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CASOS CONCRETOS DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL II

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Direito Processual Civil II
Casos Concretos 
Aula 1
1)Mario ajuizou ação indenizatória em face da Loja FREE MAGAZINE com o objetivo de obter reparação pelos danos decorrentes da aquisição de um condicionador de ar defeituoso. A demanda foi ajuizada perante a Vara Cível da Capital, pelo procedimento comum, onde o autor pretender obter indenização no valor de 20.000,00 (vinte mil reais). Após a citação, a empresa ré propôs a realização de um negócio processual atípico, reduzindo todos os prazos processuais para 05 dias e modificando a distribuição do ônus da prova, o que foi prontamente aceito pelo autor. O juiz indeferiu o negócio processual proposto pelas partes sob o fundamento de que viola o princípio da ampla defesa. Diante da situação INDAGA-SE: 
a) O juiz agiu de acordo com as regras do CPC acerca do procedimento comum?
Resposta: Não, a atuação do juiz limita-se a controlar a validade das convenções prevista nesse artigo, recusando-lhes aplicações somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma das partes se encontre em manifesta situação de venerabilidade (Art190).
 b) A referida demanda poderia ter sido ajuizada nos Juizados Especiais Cíveis?
Resposta: Poderia ter sido ajuizada com limitação de valor. 
2)De acordo com o CPC é correto afirmar que: 
a) O procedimento comum sumário e ordinário foram transformados em procedimento especial. 
b) A petição inicial não pode mais ser emendada. 
(X) Na petição inicial pode haver indicação de interesse em realizar audiência de conciliação ou mediação.
d) Não pode haver mais indeferimento da petição inicial antes da citação do réu. 
3)Com relação ao pedido no processo civil, marque a opção incorreta:
a) O pedido deve ser certo e determinado. 
b) É possível pedido alternativo nos casos em que o direito material permite. 
(X) A cumulação de pedidos diversos contra o mesmo réu só é possível quando houver conexão. 
d) A cumulação de pedidos enquanto cumulação de ação gera economia processual.
Aula 2
1)Pedro ingressou com uma ação indenizatória em face do Estado de Belo Horizonte pleiteando indenização no valor de R$200.000,00, por ter sido incluído, de forma fraudulenta, no quadro societário do Frigorífico Boi Bom. A referida fraude foi realizada na Junta Comercial do referido Estado e causou inúmeros transtornos ao autor. O juiz da 05ª Vara Fazendária, ao receber a inicial, constatou que existem vários julgados do STJ contrários aos interesses do autor e julgou improcedente liminarmente o pedido, antes mesmo de citar o réu. José, advogado de Pedro, diante da decisão procurou dois especialistas em Direito Processual Civil para obter um parecer sobre o caso. O primeiro especialista apresentou parecer favorável a interposição de recurso, pois a improcedência liminar viola o princípio da inafastabilidade da tutela jurisdicional (art. 5º, XXXV, da CF/88), inviabilizando o amplo acesso à justiça. O segundo especialista apresentou parecer no sentido de que embora haja a garantia constitucional da inafastabilidade da tutela jurisdicional, admite-se a limitação dessa garantia em algumas hipóteses definidas em lei sem que haja violação do texto constitucional.
a) Considerando a divergência entre os especialistas, qual é o parecer mais adequado de acordo com a jurisprudência e a doutrina? 
Resposta: O primeiro especialista está completamente errado, o segundo está mais próximo da resposta.
A improcedência liminar não invade nenhum dos princípios processuais, e sim da ênfase ao principio da celeridade processual e o principio da efetividade.
 b) Existe diferença entre Improcedência Liminar do Pedido e Indeferimento da Petição Inicial? 
Resposta: Sim. A Improcedência é mérito, é o julgamento com a apuração do mérito. O indeferimento é processual, antecede o mérito (sem julgamento do mérito).
2) A improcedência liminar do pedido pode ocorrer: 
a) apenas quando houver súmula vinculante ou declaração de inconstitucionalidade pelo STF em sentido contrário.
b) em casos de enunciado de súmula do STF apenas. 
c) em casos de enunciado de súmula do STJ apenas. 
(X) na hipótese de entendimento firmado em incidente de demandas repetitivas.
3) Sobre a audiência de conciliação ou mediação indique a opção correta. 
a) Caso não ocorra, resta inviabilizada uma nova marcação para não afetar a celeridade processual. 
b) É optativa, não havendo qualquer sanção para a parte que faltar a referida audiência. 
c) O não comparecimento acarreta a revelia automática, além de condenação por má-fé processual. 
(X) Trata-se dispositivo que tem por objetivo propiciar outros meios para a composição dos interesses das partes.
Aula 3
1)O Banco BMD ajuizou ação de cobrança em face de Antônio, pelo procedimento comum, sob o fundamento de que o réu não efetuou o pagamento da quantia de 15.000,00 referentes a um empréstimo realizado. Após a realização infrutífera da audiência de conciliação, Antônio pretende, através de seu advogado, alegar que: 
-Não reconhece a dívida vez que o empréstimo já foi quitado; 
- A devolução em dobro do valor pago indevidamente, vez que o banco cobrou numero de parcelas maior do que o acordado e;
- A incompetência territorial do juízo. Diante da situação acima indaga -se:
a) Quais as modalidades de resposta do réu devem ser utilizadas pelo advogado do réu? 
Resposta: Deve apresentar: Contestação como peça de defesa direta,incompetência territorial relativa, e a reconvenção simultaneamente para evitar a preclusão resolutiva Art337 II e Art343 CPC reconvenção. 
b) Caso o réu pretenda alegar sua ilegitimidade para a causa, como deve proceder?
Resposta: Deve proceder indicando o verdadeiro réu sempre que tiver conhecimento, no prazo de 15 dias para mudar o réu Art341 e 339 CPC.
 
c) Quais os significados dos Princípios da Eventualidade e Ônus da Impugnação Específica para fins do momento processual dos artigos 335 e seguintes do CPC? 
Resposta: O ônus da impugnação especificado causa a presunção reativa de veracidade dos fatos narrados pelo autor, não impugnados pelo réu. Principio da eventualidade, você precisa usar todos os meios de defesa na mesma oportunidade.
2) Marque a alternativa correta dentre as opções abaixo. 
a) O CPC/2015 eliminou a reconvenção, não sendo mais possível ao réu demandar o autor no mesmo processo.
(X) A impugnação ao benefício da gratuidade de justiça agora é tema de contestação.
 c) A contestação no CPC/2015 pode ser oral em qualquer procedimento.
 d) A incompetência absoluta deve ser arguida através de exceção processual. 
3) Quando houver caso de incompetência relativa do juízo e impedimento do juiz, a defesa do réu dever ser por: 
(X) contestação e exceção respectivamente.
b) apenas contestação. 
c) apenas uma única exceção de incompetência. 
d) duas exceções autônomas.
Aula 4
1)Marina realizou uma cirurgia de implante de silicone nos seios na Clínica de Estética Bem Viver. Após a cirurgia, Marina identificou que um seio ficou visivelmente maior que o outro. Frustrada com a situação em que foi submetida, a paciente promoveu uma ação indenizatória em face da referida Clínica pleiteando indenização por danos morais, estéticos e materiais. Embora tenha sido devidamente citada a Clínica não ofereceu a contestação, o que foi devidamente certificado pelo Cartório. O juiz decretou a revelia da ré. Diante dessa circunstância indaga-se: 
a) A revelia acarreta necessariamente a procedência do pedido do autor?
Resposta: Não, pois a presunção é relativa de veracidade dos fatos narrados pelo autor e não impugnados pelo réu.
 b) Caso a ré apresentasse contestação admitindo o fato mas arguindo a prescrição, quais seriam as consequências processuais?
Resposta: Réplica, direito de intimar o autor no prazo de 15 dias para se manifestar Art350.
2) João é citado em ação proposta por Pedro e realiza contestação alegando falta de pagamento para não cumprir com sua parte em contrato firmado pelas partes. Além disso, tambémaproveitou e está cobrando de Pedro determinada soma em dinheiro, oriundo do mesmo negócio jurídico. Marque a opção que indica as respostas apresentadas por João nos autos do processo. 
a) contestação e reconvenção em petições distintas. 
b) reconvenção e exceção de contrato não cumprido.
(X) contestação e reconvenção na mesma peça processual. 
d) apenas contestação, mas sem reconvenção ou qualquer exceção. 
3) A revelia no processo civil é:
 a) ausência de qualquer modalidade de defesa do réu. 
b) o mesmo que efeito da revelia, isto é, toda vez que houver revelia o pedido será julgado procedente. 
(X) ausência de contestação.
d) ausência de comparecimento à audiência de conciliação ou mediação.
Aula 5 
1)André ajuizou uma ação em face de Paulo para obter a rescisão contratual de determinado negócio jurídico firmado entre as partes. Na Petição Inicial André afirma que Paulo descumpriu três cláusulas contratuais distintas, causando danos materiais e morais e por tais razões, não mais deseja manter o vínculo contratual, requerendo ainda, além de seu desfazimento, o pagamento de multa contratual prevista em cláusula específica. Junta apenas documentos comprobatórios e afirma não necessitar de outros meios para sustentar o alegado. André devidamente citado oferece Contestação, onde reconhece o fato em que se funda a ação, mas aponta razões e fatos não informados por André para tentar justificar seu comportamento contratual em não cumprir o previsto em apenas uma das cláusulas citadas, não se manifestando sobre as demais suscitadas na Petição Inicial. Requereu ainda depoimento pessoal e de testemunhas que poderão confirmar os fatos por ele narrados. Após a certificação da tempestividade da defesa apresentada, os autos vão conclusos ao juiz. A partir do texto acima responda às seguintes questões: 
a) Caso o Juiz considere pertinente à defesa apresentada por Paulo será possível o julgamento antecipado do mérito? 
Resposta: Quando há requerimento de prova oral não se pode antecipar o julgamento do mérito Art355 CPC. Ouvir o autor sobre fato novo trazido na contestação (réplica) Art350 CPC.
b) Caso o Juiz entenda que existe fato incontroverso poderá haver julgamento antecipado parcial do mérito. 
Resposta: O juiz decidirá quando houver incontroversia dos pedidos formulados (impugnação), sendo possível assim o julgamento antecipado do mérito Art356 I CPC.
1) A incompetência absoluta pode ser declarada de ofício pelo Juízo. Tal informação é: 
a) Incorreta, pois deve ser alegada por peça própria de exceção. 
b) Correta, pois são as questões prejudiciais ao julgamento do mérito.
c) Incorreta, pois deve ser declarada de ofício pelo Juiz. 
(X) Correta, pois se trata de questão preliminar e matéria de ordem pública que pode ser alegada pelas partes ou declarada pelo juiz em momento de saneamento do processo. 
3) A respeito do direito de se manifestar em réplica no processo civil é correto afirmar que: 
a) é um direito constitucional e independe da resposta do réu. 
b) depende do teor da resposta do réu e necessita de decisão do juiz.
c) não foi mantido no CPC. 
(X) ocorre apenas quando existe questão preliminar suscitada na contestação.
Aula 6 
1)Max adquiriu um notebook, marca Optmus prime, com objetivo para preparar suas aulas de filosofia. No entanto, o computador, com apenas 03 semanas de uso, deu pane no sistema o que levou Max ajuizar a demanda em face do fabricante pleiteando a substituição do note mais indenização pelos transtornos sofridos, vez que não obteve sucesso nas tentativas de solucionar administrativamente o conflito. O juiz, na fase instrutória, distribuiu de forma dinâmica o ônus da prova determinando que o autor produza prova suficiente sobre o alegado na inicial. Diante dessa decisão indaga-se: 
a) O juiz agiu em conformidade com as regras sobre a distribuição do ônus da prova? 
Resposta: O juiz está contrariando o CPC, ele deveria ter ajuizado a ação de consumo na justiça comum e ter aplicado a inversão do ônus da prova que é diferente de redistribuição do ônus da prova (Art6° VIII CDC). 
b) Considerando a regra geral do ônus da prova, como ordinariamente deve ser distribuído o ônus?
Resposta: Pela regra estática (Art373 CPC), em sua regra geral, o ônus da prova incumbe a quem alega.
 c) É possível a utilização de prova produzida em outro processo no caso acima? Quais os critérios para utilização dessa espécie de prova? 
Resposta: A prova emprestada pode ser utilizada (Art372 CPC).
2) O princípio do livre convencimento motivado traduz a ideia de que: 
(X) o juiz tem liberdade para apreciar e decidir a causa, mas deve fundamentar apenas as sentenças que resolvem o mérito. 
b) a motivação interna de convencimento do magistrado legitima sua decisão, não havendo necessidade de externar nas decisões judiciais fundamentação específica da fonte jurídica para o julgamento. 
c) as partes tem total liberdade para convencer o juiz dos fatos jurídicos materiais e processuais. 
d) se houver súmula vinculante, não haverá necessidade de interpretação e decisão fundamentada do caso. 
3) Marque a opção correta: 
(X) A parte que alegar direito municipal em juízo poderá ter que provar o teor e vigência, se assim determinar o juiz. 
b) O juiz não pode dispensar a prova, mesmo em fatos notórios. 
c) Após recente decisão do STF, agora é possível a produção forçada de provas, desde seja o último recurso ou expediente para se chegar à sentença de mérito. 
d) A prova documental pode ser arguida como falsa a todo e qualquer tempo, não havendo preclusão a respeito de documentos que já poderiam ter sido juntado aos autos.
Aula 7
1)Carla está desesperada e conversa com Dra. Suzana (sua advogada) que a principal testemunha de seu caso e que deverá comparecer em audiência de instrução futura ( mês seguinte) foi hospitalizada para passar por procedimento cirúrgico de alto risco em no máximo 3 (três) dias, conforme atestou o médico em documento próprio. Existe sério risco de morte, ou mesmo de vida com sequelas cerebrais diversas. O tempo de espera é apenas para os trâmites técnicos e administrativos para a cirurgia, pois se trata de evento futuro e certo. Dra. Suzana lamenta o ocorrido com Carla, mas informa que nada pode fazer, pois o CPC não prevê mais a medida cautelar existente no CPC/73, talvez no máximo peticionar nos autos informando do ocorrido e requerendo o adiamento da audiência para aguardar a melhor recuperação da testemunha enferma, ou mesmo conseguirem uma testemunha substituta. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Está correta a informação jurídica prestada pela Dra. Suzana? 
Resposta: Não, a produção antecipada de provas continua a existir só foi deslocada no código de 2015. 
b) É possível que Atas Notariais possam atestar ou documentar a existência de fatos jurídicos materiais e servirem de meio probatório em Juízo?
Resposta: Sim, a ata notarial é meio de provas e sua tipificação está no Art384 CPC que deve ser cumulada com a lei de registros públicos. 
2) Considerando as regras do Código de Processo Civil é correto afirmar que: 
a) No âmbito dos juizados especiais cíveis estaduais será agora possível produzir provas mais complexas, além de documental, depoimento pessoal e testemunhal. 
(x) No âmbito do procedimento comum e de acordo com o princípio da concentração dos atos processuais, em regra as provas devem ser requeridas e produzidas em momentos pontuais, sob pena de preclusão, salvo casos especificados em lei. 
c) As provas documentais somente podem ser juntadas na audiência de instrução e julgamento. 
d) A ata notarial está formalizada como meio probatório, mas não houve previsão de prova emprestada. 
3) A prova realizada através de exame de DNA: 
a) É obrigatória para a parte contrária, pois trata-se de dignidade na pessoa humana. 
(x) Não é obrigatória, mas pode geral consequências para quem não se submete ao mesmo. 
c)Não pode mais ser determinada pelos juízes,sob pena de violação de direito constitucional.
d) Deve obrigatoriamente ser seguida pelo juiz.
Aula 8
1)A Administradora Joia Rara Ltda está em litígio com a empreiteira Obra Boa Ltda, contratada para reformar apartamento específico e não consegue se conformar com a decisão do juiz que indeferiu requerimento formulado por seu advogado para realização de prova pericial que comprovasse a má prestação dos serviços prestados, além da não prestação de outros. O juiz indeferiu o pleito, alegando já existir nos autos o requerimento tempestivo (e deferido) do advogado da Administradora Joia Rara sobre produção de provas (documental e testemunhal), não havendo agora, em outro momento processual, possibilidade de novo requerimento para meio probatório distinto. O advogado da Administradora Joia Rara Ltda discorda da posição do juiz e pretende recorrer da decisão de qualquer jeito, pois vislumbra violação legal e constitucional no caso. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Está correta a posição juiz em relação ao momento requerimento de produção de provas? 
Resposta: O momento do pedido de produção de provas para o autor é na inicial e do réu é na contestação, sendo o destinatário o juiz que pode requerer prova nova. 
b) Quais as diferenças entre prova pericial e inspeção judicial? 
Resposta: A prova pericial exige perito técnico, envolvendo terceiro, exigindo conhecimento da matéria. Inspeção judicial é o juiz baseados nos seus conhecimentos, a requerimento da parte ou de oficio. 
2) A respeito da confissão judicial e outras provas no CPC, marque a opção correta: 
a) A confissão judicial deve ser exclusivamente espontânea, podendo a extrajudicial ser provocada. 
b) A confissão judicial poderá sempre ajudar ou prejudicar os litisconsortes. 
(x) A parte não é obrigada a depor sobre fatos que coloquem sua vida em perigo. 
d)A parte quando realiza confissão pratica um ato irrevogável.
3) Ainda a respeito das provas e o CPC, responda: 
a) A exibição de documento ou coisa pode ser ordenada por juiz de direito. 
b) O documento público faz prova apenas de sua formação, mas não dos fatos descritos. 
(x) Quando a lei exigir documento público como da substancia do ato, nenhuma outra prova, por mais especial que seja, poderá suprimir sua falta. 
d) Apenas considera-se autor do documento particular aquele que o fez e assinou, além de reconhecer firma, sob pena de quebra da presunção de autoria.
Aula 9
1)André e Lívio figuram respectivamente como autor e réu em ação de cumprimento contratual que tem como objeto a prestação de serviços de manutenção de aparelhos de ar condicionado. O contrato foi firmado pelas partes e vinha sendo cumprido normalmente, até que em determinado mês, sem nenhuma razão específica, Lívio deixou de realizar o serviço. Após realizar duas notificações, André optou pelo Poder Judiciário para tentar resolver seu problema. O advogado de André distribuiu a petição inicial com a opção de não realizar audiência de conciliação ou mediação. Após a citação e apresentação de defesa, o Juiz determina a realização de Audiência de Instrução e Julgamento e intima as partes envolvidas. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Considerando que a audiência a ser realizada tem por finalidade instruir e proporcionar condições técnicas para o julgamento do Juiz, é possível ainda haver espaço para a conciliação ou mediação? 
Resposta: Sim, a qualquer tempo o judiciário tem o dever de tentar conciliar as partes Art359 CPC.
b) O que significa dizer que a audiência de instrução e julgamento é una e indivisível? 
Resposta: É uma ficção jurídica que será considerada ininterrupta Art365 CPC.
2) Sobre a audiência de instrução e julgamento é incorreto afirmar: 
(X) A apresentação de razões finais escritas (memoriais) independe complexidade da causa, nos termos da lei. 
b) A AIJ pode ser adiada em casos especiais. 
c) Finda a instrução, o juiz deve dar a palavra ao advogado do autor e réu, além do Ministério Público, quando for o caso. 
d) Se houver antecipação ou adiamento da audiência os advogados ou sociedade de advogados serão intimados. 
3) A AIJ serve para: 
a) apenas para produzir provas em juízo, pois não pode haver conciliação. 
b) instruir o juiz, preparando-o para futuramente decidir.
(X) instruir o juiz, mas também pode haver conciliação. 
d) apenas para produzir prova de depoimento pessoal e testemunhal, pois as demais podem ser juntadas aos autos.
Aula 10
1)Em ação de rescisão contratual, devolução de valores pagos e ainda indenização por danos morais movida por Júlio em face do Mercado Oferta Livre LTDA, a Juíza proferiu sentença onde julgou integralmente procedente o pedido autoral. Júlio questiona seu advogado a respeito da sentença, pois ao realizar a leitura em seu acompanhamento processual na internet, não entendeu o que seriam os termos fundamentação e dispositivo. Júlio também queria saber quais os efeitos práticos que a sentença teria no caso concreto dele. O advogado de Júlio respondeu que toda sentença tem como elementos ou partes obrigatórias: relatório, fundamentação e dispositivo. Questionou autor, por fim, se o juiz poderia alterar o conteúdo da sentença proferida, o que foi afirmado pelo advogado. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Está correta a informação prestada pelo advogado de Júlio? 
Resposta:Sim, na verdade o dispositivo que traz coisa julgada trazida na lei, com exceção do Art38 da Lei9099\95. 
b) O juiz pode alterar o conteúdo da sentença após a sua publicação? Em quais hipóteses? 
Resposta: Em regra não, apenas quando houver erros de calculo, casos de erro material, cabíveis em embargo de declaração. 
c) O caso acima admite reexame necessário? 
Não, não há nada contra Município, Estados e União. 
2) Com relação aos pedidos formulados pelas partes as sentenças podem ser classificadas em: 
(x) Declaratórias, constitutivas ou condenatórias, segundo a classificação trinária. 
b) Declaratórias, mandamentais e constitutivas, segundo a classificação trinária. 
c) Mandamentais apenas, pois todas possuem caráter coerctivo e força de lei. 
d)Declamatórias ou não declaratórias, quando julgam procedente ou improcedente o pedido. 
3) As sentenças condenatórias de prestação de fazer, não fazer e entregar coisa certa: 
a) Já eram previstas no CPC/73, furto de diversas reformas processuais que ocorreram a partir dos anos 1990. 
b) Não existiam em nosso ordenamento jurídico. 
(x) Não podem ter solução por meio de mediação ou arbitragem. 
d) Já podem ter solução por meio de arbitragem, desde que haja anuência das partes e do Ministério Público.
Aula 11
Um espanhol foi condenado em segunda e última instância por um tribunal competente de seu país a pagar a quantia de 50 mil euros por conta de dívidas oriundas de cheques não honrados pelo sistema bancário ou pelo próprio emitente. O caso transitou em julgado e quando foi iniciada a execução, descobriu-se que o devedor tinha se mudado para o Brasil, especificamente para Fortaleza, capital do Ceará. O credor consulta seu advogado a respeito da possibilidade de cumprimento da sentença no Brasil, onde está claro o estabelecimento de nova residência e domicilio do espanhol devedor, inclusive com novos negócios em andamento, conforme relatos e documento obtidos pelas redes sociais. O advogado espanhol contrata os serviços do escritório onde você está estagiando para concretizar o direito material de seu cliente. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Quais os requisitos para a homologação de sentença estrangeira no Brasil? 
Resposta: Art963 CPC, deve ser proferida por autoridade competente, ser precedida de citação regular, ser eficaz no pais em que foi proferida, não ofender coisa julgada brasileira, estar acompanhada de tradução oficial, não conter manifesta ofensa a ordem pública.b) Quais os órgãos judiciários competentes para a homologação e execução no Brasil? 
Resposta:Para reconhecimento o STJ e para execução o juízo federal (Art960 e 965 CPC).
c)É cabível antecipação de tutela no procedimento de homologação de sentença estrangeira? 
Resposta: Sim, Art962 a 965 CPC.
2) No âmbito da homologação de sentença estrangeira no Brasil é correto afirmar que: 
a) Existe novo juízo de mérito, com possibilidade de reversão do direito material. 
(x) Existe apenas juízo de delibação. 
c) Não existe juízo de mérito ou delibação, mas apenas tramitação burocrática para posterior cumprimento na Justiça Federal. 
d) Pode haver anulação do julgado, se houver violação de direito pátrio.
 3) A respeito da possibilidade de homologação de decisão arbitral do estrangeiro, marque a correta opção: 
a) Não é possível sua homologação, uma vez que o título executivo é extrajudicial. 
b) Não é possível sua homologação sem anuência prévia das partes.
(x) Pode ser homologada de acordo com o CPC. 
d) Trata-se de título executivo extrajudicial no Brasil e poder ser homologada.
Aula 12
1)Joana ingressou com uma ação de despejo em face de Laila alegando que a ré não efetuou o pagamento dos aluguéis referente ao imóvel localizado no centro de Minas Gerais. A ré contestou a demanda alegando que, em verdade, o imóvel estava em comodato razão pela qual não cabe o pedido de despejo. O juiz, antes de julgar a causa, apreciou a questão prejudicial concluindo pela inexistência de locação prevalecendo à tese da ré acerca do comodato. Ao final o juiz julgou improcedente o pedido da autora sob o fundamento de que inexiste contrato de locação que ampare sua pretensão. Ao saber da decisão Laila comemora com seu advogado e lhe pergunta se Joana pode promover nova ação de despejo com novos fundamentos. O advogado afirma que infelizmente a solução da questão prejudicial na fundamentação não faz coisa julgada, podendo a autora propor nova ação no futuro, conforme interpretação do art. 504 do CPC. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Está correta a orientação do advogado? 
Resposta: Está errado, segundo os requisitos do Art503 pode abranger a coisa julgada. 
b) No caso acima ocorre coisa julgada material e formal? 
Resposta: Existem ambos, coisa formal, antecedente lógico da coisa material (autoridade imutável quando esgota os recursos cabíveis).
c) A coisa julgada, no presente caso, afetará terceiros que não participaram da relação processual? 
Resposta: Em regra geral, a coisa se dá entre as partes porém não se aplicando em processos coletivos. 
2) Existe coisa julgada material em sede de ação civil pública( Lei 7347/85) 
(x) Sim, trata-se de ação de conhecimento que poderá ou não ter o direito material apreciado. 
b) Não, pois a coisa julgada aqui no caos procedência teria uma amplitude muito grande. 
c) Sim, mas apenas no caso de improcedência do pedido. 
d) Não, seja com procedência ou improcedência do pedido autoral. 
3)A coisa julgada é oponível: 
a) em sede de contestação, em matéria preliminar, sob pena de preclusão. 
b) em sede mandado de segurança apenas, pois viola-se direito liquido e certo. 
(x) em todo e qual momento ou fase processual, sendo certo que deve ser alegado na primeira hora em que parte fala nos autos, sob pena de ulterior responsabilização das custas e outros danos processuais. 
d) apenas no âmbito dos tribunais, sendo vedada sua alegação em 1ª instância.
Aula 13 
1)Maurício vendeu seu carro para seu grande amigo Gilson pelo valor de R$15.000,00. Na ocasião Gilson se comprometeu a realizar a comunicação junto ao DETRAN e regularizar a propriedade do veículo. Passados 02 anos, Maurício é notificado para responder a um processo de suspensão do direito de dirigir em razão do excesso de multas referentes ao veículo vendido, que ainda estava em seu nome. Muito chateado com a situação e sem conseguir localizar seu amigo, Maurício propôs ação de obrigação de fazer em face de Gilson cujo objeto era a condenação do réu na obrigação de regularizar a propriedade do carro junto ao DETRAN. Após a instrução da causa, o juiz julgou procedente o pedido para determinar que o réu regularize a propriedade do veículo, no prazo de 20 dias, sob pena de multa diária de R$1.000,00. Após o término do prazo, sem o cumprimento da obrigação, o juiz, a requerimento do autor, aumenta a multa diária para R$2.000,00. O réu apresentou petição requerendo a reconsideração da decisão, pois, de acordo com o art. 502 do CPC, a coisa julgada torna imutável a decisão sendo incabível o aumento da multa diária após o trânsito em julgado. Diante do caso indaga-se: 
a) Esta correta à argumentação do réu? 
Resposta: Não, o fato novo superveniente que vai ser revisado, o valor. O que não pode ser alterado é quem deve pagar (o comando emergente pode ser alterado). 
b) Considerando a doutrina sobre o tema, qual é a distinção entre coisa julgada e preclusão? 
Resposta: Correlação da coisa julgada com a preclusão. A preclusão pode levar a coisa julgada, esta se compõem também de preclusão se for o caso. 
A coisa julgada quer seja material ou formal, diz respeito a impossibilidade de ser modificar a decisão em que já se dera o transito em julgado sendo, pois, obstato qualquer imposição de novo recuro. Já a preclusão dá-se quando se deixa de praticar determinado ato subjetivo que cabia a parte interessado sendo este concedido de forma temporal ou por mandamento de lei. Caso a parte não exerça o direito subjetivo que possui, resta-se precluso a oportunidade, não cabendo, deste modo, nova chance para efetuar o ato perdido. 
2) Não fazem coisa julgada material: 
(X) os motivos e a verdade dos fatos no processo. 
b) a questão incidental, ainda que decidida pelo juiz após contraditório. 
c) os resultados de laudos de provas periciais. 
d) as sentenças que resolvem o direito material. 
3) A respeito da relativização da coisa julgada no Brasil é correto afirmar que: 
a) Não vigora e não se aplica ao nosso direito as teorias de relativização da mesma. 
b) Apenas encontra guarida na ação rescisória do art. 966 do NCPC.
(x) Pode ocorrer, em caos extremos e pontuais, sob pena de banalização e enfraquecimento da segurança jurídica dos julgados. 
d) Pode ser feita por qualquer juiz ou tribunal, a livre distribuição.
Aula 14
1)Temístocles ingressou com ação em face da empresa de Telefonia Fone Fácil S.A formulando declaratório de inexistência de relação jurídica combinado com condenação por danos materiais e morais. Segundo o autor, a ré teria realizado inscrição indevida de seu nome no cadastro de inadimplentes em razão de suposta dívida de contas pretéritas de titularidade do autor. Após contestação da ré, o juiz, não havendo mais necessidade de realização de mais provas, resolveu o caso com julgamento antecipado da lide, julgando procedente o pedido autoral e estipulando a indenização total no valor de R$15.000,00 (quinze mil reais), entendo ser este valor suficiente para reparar os danos materiais e morais suscitados e provados nos autos. A decisão transitou em julgado e Temístocles inicia a fase de execução em face da agora executada, Telefonia Fone Fácil S.A. Em diligências internas na empresa, o advogado da Telefonia Fone Fácil S.A descobre que já havia uma decisão judicial transitada em julgado em face de Temístocles, envolvendo os mesmos fatos jurídicos suscitados na ação atual. Indignado, o advogado resolve ingressar com Ação Rescisória. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) É possível Ação Rescisória no presente caso? 
Resposta: Sim, Art966 IV CPC.
b) Qual o órgão competente para conhecer e julgar a Ação Rescisória.
Resposta: Competência originária dos tribunais. 
c) Quais são as consequências processuais nos casos em que a ação rescisória é proposta no juízo incompetente? 
Resposta: Intimar o autor remetendo os autos para o juízo competente. 
2) São legitimadospara ação rescisória: 
a) As partes originárias do processo judicial, com exceção do revel. 
b) As partes originárias do processo judicial, mas não seus eventuais sucessores. 
c) Apenas aquele que saiu derrotado e o terceiro interessado. 
(x) O Ministério Público, nos casos em que atuou, ou deveria atuar, como parte ou fiscal da lei. 
3) O prazo decadencial para propositura de ação rescisória é de: 
(X) 2 anos contados do transito em julgado da ultima decisão proferida no processo. 
b) 5 anos contados sempre da primeira decisão de mérito nos autos. 
c) 2 anos contados da data de interposição de recursos. 
d) 5 anos contados da data da última decisão proferida no processo, salvo se houve prazo decadência menor no Código Civil.
Aula 15
1)Em Ação Rescisória proposta por Godofredo em face de Silas houve requerimento de concessão de tutela provisória, considerando que Godofredo alega que em razão da flagrante nulidade do julgamento anterior (violação manifesta de norma jurídica objeto de súmula de jurisprudência dominante do STF) e da fase em que se encontra a execução, é possível que seu bem imóvel seja levado à hasta pública, com demasiado perigo de dano irreparável ou mesmo de dificílima reparação. O relator admite a petição inicial e, incontinente, defere o requerimento de Godofredo para suspender a execução até a decisão final da Ação Rescisória. Silas inconformado, afirma que decisão antecipada do relator seria uma violação constitucional do contraditório e da ampla defesa, pelo que não se conformará com a decisão. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) A Ação Rescisória poderia ser admitida no presente caso? 
Resposta: Tem cabimento, pois preenche todos os requisitos do Art966 CPC. 
b) Existe a possibilidade de concessão de tutela provisória em sede de Ação Rescisória. 
Resposta: Tutela de urgência, natureza de ação autônoma de impugnação Art969 CPC. 
2) Nos termos do CPC, cabe ação rescisória: 
a) quando proposta pelo Ministério Público, caso não tenha sido ouvido em processo em que lhe era obrigatória a intervenção, salvo se a sentença de mérito for efeito de colusão das partes. 
b) na hipótese em que se verifique fundamento para invalidar confissão, ainda que nessa não tenha se baseado a sentença, ou quando em erro de fato for fundada a sentença de mérito. 
(X) depois de transitada em julgado a sentença de mérito, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável. 
d) quando a sentença de mérito for proferida por juiz relativamente incompetente, ou for verificada que foi dada por concussão, prevaricação ou corrupção do juiz. 
2) A ação rescisória tem natureza de: 
a) conhecimento até sua admissibilidade, depois, cautelar. 
b) cautelar com procedimento especial 
(X) conhecimento com procedimento especial. 
d) conhecimento com decisão meramente declaratória.

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