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Fracasso Escolar

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ESEFAP
Escola Superior de Educação Física da Alta Paulista
Evandro Aparecido Tersi
Isabella Cristina de Mattos
Kelli Caroline Gimenes Ferreira
Tamirez Pretelli
CLASSIFICAÇÃO DOS ALUNOS E FRACASSO ESCOLAR
Tupã/SP
2017
ESEFAP
Escola Superior de Educação Física da Alta Paulista
Evandro Aparecido Tersi
Isabella Cristina de Mattos
Kelli Caroline Gimenes Ferreira
Tamirez Pretelli
CLASSIFICAÇÃO DOS ALUNOS E FRACASSO ESCOLAR
Trabalho apresentado à disciplina de Didática Aplicada a Educação Física, como requisito parcial para a obtenção de nota no 2º Bimestre, no curso de Educação Física, 3º termo, sob orientação da Profª Regiane Lisboa.
Tupã/SP
2017
CLASSIFICAÇÃO DOS ALUNOS E FRACASSO ESCOLAR
 Segundo os criadores dos primeiros sistemas da escolarização, um dos primeiros problemas que eles encontraram foi o modo de seleção e repartição dos alunos, pelas classes, escolas e também pelas diferentes séries e graus de ensino. Pelo fator do número cada vez maior de crianças era necessário encontrar formas eficientes de organizar o ensino e também a entrada e saída dos alunos. 
 Na procura de alguma solução para esse problema encontraram uma possibilidade muito interessante na noção de aptidões naturais. Se imaginava que os indivíduos se diferiam em talentos, qualidades e capacidades devido as causas naturais e hereditárias, e os administradores do sistema escolar viam isso como uma maneira eficaz de resolver o conflito.
 Noelle Bisseret acreditava que cada indivíduo traz em si, até antes do seu nascimento algumas aptidões naturais. Para a autora essa tese tem como objetivo dissimular algumas desigualdades, que tem um fundamento biológico, hereditário e genético, ou seja, alguns nascem bem mais dotados que os outros para a realização de certas atividades.
 Em cima disso foram sendo criadas outras teses, para se resolver conflitos sociais. Com a descoberta de aptidões individuais, seria possível atribuir a cada pessoa o seu lugar ideal na sociedade, logo se resolveria problemas gerais da sociedade, que se tornaria mais harmônica e eficiente, já que cada indivíduo poderia se dedicar as suas vocações, sendo assim mais feliz.
 A partir desse momento, os psicólogos iriam se encarregar de estabelecer mecanismos de medição de inteligência, de classificação de aptidão e de ferramentas adequadas para a instituição de uma seleção escolar mais racional e científica. O psicólogo melhor sucedido seria Alfred Binet, que mais tarde depois de algumas alterações em sua tese iria transformar no chamado de TESTE QI (Quociente de Inteligência). Binet tinha como intenção criar um procedimento que pudesse identificar as crianças matriculadas na escola primária, aquelas que teriam um grau de dificuldade muito grande na aprendizagem, os chamados na época de “anormais”. 
 O objetivo era identificar essas crianças para que elas fossem colocadas em classes separadas para que pudessem receber atendimento de acordo com as necessidades particulares. Na tese que Binet criou, ele podia identificar aquilo que era chamado de idade mental e idade cronológica, a criança seria considerada anormal quando o resultado no teste expressasse uma idade mental muito baixa em relação a idade cronológica.
 Binet sempre foi muito cauteloso em tudo que escrevia para que o resultado das crianças no teste não fossem considerados de maneira absoluta. Para ele, os testes eram apenas uma forma racional e eficaz de realizar uma primeira seleção e classificação das crianças para que todas pudessem ser atendidas na escola de maneira mais adequada. Aderiram também esse teste os Estados Unidos, ele foi adaptado e transformado no QI. Mediante a divisão da idade mental obtida no teste, pela idade cronológica, obtinha-se um resultado que multiplicado por cem passava a compor um escore, que depois era comparado a uma tabela de classificação, onde as categorias eram: superdotados, normais e subdotados.
 O instrumento que de início foi criado para melhorar as maneiras de seleção e distribuição das crianças pelo sistema escolar passou a cumprir papéis políticos, ideológicos e sociais muito mais amplos. Da psicologia e pedagogia os testes migraram para a política.
 Mas o foco do teste era o universo escolar, e esse espírito classificatório e hierarquizante acabou de certa forma com os processos pedagógicos, principalmente na prática de avaliação. Se formou a ideia de criança “normal” e “anormal” e do “bom” e “mal” aluno, onde a prática de exclusão acabava se reforçando e também dificultando ou impedindo o acesso de muitas crianças e jovens a todos os níveis de escolarização.
 Esse teste não foi o único responsável por essa situação, eles somaram outros instrumentos de classificação dos alunos que resultaram no que é chamado de “fracasso escolar”. Vários psicólogos tentavam explicar o fato de boa parte das crianças que eram admitidas na escola não conseguiam passar dos estágios iniciais da aprendizagem. Grande parte dessas explicações resultaram que o problema se dá por fatores externos escola e as práticas pedagógicas. Segundo Maria Helena Patto, esse fracasso escolar é o resultado teórico e prático do que é feito fora da escola. No caso brasileiro, temos diversas categorias de análise, como as ideias de carência material, emocional ou linguística. Alguns estudos mostram que a maioria das crianças não são bem sucedidas na escola por situações vividas fora dela, ou até mesmo antes do processo de escolarização. Algumas das explicações são:
 • Falta de carinho, estímulo ou apoio de suas famílias devido ao pouco tempo que passam com as crianças, a ausência frequente da figura paterna, violência familiar, etc.
 • Crianças mal alimentadas ou até mesmo desnutridas devido a pobreza, o que afetava diretamente as capacidades mentais.
 Vêm sendo criadas estratégias desenvolvidas e implementadas por professores do ensino público. A principal mudança é a forma de lidar com os procedimentos de avaliação e classificação dos alunos. É crescente a procura de meios mais eficientes de diagnóstico e de levantamento de informações a respeito dos alunos e de suas condições de vida, tanto antes e fora, quanto durante e dentro do processo educativo.
 Nos dias de hoje, a escola tem tentado fazer uma aproximação entre escola, professor, alunos e famílias, já que os pais devem participar e estarem conscientes de todo o processo escolar do filho.
 Desse modo então, o aluno vai se transformando, conquistando sua liberdade por meio de aquisição de um conjunto de instrumentos, valores, modos de agir, pensar e se relacionar com o mundo, com a sociedade e com as pessoas.

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