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Metodologia Científica unid II UNIP

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O estudo foi para mim o remédio soberano contra os desgostos da vida, 
não havendo nenhum desgosto de que uma hora de leitura não tenha me 
consolado (Montesquieu). 
3 PRINCÍPIOS DE METODOLOGIA CIENTÍFICA
3.1 Tipos de pesquisa
A necessidade humana de conhecer faz a história, gravada nos resultados, avanços e tentativas 
fracassadas, os elementos formadores da cultura das quais gerações se beneficiam. Cada avanço 
científico é um pequeno pedaço da história de uma necessidade humana dividida e reconhecida por 
meio dos diferentes nomes com que se identificam as diversas ciências (SANTOS, 1999).
Segundo Santos, esse conjunto é a primeira referência organizada sobre aquilo que a humanidade já 
conseguiu. Por exemplo, a agronomia reúne, como seu conteúdo, os avanços a respeito da necessidade 
humana de cultivar a terra para produzir alimentos vegetais; a zootecnia apresenta como conteúdo o que 
já se sabe a respeito da utilidade dos outros animais para o homem; a medicina apresenta como conteúdo 
as possibilidades já conseguidas de manutenção, qualificação e extensão da vida biológica do ser humano; 
o direito se apresenta como o conjunto de acordos mínimos de convivência, garantia de justiça mínima 
para uma dada sociedade; a filosofia se compõe do conjunto organizado de sugestões a respeito de como 
“enxergar um palmo diante do próprio nariz, o que não é tão fácil nem tão inútil como muitos pensam.
A cultura anterior, porém, ao apresentar as diversas ciências, está a oferecer resultados da atividade 
intelectual e existencial já previamente desenvolvidas e, ao mesmo tempo, o exemplo e incentivo para 
novas tentativas de ampliação. Naturalmente “cavador de respostas”, o homem nega‑se, quando se 
acomoda à rotina de uma ciência desenvolvida. Ir à escola, ler um livro, estudar uma ciência é receber 
um presente e ao mesmo tempo aceitar um compromisso como desafio. De presente, recebem‑se 
os resultados já conseguidos; o compromisso é continuar a perseguir as necessidades, questionar os 
modelos, aprender a aprender para superar‑se. Nenhuma geração pode se dar como satisfeita com um 
mundo de segunda mão.
Pode‑se, portanto, localizar atividade de pesquisa em duas frentes fundamentais que caracterizam 
dois níveis: a pesquisa acadêmica e a pesquisa de ponta.
3.1.1 A pesquisa acadêmica
A educação escolar, a fase pedagógica da vida moderna, consiste no contato sistemático, organizado 
e ativo com os resultados julgados melhores entre aqueles já conseguidos até hoje pelos seres humanos. 
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Considerando os limites da capacidade de assimilação das várias faixas etárias, primeiro, segundo e 
terceiro graus são passeios pelo que de melhor já se desenvolveu em relação às necessidades humanas de 
manutenção, preservação e reprodução da vida biológica, formação das individualidades, convivência com 
os outros, com a realização do ser humano e convivência com os mistérios que “sobram” ao redor. Embora 
obviamente limitados, os conteúdos apresentados pelos programas escolares são o mundo conhecido/
desconhecido pelos seres humanos, apresentado a apreciação de cada indivíduo, para que dele se aproprie 
e também o torne seu. É um convite à superação e ao alargamento da mundivisão pessoal. Representa 
o resultado do esforço de todos os homens que aqui já lidaram para fornecer a cada único homem que 
chegou agora, um pedaço daquilo que, em seu tempo, conseguiram perceber da realidade (SANTOS).
Para o racional, porém, a assimilação de conhecimentos, assim como a visão do mundo ao redor, 
é pura provocação. Conteúdos assimilados precisam de crítica e aprimoramento. Mais que o conteúdo 
assimilado, o que conta é o efeito desse conteúdo sobre o conteúdo crítico e criativo do sujeito. Dessa 
forma, junto com a informação transmitida e assimilada, geradora de uma rotina científico‑profissional, 
vem o convite à negação‑superação da mesma rotina. Daí a importância do desenvolvimento do espírito 
de busca, da indagação intencional, da pesquisa.
A pesquisa acadêmica é, pois, uma atividade pedagógica que visa despertar o espírito de busca 
intelectua autônoma. É necessário que se aprendam as formas de problematizar necessidades, solucionar 
problemas, indicar respostas adequadas. A pesquisa acadêmica é, antes de tudo, exercício, preparação. 
O resultado mais importante não é a oferta de uma resposta salvadora para a humanidade, mas a 
aquisição do espírito e método para a indagação intencional.
3.1.2 A pesquisa “de ponta”
A fase acadêmica da formação profissional em nosso sistema de ensino culmina com o terceiro grau, 
já que o país carece da tradição de formação técnica de segundo grau. Ou seja, é ao final do terceiro 
grau que se tem um profissional de nível superior. Alguém que, pelo menos em tese, tenha aprendido a 
assimilar, criticar e aprimorar informações em grau máximo, já que superior é um superlativo.
Esse nível de formação profissional, pela aquisição dos resultados ofertados pelas ciências estudadas 
e pelo concomitante preparo construído para criticá‑las e aprimorá‑las de maneira metódica e 
intencional, é considerado o mais apto a desenvolver novas soluções para velhas necessidades. Ou 
seja, o profissional de nível superior é naturalmente convidado a se integrar na pesquisa “de ponta”, a 
lidar com a problematização, a solução e a resposta às necessidades que ainda perduram, seja porque 
simplesmente não respondidas, seja porque não satisfatoriamente trabalhadas. Dessa forma, a pesquisa 
de ponta se caracteriza como a atividade típica do indivíduo que, tendo dominado as respostas comuns, 
já incorporadas à rotina de uma ciência ou profissão, parte em busca do novo, do ignorado, com intenção 
e método. A pesquisa “de ponta” é tentativa de negação/superação científica e existencial.
3.1.3 Caracterização das pesquisas
Os pesquisadores são frequentemente solicitados a caracterizar os seus trabalhos, especialmente 
por ocasião da leitura por terceiros de qualquer etapa dos resultados. Três critérios podem ser utilizados 
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para identificar a natureza metodológica dos trabalhos de pesquisa. Podem‑se caracterizar as pesquisas 
segundo objetivos, segundo procedimentos de coleta, ou ainda, segundo as fontes utilizadas na coleta 
de dados (SANTOS).
3.1.3.1 Caracterização das pesquisas segundo os objetivos
O objetivo maior de qualquer movimento intelectual é sempre atingir a ponta, isto é, chegar ao 
estágio da oferta de respostas a uma necessidade humana. Esse estágio, porém, depende de passos 
intermediários em relação aos fatos e fenômenos estudados. Por isso, dependendo do grau de 
aproximação e permitido pelo nível conceitual do pesquisador em relação ao fenômeno estudado, as 
pesquisas podem ser caracterizadas como exploratórias, descritivas ou explicativas.
• Exploratórias
Explorar é tipicamente a primeira aproximação de um tema e visa criar maior familiaridade 
em relação a um fato ou fenômeno. Quase sempre se busca essa familiaridade pela prospecção 
de materiais que possam informar ao pesquisador a real importância do problema, o estágio em 
que se encontram as informações já disponíveis a respeito do assunto e, até mesmo, revelar ao 
pesquisador novas fontes de informação. Por isso, a pesquisa exploratória é quase sempre feita 
como levantamento bibliográfico, entrevistas com profissionais que estudam/atuam na área, visitas 
a web sites etc.
• Descritivas
Após a primeira aproximação (pesquisa exploratória), o interesseé descrever um fato ou fenômeno. 
Por isso, a pesquisa descritiva é um levantamento das características conhecidas, componentes do fato/
fenômeno/problema. É normalmente feita na forma de levantamentos ou observações sistemáticas do 
fato/fenômeno/problema escolhido.
• Explicativas
Criar uma teoria aceitável a respeito de um fato ou fenômeno constitui a pesquisa explicativa. Esta 
se ocupa com os porquês de fatos/fenômenos que preenchem a realidade, isto é, com a identificação dos 
fatores que contribuem ou determinam a ocorrência, ou a maneira de ocorrer dos fatos e fenômenos. 
Não é demais afirmar que as informações mais importantes, componentes das várias ciências, são 
originárias desse tipo de pesquisa, já que visa aprofundar o conhecimento da realidade para além das 
aparências dos seus fenômenos. E, por natureza, envolve o pesquisador num nível também mais elevado 
de responsabilidade para com os resultados obtidos.
 Observação
É importante caracterizarmos o tipo de pesquisa que nosso trabalho 
acadêmico se encaixa, para apresentá‑lo de forma coerente.
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3.1.3.2 Caracterização das pesquisas segundo os procedimentos de coleta
Procedimentos de coleta são os métodos práticos utilizados para juntar as informações necessárias 
à construção dos raciocínios em torno de um fato/fenômeno/problema. Na verdade, a coleta de dados 
de cada pesquisa terá peculiaridades adequadas àquilo que se quer descobrir. Mas, é possível apontar 
alguns procedimentos‑padrão, comumente utilizados, aos quais se fazem as adaptações de espaço/
tempo/matéria necessárias às exigências de cada caso.
As formas mais comuns de se coletarem informações são:
• Pesquisa experimental
É quando um fato ou fenômeno da realidade é reproduzido de forma controlada, com o objetivo de 
descobrir os fatores que o produzem ou que por ele são produzidos. Normalmente, procede‑se assim: 
decide‑se sobre um fato/fenômeno (o objeto de estudo); selecionam‑se “variáveis” (fatores naturais 
ou artificiais que possam provocar variações no padrão observado do fato/fenômeno); escolhem‑se os 
“instrumentos” (maneiras de controlar e observar os efeitos do processo a ser provocado).
Experimentos são geralmente feitos por “amostragem”, isto é, escolhe‑se dentro de um “universo”, 
quase sempre impossível de ser contemplado, um conjunto significativo de indivíduos que comporão a 
amostra. Os resultados que se mostrarem válidos para uma ou um conjunto de amostras, consideram‑se, 
por indução, válidos também para o universo.
• Pesquisa ex‑post‑facto
Na verdade, trata‑se de uma pesquisa experimental. A diferença é que aqui o fato‑fenômeno se põe 
naturalmente, anterior ou sem o controle do pesquisador. É daí que partirá a observação e, eventualmente, 
a experimentação. Ou seja, estando um fato ou fenômeno já posto, tenta‑se explicá‑lo e entendê‑lo. A 
expressão é latina e literalmente significa “a partir de depois do fato” (a partir do pós‑fato).
• Levantamento
É a pesquisa que busca informação diretamente com um grupo de interesse a respeito dos dados 
que se deseja obter. Trata‑se de um procedimento útil, especialmente em pesquisas exploratórias e 
descritivas. É geralmente desenvolvido em três etapas: seleciona‑se uma amostra significativa, 
aplicam‑se questionários, ou formulários, ou entrevistam‑se diretamente os indivíduos; os dados são 
então tabulados e analisados quantitativamente, com o auxílio de cálculos estatísticos, os resultados 
conseguidos com essa amostra são então aplicados com margem de erro estatisticamente prevista ao 
universo gerador da amostra.
• Estudo de caso
Selecionar um objeto de pesquisa restrito, com o objetivo de aprofundar os aspectos 
característicos, é o estudo de caso cujo objeto pode ser qualquer fato/fenômeno individual, ou um 
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de seus aspectos. É também comum a utilização do estudo de caso quando se trata de reconhecer, 
num caso, um padrão científico já delineado no qual possa ser enquadrado. Por lidar com fatos/
fenômenos normalmente isolados, o estudo de caso exige do pesquisador grande equilíbrio 
intelectual e capacidade de observação (“olho clínico”), além da parcimônia quanto à generalização 
de resultados.
• Pesquisa‑ação
Acontece quando há interesse coletivo na resolução de um problema ou suprimento de uma 
necessidade. Os pesquisadores e os participantes se envolvem no trabalho de pesquisa de modo 
participativo ou cooperativo. A partir dessas características de base, outros procedimentos já 
descritos podem ser utilizados como meio de coleta. Pesquisadores e pesquisados podem se 
engajar em pesquisas bibliográficas, experimentos etc., interagindo em função de um resultado 
esperado.
• Pesquisa bibliográfica
O conjunto de materiais escritos/gravados, mecânica ou eletronicamente, que contém 
informações já elaboradas e publicadas por outros autores, é uma bibliografia. São fontes 
bibliográficas os livros (de leitura corrente ou de referência, tais como dicionários, enciclopédias, 
anuários etc.), as publicações periódicas (jornais, revistas, panfletos etc.), fitas gravadas de áudio 
e vídeo, páginas de internet, relatórios de simpósios e seminários, anais de congressos etc. A 
utilização total ou parcial de quaisquer dessas fontes é o que caracteriza uma pesquisa como 
bibliográfica.
• Pesquisa documental
Documentos são as fontes de informação que ainda não receberam organização, tratamento analítico 
e publicação. São fontes documentais as tabelas estatísticas, relatórios de empresas, documentos 
informativos arquivados em repartições públicas, associações, igrejas, hospitais, sindicatos, fotografias, 
epitáfios, obras originais de qualquer natureza, correspondência pessoal ou comercial etc. A pesquisa 
documental é a que se serve dessas fontes.
3.1.3.3 Caracterização das pesquisas segundo as fontes de informação
Chamam‑se fontes de informação os lugares e situações de onde se extraem dados de que se precisa. 
As fontes de dados são três: o campo, o laboratório e a bibliografia (SANTOS, 1999).
• Campo
Lugar natural onde acontecem os fatos e fenômenos. A pesquisa de campo é a que recolhe os dados 
in natura, como percebidos pelo pesquisador. Normalmente, a pesquisa de campo se faz por observação 
direta, levantamento ou estudo de caso.
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Em geral, na área de Tecnologia de Informação, em especial em 
programação, não é muito comum ocorre pesquisas de laboratório e campo 
como nas áreas de humanas ou engenharias.
• Laboratório
Espaço e momento de uma pesquisa caracterizada por duas situações: a interferência artificial na 
produção do fato/fenômeno ou a artificialização de sua leitura, geralmente melhorando as capacidades 
humanas naturais de percepção. Com efeito, os fatos que acontecem na realidade, no campo, muitas vezes 
escapam ao padrão desejável de observação. Por isso, são reproduzidos de forma artificial e controlada, e 
permitem captação adequada para descrição e análise. Outras vezes, os mecanismos naturais de observação 
se mostram insuficientes, seja em alcance, seja em acuidade. Daí a necessidade de artificializar o ambiente 
ou os mecanismos de percepção para que o fato/fenômeno seja produzido adequadamente.
• Bibliografia
Os dados que se captam no campo e no laboratório, por quaisquer dos procedimentos já descritos, 
são sempre matéria‑prima para raciocínios e conclusões a respeito dos fenômenos. Dados, raciocínios 
e conclusões são geralmente escritosna forma de livros, periódicos e outros para que deles se tome 
conhecimento.
A bibliografia se constitui numa precisa fonte de informações, com dados já organizados e analisados. 
Na atualidade, praticamente qualquer necessidade humana, conhecida ou pressentida, possui algo 
escrito a seu respeito. Por isso a pesquisa com base em uma bibliografia deve encabeçar qualquer 
processo de busca científica que se inicie.
 Saiba mais
Mais informações podem ser encontradas em:
SANTOS, A. R. Metodologia científica: a construção do conhecimento. 
Rio de Janeiro: DP&A, 1999.
3.2 Leitura crítica
O processo do conhecimento se dá por meio de várias etapas. A primeira delas é a necessidade de 
“estar no mundo”, isto é, perceber o mundo que nos rodeia mediante os nossos sentidos; percepção que 
constitui nosso repertório.
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Um pesquisador necessita estar em constante integração com o mundo. E a nossa maneira primária 
de percepção busca novos repertórios e referências para depois analisarmos o texto no qual estamos 
trabalhando. Entende‑se por texto, todos os tipos de linguagens existentes na atualidade, sejam elas 
verbais ou não.
Portanto, a leitura e a maneira como entendemos o mundo é essencial para o trabalho do 
estudante‑pesquisador. É por meio dela que ampliamos nosso repertório. Ela é a base da pesquisa. 
Propicia a ampliação de conhecimentos, a obtenção de informações e a abertura de novos horizontes, 
além de contribuir na sistematização do pensamento e enriquecer nosso vocabulário.
A melhor forma de aprender a escrever é ler. Ler significa conhecer, interpretar, distinguir e decifrar 
quais são os elementos principais e secundários dentro de um texto.
Por meio da leitura crítica, podemos distinguir o grau de conotação e denotação das mensagens, 
compreendendo, assim, a visão de mundo do autor. A partir daí, podemos estabelecer novas estruturas 
e ideias com referência e base em antigos estudos, tendo como objetivo a reformulação das ideias e não 
apenas a sua repetição.
O não entendimento do texto, seja por falta de análise ou de interpretação, deixa‑nos restritos 
à mera repetição de conceitos que, muitas vezes, não nos farão sentido e ainda menos para nossos 
leitores.
A seguir, são apresentadas algumas dicas para leitura no contexto do mau e do bom leitor, segundo 
Salomon (1974).
O bom leitor lê rapidamente e entende bem o que lê. Tem habilidades e hábitos como:
1. Ler com objetivo determinado – exemplo: aprender certo assunto, repassar detalhes, 
responder a questões.
2. Ler unidades de pensamento – abarca, num relance, o sentido de um grupo de palavras. 
Relata rapidamente as ideias encontradas numa frase ou num parágrafo.
3. Tem vários padrões de velocidade – ajusta a velocidade da leitura com o assunto que 
lê. Se ler uma novela, é rápido. Se for um livro científico, para guardar detalhes, lê mais 
devagar para entender bem.
4. Avalia o que lê – pergunta‑se frequentemente: que sentido tem isso para mim? Está o 
autor qualificado para escrever sobre tal assunto? Está ele apresentando apenas um ponto 
de vista do problema? Qual é a ideia principal desse trecho? Quais seus fundamentos?
5. Possui bom vocabulário – sabe o que muitas palavras significam. É capaz de perceber o 
sentido das palavras novas pelo contexto. Sabe usar dicionários e o faz frequentemente 
para esclarecer o sentido de certos termos, no momento oportuno.
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6. Tem habilidades para conhecer o valor do livro – sabe que a primeira coisa a fazer, quando 
se toma um livro, é indagar do que trata mediante o título, subtítulos encontrados na 
página de rosto e não apenas na capa. Em seguida, lê os títulos do autor. Edição do livro. 
Índice. “Orelha do livro”. Prefácio. Bibliografia citada. Só depois é que se vê em condições 
de decidir pela conveniência ou não da leitura. Sabe selecionar o que lê. Sabe quando 
consultar e quando ler.
7. Sabe quando deve ler o livro até o fim, quando interromper a leitura definitivamente 
ou periodicamente – sabe quando e como retomar a leitura, sem perda de tempo e sem 
perder a continuidade.
9. Adquire livros com frequência e cuida de ter sua biblioteca particular – quando 
é estudante, procura os livros de textos indispensáveis e se esforça em possuir os 
chamados clássicos e fundamentais. Tem interesse em fazer assinaturas de periódicos 
científicos. Formado, continua alimentando sua biblioteca e restringe à aquisição 
dos chamados “compêndios”. Tem o hábito de ir direto às fontes; de ir além dos 
livros de texto.
10. Lê assuntos vários – livros, revistas, jornais. Em áreas diversas: ficção, ciência, história 
etc. Habitualmente, nas áreas de seu interesse ou especialização.
11. Lê muito e gosta de ler – acha que ler traz informações e causa prazer. Lê sempre que 
pode.
12. O bom leitor é aquele que não é só bom na hora da leitura – é bom leitor porque 
desenvolve uma atitude de vida: é constantemente bom leitor. Não só lê mas sabe ler.
O mau leitor lê vagarosamente e entende mal o que lê. Tem hábitos como:
1. Ler sem finalidade – raramente sabe por que lê.
2. Ler palavra por palavra – pega o sentido da palavra isoladamente. Esforça‑se para ajuntar 
os termos para poder entender a frase. Frequentemente, tem de reler as palavras.
3. Só tem um ritmo de leitura – seja qual for o assunto, lê sempre vagarosamente.
4. Acredita em tudo que lê – para ele, tudo que é impresso é verdadeiro. Raramente 
confronta o que lê com suas próprias ideias, experiências ou com outras fontes. Nunca 
julga criticamente o escritor ou seu ponto de vista.
5. Possui vocabulário limitado – sabe o sentido de poucas palavras. Nunca relê uma frase 
para pegar o sentido de uma palavra difícil ou nova. Raramente consulta o dicionário. 
Quando o faz, atrapalha‑se em achar a palavra. Tem dificuldade em entender a definição 
das palavras e em escolher o sentido exato.
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6. Não possui nenhum critério técnico para conhecer o valor do livro – nunca ou raramente 
lê a página de rosto do livro, o índice, o prefácio, a bibliografia etc., antes de iniciar a 
leitura. Começa a ler a partir do primeiro capítulo. É comum até ignorar o autor, mesmo 
depois de terminada a leitura. Jamais seria capaz de decidir entre leitura e simples 
consulta. Não consegue selecionar o que vai ler. Deixa‑se sugestionar pelo aspecto 
material do livro.
7. Não sabe decidir se é conveniente ou não interromper uma leitura – ou lê todo o livro 
ou o interrompe sem critério objetivo, apenas por questões subjetivas.
9. Não possui biblioteca particular – às vezes, é capaz de adquirir “metros de livro” para 
decorar a casa. É frequentemente levado a adquirir livros secundários em vez dos 
fundamentais. Quando estudante, só lê e adquire compêndios de aula. Formado, não 
sabe o que representa o hábito das “boas aquisições” de livro.
10. Está condicionado a ler – sempre a mesma espécie de assunto.
11. Lê pouco e não gosta de ler – acha que ler é ao mesmo tempo um trabalho e um sofrimento.
12. O mau leitor não se revela apenas no ato da leitura, seja silenciosa ou oral – é 
constantemente mau leitor, porque se trata de uma atitude de resistência ao hábito de 
saber ler.
3.3 Identificação do texto
• Título – estabelece o assunto e, às vezes, até a intenção do autor.
• Data de publicação – contextualiza o texto e fornece elementos para certificar‑se de sua 
atualidade e aceitação.
• Orelha ou contracapa – local que possibilita aferiras credenciais ou qualificações do autor. 
Podemos identificar para qual público a obra é destinada.
• Índice ou sumário – apresenta todos os tópicos abordados na obra e como ele está dividido.
• Introdução, prefácio ou nota do autor – indica os objetivos do autor e muitas vezes a metodologia 
por ele empregada.
• Bibliografia – fornece as informações a respeito das obras consultadas.
3.4 Leitura proveitosa
Muitas vezes, lemos inúmeros textos e não aproveitamos devidamente suas informações. Além de 
fazer o fichamento, é importante:
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• Atenção – é necessário concentração para buscar o entendimento, a assimilação e a apreensão 
dos conteúdos básicos do texto.
• Intenção – propósito de conseguir um aproveitamento intelectual por meio da leitura.
• Reflexão – observar todos os ângulos e ponderar as informações, descobrir novas perspectivas 
e pontos de vista. A reflexão favorece o entendimento e a assimilação das ideias do autor, 
aprofundando, assim, nosso conhecimento.
• Espírito crítico – implica julgamento, comparação, aprovação ou não do texto. É a avaliação do 
texto.
Ler com espírito crítico significa fazê‑lo com reflexão, não admitindo ideias sem analisar ou ponderar, 
proposições sem discutir, nem raciocínio sem examinar; consiste em emitir juízo de valor, percebendo no 
texto o bom e o verdadeiro, da mesma forma que o fraco, o medíocre ou o falso.
• Análise:
— divisão do tema em partes;
— determinações das relações existentes entre elas.
• Síntese – tem como objetivo não perder a sequência lógica do pensamento. É a reconstituição 
das partes decompostas pela análise.
 Observação
Fichamento: retirar do texto informações essenciais utilizando 
marcações. O fichamento é o resumo das referências que serão consultadas 
ao longo do trabalho.
Para o estudante‑pesquisador, o que mais interessa é a chamada leitura de estudo ou informativa. 
Seu objetivo é a coleta de informações para determinado propósito. Segundo Lakatos e Marconi (2008), 
a leitura de estudo apresenta três objetivos essenciais:
1. Certificar‑se do conteúdo do texto, constatando o que o autor afirma – os dados que apresenta e 
as informações que oferece.
2. Correlacionar os dados coletados, a partir das informações do autor com o problema em pauta.
3. Verificar a validade dessas informações.
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4 ANÁLISE DE TEXTOS
4.1 Análise textual
Preparação do texto: divida o texto em unidades de leitura, em capítulos ou subtítulos.
Leia uma primeira vez, na íntegra, para ter uma visão de conjunto do texto.
Ao se deparar com palavras ou conceitos desconhecidos, é preciso buscar esclarecimento de 
vocabulário, doutrinas, fatos e autores. Em seguida, procure criar uma esquematização do texto. Isso 
pode ser feito dividindo os parágrafos e anotando sobre o que cada um trata.
4.2 Análise temática
O objetivo da análise temática é a compreensão da mensagem do autor. Para isso, é preciso distinguir 
dentro do texto:
• Tema – do que fala o texto, qual o seu assunto central.
• Problema – qual problema o texto procura discutir. O problema é específico dentro do tema 
central.
• Tese – é a ideia central que o autor defende. É a resposta que ele deu para o problema levantado 
no tema.
• Raciocínio – é o processo lógico utilizado pelo autor; de que ponto ele partiu, as etapas, até a 
conclusão.
• Ideias secundárias – são ideias apresentadas pelo autor, mas não aprofundadas. Também 
aparecem como exemplos para argumentação.
4.3 Análise interpretativa
Após compreender a mensagem do texto, é possível fazer a interpretação.
A pesquisa inicial sobre os conceitos utilizados pelo autor auxilia a identificar sua situação 
filosófica e suas influências. Assim, aparecem os pressupostos do autor e a associação de 
ideias.
Conhecendo esses dados, é possível fazer a crítica, identificar a coerência interna do texto, a validade 
dos argumentos, a originalidade, a profundidade da análise do autor, seu alcance e a apreciação e juízo 
pessoal das ideias defendidas.
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4.4 Problematização
O levantamento e as discussões de problemas relacionados à mensagem do autor. Nessa 
etapa, faz‑se a discussão dos problemas que o texto sugere. A solução apresentada pelo autor 
poder ser problemática. O leitor faz novos questionamentos. Podem também surgir questões 
implícitas no texto.
4.5 Síntese
Reelaboração da mensagem com base na reflexão pessoal. Esse é o momento em que o estudante 
retoma, com as suas palavras, o que foi abordado no texto, e inclui a sua própria análise e seu 
próprio texto.
A leitura crítica é a base de um bom trabalho acadêmico. Ao longo do tempo, ficará mais fácil para o 
estudante‑pesquisador analisar e entender um texto. É apenas uma questão de treino. Portanto, nunca 
se deixe intimidar por um texto complexo, tenha sempre à mão um bom dicionário e procure decifrar as 
palavras‑chave do texto. Esse processo logo será automatizado.
Existem outros processos importantes – o resumo e o fichamento de um texto – que estudaremos 
mais tarde. Esses dois processos são tarefas muito solicitadas pelos professores nas universidades. 
Falaremos primeiramente sobre a pesquisa bibliográfica.
4.6 Pesquisa bibliográfica
A pesquisa bibliográfica atual conta com uma série de recursos que não existiam tempos atrás. Por 
exemplo: hoje, não precisamos consultar apenas os livros, há várias informações e referências na rede. 
Além dos livros, usamos a internet e os programas audiovisuais. É extremamente importante citar as 
fontes utilizadas para obter o conhecimento. Na unidade IV, destacaremos as normas utilizadas pela 
ABNT a serem seguidas.
A principal base da pesquisa bibliográfica consiste em análise e leitura de texto. Essas fontes de 
informação devem ser bem utilizadas e o trabalho acadêmico deve ser construído, e não copiado. 
A internet pode ser utilizada, desde que sejam feitas as corretas referências, de acordo com suas 
especificidades.
Os livros ainda são as fontes mais confiáveis, mas isso não significa que os mesmos devam ser lidos 
de qualquer maneira; a leitura crítica é essencial para o bom aproveitamento dos dados.
 Observação
A cópia de trabalhos (plágios), além de ser uma prática desonesta, é 
ilegal.
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Ao fazermos um trabalho científico, devemos estabelecer, em primeiro lugar, o tema, ou seja, aquilo 
que queremos pesquisar. A partir desse ponto, podemos buscar fontes amplas sobre o assunto para 
depois delimitá‑lo. Uma dica é pesquisar na biblioteca e na internet autores que já escreveram artigos 
sobre o assunto que escolhemos. Isso é muito importante para conhecermos melhor o que iremos 
pesquisar.
4.7 Fontes de pesquisa
4.7.1 Biblioteca
Pode ser a biblioteca da faculdade, do bairro ou da cidade. Podemos acessar vários desses acervos por 
meio da internet e consultar quais são os livros disponíveis naquela instituição que poderão favorecer 
nosso trabalho.
 Saiba mais
Bons endereços virtuais de pesquisa bibliográfica:
Dédalus, da USP:
• Biblioteca digital brasileira de teses e dissertações.
• Banco de teses da Capes.
• Acesso livre – portal de periódicos da Capes.
• Biblioteca virtual de estudos culturais.
• Biblioteca virtual de inovação tecnológica.
• SciELO – Scientific Eletronic Library Online.Pesquisa de artigos:
• Livre – periódicos on‑line.
• Relação de base de dados da UNIP.
• Google acadêmico.
• Web of Science.
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As bibliotecas seguem uma categorização na catalogação e livros. A melhor maneira de utilizarmos 
as informações é conhecer o catálogo ou fichário. Neles, constam as informações essenciais que sempre 
serão citadas nas notas de rodapé e na bibliografia.
As informações essenciais citadas são:
• autor;
• título;
• editora;
• local;
• data.
As bibliotecas têm sistemas diferentes de catalogação. Há várias pessoas que podem ajudar o 
estudante a encontrar o livro e como também auxiliá‑lo na boa utilização do mesmo.
É importante lembrarmos que os livros são de uso coletivo. Devemos cuidar para não sujar, estragar 
ou rabiscar, pois eles serão utilizados por outros alunos. Valorize sempre esse acervo, pois as bibliotecas 
são “a mina de ouro” dos estudantes.
Muitas vezes, estudamos muito, mas esquecemos de fazer anotações sobre o livro. Em um trabalho 
científico, isso é considerado erro, pois dificultará a otimização do seu tempo.
Portanto, sempre faça um resumo, um fichamento e uma ficha bibliográfica do livro.
A ficha bibliográfica deve conter as informações técnicas do livro:
• localização;
• autor;
• título completo;
• editora;
• ano;
• quantidade de páginas que foram lidas.
É necessário anotar todas essas informações, pois elas serão cobradas na bibliografia e nas notas de 
rodapé utilizadas no trabalho científico.
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4.8 Outras fontes utilizadas
4.8.1 Arquivos oficiais do estado ou município
São arquivos importantes que guardam uma enorme quantidade de diversos materiais como 
jornais, revistas, atas e documentos oficiais. Cada instituição tem suas regras; muitas vezes, é 
necessário apresentar uma carta formal da faculdade ou da escola para ter acesso a esses 
documentos.
4.8.2 Internet
A internet possui inúmeros acervos eletrônicos das grandes universidades e sites de pesquisa 
(relacionados anteriormente), além de uma grande variedade de sites de busca. É de extrema importância 
fazer as citações corretas nas referências para evitar o plágio. Devemos citar nas notas de rodapé o link 
(site) utilizado para adquirir a informação e a data de acesso.
4.9 Resumo
Tem como objetivo retirar do texto as informações essenciais e reescrevê‑las, mantendo a lógica do 
autor.
O resumo pode ser dividido nas seguintes etapas:
• ler o texto na íntegra;
• reler parágrafo por parágrafo;
• retirar de cada parágrafo as informações essenciais;
• reescrever (reelaboração da mensagem baseada na reflexão pessoal).
Jamais devemos colar as frases. O texto é escrito no discurso indireto, deixando claro que as 
informações são do autor (para destacá‑las, podemos usar o negrito, itálico ou sublinhá‑las).
O objetivo é deixar claro quais são as ideias do autor e quais são as ideias do aluno.
 Resumo
No início dessa unidade, salientamos:
• a importância de ler para escrever melhor;
• como coletar e registrar essas informações de maneira organizada.
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Em seguida, foi destacada a importância do processo de escrita com 
dicas, conceitos e ideias, análise textual e pesquisa bibliográfica.
Ao final da unidade II, o estudante deve estar familiarizado com 
os principais conceitos relacionados à leitura e à análise de textos, 
bem como estar confortável com processos e fontes de pesquisa 
bibliográfica.
 Exercícios
Questão 1 (Enade, 2005): A pergunta e o perguntar têm um papel fundamental na pesquisa. Uma 
pergunta é um início necessário para a pesquisa, na medida em que ela coloca um problema que dá 
sentido ao ato de pesquisar. Sem problema não há pesquisa. Considerando esse referencial, qual das 
conclusões é correta?
A)Toda pergunta merece ser pesquisada.
B)As perguntas são o cerne da pesquisa.
C)Uma pesquisa pode prescindir de respostas.
D)Toda pesquisa deve ser conclusiva.
E)As respostas constituem o âmago da pesquisa.
Resposta correta: alternativa B
Análise das alternativas:
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: a afirmação não pode ser considerada correta, pois algumas perguntas não podem ser 
convertidas automaticamente em objetos de investigação, passíveis à pesquisa. Algumas perguntas são 
de ordem filosófica, outras de ordem operacional ou até simplesmente especulativa.
B) Alternativa correta
Justificativa: a afirmação é correta, pois sem a elaboração da(s) pergunta(s) torna‑se impossível 
construir o problema da pesquisa, que é o ponto de partida para se construir as hipóteses para fazer 
o levantamento de dados, para, aí sim, se chegar à construção das respostas, que na verdade são uma 
verificação das hipóteses construídas inicialmente (se, a partir da interpretação dos dados, estas se 
comprovam ou não).
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C) Alternativa incorreta.
Justificativa: a afirmação é incorreta, porque a pesquisa não pode prescindir de respostas, pois 
mesmo que essas não sejam transitórias fazem parte do objetivo da pesquisa.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: a afirmação é incorreta, porque as respostas de uma pesquisa não são conclusivas, mas 
sim transitórias.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: a afirmação é falsa, porque na verdade as perguntas é que constituem o âmago da 
pesquisa.
Questão 2:
Figura 5
Na reportagem do Caderno Ciência do jornal Folha de São Paulo, de 25/06/2011, discute‑se que 
o raciocínio científico, assim como o senso comum, muitas vezes, pode apresentar erros de raciocínio 
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como o apresentado na charge da reportagem, anteriormente. A conclusão a que podemos chegar, a 
partir da análise da charge é:
A) Que o cientista, ao apresentar o novo remédio, parte de uma conclusão apressada tirada com 
base em apresentação falaciosa dos fatos, pois “vende” o estudo como inovador, partindo de uma 
amostragem irrelevante.
B) Que o cientista, ao apresentar o novo remédio, parte da recusa de se preparar para um desastre 
muito difícil de acontecer.
C) Que o cientista, ao apresentar o novo remédio, busca informações que confirmem o que ele acha 
que já sabe.
D) Que o cientista, ao apresentar o novo remédio, parte de uma amostragem muito vasta, de difícil 
tabulação.
E) Que o cientista, ao apresentar o novo remédio, parte de uma inverdade para provar a validade do 
medicamento.
Resolução desta questão na Plataforma.

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