tese e 
trouxe à baila discussão sobre o modo como o ensino da semiotécnica está ocorrendo em Belém do 
Pará. 
É com a sensação de dever cumprido, que muito me apraz prefaciar esta obra. 
 
Prof.ª Ms. Ana Paula Santos Oliveira Brito 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
Dedicatória 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Dr. Marcus Vinicius Henriques Brito 
Coordenador do Programa de Mestrado Profissional em 
Cirurgia e Pesquisa Experimental da-UEPA 
ste manual é dedicado à Prof.ª Bettina Ferro de 
Souza, marco histórico do ensino da Semiologia 
Médica na Amazônia e a todos os estudantes de 
Graduação, estagiários, ex-estagiários (UFPA e UEPA), 
Pós-graduandos e staffs do Laboratório de Cirurgia 
Experimental da UEPA que sempre acreditaram e 
nunca mediram esforços para a finalização deste 
projeto. 
 
Parabéns à “FAMÍLIA LCE”. 
E 
 
 
4 
 
 Autores 
DOCENTES 
 
Ana Paula Santos Oliveira Brito 
Especialista em Clínica Médica pelo Hospital 
Ophir Loyola 
Mestra em Cirurgia e Pesquisa Experimental 
pela UEPA 
Tutora da Faculdade Metropolitana da 
Amazônia (FAMAZ). 
Coordenadora Docente do Curso Básico de 
Semiotécnica Médica 
 
Edson Yuzur Yasojima 
Doutor em Medicina pela UNIFESP-EPM 
Prof. Adj. Doutor do módulo de Habilidades 
Médicas da UEPA, UFPa, CESUPA e FAMAZ. 
Docente permanente do Programa de Mestrado 
em Cirurgia e Pesquisa Experimental da 
Universidade do Estado do Pará 
(Mestrado CIPE – UEPA) 
 
Marcus Vinicius Henriques Brito 
Doutor em Medicina pela UNIFESP-EPM 
Prof. Titular Doutor do módulo de Habilidades 
Médicas da UEPA, UFPa, e FAMAZ. 
Coordenador do Programa de Mestrado em 
Cirurgia e Pesquisa Experimental da 
Universidade do Estado do Pará 
(Mestrado CIPE – UEPA) 
 
Gabriel Martins Braga 
Médico especialista em Anestesiologia pelo 
Hospital Ophir Loyola 
 
Louise Tandaya Bendahan 
Doutora em Medicina pela Unifesp EPM, 
Especialista em Reumatologista, 
Tutora da FAMAZ. 
 
Rafaela de Souza Dias Neves 
Médica residente em Saúde da Família pela 
UEPA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
GRADUANDOS 
 
Alan Rodrigues Andrade 
Graduando do Curso de Medicina da 
Universidade Federal do Pará (UFPA) 
 
Alan Vitor Jerônimo Lima 
Graduando do Curso de Medicina da 
Universidade do Estado do Pará (UEPA) 
 
Amanda Silva da Silva 
Graduanda do Curso de Medicina da 
Universidade Federal do Pará (UFPA) 
 
Ana Cláudia Cavalcante da Silva 
Graduanda do Curso de Medicina do Centro 
Universitário do Estado do Pará (CESUPA) 
 
Ana Carolina Maués de Oliveira 
Graduando do Curso de Medicina da 
Universidade do Estado do Pará (UEPA) 
 
Ana Catarina de Souza Carvalho Reis 
Graduanda do Curso de Medicina do Centro 
Universitário do Estado do Pará (CESUPA) 
 
Ananda Vitória Barros Suzuki Damasceno 
Graduanda do Curso de Medicina da 
Universidade do Estado do Pará (UEPA) 
 
Ana Taynná Santos Conceição 
Graduanda do Curso de Medicina da 
Universidade Federal do Pará (UFPA) 
 
André Lopes Valente 
Graduando do Curso de Medicina da 
Universidade do Estado do Pará (UEPA) 
Estagiário do Laboratório de Cirurgia 
Experimental (LCE – UEPA) 
Bolsista de Iniciação Científica do CNPq. 
 
Brisa da Silva Lopes 
Graduanda do Curso de Medicina da 
Universidade Federal do Pará (UFPA) 
 
Camila Noura de Brito 
Graduanda do Curso de Medicina da 
Universidade do Estado do Pará (UEPA) 
Chefe dos Estagiários do Laboratório de Cirurgia 
Experimental (LCE – UEPA 
 
 
5 
 
Daniela Vale Dias 
Graduanda do Curso de Medicina da 
Universidade Federal do Pará (UFPA) 
Estagiária do Laboratório de Cirurgia 
Experimental (LCE – UEPA) 
 
Danilo Dantas Figueiredo 
Graduando do Curso de Medicina da 
Universidade do Estado do Pará (UEPA) 
Estagiário do Laboratório de Cirurgia 
Experimental (LCE – UEPA) 
 
Eduardo Henrique Herbster Gouveia 
Graduando do Curso de Medicina da 
Universidade do Estado do Pará (UEPA) 
Estagiário do Laboratório de Cirurgia 
Experimental (LCE – UEPA) 
 
Elisa Maria Novaes Barros 
Graduanda do Curso de Medicina da 
Universidade do Estado do Pará (UEPA) 
Estagiária do Laboratório de Cirurgia 
Experimental (LCE – UEPA) 
 
Emanuelle Costa Pantoja 
Graduanda do Curso de Medicina da 
Universidade do Estado do Pará (UEPA) 
 
Evelly Christinne da Silva Moraes 
Graduando do Curso de Medicina do Centro 
Universitário do Estado do Pará (CESUPA) 
 
Fabrício Mauésdos Santos Rodrigues 
Graduando do Curso de Medicina da 
Universidade do Estado do Pará (UEPA) 
Estagiário do Laboratório de Cirurgia 
Experimental (LCE – UEPA) 
Coordenador discente do I Curso Básico de 
Semiotécnica Médica. 
 
Filipe Rocha da Silva 
Graduando do Curso de Medicina da 
Universidade do Estado do Pará (UEPA) 
 
Flávia Dias Alcântara de Oliveira 
Graduanda do Curso de Medicina da 
Universidade do Estado do Pará (UEPA) 
Estagiária do Laboratório de Cirurgia 
Experimental (LCE – UEPA) 
 
Gabriel Monteiro Bernardes 
Graduando do Curso de Medicina do Centro 
Universitário do Estado do Pará (CESUPA) 
 
Gisely Mouta de Andrade 
Graduanda do Curso de Medicina do Centro 
Universitário do Estado Pará (CESUPA) 
Coordenadora discente do I Curso Básico de 
Semiotécnica Médica. 
 
Heidrian Albuquerque Adam 
Graduando do Curso de Medicina da 
Universidade Federal do Pará (UFPA) 
 
Ivone Aline da Silva Rodrigues 
Graduanda do Curso de Medicina da 
Universidade do Estado do Pará (UEPA) 
Estagiária do Laboratório de Cirurgia 
Experimental (LCE – UEPA) 
Coordenadora discente do I Curso Básico de 
Semiotécnica Médica. 
 
Iury Patrick Alfaia de Magalhães 
Graduando do Curso de Medicina do Centro 
Universitário do Estado do Pará (CESUPA) 
 
Jade Beatriz Iwasaka-Neder 
Graduanda do Curso de Medicina da 
Universidade do Estado do Pará (UEPA) 
 
Kerlainy Mazzinghy Lopes 
Graduanda do Curso de Medicina do Centro 
Universitário do Estado do Pará (CESUPA) 
 
Larissa Vasconcelos de Castro 
Graduanda do Curso de Medicina do Centro 
Universitário do Estado do Pará (CESUPA) 
Estagiária do Laboratório de Cirurgia 
Experimental (LCE – UEPA) 
 
Lavinia Dias Tavares 
Graduanda do Curso de Medicina da 
Universidade do Estado do Pará (UEPA) 
 
Luan Teles Ferreira de Carvalho 
Graduando do Curso de Medicina da 
Universidade Federal do Pará (UFPA) 
Estagiário do Laboratório de Cirurgia 
Experimental (LCE – UEPA) 
 
Lucas Nascimento Galvão 
Graduando do Curso de Medicina do Centro 
Universitário do Estado do Pará (CESUPA) 
Estagiário do Laboratório de Cirurgia 
Experimental (LCE – UEPA) 
Coordenador discente do I Curso Básico de 
Semiotécnica Médica. 
 
 
 
6 
 
Luciana Gonçalves de Oliveira 
Graduanda do Curso de Medicina da 
Universidade Federal do Pará (UFPA) 
 
Monique Almeida Silva 
Graduanda do Curso de Medicina do Centro 
Universitário do Estado do Pará (CESUPA) 
 
Pamella Fonseca Barbosa 
Graduanda do Curso de Medicina da 
Universidade Federal do Pará (UFPA) 
 
Pedro Teles da Silva Júnior 
Graduando do Curso de Medicina da 
Universidade do Estado do Pará (UEPA) 
 
Poliana Soares de Souza 
Graduanda do Curso de Medicina da 
Universidade do Estado do Pará (UEPA) 
 
Roberta da Conceição Martins 
Graduanda do Curso de Medicina do Centro 
Universitário do Estado do Pará (CESUPA) 
 
Rodrigo Paracampo Couteiro 
Graduando do Curso de Medicina da 
Universidade do Estado do Pará (UEPA) 
Estagiário do Laboratório de Cirurgia 
Experimental (LCE – UEPA) 
 
 
 
 
 
 
 
Shádya Teixeira Amer 
Graduanda do Curso de Medicina do Centro 
Universitário do Estado do Pará (CESUPA) 
 
Thiago André Nazaré Reis 
Graduando do Curso de Medicina da 
Universidade Federal do Pará (UFPA) 
 
Thiago Farias Câmara 
Graduando do Curso de Medicina da 
Universidade do Estado do Pará (UEPA) 
 
Talytta Gomes e Silva 
Graduanda do Curso de Medicina do Centro 
Universitário do Estado do Pará (CESUPA) 
 
Ulisses Tavares de Arruda 
Graduando do Curso de Medicina da 
Universidade Federal do Pará (UFPA) 
 
Wescley Miguel Pereira da Silva 
Graduando do Curso de Medicina da 
Universidade Federal do Pará (UFPA) 
Estagiário do Laboratório de Cirurgia 
Experimental (LCE – UEPA) 
Coordenador discente do I Curso Básico de 
Semiotécnica Médica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Agradecimento especial 
 
 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ 
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde 
Laboratório de Habilidades Médicas 
Mestrado Profissional em Cirurgia e Pesquisa Experimental. 
 
Reitor da UEPA: 
Prof. Dr. Juarez Antônio Simões Quaresma 
Vice Reitor 
Prof. Rubens Cardoso da Silva 
Pró-reitor de pesquisa: 
Prof. Douglas Rodrigues da Conceição 
Pró-reitora de extensão: 
Prof.ª Dr.ª Mariane Cordeiro Alves Franco 
Diretora do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde: 
Prof.ª Dr.ª Ilma Pastana Ferreira 
Coordenadora do Curso de Medicina: 
Prof.ª Dr.ª Elaine Xavier Prestes 
Coordenadora do Laboratório de Habilidades Médicas: 
Prof.ª Dr.ª Nara Macedo Botelho 
Coordenador do Programa de Mestrado Profissional em Cirurgia e 
Pesquisa Experimental: 
Prof. Dr. Marcus Vinicius Henriques Brito 
 
Trabalho desenvolvido no Programa de Mestrado Profissional em Cirurgia e 
Pesquisa Experimental como um dos produtos da tese da pós-graduanda Dr.ª Ana Paula 
Santos Oliveira Brito, sob orientação do Prof. Dr. Edson Yuzur Yasojima. 
 
 
 
 
8 
 
SUMÁRIO 
 
CAPÍTULO I - EXAME FÍSICO QUALITATIVO ......................................................... 11 
ESTADO GERAL ........................................................................................................ 13 
NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA....................................................................................... 13 
BIOTIPO ....................................................................................................................... 14 
PELE ............................................................................................................................. 15 
MUCOSAS VISÍVEIS ................................................................................................. 19 
MARCHA ...................................................................................................................... 21 
CAPÍTULO II - EXAME FÍSICO QUANTITATIVO ..................................................... 27 
PRESSÃO ARTERIAL ............................................................................................... 28 
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS (Peso, Altura, IMC e RCQ) ........................... 32 
PESO ......................................................................................................................... 32 
ALTURA ................................................................................................................... 33 
ÍNDICE DE MASSA CÓRPOREA .......................................................................... 34 
RELAÇÃO CINTURA-QUADRIL (RCQ) .............................................................. 34 
RESPIRAÇÃO ............................................................................................................. 35 
PULSOS ....................................................................................................................... 36 
PALPAÇÃO DOS PULSOS ARTERIAIS ............................................................... 37 
AVALIAÇÃO DOS PULSOS................................................................................... 38 
PULSOS ARTERIAIS: ............................................................................................. 40 
TEMPERATURA ......................................................................................................... 46 
GÂNGLIOS .................................................................................................................. 49 
CADEIAS OU GRUPOS GANGLIONARES .......................................................... 50 
EXAME DA TIREÓIDE............................................................................................... 55 
CAPÍTULO III - OSTEOARTTICULAR......................................................................... 58 
COLUNA VERTEBRAL .......................................................................................... 60 
COLUNA VERTEBRAL CERVICAL ..................................................................... 62 
COLUNA TORÁCICA ............................................................................................. 65 
COLUNA LOMBAR ................................................................................................ 68 
OMBRO..................................................................................................................... 69 
COTOVELO .............................................................................................................. 82 
MÃOS E PUNHOS ................................................................................................... 89 
JOELHO .................................................................................................................... 99 
TORNOZELO E PÉ ................................................................................................ 109 
R.Arruda
Realce
R.Arruda
Realce
R.Arruda
Realce
R.Arruda
Realce
 
 
9 
 
CAPÍTULO IV – TÓRAX .............................................................................................. 121 
INSPEÇÃO .................................................................................................................. 123 
Inspeção estática ...................................................................................................... 123 
Inspeção dinâmica ................................................................................................... 134 
PALPAÇÃO ................................................................................................................ 138 
PERCUSSÃO .............................................................................................................. 151 
AUSCULTA: ............................................................................................................... 155 
REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 163 
CAPÍTULO V – PRECÓRDIO ....................................................................................... 164 
INTRODUÇÃO: .......................................................................................................... 166 
NOÇÕES BÁSICAS: .................................................................................................. 166 
Focos de ausculta ..................................................................................................... 167 
Ciclo cardíaco .......................................................................................................... 168 
INSPEÇÃO:................................................................................................................. 171 
Inspeção estática ...................................................................................................... 171 
Inspeção dinâmica ................................................................................................... 172 
PALPAÇÃO ................................................................................................................ 174 
AUSCULTA ................................................................................................................ 179 
CAPÍTULO VI – ABDOME ........................................................................................... 188 
ABORDAGEM GERAL ............................................................................................. 190 
INSPEÇÃO .................................................................................................................. 192 
Inspeção estática ...................................................................................................... 192 
Inspeção dinâmica ................................................................................................... 199 
AUSCULTA ................................................................................................................ 201 
PERCUSSÃO .............................................................................................................. 202 
PALPAÇÃO ................................................................................................................ 204 
Palpação Superficial ................................................................................................ 204 
Palpação Profunda ................................................................................................... 207 
MANOBRAS ESPECIAIS .......................................................................................... 208 
Fígado ...................................................................................................................... 208 
Baço ......................................................................................................................... 212 
CAPÍTULO VII – MANOBRAS DOLOROSAS e ASCITE ......................................... 216 
MANOBRAS DOLOROSAS DO ABDOME ............................................................ 218 
Fígado ...................................................................................................................... 218 
Vesícula Biliar ......................................................................................................... 219 
Apêndice Vermiforme ............................................................................................. 220 
Rins .......................................................................................................................... 225 
R.Arruda
Realce
R.Arruda
Realce
R.Arruda
Realce
 
 
10 
 
MANOBRAS DE ASCITE ......................................................................................... 227 
CAPÍTULO VIII – REFLEXOS ..................................................................................... 232 
CONCEITO DE REFLEXOS ..................................................................................... 234 
O ARCO REFLEXO ................................................................................................... 234 
CARACTERÍSTICAS DOS REFLEXOS................................................................... 235 
CLASSIFICAÇÃO DOS REFLEXOS ........................................................................ 237 
SEMIOTÉCNICA DOS REFLEXOS ......................................................................... 238 
DOS MEMBROS SUPERIORES: .......................................................................... 239 
DOS MEMBROS INFERIORES: ........................................................................... 242 
REFLEXOS PROFUNDOS AXIAIS:..................................................................... 244 
 
 
 
 
11 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ 
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde 
Mestrado Profissional em Cirurgia e Pesquisa Experimental. 
Laboratório de Habilidades Médicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO I - EXAME FÍSICO QUALITATIVO 
 
 
 
 
 
 
 
Belém - Pará 
2016 
 
12 
 
AUTORES 
 
Prof. Dr. Marcus Vinicius Henriques Brito 
Dr.ª Ana Paula Santos Oliveira Brito 
Dr.ª Rafaela de Souza Dias Neves 
Dr.ª Louise Tandaya Bendahan 
 
COLABORADORES 
 
Brisa da Silva Lopes 
Daniela Vale Dias 
Danilo Dantas Figueiredo 
Flávia Dias Alcântara de Oliveira 
Pamella Fonseca Barbosa 
Poliana Soares de Souza 
Wescley Miguel Pereira da Silva 
 
 
 
13 
 
ESTADO GERAL 
Esta é uma avaliação subjetiva, devendo ser baseado nas observações 
e interpretaçõesdos sintomas e dados exibidos pelo paciente. A descrição do 
estado geral é dependente da experiência do examinador, em detectar o que 
aparenta o doente em sua totalidade. Podem assim ser classificado: Bom Estado 
Geral, Regular Estado Geral ou Ruim Estado Geral. 
Torna-se necessário destacar que a avaliação do estado geral pode ter 
valor prognóstico, uma vez que, por exemplo, pacientes portadores de doenças 
graves podem apresentar um bom estado geral, o que significa que organismo 
do mesmo possa estar reagindo bem ao estado de doença. Outro ponto 
importante para se falar é que o estado geral pode estar dissociado do grau da 
gravidade da doença, de tal forma que, por exemplo, um paciente com câncer de 
próstata com metástase óssea pode apresentar-se em bom estado geral, 
dependendo de quando for avaliado. 
 
SEMIOTÉCNICA 
 
Avaliação do estado geral depende do olhar clínico do médico avaliador, 
sendo subjetivo. 
 
DESCRIÇÃO 
 
 
 
 
 
NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA 
O nível de consciência corresponde ao grau de alerta comportamental 
apresentado pelo indivíduo. Em relação a palavra consciência, é importante 
ressaltar que não existe uma conceituação satisfatória acerca da mesma e, por 
isso, utiliza-se uma definição com valor operacional: consciência representa um 
estado de perfeito conhecimento de si próprio e do ambiente. 
Na avaliação do estado geral, o paciente ___________ revelou-se em um 
____________ estado geral. 
 
 
 
14 
 
Nível de consciência normal ou vigil: o paciente está conversando e 
responde a estímulos vocais. 
Sonolento ou obnubilado: está alterada a capacidade de pensar 
claramente, para perceber, responder e recordar os estímulos comuns, com a 
rapidez habitual. O paciente tende a cair em sono quando não estimulado. Às 
vezes, é necessário falar alto ou tocá-lo para que compreenda uma pergunta. 
Torporoso: estado no qual apenas estímulos externos vigorosos e 
diretos despertam o paciente. 
Comatoso: é um estado de irresponsividade onde não é possível 
despertar o paciente, nem com estímulos vigorosos. 
SEMIOTÉCNICA: 
 Perguntar ao paciente, de forma que pareça uma conversa, se ele 
sabe quem ele é, o que ele faz, a data e onde ele está. 
- Avalia-se o estado de lucidez ou de alerta que a pessoa se encontra. 
- Observa-se o grau de orientação da realidade externa (olopsíquica) e 
de si mesmo (autopsíquica) que o paciente possui. 
DESCRIÇÃO 
Descrição normal: Paciente X encontra-se consciente no tempo, espaço 
e pessoa, sem qualquer distúrbio de orientação. 
Descrição patológica: Paciente X encontra-se inconsciente, em estado 
de torpor, não orientado em tempo, espaço e pessoa. 
BIOTIPO 
Observa-se o tipo morfológico do paciente. 
 
Brevilíneo: 
- Pescoço curto e grosso; 
- Tórax com diâmetro transversal aumentado (tórax alargado e grosso); 
- Membros curtos em relação ao tronco; 
- Costelas e clavículas horizontalizadas; 
- Ângulo de Charpy maior que 90°; 
- Musculatura desenvolvida e panículo adiposo espesso; 
- Tendência para baixa estatura. 
 
 
 
15 
 
Longilíneo: 
 
- Pescoço longo; 
- Tórax com diâmetro vertical aumentado (afilado e chato); 
- Clavículas oblíquas; 
- Membros alongados com franco predomínio sobre o tronco; 
- Ângulo de Charpy menor que 90º; 
- Musculatura delgada e panículo adiposo pouc o desenvolvido; 
- Tendência para estatura elevada. 
 
Normolíneo: 
 
- Constitui o tipo morfológico intermediário com físico harmônico; 
- Equilíbrio entre os membros e o tronco; 
- Desenvolvimento harmônico da musculatura e do panículo adiposo; 
- Ângulo de Charpy em torno de 90°. 
 SEMIOTÉCNICA 
-Informar ao paciente sobre o procedimento a ser realizado, pedindo seu 
consentimento. 
- Paciente em posição ereta de frente para o avaliador 
 - Observar o comprimento e formato do pescoço, toráx e membros 
- Verificar angulação aproximada do ângulo de Charpy, observando o 
ângulo formado pela junção das duas rebordas costais no apêndice xifoide. 
 
DESCRIÇÃO 
O biótipo do paciente X apresenta biotipo _____. 
 
PELE 
A pele é um importante órgão do corpo humano que possui como funções 
principais: retenção de líquidos, manutenção da temperatura corpórea, síntese 
da vitamina D e barreira mecânica contra a passagem de microorganismos, 
radiação solar e substâncias nocivas. 
 
 
16 
 
SEMIOTÉCNICA 
A superfície cutânea deve ser inspecionada sob boa iluminação, de 
preferência com luz natural. 
Região deve está desnuda. OBS: Prezar pelo pudor do paciente. 
Inspeção e palpação. 
Avaliação e localização das lesões. 
Durante a inspeção e palpação devem-se observar as seguintes 
características: 
1. Temperatura: Diferenciar a temperatura corporal da temperatura da 
pele. 
-Avaliar regiões homólogas com o dorso da mão sob a pele. 
-Se apresentar diferença de mais de 2°C é indicativo de doença 
isquêmica (-2°C) ou processo inflamatório (+2°C). 
2. Espessura: Classificada em pele atrófica (pele fina, típica em idosos) 
ou pele hipertrófica (calos). 
3. Mobilidade: Deve ser realizada uma prega cutânea e avaliar o quanto 
a pele se desloca no plano horizontal, sendo considerada: normal, 
aumentada ou diminuída. 
4. Elasticidade: Após a prega cutânea, deve-se avaliar a capacidade da 
pele em se distender. 
5. Coloração: Pesquisar o tipo de alteração. 
5.1. Cianose: Coloração azul/arroxeada da pele devido ao 
aumento de hemoglobina reduzida no sangue, classificada como 
central e/ou periférica. 
5.2. Palidez: Caracteriza-se pela diminuição de hemácias 
circulantes na pele. Exemplo: anemia. 
5.3. Vermelhidão (eritrose): Acúmulo de hemácia na pele. 
Exemplo: Eritrodermia. 
5.4. Icterícea: Coloração amarelada devido ao acúmulo de 
bilirrubina. Pode ser considerada como fisiológica ou patológica. 
6. Umidade: Grau de hidratação da pele. Deve-se realizar o sinal da 
prega, considera-se 1 segundo: normal, sinal da prega negativo; 2 
segundos: anormal, lentificado e 8 segundos anormal, extremamente 
lentificado. 
R.Arruda
Realce
R.Arruda
Realce
 
 
17 
 
7. Turgor: Capacidade da pele em resistir a deformidades, ou seja, 
característica da pele de voltar ao normal após a realização do sinal 
da prega, ou seja, a velocidade com que a prega se desfaz. O turgor 
da pele pode estar normal ou diminuído. 
8. Textura: Deve-se deslizar a popa digital sobre a superfície da pele, 
afim de observar a espessura da mesma, classifica-se em normal, lisa, 
áspera. 
9. Sensibilidade: Utilizam-se tubos de ensaio contendo água fria e quente 
para avaliar a sensibilidade térmica; com alfinetes na superfície 
corporal avalia-se a sensibilidade dolorosa e com algodão avalia-se a 
sensibilidade tátil. 
10. Classificação das lesões elementares: 
1. Lesões planas: Lesões sem borda elevada. 
-Manchas ou máculas, dependendo da cor são classificadas em 
hipercrômicas, hipocrômicas ou acrômicas. 
-Consideradas vasculares as que desaparecem durante a técnica de 
digitopressão ou vitopressão. Exemplos: Eritemas e telangiectasia. 
Quando permanecem durante a técnica são consideradas 
hemorrágicas. Exemplos: Petéquia, equimose e víbice. 
 
2. Lesões sólidas: 
2.1. Pápula: até 0,5 cm. 
2.2. Tubérculo: lesão dura elevada e circunscrita, diâmetro maior 
que 0,5 cm. 
Liquenificação: Espessamento da pele em geral circunscrito e com sulcos e 
saliências da pele mais destacados. 
2.3. Edema: Infiltrado do tecido subcutâneo, podendo ser 
localizado ou generalizado, doloroso ou indolor. 
-Realizar: Sinal do Cacifo. 
2.4. Nódulos 
2.4.1. Sólidos: lesão ovoide maciça, de localizaçãohipodérmica. É 
importante descrever tamanho, consistência e mobilidade. 
2.4.2. Cistos: São nodulações formadas por uma cápsula com 
conteúdo gelatinoso ou grumoso. Tem superfície lisa, não 
 
 
18 
 
endurecido. O Conteúdo pode estar infectado e ter aspecto 
purulento. 
2.5. Vegetação: Lesão de crescimento exterior causada pela 
hipertrofia das papilas dérmicas. 
 
3. Lesões de conteúdo líquido: Lesão circunscrita. 
3.1. Vesícula: Até 1,0 cm com conteúdo de líquido claro. 
3.2. Bolha: Acima de 1,0 cm com conteúdo de líquido claro. 
3.3. Pústula: Conteúdo purulento. Geralmente se origina de uma 
vesícula que sofreu contaminação. 
3.4. Abcesso: Lesão com localizações variadas (subcutâneo, 
músculos, cavidades, etc.), não capsuladas, infiltrativas de 
conteúdo purulento. 
 
4. Lesões de continuidade: 
4.1. Exulceração/erosão: Perda de epiderme. 
4.2. Úlcera: Perda de epiderme e derme. 
4.3. Fissuras ou rágades (rachaduras): Perda linear de pele. 
 
5. Lesões caducas: 
5.1. Escaras: Lesão com tecido necrótico. 
5.2. Escamas: Perda de parte do tecido epidérmico. 
5.3. Crostas: Ressecamento de sangue e pus. 
 
6. Sequelas: 
- Atrofia/afinamento da pele. Exemplo: Estria gravídica. 
- Cicatriz: Substituição de tecido normal por tecido fibroso. 
 
Descrição fisiológica: 
 
 
 
 
Paciente X apresenta pele de cor (branca/parda/negra) com os seguintes aspectos 
(temperatura/espessura/mobilidade/coloração/umidade/textura/turgor/elasticidade/ 
sensibilidade) fisiológicos, sem lesões elementares e compatíveis com a idade. Pele não 
apresenta cicatrizes, tatuagens, abaulamentos. 
 
 
19 
 
Descrição patológica: 
 
 
 
 
MUCOSAS VISÍVEIS 
 
As mucosas visíveis a olho nu são a mucosa bucal, lingual, gengival, 
lábio-bucal e a conjuntival. A inspeção deve ser sempre feita com boa 
iluminação, de preferência luz natural. 
Para o exame das mucosas orais é necessário solicitar que o paciente 
abra a boca, coloque a língua para fora, e a movimente para cima, para baixo, 
esquerda e direita para que sejam examinadas a superfície inferior e superior da 
língua, assim como o assoalho da boca, os palatos duro e mole, gengiva, pilares 
e úvula. 
Para examinar a superfície lateral da língua, o médico deve calçar luvas, 
pedir que o paciente coloque a língua para fora, tracionar levemente a língua 
utilizando uma gaze, movimentando-a lateralmente. 
Para o exame das escleróticas, o examinador deve solicitar ao paciente 
que olhe para cima enquanto aquele comprime as pálpebras inferiores com os 
polegares, expondo as mucosas. Os principais aspectos a ser observados são a 
coloração, a umidade e a presença ou ausência de lesões. 
 
Características: 
 
1. Coloração: 
Podem ser classificadas como normo, hipo, hiper ou descoradas, além de 
ictérica ou cianótica. 
 
a ) Normocoradas: Caracterizam por apresentar uma coloração rosa-
avermelhada devido a sua rica rede vascular. 
 
b) Descoradas: São aquelas que perderam completamente a cor normal, 
tornando-se esbranquiçadas. 
c) Hipocoradas: São as que apresentam algum grau de diminuição na sua cor 
original; pode-se fazer uma graduação desta palidez, utilizando o número de 
cruzes, podendo variar de uma a quatro cruzes. Esta graduação depende da 
experiência do examinador. 
Paciente X apresenta mancha hipercrômica de 1 cm na parte anterior da coxa direita. 
 
 
20 
 
Quatro cruzes caracterizam as descoradas e uma cruz, refere-se àquelas que 
tem pequeno grau de descoramento. As mucosas descoradas podem ser 
sugestivas de anemia. 
d) Hipercoradas: São as mucosas com aumento da coloração normal podendo 
até mudar de tonalidade pendendo para o arroxeado. Indica aumento do número 
de hemácias ou hiperemia naquela área indicando inflamações ou policitemia. 
e) Cianóticas: São as mucosas que possuem coloração azulada indicando 
oxigenação deficiente. 
f) Ictéricas: A icterícia caracteriza-se por tornar as mucosas amareladas ou 
amarelas esverdeadas devido à impregnação da bilirrubina aumentada no 
sangue. É mais visível na mucosa conjuntival, esclerótica e o freio da língua. 
 
2. Umidade: 
Normalmente as mucosas são úmidas, principalmente a lingual e bucal. 
Podem ser úmidas ou secas. As úmidas (normais) traduzem bom estado de 
hidratação. As secas perdem o brilho e adquirem aspecto ressequido. 
 
3. Lesões: 
Verificar se há ulcerações, placas esbranquiçadas, nódulos, 
espessamentos, infiltrações teciduais. No envenenamento por chumbo pode 
haver uma linha negra na gengiva. Qualquer lesão pode ser indicativa de câncer 
de boca, se a lesão for endurecida maior é a possibilidade de malignidade. 
 
 Queilose labial 
É a erosão das comissuras labiais. Ocorre nas deficiências nutritivas, 
principalmente após o uso de antibióticos que destro em a flora intestinal que 
sintetiza as vitaminas do complexo B. 
 
Descrição fisiológica: 
 
 
 
 
Descrição patológica: 
 
 
 
Paciente X apresenta mucosas (conjuntival, labial, oral, vaginal, etc.), normocoradas, 
úmidas de aspecto compatível com a idade e sem lesões visíveis. 
Paciente X apresenta mucosas (conjuntival, labial, oral, vaginal, etc.), hipocoradas (++/4+), 
ressecadas e com queilose labial à direita. 
 
 
 
21 
 
MARCHA 
A marcha (maneira de andar do indivíduo) requer uma série de 
movimentos coordenados e a manutenção de um equilíbrio. 
A marcha normal ou eubásica é peculiar a cada pessoa, podendo ser 
descrita como o avanço dos membros executando movimentos alternados de 
flexão e extensão. Ao avançar um dos membros inferiores, o membro superior 
do lado oposto é automaticamente levado para frente, e isso constitui o 
movimento automático associado e, muitas vezes, pode refletir traços da 
personalidade como insegurança, timidez, tristeza, orgulho, entre outros estados 
emocionais. 
Em síntese, as ações cerebelares, atuando por modificações do tônus 
muscular, são fundamentais para que a marcha seja executada corretamente. 
Nos casos de patologias, a marcha anormal (disbásica) pode nos revelar 
lesões no aparelho locomotor (osteoarticulares, musculares e nervos 
periféricos), ou também na principal via motriz – via piramidal – os centros: 
corticais, subcorticais, cerebelares, vestibulares, e o sistema extrapiramidal, são 
indícios seguros de comprometimento no sistema nervoso. 
 
 Tipos de Marcha 
1. Marcha helicópode, ceifante, em foice, hemiplégica, helicoidal, 
espasmódica ou de Todd 
DISTÚRBIO: típica do hemiplégico, devido a posição adotada pelo 
mesmo com lesão da via piramidal na cápsula interna, por exemplo, esta é 
conhecida como posição de Todd (flexão do membro superior e extensão do 
membro inferior). A causa mais comum é por um acidente vascular cerebral. 
DESCRIÇÃO: membro superior fletido em 90o no cotovelo e em adução a 
mão fechada em leve pronação. Ocorrerá adução da coxa, extensão do joelho 
mais inversão do pé. Para evitar que o pé se arraste no chão, o paciente eleva o 
quadril. 
Esse paciente anda traçando um semicírculo com o lado acometido (foice 
em ação). Arrasta o pé que se apoia no solo pela sua borda externa e ponta 
(marcha helicoidal). 
O hemiplégico ao caminhar faz um ruído típico. 
 
 
22 
 
 
Fonte: 
http://www.gastromerida.com/secciones/semiologia/neurologico/sindromes/cereb
eloso.html 
 
2. Marcha em tesoura ou espástica 
DISTÚRBIO: na doença de Little (diplegia cerebral congênita), nas formas 
espásticas da paralisia cerebral e na Síndrome de Lesch-Nyhan, pode constatar-
se marcha digitígrafa (na ponta dos pés). 
DESCRIÇÃO: a marcha é rígida,o infante anda cruzando as pernas como 
de fosse tesoura, os passos são curtos e os pés se arrastam (tesoura em ação). 
Detecta-se espasmo dos adutores e rotadores internos dos membros inferiores. 
 
 
Fonte: http://fisiomalu.blogspot.com.br/p/blog-page_11.html 
 
 
 
 
23 
 
3. Marcha hélicopode 
DISTÚRBIO: é típica do histérico. São múltiplas as formas da marcha 
histérica na prática, devido a variedade da própria doença. 
DESCRIÇÃO: paciente anda em linha reta, arrastando os pés como se 
estivesse patinando. Não ceifam. Às vezes marcham em ziguezague. 
 
4. Marcha tabética ou tanolante 
DISTÚRBIO: é típica do tabético, devido à falha de informação 
propioceptiva da sensibilidade profunda (estímulo dos ossos, articulações e 
músculos), por lesão do cordão posterior da medula (tabes dorsalis), obrigando o 
paciente a olhar constantemente aonde coloca os pés. 
DESCRIÇÃO: para se deslocar o doente coloca os olhos fixos no chão, os 
membros inferiores são levantados de maneira brusca e agressiva, ocorre 
hiperextensão do joelho e os calcanhares são recolocados no solo de forma 
explosiva e pesada (por isso diz-se que o tabético tanoleia). 
De olhos fechados o paciente cai, tornando a marcha impossível, sendo 
os olhos a “muleta do tabético”. 
 
5. Marcha cerebelar, ebriosa (ou de ébrio) ou atáxica 
 DISTÚRBIO: ocorre em lesões cerebelares unilaterais, como tumores 
(astrocitoma), processo vascular cerebelar ou em doenças desmielinizantes 
(esclerose em placas). 
DESCRIÇÃO: o paciente vacila ao tentar caminhar, tendendo a cair para 
um dos lados (lateropulsão) ou para frente (propulsão) ou para trás (retropulsão). 
Ao pedir que o paciente ande em linha reta este sempre se desviará da 
trajetória, fazendo um ziguezague como se fosse um ébrio. 
As lateropulsões são sempre para o lado da lesão. 
 
 
24 
 
 
Fonte: 
http://www.gastromerida.com/secciones/semiologia/neurologico/sindromes/cereb
eloso.html 
 
6. Marcha vestibular ou em estrela 
DISTÚRBIO: característico das labirintopatias e serve da teste; indivíduo 
marcha sob forma de uma estrela – Prova de Babinski-Weill 
DESCRIÇÃO: quando paciente anda para frente, se desvia para um dos 
lados. Quando anda para trás, se desvia para o lado oposto; descrevendo a 
forma de um estrela, é como se fosse empurrado para o lado quando tenta se 
mover em linha reta. 
 
7. Marcha escarvante 
DISTÚRBIO: quando o doente tem paralisia do movimento de flexão 
dorsal do pé. 
DESCRIÇÃO: ao tentar caminhar o paciente toca com a ponta do pé no 
solo e tropeça, para evitar a queda, o paciente levanta de maneira exagerada o 
membro inferior, como se fosse o “passo de ganso” dos soldados da antiga 
Prússia. 
 
 
 
 
25 
 
8. Marcha de pequenos passos 
DISTÚRBIO: observa-se nas lesões dos gânglios da base que levam a 
rigidez (corpo estriado) e nos casos arteriosclerose cerebral difusa (Síndrome 
pseudobulbar). 
DESCRIÇÃO: paciente da passos muito curtos e lentos (bradibasia), 
arrasta o pé como se estivesse dançando “marchinha carnavalesca”. 
 
9. Marcha parkinsoniana, de passos curtos ou miúdos 
DISTÚRBIO: os movimentos automáticos dos membros superiores se 
perdem por lesão do sistema extrapiramidal, associados com distúrbios dos 
gânglios da base. 
DESCRIÇÃO: paciente caminha como um bloco rígido, os braços ficam 
flexionados nos cotovelos e punhos e as mãos ficam em constante movimento 
involuntário, como se estivesse contando cédulas de dinheiro “movimento de 
contar grana”, inclinando cabeça e tronco para frente diminuindo seu centro de 
gravidade como se corresse atrás dele. Os passos são curtos e os pés são 
arrastados para frente. 
 
 
Fonte: 
http://www.gastromerida.com/secciones/semiologia/neurologico/sindromes/cereb
eloso.html 
 
 
 
 
 
26 
 
10. Marcha coréica 
DISTÚRBIO: é característico da coréia de Huntington, desordem 
hereditária e degenerativa do sistema nervoso, caracterizada por demência e 
alterações na personalidade. 
DESCRIÇÃO: o paciente cambaleia de um lado para o outro, dando 
passadas de diferentes distâncias, iniciando e parando em seguida, associado 
com o movimento brusco e desordenado dos membros superiores, como se o 
paciente quisesse arremessar os próprios braços para longe de si, lembrando a 
marcha do palhaço. 
 
11. Marcha anserina ou de pato 
DISTÚRBIO: típica de distrofia muscular progressiva ou das miopatias 
com comprometimento da musculatura paravertebral, pélvica ou das coxas. 
DESCRIÇÃO: o paciente apresenta lordose avançada e acentuada 
inclinando o tronco de forma alternada para a direita e para a esquerda, 
lembrando a marcha de um pato. 
 
12. Marcha batráquia ou de sapo 
 DISTÚRBIO: ocorre nos estados avançados de miopatias (distrofia 
muscular progressiva). 
 DESCRIÇÃO: o paciente não consegue mais ficar na posição em pé, 
entretanto ainda consegue se deslocar, apoiando-se em suas mãos e pés sobre 
o solo, ficando agachado com o tronco e pulando como se fosse um sapo. 
 
13. Marcha claudicante 
 DISTÚRBIO: ocorre na insuficiência arterial 
periférica e nas lesões do aparelho locomotor. 
 DESCRIÇÃO: ao caminhar o paciente “manca” 
para um dos lados. 
 
Fonte:http://fisiomalu.blogspot.com.br/p/blog-
page_11.html 
 
 
 
27 
 
 
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ 
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde 
Mestrado Profissional em Cirurgia e Pesquisa Experimental. 
Laboratório de Habilidades Médicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO II - EXAME FÍSICO QUANTITATIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
PRESSÃO ARTERIAL 
INSTRUMENTOS UTILIZADOS: 
1- Esfigmomanômetro 
 
 
2 - Estetoscópio 
SEMIOTÉCNICA: 
 
1- Apresentar-se, explicar o exame ao paciente e pedir autorização para sua 
execução. Lembrar-se de lavar as mãos antes de tocar no paciente e limpar o 
estetoscópio com álcool. 
 
ATENÇÃO: paciente não deve estar de pernas cruzadas durante a realização do 
exame. 
Procedimentos recomendados para a medida da pressão arterial: 
PREPARO DO PACIENTE: 
1) Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso por pelo 
menos 5 minutos em ambiente calmo. Deve ser instruído a não conversar 
durante a medida. Possíveis dúvidas devem ser esclarecidas antes ou 
após o procedimento. 
2) Certificar-se de que o paciente NÃO: • está com a bexiga cheia • praticou 
exercícios físicos há pelo menos 60 minutos • ingeriu bebidas alcoólicas, 
café ou alimentos • fumou nos 30 minutos anteriores. 
Mecânico 
de Coluna 
de Mercúrio 
 
Mecânico 
Aneróide 
 
Digital 
R.Arruda
Realce
 
 
29 
 
3) Posicionamento do paciente: Deve estar na posição sentada, pernas 
descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e 
relaxado. O braço deve estar na altura do coração (nível do ponto médio 
do esterno ou 4o espaço intercostal), livre de roupas, apoiado, com a 
palma da mão voltada para cima e o cotovelo ligeiramente fletido. Para a 
medida propriamente: 1. Obter a circunferência aproximadamente no 
meio do braço. Após a medida selecionar o manguito de tamanho 
adequado ao braço*. 
4) Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital. 
5) Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria 
braquial. 
6) Estimar o nível da pressão sistólica pela palpação do pulso radial. O seu 
reaparecimento corresponderá à PA sistólica. 
7) Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o 
diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva. 
8) Inflar rapidamenteaté ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da 
pressão sistólica, obtido pela palpação. 
9) Proceder à deflação lentamente (velocidade aproximada de 10 mmHg por 
segundo). 
10) Determinar a pressão sistólica pela ausculta do primeiro som (fase I de 
Korotkoff), que é em geral fraco seguido de batidas regulares, e, após, 
aumentar ligeiramente a velocidade de deflação. 
11) Determinar a pressão diastólica no desaparecimento dos sons (fase V de 
Korotkoff). 
12) Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar 
seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. 
13) Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão 
diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores 
da sistólica/diastólica/zero. 
14) Sugere-se esperar em torno de um minuto para nova medida, embora 
esse aspecto seja controverso10,11. 
15) Informar os valores de pressões arteriais obtidos para o paciente. 
16) Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o braço em que a 
pressão arterial foi medida. 
R.Arruda
Realce
 
 
30 
 
17) Retirar o manguito e agradecer ao paciente. 
 
SONS DE KOROTKOFF 
Fases Sons Base teórica 
I Claro, súbito, forte. Pressão da bolsa = pressão sistólica. 
II Batimentos com sopro. 
Dilatação da artéria pressionada criando 
fluxo turbilhonado. 
III 
Desaparecimento dos 
sopros, sons mais nítidos e 
intensos. 
A artéria continua a se dilatar com a 
diminuição da pressão do manguito. 
IV 
Os sons tornam-se 
abruptamente mais suáveis 
e abafados. 
Pressão da bolsa = pressão diastólica. 
V Desaparecimento dos sons 
Restabelecimento do calibre normal da 
artéria 
 
 
Descrição: 
 
 
 
 
Obs: a) Não esquecer de referir quando o exame foi prejudicado; 
 b) Não pendurar o estetoscópio no pescoço, pois o mesmo pode bater no 
paciente; 
 c) Deixar o paciente em posição confortável; 
 d) Aferir a pressão sempre nos dois membros, que devem ter a pressão 
aferida no mesmo nível. Caso não seja possível, relatar a causa. 
 e) Aferir com o paciente em pelo menos duas posições, geralmente 
sentado e deitado, com intervalos de 3 a 5 minutos entre as aferições. 
 
 
À aferição da pressão arterial do membro superior direito ou esquerdo (braço D o E) 
do paciente ______, observou-se PA sistólica de X mmHg e PA diastólica de Y 
mmHg. 
 
R.Arruda
Realce
 
 
31 
 
Idosos podem tem alterações próprias do envelhecimento determinam 
aspectos diferenciais na PA dessa população como, maior frequência de “hiato 
auscultatório”, que consiste no desaparecimento dos sons durante a deflação do 
manguito, geralmente entre o final da fase I e o início da fase II dos sons de 
Korotkoff, resultando em valores falsamente baixos para a sistólica ou 
falsamente altos para a diastólica 
 
 
Dimensões da bolsa de borracha para diferentes circunferências de braço 
 
CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL: 
Classificação Pressão sistólica 
Pressão 
diastólica 
ótima <120 mmHg <80 mmHg 
Normal <130 mmHg <85 mmHg 
Limítrofe 130-139 mmHg 85-89 mmHg 
Hipertensão 1 140-159 mmHg 90-99 mmHg 
Hipertensão 2 160-179 mmHg 100-109 mmHg 
Hipertensão 3 > 180mmHg > 110 mmHg 
Hipertensão 
sistólica isolada 
>140 mmHg < 90 mmHg 
 
 
R.Arruda
Realce
 
 
32 
 
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS (Peso, Altura, IMC e RCQ) 
PESO 
Utiliza-se aparelhos denominados de balança, podendo essas serem comuns, 
digitais e cama-balança. Esta ultima variedade por sua vez é utilizada em 
pacientes que não podem deambular. 
 
Tipos de balança: 
a) 
b) 
c) 
d) 
e) 
f) 
g) 
As balança antropométricas comuns As Balanças 
digitais 
 
Para o recém-nascido é necessário balança própria que suportam até 
15kg; e para os pacientes acamados usa-se a cama-balança. 
 
 
 
 
 
Balança para recém nascidos 
 
CUIDADOS: 
TARE a balança antes da aferição. 
O paciente deve estar descalço, apenas com suas roupas intimas. 
No caso de impossibilidade dessa situação ideal, lembrar de subtrair o 
peso da vestimenta que fica normalmente entre 1,0 a 1,5kg. 
Nunca deve se arredondar o valor encontrado. 
R.Arruda
Realce
 
 
33 
 
SEMIOTÉCNICA: 
-Informar ao paciente sobre o procedimento a ser realizado, pedindo seu 
consentimento. 
-Paciente com os pés unidos ao centro e de frente da balança. 
-Indagar ao paciente valor da última aferição realizada. 
-Regular primeiramente o cursor correspondente às dezenas e depois o 
referente às unidades de quilogramas. 
-Pedir ao paciente que desça da balança para avaliação do resultado. 
Descrição 
h) 
i) 
 
ALTURA 
 Na pratica diária, a única medida rotineira no adulto é a planta-vértice 
(planta dos pés ao vértice da cabeça). Determina-se por meio de uma haste 
centimetrada que acompanha as balanças ergométricas ou que se afixa à uma 
parede. 
Na criança, recomenda-se medir a altura na posição deitada até os 4 anos 
de idade, usando uma régua graduada com uma placa fixa no zero e um cursor. 
Após esta idade mede-se a altura na posição de pé. 
 CUIDADOS: 
- Paciente deve estar descalço. 
- Paciente deve estar ereto, sem flexionar as pernas ou ficar na ponta dos pés. 
- Não arredondar o valor encontrado. 
 SEMIOTÉCNICA: 
-Informar ao paciente sobre o procedimento a ser realizado, pedindo seu 
consentimento. 
- Paciente em posição ereta de costas para haste centimetrada, olhando para 
um ponto fixo, na altura dos olhos, com a cabeça reta. 
O peso aferido para o paciente ___________ foi de X kilos e Y gramas. (valor encontrado). 
 
R.Arruda
Realce
R.Arruda
Realce
R.Arruda
Realce
 
 
34 
 
- Observador deve posicionar o cursor no centro da cabeça do paciente e avaliá-
lo de frente em busca de desvios laterais ou necessidade de re-posicionamento 
do cursor. 
- Após fixação da haste utilizada, pede-se ao paciente que se desloque do 
equipamento para avaliação do valor encontrado. 
 DESCRIÇÃO: 
 
 
 
 
ÍNDICE DE MASSA CÓRPOREA 
IMC=PESO/(ALTURA)² 
IMC Graus Tipos 
< 18,5 Excesso de magreza Abaixo do peso 
18,6 a 25,0 Peso normal Peso ideal 
25,1 a 30,0 Excesso de peso Sobrepeso 
30,1 a 35,0 Obesidade grau I Obesidade moderada 
35,1 a 40,0 Obesidade grau II Obesidade severa 
40,1 a 50,0 Obesidade grau III Obesidade mórbida 
>50,0 ---- Super Obesidade 
 
RELAÇÃO CINTURA-QUADRIL (RCQ) 
RCQ = perímetro cintura (cm)/perímetro quadril (cm) 
É um índice obtido por meio da medida da circunferência da cintura num 
ponto médio entre o final dos arcos costais e a circunferência do quadril, ao nível 
das espinhas ilíacas anteriores. 
Temos como valores de referências, para indivíduos normais: 
 Mulheres: RCQ<0,8 
Homens: RCQ <0.9 
Destacando que a gordura em excesso nos homens acumula-se na parte 
superior do corpo, a chamada obesidade tipo androide ou central, dando um 
A altura aferida para o paciente ________ foi de X metros e Y centímetros. (valor encontrado). 
 
R.Arruda
Realce
R.Arruda
Realce
R.Arruda
Realce
 
 
35 
 
aspecto semelhante a uma “maçã”.Na mulher por sua vez a gordura tende a 
acumular-se nos quadris e nas coxas, denominando-se obesidade tipo ginecoide 
e tendo um aspecto semelhante a uma “pêra”. 
 
RESPIRAÇÃO 
O paciente pode se apresentar de duas maneiras: eupneico (respiração 
normal, sem problemas) ou dispneico (respiração difícil, geralmente pode estar 
acompanhada de doença pulmonar) 
Para avaliação da respiração é importante saber a frequência respiratória, 
além da profundidade, ritmoe característica da respiração. A frequência 
respiratória (FR) varia de acordo com a faixa etária, em adultos normais é 16 a 
20 movimentos respiratórios por minuto, em recém nascidos é 30 a 40 
respirações por minutos e em crianças de 25 a 30, ela é avaliada contando o 
numero de inspirações por minuto 
As principais alterações na respiração são aquelas do ritmo respiratório 
onde a experição e a inspiração podem não apresentar a mesma amplitude. 
Dentre as alterações tem-se: 
 
 Respiração de Biot: a respiração apresenta-se com duas 
fases. A primeira a apnéia, seguida de movimentos inspiratórios e 
expiratórios anárquicos quanto ao ritmo e amplitude. Quase 
sempre este tipo de respiração indica grave comprometimento 
cerebral. 
 
 FONTE: Porto & Porto - Semiologia Médica 6ª ed. 
 
 
 
36 
 
 Respiração de Cheyne-Stokes: começa com uma fase apneica 
seguida de incursões inspiratórias cada vez mais profundas até 
atingir um máximo, para depois vir decrescendo até nova pausa. 
As causas mais frequentes desse tipo de respiração são 
insuficiência cardíaca, a hipertensão intracraniana, os AVCs e os 
traumatismos cranioencefálicos. 
 
FONTE: Porto & Porto - Semiologia Médica 6ª ed. 
 
 Respiração de Kussmaul: compõem-se de quatro fases: 
inspirações ruidosas, apnéia em inspiração, expiração ruidosa e 
apnéia em expiração. A acidose, principalmente a diabética é a sua 
principal causa. 
 
FONTE: Porto & Porto - Semiologia Médica 6ª ed. 
 
DESCRIÇÃO FISIOLÓGICA: 
Ao exame físico, paciente______ apresenta-se eupneico. 
 
DESCRIÇÃO PATOLÓGICA: 
Ao exame físico, paciente______ apresenta-se dispneico, com alteração no 
ritmo, respiração de Kussmaul/Biot/Cheyne-Stokes 
 
PULSOS 
 
Pulsos arteriais são produzidos quando o ventrículo esquerdo se contrai, 
propagando-se em ondas da raiz da aorta para as demais artérias do corpo. 
Portanto, a palpação do pulso das artérias superficiais é útil para avaliação da 
função cardíaca. 
 
 
37 
 
Nem sempre as medidas serão equivalentes. Para aferição da FC, pode-
se auscultar o coração e contar os batimentos cardíacos em 1 minuto. Para 
aferição do pulso, normalmente se palpa a artéria radial com o 2° e 3° dedos, 
contando os batimentos em 1 minuto. É importante também comparar a 
frequência cardíaca e o pulso. 
Na palpação do pulso, dentre outras coisas, o mais importante, calouro, é 
verificar o ritmo (em alguns dos nossos pacientes é possível ver alterações). 
A unidade de medida utilizada é: batimentos por minuto (bpm). 
 
PALPAÇÃO DOS PULSOS ARTERIAIS 
RECOMENDAÇÕES PARA O EXAME DO PULSO ARTERIAL 
-Local com iluminação adequada. 
-Lavagem das mãos. 
-Apresentação ao paciente 
-Esclarecimento do exame a ser realizado 
-Perguntar se o paciente está sentindo alguma dor ou desconforto no 
momento. 
-Pedir consentimento do paciente para realização do exame. 
 
SEMIOTÉCNICA DE PALPAÇÃO: o exame dos pulsos arteriais se faz com 
base no conhecimento anatômico do sistema vascular. 
A palpação é realizada com as polpas digitais e a face ventral dos dedos 
indicador e médio. 
 
 
 
 
Em geral, o paciente se posiciona em decúbito dorsal ou sentado e o 
examinador se dispõe em pé, à direita do paciente. 
R.Arruda
Realce
 
 
38 
 
AVALIAÇÃO DOS PULSOS 
ESTADO DA PAREDE ARTERIAL: Liso, rugoso, tortuoso, irregular, endurecida, 
etc. 
FREQÜÊNCIA: Número de batimentos por minuto, que varia de 60 a 100 bpm. 
 Taquisfigmia: > 100 bpm. 
 Bradisfigmia: < 60 bpm. 
 
 
 Taquisfigmia e celeridade . Bradisfigmia 
 
 
RITMO: Regularidade do tempo entre as ondas de pulso, ou seja, deve se 
observar os intervalos entre as pulsações. 
 
Ritmo regular. Ritmo irregular 
 
CELERIDADE: É a rapidez com que um pulso se expande ao máximo e se 
retrai, ou seja, velocidade com que enche e se “esvazia”. Pode ser célere 
(rápido), medianamente célere (normal) e tardus (lento). 
 
AMPLITUDE: Altura que a onda de pulso alcança. Classifica-se o pulso em 
amplo ou magnus, mediano e pequeno ou parvus. 
 
 
39 
 
 
Pulso amplo ou magnus . Pulso pequeno ou parvus 
 
PLENITUDE: Sensação de eficiência da transmissão da onda de pulso. 
 
DUREZA: Força necessária para pressionando, fazer o pulso desaparecer. 
 Pulso mole: se for pequena a pressão necessária para interromper as 
pulsações 
 Pulso duro: se a interrupção exigir forte pressão 
 Tensão mediana: situação intermediária 
 
SIMILITUDE COM O HOMÔNIMO: Averígua-se a igualdade ou desigualdade 
dos pulsos, palpando simultaneamente as artérias periféricas homólogas. 
 
 
Descrição fisiológica: 
 
 
 
 
Descrição Patológica: 
 
 
 
 
 
À palpação do pulso da artéria __________ do paciente ___________ foram observadas as 
seguintes características: parede arterial lisa, mole e de percurso retilíneo, com frequência 
de __ batimentos por minuto, rítmico, medianamente célere, medianamente amplo, 
medianamente cheio, medianamente duro e similar ao homônimo. 
À palpação do pulso da artéria __________ do paciente ___________ foram observadas as 
seguintes características: parede arterial tortuosa, dura e de percurso tortuoso, com 
frequência de ____ batimentos por minuto, arrítmico, tardo, amplo, cheio, duro e similar ao 
homônimo. 
 
 
40 
 
PULSOS ARTERIAIS: 
 - Pulso Temporal Superficial: 
 
 
 
 
 
 Localização: Fossa temporal. 
- Pulso Facial: 
 
 Localização: na região anterior ao tragus auricular. 
 
- Pulso Carotídeo: 
 Paciente em decúbito dorsal com a cabeça levemente fletida. Faz-se a 
palpação com as polpas dos dedo indicador e médio. 
 Paciente em pé ou sentado com o examinador à sua frente. Realiza-se a 
palpação do pulso carotídeo direito com a polpa do polegar esquerdo, enquanto 
os dedos médio e indicador fixam-se sobre as últimas vértebras cervicais. A 
mesma técnica é aplicada do outro lado. Não se deve palpar ambas as artérias 
carótidas ao mesmo tempo, para evitar o risco de isquemia cerebral nos 
pacientes que apresentem oclusão de uma delas. 
 Localização: palpar profundamente à borda anterior do músculo 
esternocleidomastóideo. 
 
 
 
 
 
41 
 
- Pulso Aórtico Torácico: 
 Apenas com a polpa digital do dedo indicador; 
 Localização: palpar profundamente a incisura 
jugular ou fúrcula esternal (região entre as clavículas, acima do 
manúbrio). 
 
 
 
 
- Pulso Axilar: 
 Sustentar o braço à 90º com o antebraço do 
paciente em leve abdução; 
 Localização: no oco axilar ou côncavo da axila, 
comprimir a artéria axilar contra o colo do úmero. 
 
 
 
 
- Pulso Braquial/Umeral: 
 Sustentar o antebraço do paciente, fazendo 
leve flexão sobre o antebraço; 
 Mão em garra, utilizar o polegar como 
ponto de fixação na face lateral do braço; 
 Localização: sulco bicipital. 
 
 
 
 
42 
 
- Pulso Radial: 
 A mão do paciente deve repousar na mesa de exame em 
completa supinação; 
 Mão em pinça, com o polegar fixado delicadamente no dorso do 
punho do paciente; 
 Localização: entre a apófise estilóide do radio e o tendão dos 
flexores. 
 
 
 
 
 
- Pulso Aórtico Abdominal: 
 Palpação profunda bimanual na região epigástrica; 
 Facilmente palpada em pacientes magros e dificilmente em 
obesos; 
 Localização: pressionar a aorta contra a coluna vertebral no ponto 
médio entre o apêndice xifóide e a cicatriz umbilical. 
 
 
 
 
43- Pulso Ilíaco (ramo pudendo): 
 Localização: cerca de 4 cm lateral à 
sínfise púbica. 
 
 
 
 
- Pulso Poplíteo: (difícil palpação) 
 Paciente em decúbito dorsal com a perna do 
paciente em posição semifletida; 
 Segurar o joelho do paciente com as duas mãos, 
fixando os polegares na rótula e aprofundando 
os dedos indicadores, médios e anulares na face 
posterior do joelho; 
 Localização: região média do oco poplíteo 
ou côncavo do joelho. 
 
 
- Pulso Tibial Posterior: 
 Pedir para o paciente flexionar levemente o joelho; 
 Mão em pinça, com o polegar fixado na região maleolar externa; 
 Localização: região retromaleolar interna. 
 
 
 
 
44 
 
- Pulso Fibular: 
 Pedir para o paciente flexionar levemente o joelho; 
 Mão em pinça, com o polegar fixado na região maleolar interna; 
 Localização: região retromaleolar externa. 
 
 
 
 
- Pulso Pedioso: 
 O paciente mantém o joelho levemente flexionado; 
 Examinador: com uma das mãos, fixar o pé do paciente em 
dorsiflexão; 
 Localização: palpar entre o primeiro e o segundo metatarsianos. 
 Pode apresentar variações. Caso não palpado no local habitual, 
procurar em toda a extensão do dorso do pé. É importante saber 
que ao se palpar a artéria pediosa, a tibial deve estar pouco 
palpável e vice-versa. 
 
 
 
 
45 
 
Obs: 
Nem todas as características podem ser observadas em todas as artérias. 
Nas artérias profundas poucas são as características observáveis. 
A artéria femoral é impalpável. 
As artérias poplíteas geralmente são impalpáveis. 
Ao se palpar a artéria pediosa, a tibial deve estar pouco palpável e vice-versa. 
Não se devem palpar ambas as artérias carótidas ao mesmo tempo, para evitar 
o risco de isquemia cerebral nos pacientes que apresentem oclusão de uma 
delas. 
 
 
Descrição fisiológica: 
 
 
 
 
 
 
Descrição Patológica: 
 
 
 
 
 
À palpação do pulso da artéria __________ do paciente ___________ foram observadas as 
seguintes características: parede arterial lisa, mole e de percurso retilíneo, com frequência 
de __ batimentos por minuto, rítmico, medianamente célere, medianamente amplo, 
medianamente cheio, medianamente duro e similar ao homônimo. 
À palpação do pulso da artéria __________ do paciente ___________ foram observadas as 
seguintes características: parede arterial tortuosa, dura e de percurso tortuoso, com 
frequência de ____ batimentos por minuto, arrítmico, tardo, amplo, cheio, duro e similar ao 
homônimo. 
 
 
46 
 
TEMPERATURA 
Há inúmeros tipos de termômetro, todos com leitura a base de coluna de 
mercúrio ou digital. 
 
Termômetros de mercúrio 
 
 
 
 Termômetros digitais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Axilares, bucais ou retais 
Frontais em fita Frontais digitais Otológicos 
 
 
47 
 
CUIDADOS: 
 O local habitual é o cavum axilar, mas ela também pode ser tomada na 
boca e reto. É vital conhecer as diferenças fisiológicas existentes entre os 
três locais 
- A temperatura retal e a bucal de modo geral são 0,5°C maiores que a 
axilar. 
- A temperatura ambiente altera os valores no momento da aferição, 
assim como exercício físico intenso realizado. 
- Deve se pedir ao paciente que retire a camisa ou blusa, no caso da 
temperatura axilar, para análise fidedigna do resultado. 
- Não arredondar os valores. 
- Nas mulheres, o efeito da ovulação sobre a temperatura corporal, 
podendo aumentá-la em até 1ºC. 
SEMIOTÉCNICA: 
- Lavar as mãos. 
- Informar ao paciente sobre o procedimento a ser realizado, pedindo seu 
consentimento. 
- Deve-se “abaixar” a torre de mercúrio para valores abaixo de 35° através 
de movimentos com o termômetro que lembram um “chicotear”. 
- Posicionar o termômetro no local eleito (axilar, bucal, retal, etc). 
- Aguardar 3 minutos. 
- Efetuar a leitura contra a barra amarela. 
Obs: no termômetro digital devemos manter o termômetro no local eleito 
até que se ouça um “beep”, indicando que a leitura foi completada. 
 
DESCRIÇÃO: 
 
 
 
 
A aferição da temperatura ______ (local da aferição) do paciente _____ foi observada temperatura de X 
graus Celcius. 
R.Arruda
Realce
R.Arruda
Realce
R.Arruda
Realce
R.Arruda
Realce
 
 
48 
 
 
CUIDADOS: 
- O local habitual é o cavum axilar, mas também pode ser aferida na boca e no 
reto. É vital conhecer as diferenças fisiológicas existentes entre os três locais. 
- A temperatura retal e a bucal de modo geral são 0,5°C maiores que a axilar. 
- A temperatura ambiente altera os valores no momento da aferição, assim como 
exercício físico intenso realizado. 
- Deve se pedir ao paciente que retire a camisa ou blusa, no caso da 
temperatura axilar, para análise fidedigna do resultado. 
- Não arredondar os valores. 
- Nas mulheres, o efeito da ovulação sobre a temperatura corporal, podendo 
aumentá-la em até 1ºC. 
 
SEMIOTÉCNICA: 
Separar o material higienizá-lo, lavar as mãos, apresentar-se ao paciente, 
perguntar seu nome, explicar o procedimento, pedir que o mesmo levante a 
camisa, zerar o termômetro, posicionar o termômetro no lugar eleito, esperar 3 
minutos, efetuar a leitura contra a barra amarela e mencionar o resultado. 
Obs.: Deve-se zerar a torre de mercúrio para valores inferiores a 35°C por meio 
de movimentos que se assemelham a um “chicotear“. 
Obs.2: No termômetro digital devemos manter o termômetro no local eleito até 
que se ouça um “beep”, indicando que a leitura foi completada. 
 
GRAU, conforme a aferição da temperatura axilar para adultos. 
Hipotermia: abaixo de 35,5 °C 
Afebril: 36,1°C – 37,2°C 
Febre de baixa intensidade: 37,3°C – 37,9°C 
Febre de moderada intensidade: 38°C-38,9°C 
Febre de alta intensidade: 39°C-40°C 
Hiperpirexia: acima de 40°C 
DESCRIÇÃO: 
 
 
A aferição da temperatura ______ (local da aferição) do paciente _____ foi observada 
temperatura de X graus Célsius, logo o paciente apresenta-se____________. 
R.Arruda
Realce
R.Arruda
Realce
 
 
49 
 
GÂNGLIOS 
PALPAÇÃO GANGLIONAR 
PREPARO ANTES DO EXAME 
 - Local com iluminação adequada. 
 - Lavagem das mãos imediatamente antes do exame. 
 - Apresentação ao paciente. 
- Esclarecimento do exame a ser realizado. 
- Perguntar se o paciente está sentindo alguma dor ou 
desconforto. 
- Pedir consentimento do paciente para realização do 
exame. 
 
SEMIOTÉCNICA DE PALPAÇÃO 
- O exame dos gânglios linfáticos ou linfonodos se faz por meio da 
palpação. Esta é realizada com as polpas digitais e a face ventral dos 
dedos indicador, médio e anular. 
- De modo geral a pele deve ser deslizada em movimentos circulares 
sobre o gânglio a ser palpado. 
- As posições do paciente e examinador variam de acordo com a cadeia 
ganglionar a ser pesquisada. 
 
CARACTERÍSTICAS OBSERVADAS 
- TAMANHO DO GÂNGLIO: Dar em cm ou aproximar com elementos 
conhecidos (arroz, milho, azeitona). 
- CONSISTÊNCIA: Mole, elástico ou duro. 
- PONTO DE FLUTUAÇÃO: Flutuante ou não flutuante. 
- MOBILIDADE: Móvel ou fixo. 
- SENSIBILIDADE: Indolor (normal ou tumor) ou doloroso (inflamação). 
- COALESCÊNCIA: coalescente (2 ou + gânglios juntos como uvas em 1 
cacho apertado) ou não coalescente. 
- ALTERAÇÕES TRÓFICAS DA PELE: Lesões como retrações ou 
ulcerações sobre o gânglio. 
 
Fonte: shuman.com.br 
R.Arruda
Realce
R.Arruda
Realce
 
 
50 
 
DESCRIÇÃO FISIOLÓGICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESCRIÇÃO PATOLÓGICACADEIAS OU GRUPOS GANGLIONARES 
 
CADEIAS OU GRUPOS GANGLIONARES 
 
 - Cadeia occipital (abaixo da protuberância occipital externa, linha 
nucal superior). 
 Drenagem: couro cabeludo, pavilhão 
externo e orelha interna. 
 Paciente sentado; 
 Examinador atrás do paciente; 
 Localização da protuberância 
occipital externa; 
 Mãos estendidas/espalmadas; 
 Movimentos circulares. 
 
 
 
 
À palpação da cadeia ganglionar __________ do paciente ___________ foram observados 
inúmeros gânglios infartados do tamanho de um caroço de milho, duros, não flutuantes, 
móveis, dolorosos, alguns coalescentes, sem apresentar alterações tróficas da pele. 
 
Quando não for palpável: À palpação da cadeia ganglionar __________ do paciente 
___________ não foram observados gânglios palpáveis. 
Quando for palpável: À palpação da cadeia ganglionar __________ do paciente 
___________ foram observados dois gânglios com as seguintes características: ambos do 
tamanho de um caroço de azeitona, de consistência mole ou dura, com ou sem ponto de 
flutuação, móvel ou imóvel, doloroso ou indolor, coalescente ou não coalescente, com ou 
sem alterações tróficas da pele (especificar qual alteração). 
R.Arruda
Realce
R.Arruda
Realce
 
 
51 
 
- Cadeia retroauricular (atrás do pavilhão externo, desde a hélix até o 
lóbulo da orelha externa). 
 Drenagem: couro cabeludo, pavilhão 
externo e orelha interna. 
 Paciente sentado; 
 Examinador atrás do paciente; 
 Localização da cadeia; 
 Mãos estendidas/espalmadas; 
 Movimentos circulares. 
 
 
 
 
 
 
 - Cadeia esternocleidomastóidea (bordo posterior do músculo 
esternocleidomastóideo). 
 Drenagem: orofaringe, cavidade bucal e 
glândulas salivares. 
 Paciente sentado; 
 Examinador atrás do paciente; 
 Localização do músculo 
esternocleidomastóideo (solicitar que o paciente 
vire o rosto para um lado e depois para outro); 
 Mãos estendidas/espalmadas; 
 Movimentos circulares. 
 
 
 
 
 
 
 - Cadeia júgulo-carotídea (borda anterior do músculo 
esternocleidomastóideo). 
 Drenagem: orofaringe, cavidade bucal e glândulas salivares. 
 Paciente sentado; 
 Examinador atrás do paciente; 
 Localização do músculo 
esternocleidomastóideo (solicitar que o paciente 
vire o rosto para um lado e depois para outro); 
 Mãos em garra; 
 Movimentos de deslizamento súpero-
inferiores. 
 
 
 
 
 
R.Arruda
Realce
R.Arruda
Realce
R.Arruda
Realce
R.Arruda
Realce
R.Arruda
Realce
 
 
52 
 
- Cadeia submandibular (abaixo do ramo da mandíbula, desde o ângulo até 
as proximidades do mento). 
 Drenagem: orofaringe, cavidade bucal e glândulas salivares. 
 Paciente sentado; 
 Examinador a frente do paciente; 
 Localização da cadeia; 
 Mãos em garra; 
 Movimentos de deslizamento ântero-
posteriores. 
 
 
 
 
 
 
 
 - Cadeia submentoniana (abaixo do mento). 
 Drenagem: orofaringe, cavidade bucal e glândulas salivares. 
 Paciente sentado; 
 Examinador a frente do paciente; 
 Localização da cadeia; 
 Dedos em pinça (pesquisa é feita com 
duas polpas digitais e polegar apoiando na sínfise 
do mento); 
 Movimentos circulares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Cadeia espinhal (bordo superior do músculo 
trapézio). 
 Drenagem: órgãos intra-torácicos e intra-abdominais. 
 Paciente sentado; 
 Examinador atrás do paciente; 
 Localização do músculo trapézio – borda superior; 
 Mãos em garra; 
 Movimentos de deslizamento látero-laterais. 
 
 
 
 
 
R.Arruda
Realce
R.Arruda
Realce
R.Arruda
Realce
R.Arruda
Realce
 
 
53 
 
 
 
 - Cadeia cervical-transversa (fossa cervical – “saboneteira”). 
 Drenagem: órgãos intra-torácicos e intra-abdominais. 
 Paciente sentado; 
 Examinador atrás do paciente; 
 Localização da fossa cervical; 
 Mãos estendidas/espalmadas; 
 Movimentos circulares. 
 *Nódulo de Virchow: cervical-transversa à 
esquerda – metástase de neoplasia gástrica. 
 
 
 
 
 
 
- Cadeia retro-peitoral (sulco do músculo peitoral maior). 
 Drenagem: parede torácica, órgãos intratorácicos, 
mama e membros superiores. 
 Paciente sentado; 
 Examinador a frente do paciente; 
 Localização do sulco do músculo peitoral maior; 
 Mãos em garra (polegar apoiando na mama); 
 Movimentos de deslizamento látero-laterais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - Cadeia axilar (fossa axilar: linha axilar anterior, média e posterior). 
 Drenagem: parede torácica, órgãos intratorácicos, 
mama e membros superiores. 
 Paciente em pé (braço do paciente estendido e 
relaxado com a mão apoiada no ombro do examinador); 
 Examinador a frente do paciente; 
 Localização das linhas axilar anterior, média e 
posterior; 
 Mãos em garra; 
 Movimentos de deslizamento súpero-inferiores. 
*Na linha axilar média pode-se realizar a palpação com a 
mão espalmada/estendida e movimentos circulares. 
 
 
- Cadeia epitrocleana (sulco troclear da articulação úmero-ulnar). 
 
 
54 
 
 Drenagem: membros superiores. 
 Paciente sentado; 
 Examinador ao lado a ser examinado do 
paciente; 
 Localização do sulco troclear; 
 Mãos em garra; 
 Movimentos de deslizamento látero-laterais. 
 
 
 
 
 - Cadeia inguinal (ligamento inguinal – espinha ilíaca ântero-superior 
até a sínfise púbica). 
 Drenagem: genitália externa, períneo, ânus, órgãos genitais 
internos e membros inferiores. 
 Paciente em decúbito dorsal; 
 Examinador ao lado direito do paciente; 
 Localização do ligamento inguinal; 
 Mãos estendidas; 
 Movimentos circulares e de deslizamento 
margeando o ligamento inguinal. 
 
 
 
 
 
 
- Cadeia poplítea (fossa poplítea, entre os tendões do bíceps da perna e do 
semitendíneo). 
 Drenagem: membros inferiores. (dificilmente são palpados 
gânglios). 
 Paciente em decúbito dorsal; 
 Examinador ao lado direito do 
paciente; 
 Semi-flexão da perna do paciente a 
ser examinada; 
 Localização da fossa poplítea; 
 Mãos em garra; 
 Movimentos de deslizamento 
margeando medialmente os tendões do bíceps da 
perna e do semitendíneo. 
 
 
 
 
 
 
55 
 
EXAME DA TIREÓIDE 
A tireoide ou tiroide é uma glândula em forma de borboleta (com dois 
lobos), que fica localizada na parte anterior pescoço, logo abaixo da região 
conhecida como Pomo de Adão (ou popularmente, gogó). É uma das maiores 
glândulas do corpo humano e tem um peso aproximado de 15 a 25 gramas (no 
adulto). É responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 
(tiroxina), que atuam em todos os sistemas do nosso organismo. (Sociedade 
Brasileira de Endocrinologia e Metabologia). Para visualização da tireoide, a 
cabeça deve ser inclinada para trás, com iluminação tangencial dirigida para 
baixo, o paciente deve deglutir um pouco de água para que seja inspecionada a 
movimentação da glândula para cima. As características físicas da tireoide como 
tamanho, formato e consistência têm grande importância diagnóstica. Ao realizar

Outros materiais