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Profa Dra Silvania Maria Netto PROCESSOS QUÍMICOS INDUSTRIAIS Conceitos Básicos Processos Químicos Tipos de Sistema Operações Unitárias Fluxogramas C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O A indústria química, em geral, converte as matérias primas no seu estado natural em uma forma mais útil. Por exemplo: A indústria do petróleo; A indústria da madeira; A indústria do enxofre; A indústria do carvão; A indústria de alimentos; A indústria óleos e gorduras. Introdução C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O É indispensável a aplicação freqüente dos princípios da física e da físico-química nas etapas do processo que envolvem separações físicas, como a destilação, a cristalização, a adsorção etc. É fundamental o conhecimento dos equipamentos de processo envolvidos na produção, na separação e no transporte dos produtos. Introdução C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O A existência de um processo industrial implica na necessidade de um produto a ser fabricado, pelo qual existem consumidores dispostos a comprá-lo. O produto deve ser fabricado em uma certa quantidade, satisfazendo exigências de qualidade e a um preço aceito pelo consumidor. Uma análise econômica juntamente com um planejamento da produção e das vendas são fundamentais para a sobrevivência da indústria. Introdução C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O O engenheiro químico está sempre preocupado com os aspectos econômicos da química de um processo e, por isso, deve levar em conta alguns fatores como: REAGENTE LIMITANTE É o reagente que está presente em menor proporção, está em menor quantidade estequiométrica em uma reação química. Conceitos Básicos Expresso em mols: PM m n REAGENTE EM EXCESSO É a relação entre o excesso e a quantidade teoricamente determinada pela equação estequiométrica para combinar com o reagente limitante. x100 limitante limitanteexcesso %excesso C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Conceitos Básicos RENDIMENTO É o quociente entre a massa de produto realmente obtido (experimental) (q) e a massa de produtos teóricos (q’) que seriam obtidos pela equação química correspondente. 'q q R q - massa de produto experimental q‘ - massa de produto teórico C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Pode ser expressa em termos de volume, massa e mol na unidade de tempo Vazão Volumétrica (Q) t V Q Unidades: m3/s, m3/h, L/h, L/min Vazão Mássica (Qm) t m Qm Unidades: kg/s, kg/h, T/h, Lb/min Vazão Molar (Qw) t n Qw Unidades: mol/min, kmol/h, mol/s Vazão C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Quando uma massa m e um volume V de um fluido escoam por uma tubulação e passam através de uma seção transversal do tubo, as quantidades não são independentes, mas estão relacionadas pela densidade do fluido. Q Qm A partir da equação acima, dispondo-se da densidade do fluido, pode-se converter vazão volumétrica em vazão mássica e vice-versa. Densidade do Fluído () C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Fluxo, ou velocidade média de escoamento, é a relação entre a vazão de uma corrente de fluido e a área da seção de escoamento, podendo ser expressa de forma volumétrica, mássica ou molar. A Q v Fluxo volumétrico AvQ . Fluxo (n) C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O A pressão (P) é definida como a razão entre uma força e a área sobre a qual esta força age. A F P Unidades: N/m2 (Pa), kgf/cm2, mmHg, bar, atm Pressão Absoluta (Pabs) É a pressão total em um ponto qualquer no interior de um fluido Pressão (P) C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Pressão Manométrica ou Relativa (Pman) É a pressão medida quando se toma como referência a pressão atmosférica, que indica o quanto a pressão, nesse ponto, é maior do que a pressão atmosférica e se for inferior é comumente denominada de vácuo. atmmanabs PPP vacatmabs PPP Pressão (P) C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O É a relação entre uma quantidade em massa de uma substância e seu volume. V m Unidades: g/L, kg/m3 ou g/cm3 Massa Específica () Peso Específico (g) Peso da massa de uma substância contida num determinado volume. g V gm V G . . g Unidades: N/m3; kgf/m3 C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Pode ser definido como o processamento industrial de matérias- primas químicas, que leva à obtenção de produtos com valor industrial realçado Conjunto de etapas que envolvem alterações na composição química e/ou alterações físicas no material que está sendo preparado, ou separado ou purificado Processo Químico MATÉRIA PRIMA MÃO-DE- OBRA RECURSOS Processo químico RESÍDUOS PRODUTO C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Processos são mudanças que ocorrem no interior do sistema Sistema: a quantidade de matéria ou região de espaço escolhida para estudo e cercada por uma fronteira Vizinhança: é tudo que se encontra fora do sistema Fronteira: é o que separa o sistema de suas vizinhanças Processo Químico sistema entrada saída fronteira vizinhança Esquema de um sistema que representa um processo químico C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n iaM a ri a N E T T O sistema:reator fronteira:revestimento (encamisado) vizinhança saída do reator entrada do reator Processo Químico C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O SISTEMA ABERTO (Sistema com Escoamento) Um sistema que permite trocas de massa com suas vizinhanças Tipos de Sistema C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O SISTEMA FECHADO (Sistema sem Escoamento) Um sistema que não permite trocas de massa com suas vizinhanças, embora possa ocorrer transformações no interior do sistema fechado Tipos de Sistema C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O SISTEMA ESTACIONÁRIO Se os valores de todas as variáveis no processo (ou seja, temperaturas, pressões, volumes, vazões, etc.) não variarem com o tempo, se diz que o sistema ou processo está operando em estado estacionário Tipos de Sistema C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O SISTEMA NÃO-ESTACIONÁRIO Se qualquer das variáveis do processo muda com o tempo, diz-se que o sistema opera em estado não-estacionário ou transiente Tipos de Sistema C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Operação unitária é a operação que irá realizar alguma alteração física em seu produto em questão. Na engenharia química e seus campos relacionados, uma operação unitária é uma etapa básica de um processo. Um processo tem várias operações unitárias presentes para que possa se obter produto desejado. Operações Unitárias C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Operações Unitárias Processos de separação, transferência de massa e calor Processos Unitários Conversões químicas Obtenção de ácido sulfúrico a partir do enxofre: S + O2 SO2 SO2 + 1/2O2 SO3 SO3 + H2O H2SO4 Processos Industriais C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Processos Químicos Unitários Neutralização Combustão Polimerização Esterificação Redução Hidratação Eletrólise C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Operações Unitárias Operações envolvendo sólidos Fragmentação Peneiramento Transporte e armazenamento Operações envolvendo fluidos Bombeamento Compressão Mistura e agitação de líquidos C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Operações envolvendo separações Filtração Peneiração Cristalização Sublimação Transferência de calor Condensação Ebulição Evaporação Transferência de massa Destilação Absorção Adsorção Extração Secagem Operações Unitárias C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Bombas Decantador Centrífuga Ciclone de separação Destilação Operações Unitárias C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Desidratação de alimentos Separação por membranas Cristalização Operações Unitárias Spray Drying C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Contínuo Opera continuamente, elevada produção Produção em fluxo ininterrupto Refinaria petróleo, fabricação de papel Batelada (descontínuo) A operação tem períodos em que é repetida, enquanto produz-se um lote Maior variedade de produtos e menor volume Polimerização, Indústria de corante Tipos de Processos OPERAÇÕES UNITÁRIAS → TRANSFORMAÇÕES FÍSICAS PROCESSO UNITÁRIO → REAÇÕES QUÍMICAS C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O É a representação gráfica simplificada por meio de figuras e letras, de estrutura e do funcionamento de instalações de processamento Os principais tipos de gráficos ou diagramas usados para descrever os fluxos de correntes químicas através de um processo são: Diagramas de Blocos (Block Flow Diagrams – BFD) e Fluxograma do Processo (Process Flow Diagram – PFD) Representação Gráfica Diagrama de Blocos É o mais simples dos fluxogramas, indicando apenas as atividades realizadas sem diferenciá-las por tipos; Utilizado para uma visualização rápida do processo; Pode ser horizontal ou vertical; Devem ser utilizadas frases curtas que identifiquem as atividades realizadas. C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Apresentam a sequência coordenada das conversões químicas e das operações unitárias. Indicam pontos de entrada das matérias-primas e da energia necessária e também os pontos de remoção do produto e dos subprodutos. Fluxogramas Trigo Fermento Misturador Forno Confeitaria Açucar C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Fluxogramas Produção de biodiesel C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Exercício No Brasil, a principal fonte de obtenção de álcool é a partir da cana de açúcar, através de processo bioquímico. Partindo-se cana, imaginem quais deveriam ser os processos unitários necessários até a produção de etanol. Descreva processo através de um diagrama de blocos. Fluxogramas C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n cia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Exercício No Brasil, a principal fonte de obtenção de álcool é a partir da cana de açúcar, através de processo bioquímico. Partindo-se cana, imaginem quais deveriam ser os processos unitários necessários até a produção de etanol. Descreva processo através de um diagrama de blocos. Fluxogramas C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Para fazer fluxogramas de blocos claros e objetivos: Operações ou processos unitários tais como misturadores, separadores, reatores, colunas de destilação e trocadores de calor são usualmente denotados por um bloco simples ou retângulo; Fluxogramas Grupos de operações unitárias podem ser denotados por um bloco simples; As correntes de fluxo do processo entrando e saindo dos blocos são representadas por linhas retas que podem ser horizontais ou verticais; A direção do fluxo deve ser claramente indicada por setas; As operações unitárias (i.e blocos) devem ser rotuladas; Quando possível, o diagrama deve ser arrumado de modo que o fluxo material ocorra da esquerda para a direita. As correntes de fluxo devem ser numeradas em uma ordem lógica; C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O matéria-prima seleção secagem à 105ºC/24h fragmentação à 5cm moagem peneiração ativação química carbonização 600ºC/1h resfriamento trituração peneiramento carvão ativado adição de cloreto de zinco 0,3 g/mL Fluxogramas C u rs o d e E n g e n h a ri a – C iê n c ia d o s M a te ri a is P ro fa . D ra . S ilv a n ia M a ri a N E T T O Produção de cimento Portland Fluxograma do Processo
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