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SUS – Sistema Único de Saúde Profa. Flávia Biscaia 1988 • "Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”. 1988 • Art 196: “A Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação” Princípios Ideológicos do SUS SUS Universalidade Equidade Integralidade Universalidade • É a garantia de atenção à saúde por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão. Com a universalidade, o indivíduo passa a ter direito de acesso a todos os serviços públicos de saúde, assim como àqueles contratados pelo poder público. Saúde é direito de cidadania e dever do Governo: municipal, estadual e federal. Equidade • É assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que cada caso requeira, more o cidadão onde morar, sem privilégios e sem barreiras. Todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades até o limite do que o sistema puder oferecer para todos. Integralidade É o reconhecimento na prática dos serviços de que: • cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade; • as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde formam também um todo indivisível e não podem ser compartimentalizadas; • as unidades prestadoras de serviço, com seus diversos graus de complexidade, formam também um todo indivisível configurando um sistema capaz de prestar assistência integral. Enfim: • “O homem é um ser integral, bio-psico-social, e deverá ser atendido com esta visão integral por um sistema de saúde também integral, voltado a promover, proteger e recuperar sua saúde.” Princípios Organizacionais do SUS SUS Descentralização Hierarquização Regionalização Regionalização • É o processo de transferência de responsabilidades e prerrogativas de gestão para os estados e municípios, atendendo às determinações institucionais e legais que embasam o SUS e que definem atribuições comuns e competências específicas à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios. • Os grandes desafios da descentralização está na articulação regional, da pactuação, da coordenação, da cogestão, da melhoria qualitativa dos serviços e ações de saúde, a fim de proporcionar um sistema de saúde efetivamente universal, equitativo, integral e hierarquizado. Perspectivas da saúde pública (vídeo) Hierarquização • O acesso da população à rede deve se dar através dos serviços de nível primário de atenção que devem estar qualificados para atender e resolver os principais problemas que demandam os serviços de saúde. Os demais, deverão ser referenciados para os serviços de maior complexidade tecnológica. • A rede de serviços, organizada de forma hierarquizada e regionalizada, permite um conhecimento maior dos problemas de saúde da população da área delimitada, favorecendo ações de vigilância epidemiológica, sanitária, controle de vetores, educação em saúde, além das ações de atenção ambulatorial e hospitalar em todos os níveis de complexidade. Hierarquização • Os serviços de saúde são divididos em níveis de complexidade: Primário, Secundário e Terciário. Primário •Unidade Básica de Saúde •Unidade de Saúde da Família Secundário •Ambulatório •AMA •AME Terciário •Hospitais Hierarquização – Terciário Hospitais Secundário Ambulatório AMA AME Primário Unidade Básica de Saúde Unidade de Saúde da Família Hierarquização • Quanto mais bem estruturado for o fluxo de referência e contra-referência entre os serviços de saúde, melhor a sua eficiência e eficácia. Hierarquização – Área de Abrangência • Cada serviço de saúde tem uma área de abrangência, ou seja, é responsável pela saúde de uma parte da população. Os serviços de maior complexidade são menos numerosos e por isso mesmo sua área de abrangência é mais ampla, abrangência a área de vários serviços de menor complexidade. Hierarquização – Área de Abrangência Descentralização • É o processo de transferência de responsabilidades e prerrogativas de gestão para os estados e municípios, atendendo às determinações institucionais e legais que embasam o SUS e que definem atribuições comuns e competências específicas à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios. • Os grandes desafios da descentralização está na articulação regional, da pactuação, da coordenação, da cogestão, da melhoria qualitativa dos serviços e ações de saúde, a fim de proporcionar um sistema de saúde efetivamente universal, equitativo, integral e hierarquizado. Perspectivas da saúde pública (vídeo) Resolubilidade • É a exigência de que, quando um indivíduo busca o atendimento ou quando surge um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível da sua competência. Participação Popular • É a garantia constitucional de que a população, através de suas entidades representativas, participará do processo de formulação das políticas de saúde e do controle da sua execução, em todos os níveis, desde o federal até o local. • A regulamentação deste princípio foi pautado na Lei nº 8.142, aonde Os usuários participam da gestão do SUS através das Conferências de Saúde, que ocorrem a cada quatro anos em todos os níveis, e através dos Conselhos de Saúde, que são órgãos colegiados também em todos os níveis. • Nos Conselhos de Saúde ocorre a chamada paridade: enquanto os usuários têm metade das vagas, o governo tem um quarto e os trabalhadores outro quarto. Conselho Nacional de Saúde • O Conselho Nacional de Saúde (CNS) instância máxima de deliberação do Sistema Único de Saúde – SUS - de caráter permanente e deliberativo, tem como missão a deliberação, fiscalização, acompanhamento e monitoramento das políticas públicas de saúde. • O CNS é um órgão vinculado ao Ministério da Saúde composto por representantes de entidades e movimentos representativos de usuários, entidades representativas de trabalhadores da área da saúde, governo e prestadores de serviços de saúde, sendo o seu Presidente eleito entre os membros do Conselho. Conselho Nacional de Saúde • É competência do Conselho, dentre outras, aprovar o orçamento da saúde assim como, acompanhar a sua execução orçamentária. Também cabe ao pleno do CNS a responsabilidade de aprovar a cada quatro anos o Plano Nacional de Saúde. • O Conselho Nacional de Saúde é formado por 48 conselheiros titulares e seus respectivos primeiro e segundos suplentes, representantes de entidades e movimentos sociais de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), entidades de profissionais de saúde, incluída a comunidade científica, entidades de prestadores de serviço, entidades empresariais da área da saúde e governo federal. Conselho Nacional de Saúde - Comissões• As comissões do Conselho Nacional de Saúde – CNS – estão constituídas pela Lei nº 8.080/90, com a finalidade de articular políticas e programas de interesse para a saúde. Com o objetivo de assessorar o pleno do CNS, fornecem subsídios de discussão para deliberar sobre a formulação da estratégia e controle da execução de políticas públicas de saúde. Conselho Nacional de Saúde - Comissões • Alimentação e Nutrição • Ciência e Tecnologia • Comunicação e Informação • Eliminação de Hanseníase • Ética em Pesquisa • Educação Permanente • DST • Orçamento e Financiamento • Saúde do Trabalhador • Recursos Humanos • Saneamento e Meio Ambiente • Saúde da Mulher • Saúde do Idoso • Saúde Suplementar • Trauma e Violência • Pessoa com Deficiência • Pessoas com Patologias • Práticas Integrativas e Complementares no SUS • População Negra • População Lésbica, Gays, Bissexuais e Travestis • Comissão Intersetorial de Vigilância Sanitária e Farmacoepidemiologia • Comissão Permanente de Assistência Farmacêutica • Comissão Intersetorial de Saúde Bucal
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