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02/12/2016 1 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Oncologia Curso Completo de Enfermagem para Concursos Manual de Bases Técnicas Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 2 NEOPLASIA Curso Completo de Enfermagem para Concursos No organismo, verificam-se formas de crescimento celular controlada e não controladas. Curso Completo de Enfermagem para Concursos Hiperplasia Metaplasia[Crescimento Controlado Displasia Neoplasias[Correspondem às formas de CRESCIMENTO NÃO CONTROLADAS e são denominadas, na prática, de “tumores” Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 3 HIPERPLASIA Curso Completo de Enfermagem para Concursos Ocorre um aumento na capacidade funcional de um tecido quando é necessário. Ex: Proliferação do epitélio glandular da mama feminina na puberdade e durante a gravidez. Normalmente, só acontece a hiperplasia se a população celular for capaz de sintetizar DNA permitindo, assim, que ocorra a mitose. HIPERPLASIA Curso Completo de Enfermagem para Concursos Normal Hiperplasia Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 4 HIPERPLASIA Curso Completo de Enfermagem para Concursos Hipertrofia nas células Hiperplasia nas células METAPLASIA É uma alteração reversível na qual um tipo celular diferenciado (epitelial ou mesenquimal), é substituído por outro tipo celular de mesma linhagem (Robbins & Cotran, 2015). Esôfago de Barrett: é a substituição do epitélio escamoso esofágico por epitélio glandular de tipo intestinal. Curso Completo de Enfermagem para Concursos Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 5 DISPLASIA Desenvolvimento anormal dos tecidos, dividido conforme a gravidade em leve, moderado ou grave, e que envolve problemas de multiplicação e anomalias celulares observadas nas mucosas genitais, respiratórias, digestivas, ou ainda nas mamas. Alteração da proliferação e da diferenciação celular Curso Completo de Enfermagem para Concursos Displasia NEOPLASIA A primeira dificuldade que se enfrenta no estudo das neoplasias é a sua definição, pois ela se baseia na morfologia e na biologia do processo tumoral. Curso Completo de Enfermagem para Concursos “Neoplasia é uma proliferação anormal do tecido, que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos agressivos sobre o hospedeiro” Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 6 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Curso Completo de Enfermagem para Concursos Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 7 Classificação das Neoplasias Comportamento biológico Curso Completo de Enfermagem para Concursos ^ Classificação das Neoplasias Benignos Limítrofes ou “bordeline” Curso Completo de Enfermagem para Concursos Malignos [ CRITÉRIOS MORFOLÓGICOS “Um dos pontos mais importantes no estudo das neoplasias é estabelecer os critérios de diferenciação entre cada uma destas lesões” Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 8 Classificação das Neoplasias Curso Completo de Enfermagem para Concursos COMPORTAMENTO BIOLÓGICO Critérios de diferenciação Cápsula: Os tumores benignos tendem a apresentar crescimento lento e expansivo determinando a compressão dos tecidos vizinhos, o que leva a formação de uma pseudocápsula fibrosa. Já nos casos dos tumores malignos, o crescimento rápido, desordenado, infiltrativo e destrutivo não permite a formação desta pseudocápsula; mesmo que ela se encontre presente, não deve ser equivocadamente considerada como tal, e sim como tecido maligno. Classificação das Neoplasias Curso Completo de Enfermagem para Concursos Lesão expansiva bem delimitada no rim esquerdo, nítida pseudocápsula (seta) e área de cicatriz central. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 9 Classificação das Neoplasias Curso Completo de Enfermagem para Concursos COMPORTAMENTO BIOLÓGICO Critérios de diferenciação Crescimento: Todas as estruturas orgânicas apresentam um parênquima, representado pelas células em atividade metabólica ou em duplicação, e um estroma, representado pelo tecido conjuntivo vascularizado. Os tumores também têm estas estruturas, sendo que os benignos, por exibirem crescimento lento, possuem estroma e uma rede vascular adequada. No caso dos tumores malignos, observa-se que, pela rapidez e desorganização do crescimento, eles apresentam uma desproporção entre o parênquima tumoral e o estroma vascularizado. Curso Completo de Enfermagem para Concursos Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 10 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Classificação das Neoplasias Curso Completo de Enfermagem para Concursos COMPORTAMENTO BIOLÓGICO Critérios de diferenciação Mitose: O número de mitoses expressa a atividade da divisão celular. Isto significa dizer que, quanto maior a atividade proliferativa de um tecido, maior será o número de mitoses verificadas. No caso dos tumores, o número de mitoses está inversamente relacionado com o grau de diferenciação. Nos tumores benignos, as mitoses são raras e têm aspecto típico, enquanto que, nas neoplasias malignas, elas são em maior número e atípicas. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 11 Curso Completo de Enfermagem para Concursos É o processo pelo qual as células dividem seus cromossomos entre duas células menores do corpo. Este processo é dividido em quatro fases : Prófase, metáfase, anáfase e telófase. É uma das fases do processo de divisão celular ou fase mitótica do ciclo celular. Classificação das Neoplasias Curso Completo de Enfermagem para Concursos COMPORTAMENTO BIOLÓGICO Critérios de diferenciação Antigenicidade: As células dos tumores benignos, por serem bem diferenciadas, não apresentam a capacidade de produzir antígenos. Já as células malignas, pouco diferenciadas, têm esta propriedade, embora raramente, que pode ser utilizada no diagnóstico e no diagnóstico precoce de alguns tipos de câncer. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 12 Classificação das Neoplasias Curso Completo de Enfermagem para Concursos COMPORTAMENTO BIOLÓGICO Critérios de diferenciação Metástases As duas propriedades principais das neoplasias malignas são: a capacidade invasivo- destrutiva local e a produção de metástases. Por definição, a metástase constitui o crescimento neoplásico à distância, sem continuidade e sem dependência do foco primário. Curso Completo de Enfermagem para Concursos Crescimento neoplásico à distância, sem continuidade e sem dependência do foco primário Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 13 Encapsulação Crescimento Morfologia Antigenicidade Metástase Frequente -Lento -Expansivo -Bem delimitado -Semelhante a origem -Raras e típicas Ausente Não ocorre Ausente -Rápido -Infiltrativo -Pouco delimitado -Diferente -Frequentes e atípicas Presente Frequente CRITÉRIO BENIGNO MALIGNO Curso Completo de Enfermagem para Concursos C a ra ct er ís ti ca s d if er en ci a is d o s tu m o re s Classificação das Neoplasias Histogênese. Curso Completo de Enfermagem para Concursos ^ Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 14 OVO MÓRULA BLÁSTULA EMBRIÃO TRIDÉRMICO -Ectoderma -Mesoderma -Endoderma Curso Completo de Enfermagem para Concursos Classificação das Neoplasias HISTOGÊNESE Curso Completo de Enfermagem para Concursos Classificaçãodas Neoplasias HISTOGÊNESE Histogênese ou histogenia é a formação e desenvolvimento dos diferentes tecidos embionários de um organismo a partir de células indiferenciadas. estas células são constituintes das três primeiras camadas germinativas, a endoderme, a mesoderme e a ectoderme. A ciência das estruturas microscópicas dos tecidos formados na histogênese é denominada histologia. Célula indiferenciada é uma célula que ainda não tem definida uma função no embrião ou no futuro organismo. As funções que as células podem realizar são determinadas durante o processo de diferenciação celular. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 15 Nomenclatura Curso Completo de Enfermagem para Concursos ^ Nomenclatura Curso Completo de Enfermagem para Concursos A designação dos tumores baseia-se na sua histogênese e histopatologia. Para os tumores benignos, a regra é acrescentar o sufixo “oma” (tumor) ao termo que designa o tecido que os originou. Tumor benigno do tecido cartilaginoso – Condroma Tumor benigno do tecido gorduroso – Lipoma Tumor benigno do tecido glandular – Adenoma Exemplos Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 16 Nomenclatura Curso Completo de Enfermagem para Concursos Quanto aos tumores malignos, é necessário considerar a origem embrionária dos tecidos de que deriva o tumor. Origem glandular - adenocarcinomas. Origem dos tecidos conjuntivos ou mesenquimais - acréscimo de sarcoma ao vocábulo que corresponde ao tecido. Origem nas células blásticas, que ocorrem mais frequentemente na infância -> têm o sufixo blastoma acrescentado ao vocábulo que corresponde ao tecido original Origem for dos tecidos epiteliais de revestimento externo e interno - Carcinomas. Carcinoma basocelular de face – tumor maligno da pele; Adenocarcinoma de ovário – tumor maligno do epitélio do ovário; Condrossarcoma - tumor maligno do tecido cartilaginoso; Curso Completo de Enfermagem para Concursos Nomenclatura Lipossarcoma - tumor maligno do tecido gorduroso; Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 17 Leiomiossarcoma - tumor maligno do tecido muscular liso; Hepatoblastoma - tumor maligno do tecido hepático jovem; Nefroblastoma - tumor maligno do tecido renal jovem. Curso Completo de Enfermagem para Concursos Nomenclatura Curso Completo de Enfermagem para Concursos Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 18 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Estadiamento Curso Completo de Enfermagem para Concursos ^ Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 19 Os tumores malignos, apesar da sua grande variedade (mais de 100 tipos diferentes), apresentam um comportamento biológico semelhante, que consiste em crescimento, invasão local, destruição dos órgãos vizinhos, disseminação regional e sistêmica. Curso Completo de Enfermagem para Concursos Estadiamento O tempo gasto nestas fases depende tanto do ritmo de crescimento tumoral como de fatores constitucionais do hospedeiro. O conhecimento da biologia dos tumores levou a União Internacional Contra o Câncer (UICC) a desenvolver um sistema que permitisse classificar a evolução das neoplasias malignas, para se determinar o melhor tratamento e a sobrevida dos doentes. Este sistema, denominado, no Brasil, de “estadiamento” Curso Completo de Enfermagem para Concursos Estadiamento Sistema TNM de Classificação de Tumores Malignos. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 20 Sistema TNM de Classificação de Tumores Malignos. Tem como base a avaliação da dimensão do tumor primário (representada pela letra T) Curso Completo de Enfermagem para Concursos Estadiamento A extensão de sua disseminação para os linfonodos regionais (representada pela letra N) E a presença, ou não, de metástase à distância (representada pela letra M) Sistema TNM de Classificação de Tumores Malignos. Cada categoria do estadiamento clínico apresenta diversas subcategorias: Curso Completo de Enfermagem para Concursos Estadiamento Para o tumor primitivo, vão de T1 a T4; Para o acometimento linfático, de N0 a N3; Para as metástases, de M0 a M1 – “sendo que alguns tumores não preenchem obrigatoriamente todas as categorias T ou N” Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 21 Sistema TNM de Classificação de Tumores Malignos. A combinação das diversas subcategorias do TNM (letra e números) determina os estádios clínicos, que variam de I a IV, na maioria dos casos, havendo caso de tumor, como o de testículo, que tem sua classificação máxima no estádio III, ou seja, não tem o estádio IV. Curso Completo de Enfermagem para Concursos Estadiamento O estadiamento clínico também representa, portanto, a linguagem de que o oncologista dispõe para definir condutas e trocar conhecimentos a partir dos dados do exame físico e de exames complementares pertinentes ao caso. Sistema TNM de Classificação de Tumores Malignos. Estadiamento Patológico Curso Completo de Enfermagem para Concursos Estadiamento Grau de Diferenciação Símbolos Adicionais Importância do Estadiamento Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 22 Epidemiologia Curso Completo de Enfermagem para Concursos ^ Crescimento da incidência dos casos de câncer acompanha o envelhecimento da população. Relaciona-se com a mudança nos padrões vida referentes ao trabalho, nutrição, consumo e exposição a agentes carcinogênicos. Curso Completo de Enfermagem para Concursos A estimativa para o Brasil, biênio 2016-2017 aponta para a ocorrência de cerca de 600 mil casos novos de câncer (180 mil de pele não melanoma) http://www.inca.gov.br/estimativa/2016/estimativa-2016-v11.pdf Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 23 Informativo Vigilância do Câncer 2015 (INCA) Mama (30,1%) Curso Completo de Enfermagem para Concursos Principais topografias segundo sexo Colo do útero (16,9%) Pele (12,9%) Cólon, junção retossigmoide e reto (6,0%) FEMININO Informativo Vigilância do Câncer 2015 (INCA) Próstata (26,8%) Curso Completo de Enfermagem para Concursos Principais topografias segundo sexo Pele (15,7%) Cólon, junção retossigmoide e reto (6,5%) Traqueia, brônquios e pulmões (5,6%) Masculino Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 24 • Padrão diferente dos adultos • Menor período de latência, crescimento mais rápido, mais invasivos e melhor resposta ao tratamento. Linfoide (64,9%) Curso Completo de Enfermagem para Concursos Crianças e adolescentes (0-19 anos) Mieloide (21,4%) Hodgkin (50,4%) Não Hodgkin (29,7%) Leucemias (29,9%) Linfomas (16,7%) ONCOGÊNESE Curso Completo de Enfermagem para Concursos ^ Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 25 Processo anormal de multiplicação celular, que foge total ou parcialmente ao controle do organismo. Mutações espontâneas Curso Completo de Enfermagem para Concursos ONCOGÊNESE Exposição a agentes carcinogênicos Multifatorial: sexo, idade, predisposição genética e exposição a agentes carcinogênicos ambientais (químicos, físicos e biológicos) Tempo indeterminável, podendo ser necessários muitos anos até o aparecimento do tumor, a depender da resposta do organismo. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 26 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Energia radiante, solar e ionizante. Curso Completo de Enfermagempara Concursos ONCOGÊNESE FÍSICA Efeito direto => lesões ao DNA. Efeito indireto intermediado pela produção de radicais livres ou por imunossupressão. Capacidade de induzir mutações Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 27 Câncer de pele (Raios UV) Curso Completo de Enfermagem para Concursos ONCOGÊNESE FÍSICA Câncer de pulmão (mineiros) Leucemias (sobreviventes de acidentes nucleares) Iniciação e promoção Curso Completo de Enfermagem para Concursos ONCOGÊNESE QUÍMICA Iniciação: fator iniciador ou carcinogênico que causa dano ou mutação. Células iniciadas permanecem latentes até que sobre elas atuem agentes promotores Promoção: estimula o crescimento da célula que sofreu mutação, podendo ocorrer a qualquer momento após a iniciação da célula Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 28 Agentes promotores: químicos (asbesto, álcool), processos inflamatórios, hormônios, fatores que atuam no crescimento celular normal Relacionam-se a hábitos sociais, alimentares ou ocupacionais. Curso Completo de Enfermagem para Concursos ONCOGÊNESE FÍSICA Atentes promotores não tem ação carcinogênica isoladamente e seus efeitos podem ser revertidos caso a exposição seja interrompida Curso Completo de Enfermagem para Concursos Fonte: INCA (2008) Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 29 Incorporação do DNA ou RNA viral ao núcleo da célula hospedeira para reprodução do vírus Inativação de anti-oncogenes (inibição da apoptose) ou ativação de proto-oncogenes (estimulação da proliferação celular) Curso Completo de Enfermagem para Concursos ONCOGÊNESE BIOLÓGICA HPV – vírus do papiloma humano (câncer do colo do útero) EBV – Estein-Barr (linfoma de Burkitt, doença de Hodgkin, carcinoma de nasofaringe) Curso Completo de Enfermagem para Concursos ONCOGÊNESE BIOLÓGICA HBV – vírus da hepatite B (carcinoma hepatocelular) Retrovírus: HTLV1 (leucemia/ linfoma de células T) Helicobacter pylori (associada ao câncer de estômago) Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 30 GRADUAÇÃO E ESTADIAMENTO Curso Completo de Enfermagem para Concursos ^ EVOLUÇÃO DO TUMOR MALIGNO Evolução varia conforme a velocidade de crescimento do tumor, órgão-sede, constituição do hospedeiro, fatores ambientais. Em epitélio escamoso[ Carcinoma in situ: dentro do tecido de origem, sem ultrapassar membrana basal. Carcinoma microinvasor: ultrapassa a membrana basal e atinge o tecido conjuntivo, mas não ultrapassa profundidade superior a 5mm. Carcinoma invasor: verifica-se a infiltração com invasão mais profunda de tecidos adjacentes Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 31 Baseia-se no grau de diferenciação das células tumorais e no número de mitoses Pode variar de uma área para outra do tumor, bem como ser alterado ao longo da evolução Curso Completo de Enfermagem para Concursos GRADUAÇÃO Bem diferenciados, moderadamente diferenciados e pouco diferenciados Tumores pouco diferenciados apresentam maior número de mitoses e crescimento superior aos bem diferenciados. Tumores apresentam curso biológico semelhante: crescimento, invasão local, invasão de órgãos vizinhos e disseminação regional e sistêmica. Curso Completo de Enfermagem para Concursos ESTADIAMENTO A combinação das variantes T, N e M determina os estádios que variam entre I e IV Baseado nesse comportamento, a União Internacional Contra o Câncer (UICC) a desenvolveu um sistema para classificar a evolução das neoplasias malignas. Sistema TNM, que leva em consideração a dimensão do tumor primário (T1 a T4), extensão da disseminação para linfonodos regionais (N0 a N3) e a presença de metástases à distância (M0 e M1). Após a classificação TNM e o grupamento por estádios serem estabelecidos, essa informação deve permanecer imutável no prontuário. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 32 • carcinoma in situ (TisN0M0)0 • invasão local inicialI • tumor primário limitado ou invasão linfática regional mínimaII • tumor local extenso ou invasão linfática regional extensaIII • tumor localmente avançado ou presença de metástasesIV ESTADIAMENTO Curso Completo de Enfermagem para Concursos PRINCIPAIS TIPOS DE CÂNCER Curso Completo de Enfermagem para Concursos ^ Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 33 CÂNCER DE PELE Curso Completo de Enfermagem para Concursos ^ • Câncer de pele não-melanoma • 180 mil casos previstos para 2016-2017 • Carcinoma basocelular (70% dos casos) • Há chance de cura se diagnóstico precoce e corretamente operado • Carcinoma espinocelular PELE Curso Completo de Enfermagem para Concursos Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 34 • Lesão vegetante, propenso a metástases por via linfática, incidência aumenta com a idade • Tratamento cirúrgico em ambos os casos, com variação na extensão conforme o tamanho do tumor e duração da lesão. Pode ser necessário radioterapia, especialmente se a condição clínica do indivíduo não permitir a cirurgia. PELE Curso Completo de Enfermagem para Concursos • Melanoma • Coloração do preto ao marrom • Se eleva muito sobre a pele, ulcera, sangra e se infecta • Relacionado à exposição ao sol, albinismo, nevos melanocíticos pré-existentes e pre-disposições genéticas. • Alto índice de mortalidade, baixa incidência. PELE Curso Completo de Enfermagem para Concursos Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 35 • Tratamento cirúrgico (extensão variável, conforme o tamanho e a duração da lesão), radioterapia e quimioterapia. • Quando há metástases, é incurável na maioria dos casos. PELE Curso Completo de Enfermagem para Concursos CÂNCER DE MAMA Curso Completo de Enfermagem para Concursos ^ Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 36 • Doença heterogênea • 2012 – OMS publicou a Classificação para Tumores da Mama – 4ª edição, na qual reconheceu mais de 20 subtipos • Maioria dos casos (80%) carcinoma ductal invasivo. • Multifatorial: fatores biológicos, endócrinos, vida reprodutiva, estilo de vida. MAMA Curso Completo de Enfermagem para Concursos • História familiar de câncer de mama (especialmente diagnosticado antes de 50 anos de idade) • Alta densidade do tecido mamário (razão entre tecido glandular e gorduroso) • Consumo de álcool • Obesidade pós-menopausa Curso Completo de Enfermagem para Concursos Fatores de risco • Sedentarismo Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 37 • Exposição a radiação ionizante • Idade acima de 50 anos • Nuliparidade ou primeiro filho após os 30 anos • Menopausa tardia Curso Completo de Enfermagem para Concursos Fatores de risco Curso Completo de Enfermagem para Concursos Fatores de risco São consideradas mulheres de alto risco para desenvolvimento de câncer de mama aquelas com: História familiar de, pelo menos, um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama, abaixo dos 50 anos de idade. História familiar de, pelo menos, um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, em qualquer faixa etária. História familiar de câncer de mama masculino. Diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa com atipia ou neoplasia lobular in situ. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 38 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Prevenção Primária (evitar surgimento da doença, baseada em redução da exposiçãoaos fatores de risco. Reduz a incidência) Alimentação saudável, com manutenção do peso corporal Prática de atividade física regular (redução do risco entre 20% e 40%) Aleitamento materno Curso Completo de Enfermagem para Concursos Prevenção Secundária – Detecção precoce Baseia-se em medidas para identificar o câncer no início do curso da doença, quando há melhor prognóstico. Diferencia-se da prevenção primária por não tratar de reduzir fatores de risco. Não reduz a incidência, mas atua reduzindo a mortalidade e a morbidade durante o tratamento. Rastreamento (screening) Diagnóstico precoce Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 39 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Rastreamento (screening) Exame de pessoas assintomática com objetivo de identificar doenças em sua fase pré-clínica. Só deve ser recomendado após eficácia comprovada por meio de estudos Balanço entre riscos e benefícios favorável; especificidade adequada Deve ser capaz de, no mínimo, diminuir a mortalidade pela doença em estudos controlados. Outros resultados esperados são o melhor prognóstico e tratamento mais efetivo, com menor morbidade Possibilidade de falsos-positivos, demandando realização de testes confirmatórios, muitas vezes invasivos Risco de sobrediagnóstico e sobretratamento Curso Completo de Enfermagem para Concursos Rastreamento (screening) Quanto à organização o rastreamento pode ser: Populacional (ou organizado) – baseia-se na criação de programas estruturados por meio dos quais a população é convidada/convocada a participar das ações de rastreamento na periodicidade preconizada, com monitoramento e avaliação do desempenho em todas as etapas do processo. Oportunístico – ocorre quando as ações de rastreamento se dão de forma não sistematizada, aproveitando o comparecimento do indivíduo ao serviço de saúde por outro motivo • Ambos métodos devem ser submetidos aos aspectos bioéticos que envolvem o rastreamento de doenças. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 40 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Rastreamento (screening) Publicado em 2015, com atualização prevista para dois anos. Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama no Brasil. Baseado em evidências (meta-análises). Rastreamento e diagnóstico precoce. População de risco habitual; alto risco será abordado em outra publicação. PORTARIA Nº 1.008, DE 30 DE SETEMBRO DE 2015 - Diretrizes diagnósticas e terapêuticas do carcinoma de mama. • Mamografia • Autoexame das mamas (AEM) • Exame clínico das mamas (ECM) • Ressonância nuclear magnética (RNM) • Ultrassonografia Rastreamento – ações testadas Curso Completo de Enfermagem para Concursos • Termografia • Tomossíntese Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 41 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Curso Completo de Enfermagem para Concursos Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 42 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Curso Completo de Enfermagem para Concursos Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 43 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Rastreamento - mamografia Década de 60 Novos métodos estatísticos e estudos Questionamentos sobre a validade dos resultados de eficácia e do balanço entre os possíveis benefícios e danos Os estudos mais recentes mostram estatística moderadamente forte sobre possíveis benefícios do rastreamento (50-69 anos). Fundamental comparar com os riscos para se estimar o benefício líquido da intervenção. Curso Completo de Enfermagem para Concursos Rastreamento - mamografia Resultados falso-positivos (probabilidade de 20% a 60% após dez episódios de rastreamento) Indução de câncer de mama pela radiação e morte por cânceres radioinduzidos – risco maior em mulheres mais jovens Sobrediagnóstico e sobretratamento (aumento de procedimentos diagnósticos, cirurgias conservadoras, mastectomias e radioterapia) – magnitude difícil de avaliar devido à dificuldade de identificar as vítimas. Os principais riscos envolvidos no rastreamento mamográfico são: Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 44 B I- R A D S 0 1 2 3 4 5 6 Exame Incompleto Exame Negativo Exame com achado tipicamente benigno Exame com achado provavelmente benigno Exame com achado suspeito Exame com achado altamente suspeito Exame achados malignidade comprov. Avaliação adc. com incidências e manobras; correlação com outros métodos de imagem; comp. mamog. ano anterior Rotina de rastreamento → a faixa etária ou prosseguimento da investigação, se o ECM for alterado Rotina de rastreamento conforme a faixa etária Controle radiológico Avaliação por exame de cito ou histopatológico. Avaliação por exame de cito ou histopatológico. Terapêutica específica em Unidade de Tratamento de Câncer CATEGORIA INTERPRETAÇÃO RECOMENDAÇÃO DE CONDUTA Curso Completo de Enfermagem para Concursos Curso Completo de Enfermagem para Concursos BI-RADS e condutas BI-RADS® 1 e 2 devem ser orientadas para acompanhamento de rotina, na atenção primária, de acordo com a faixa etária BI-RADS® 3 devem permanecer em acompanhamento por três anos, com repetição do exame a cada seis meses no primeiro ano e anual nos dois anos seguintes. Devem ser acompanhadas pelo especialista, preferencialmente na unidade de atenção secundária. Uma vez confirmada a estabilidade da lesão, as mulheres deverão retornar para o acompanhamento na unidade de atenção primária de acordo com a faixa etária. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 45 Curso Completo de Enfermagem para Concursos O estudo histopatológico das lesões BI-RADS® 3 está indicado nas situações em que houver impossibilidade de manter o acompanhamento, quando a lesão for encontrada em concomitância com lesão suspeita ou altamente suspeita homo ou contralateral, ou em mulheres com indicação precisa para terapia de reposição hormonal. As mulheres com resultado BI-RADS® 4 ou 5 deverão ser encaminhadas para a unidade de referência secundária para investigação por exame histopatológico da lesão, preferencialmente por meio de PAG orientada por método de imagem. Uma vez confirmada a malignidade, deverão ser encaminhadas para a unidade de referência terciária para início do tratamento Curso Completo de Enfermagem para Concursos Mulheres com resultado BI-RADS® 0 deverão ser submetidas a novos exames de imagem para reclassificação da lesão e deliberação da conduta conforme categoria final. O resultado Categoria 6 é pouco provável na Atenção Primária à Saúde pois a mulher com diagnóstico de câncer já deve estar inserida em unidade terciária para tratamento. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 46 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Diagnóstico precoce Identificação o mais precocemente possível em indivíduos sintomáticos. Maioria dos casos é identificada por meio de sinais e sintomas (até 75%) Mundialmente, prega-se o tripé “população alerta para os sinais e sintomas, profissionais capacitados para avaliação dos casos suspeitos e sistema de saúde preparado para garantir assistência em toda linha de cuidado” Intervenções para diagnóstico precoce elencadas pelas Diretrizes para Detecção Precoce do Câncer de Mama no Brasil são: Curso Completo de Enfermagem para Concursos Diagnóstico precoce Estratégias de conscientização Identificação de sinais e sintomas Confirmação diagnóstica em um único serviço Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-2202/12/2016 47 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Diagnóstico precoce Estratégias de conscientização Estudos a partir da década de 90 não demonstraram redução de mortalidade em função do ensino do Autoexame das mamas (AEM), além de haver evidências de aumento do número de biópsias com resultados benignos. Curso Completo de Enfermagem para Concursos Diagnóstico precoce Brest awareness – estar consciente das alterações normais da mama ao longo do ciclo menstrual e das diferentes fases da vida, bem como dos sinais e sintomas de câncer de mama Estimula-se que cada mulher conheça seu corpo, observe alterações e eventualmente realize a autopalpação das mamas sempre que se sentir confortável para tal. Difere do AEM, pois não há uma técnica padronizada nem periodicidade fixa. Capacitação dos profissionais e estruturação da atenção primária para atender mulheres com sinais e sintomas suspeitos Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 48 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Curso Completo de Enfermagem para Concursos Identificação de sinais e sintomas na atenção primária Anamnese criteriosa e exame clínico das mamas Diagnóstico depende ainda da realização de testes diagnósticos complementares Na atenção primária, o objetivo é a correta classificação de risco de câncer e encaminhamento da paciente, sem promover encaminhamento excessivo (falso-positivo) ou a retenção da paciente na atenção primária com solicitação de exames complementares (piora do prognóstico). Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 49 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Atendimentos devem ser regulados por prioridade. Pacientes com sinais e sintomas classificados como urgente são de atendimento prioritário Espaço nas agendas para encaixe de mulheres e homens com sintomas mamários Curso Completo de Enfermagem para Concursos Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 50 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Confirmação diagnóstica em um único serviço Agilidade entre surgimento de sintomas e confirmação do diagnóstico impacta no prognóstico. Atrasos afetam a sobrevida devido à progressão da doença. Sobrevida menor relacionada a longos atrasos (mais de três meses entre o início dos sintomas e o tratamento) Proposta de clínicas para realização de exames diagnósticos (imagem, citologia e biópsia) em uma única etapa (one stop clinics) em centro de referência Curso Completo de Enfermagem para Concursos Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 51 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Diagnóstico Citológico – punção aspirativa por agulha fina (PAAF). Sucção de material do tumor sólido por meio de agulha fina. Necessita profissional experiente. Histológico – biópsia (várias técnicas a depender do tamanho do tumor e indicação do profissional). Anatomopatológico – por congelamento (conhecimento imediato do resultado) e por parafina (exame mais detalhado, indispensável para diagnóstico definitivo). Curso Completo de Enfermagem para Concursos EXAMES COMPLEMENTARES Provas de função hepática => aumento isolado da fosfatase alcalina pode indicar metástases ósseas ou hepáticas Radiografia de tórax => pesquisa de metástases pleurais, pulmonares e em linfonodos mediastínicos Cintilografia óssea => detecta alterações ósseas precocemente e permite avaliação de todo o esqueleto. Em caso de tumores de mama, deve ser solicitada se lesão maior que 2 cm, se queixa de dor óssea ou fosfatase alcalina elevada. Ultrassom abdominal => pesquisa de metástases Considerando-se as metástases mais comuns – pulmão, pleura, ossos, fígado e cérebro (raramente assintomáticas) – os exames complementares normalmente compreendem: Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 52 Curso Completo de Enfermagem para Concursos ESTADIAMENTO Baseado no sistema TNM Fonte: INCA, 2004 Curso Completo de Enfermagem para Concursos ESTADIAMENTO Fonte: INCA, 2004 Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 53 Curso Completo de Enfermagem para Concursos ESTADIAMENTO Fonte: INCA, 2004 Cirurgia Curso Completo de Enfermagem para Concursos TRATAMENTO Radioterapia Reconstrução da mama Local Quimioterapia Hormonioterapia Terapia biológica SISTÊMICO Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 54 Curso Completo de Enfermagem para Concursos TRATAMENTO CIRÚRGICO Conservadora – ressecção de segmento da mama com margens alargadas (setorectomia, tumorectomia alargada e quadrantectomia) e de linfonodos. Não-conservadora – mastectomia (pode envolver a retirada de músculos peitorais, linfonodos axilares, reconstrução imediata, a depender da avaliação da equipe). Indicação dos diferentes tipos de cirurgia depende do estadiamento e do tipo histológico. Curso Completo de Enfermagem para Concursos TRATAMENTO CIRÚRGICO Pré-requisitos para indicação de cirurgia conservadora: • Mamografia prévia • Diâmetro tumoral inferior a 3cm, levando em consideração a proporção do tumor e da mama, bem como a localização. • Ausência de comprometimento da pele. • Tumor único. • Margens cirúrgicas livres. • Facilidade de acesso ao sistema de saúde para seguimento. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 55 Curso Completo de Enfermagem para Concursos TRATAMENTO CIRÚRGICO Segmentectomia seguida de radioterapia para os tumores menores que 2cm e margens cirúrgicas livres. Mastectomia simples para tumores onde não é possível a obtenção de margens cirúrgicas livres pela sua extensão ou multicentricidade. Mastectomia simples com linfadenectomia de nível 1 ou dissecção de linfonodo sentinela nos casos de comedoconecrose ou alto grau histológico. No carcinoma ductal in situ recomenda-se: Curso Completo de Enfermagem para Concursos Radioterapia Utilizada para destruir células remanescentes após cirurgia ou diminuir o tamanho do tumor antes do ato cirúrgico. Após cirurgias conservadoras, deve ser aplicada em toda a mama da paciente, independente do tipo histológico, idade, uso de quimioterapia e hormonioterapia, ou margens cirúrgicas livres. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 56 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Radioterapia Após mastectomia, está indicada caso: • Tumores com diâmetro maior ou igual a 5cm • Pele comprometida pelo tumor • Dissecção inadequada da axila • Margem comprometida • Quatro ou mais linfonodos comprometidos (não há consenso entre 1 e 3 linfonodos) Curso Completo de Enfermagem para Concursos Quimioterapia e hormonioterapia A terapia adjuvante sistêmica segue o tratamento cirúrgico e deve se basear no risco de recorrência da doença A terapêutica endócrina é uma forma de tratamento de neoplasias malignas sensíveis a hormônios. Manipulação de hormônios com objetivo de evitar recorrência da doença. Indicação depende do perfil imunoistoquímico do tumor. Pacientes com qualquer grau de positividade no resultado do exame de IHQ para receptores hormonais devem, a não ser que haja contraindicação absoluta, receber hormonioterapia adjuvante ou paliativa. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 57 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Quimioterapia e hormonioterapia Curso Completo de Enfermagem para Concursos Quimioterapia e hormonioterapia CMF = ciclofosfamida, metotrexato e fluorouracil ; TC – docetaxel (taxotere) e ciclofosfamida; AC – adriamicina (doxirrubicina) e ciclofosfamida; FAC–fluorouracila, adriamicina e ciclofosfamida; FEC – fluorouracila,epirrubicina e ciclofosfamida. Fonte: MS, 2015. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 58 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Quimioterapia e hormonioterapia CMF = ciclofosfamida, metotrexato e fluorouracil ; TC – docetaxel (taxotere) e ciclofosfamida; AC – adriamicina (doxirrubicina) e ciclofosfamida; FAC– fluorouracila, adriamicina e ciclofosfamida; FEC – fluorouracila,epirrubicina e ciclofosfamida. Fonte: MS, 2015. Curso Completo de Enfermagem para Concursos Quimioterapia e hormonioterapia No Estádio III (não operável), fica recomendado uso de antracíclico até 6 ciclos ou CMF Na impossibilidade da quimioterapia, a hormonioterapia deve ser instituída como tratamento neoadjuvante. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 59 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Quimioterapia e hormonioterapia Terapia paliativa: Pré-menopausa: 1ª linha – tamoxifeno/ablação ovariana com grosserelina 2ª linha – Inibidor da aromatase e grosserelina Pós-menopausa: 1ª linha - inibidores da aromatase 2ª linha: tamoxifeno nas pacientes submetidas a IA anteriormente e que não falharam ao tamoxifeno no tratamento adjuvante ou IA nas pacientes submetidas a tamoxifeno em primeira linha. Curso Completo de Enfermagem para Concursos Quimioterapia e hormonioterapia Trastuzumabe É um medicamento antineoplásico biológico (anticorpo monoclonal humanizado anti-HER-2) utilizado na quimioterapia do carcinoma de mama que superexpressa o HER-2. Os esquemas de quimioterapia mais comumente utilizados para o tratamento adjuvante associados ao trastuzumabe estão centrados em torno da utilização de antraciclina. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 60 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Quimioterapia e hormonioterapia Trastuzumabe Critérios: Ausência de doença cardíaca sintomática, fração de ejeção cardíaca igual ou superior a 55% demonstrada no mês anterior ao início da terapia, e comorbidades compatíveis com expectativa de vida acima de 5 anos. Recomenda-se a observação clínica por 30 minutos após a administração das três primeiras doses do medicamento, pelo risco de reações adversas imediatas por hipersensibilidade. Curso Completo de Enfermagem para Concursos Seguimento Após tratamento adjuvante, deve-se proceder à história, exame físico, mamografia e exame ginecológico. Não há indicação de realização de hemograma, bioquímica, radiografia de tórax, ultrassonografia abdominal ou trans-vaginal, cintilografia óssea e marcadores tumorais na ausência de sintomas ou indicações clínicas que justifiquem sua solicitação Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 61 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Seguimento Pacientes devem ser acompanhados ao término da adjuvância por 5 anos. O exame físico a cada 3 a 6 meses para os primeiros três anos, a cada 6 a 12 meses para os seguintes 4 e 5 anos, e depois, anualmente. Para as mulheres que se submeteram à cirurgia conservadora da mama, a mamografia pós-tratamento deve ser obtida um ano após a mamografia inicial e pelo menos 6 meses após a conclusão da radioterapia. Pacientes com doença metastática devem ser acompanhados por exame de imagem nos sítios de doença a cada 3-6 meses, ou conforme necessidade clínica ou evidência de progressão. Curso Completo de Enfermagem para Concursos SISMAMA Sistema de Informação do Câncer de Mama Fornecimento dos dados informatizados dos procedimentos relacionados ao rastreamento e a confirmação diagnóstica do câncer de mama Desenvolvido pelo INCA e pelo DATASUS para apoiar o desenvolvimento de ações mais eficazes para controle da doença, seja em prevenção, vigilância ou assistência a partir de um mapeamento da doença em todo o país. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 62 Curso Completo de Enfermagem para Concursos SISMAMA Instituído pela Portaria nº 779 de 31 de dezembro de 2008, da Secretaria de Atenção a Saúde, e entrou em vigor em junho de 2009 Formulários padrão: solicitação de mamografia, resultado de mamografia, requisição de exame citopatológico e requisição de exame histopatológico Curso Completo de Enfermagem para Concursos Programa de Qualidade em Mamografia (PQM) INCA, 2006 em parceria com o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e Anvisa Avaliar o desempenho dos serviços que realizam mamografia, com base em critérios e parâmetros referentes à qualidade da estrutura, do processo, dos resultados, da imagem clínica e do laudo. Portaria nº 2.898 do Gabinete do Ministro (GM), de novembro de 2013 Abrangência nacional e se aplica a todos os estabelecimentos de saúde públicos e privados que realizam mamografia e que sejam vinculados ou não ao SUS. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 63 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Linha de cuidado Curso Completo de Enfermagem para Concursos CÂNCER DE COLO DO ÚTERO Para o ano de 2016, no Brasil, são esperados 16.340 casos novos de câncer do colo do útero, com um risco estimado de 15,85 casos a cada 100 mil mulheres Previsão mundial de 527 mil novos casos em 2016, sendo o quarto mais incidente. Taxa de incidência vem diminuindo nas últimas 3 décadas em países em processo de transição socioeconômica, como resultado de programas de prevenção. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 64 Curso Completo de Enfermagem para Concursos CÂNCER DE COLO DO ÚTERO Colo do útero apresenta uma parte interna (canal cervical ou endocérvice) e uma externa (ectocérvice) Endocérvice => camáda única de células cilíndricas produtoras de muco Ectocérvice => epitélio escamoso estratificado Entre os dois epitélios, encontra-se a junção escamocolunar (JEC). A JEC pode estar tanto na endo, quanto na ectocérvice, a depender da situação hormonal na mulher Curso Completo de Enfermagem para Concursos CÂNCER DE COLO DO ÚTERO Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 65 Curso Completo de Enfermagem para Concursos CÂNCER DE COLO DO ÚTERO Durante a fase reprodutiva da mulher (menacme), a JEC situa-se no nível do orifício externo ou fora dele – ectopia ou eversão. Epitélio colunar, em contato com o ambiente da vagina se adapta por meio de metaplasia, dando origem a um novo epitélio (escamoso) entre os dois originais, chamado de terceira mucosa ou zona de transformação. Na zona de transformação se localizam mais de 90% das lesões precursoras ou malignas do colo do útero Curso Completo de Enfermagem para Concursos CÂNCER DE COLO DO ÚTERO Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 66 Curso Completo de Enfermagem para Concursos CÂNCER DE COLO DO ÚTERO Carcinoma epidermoide (80% dos casos), que acomete o epitélio escamoso Adenocarcinoma, tipo mais raro, que acomete o epitélio glandular Baseado na origem do epitélio comprometido, há duas categorias principais de carcinomas invasores do colo do útero: Curso Completo de Enfermagem para Concursos História Natural da Doença Principal fator de risco é a infecção pelo HPV. Presença do HPV na quase totalidade dos casos de carcinomas cervicais uterinos é a maior causa específica já relatada para um câncer em humanos. Há entre 12 e 18 tipos de HPV reconhecidos como oncogênicos. Entre os HPVs de alto risco oncológico, os mais comuns são HPV16 e HPV18, estando presentes em 70% dos casos de câncer do colo uterino. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 67 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Câncer do colo do útero e o HPV Principal fator de risco é a infecção pelo HPV. Na maioria das vezes e lesão pelo HPV é transitória e regride espontaneamente entre seis meses e dois anos após a exposição. Em lesões persistentes e causadas por tipos oncogênicos do vírus, pode ocorrer desenvolvimento de lesões precursoras, cuja identificação e tratamento adequado possibilita a prevenção da progressão para carcinoma invasivo A infecção pelo HPV é fator necessário, mas não suficiente para o desenvolvimento do câncer do colo do útero. Curso Completo de Enfermagem para Concursos Câncer do colo do útero e o HPV Principal fator de risco é a infecção pelo HPV. Idade => mulheres abaixo de 30 anos, apresentam maior tendência de regressão das lesões por HPV; acima desta idade, a persistência é mais frequente Tabagismo => risco cresce proporcionalmente ao número de cigarros consumidos por dia Alterações da imunidade => HIV ou outras causas Início precoce das atividades sexuais, multiplicidade de parceiros Parceiro sexual masculino com múltiplas parceiras Infecções genitais de repetição Outros fatores de risco devem estar associados à infecção pelo HPV para determinar o surgimento do câncer: Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 68 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Manifestações Clínicas Infecções pelo HPV, na maioria das vezes, é assintomática, com lesões subclínicas (inaparentes) visíveis apenas após aplicação de reagentes, como ácido acético e solução e por meio de técnicas de magnificação (colposcopia) Lesões clínicas podem ser únicas ou múltiplas, restritas ou difusas, planas ou exofíticas, sendo conhecidas como condiloma acuminado, verruga genital ou crista de galo. Localizações mais comuns são vulva, períneo, região perianal, vagina e o colo do útero. Menos comumente, podem estar em áreas extragenitais (conjuntiva, mucosa nasal, oral ou laríngea) Curso Completo de Enfermagem para Concursos Manifestações Clínicas Lesões precursoras são assintomáticas, podendo ser detectadas por meio da realização periódica do exame citopatológico e confirmadas por colposcopia e exame histopatológico. No estágio invasor, os principais sintomas são sangramento vaginal (espontâneo, após o coito ou esforço), leucorreia e dor pélvica, podendo estar associados a queixas urinárias e intestinais em casos mais avançados. Ao exame especular, observa-se sangramento, tumoração, ulceração e necrose no colo do útero. O toque vaginal demonstra alteração de forma, tamanho, consistência e mobilidade do colo do útero e estruturas subjacentes. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 69 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Prevenção O uso de preservativos (camisinha) durante a relação sexual com penetração protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e escroto. 2014 – vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos de idade. Protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero A vacinação não elimina a necessidade de prevenção secundária por meio do rastreamento, pois não fornece proteção para 30% dos casos, ocasionados por outros tipos virais oncogênicos. Primária – relaciona-se com a diminuição do risco de contágio pelo HPV Curso Completo de Enfermagem para Concursos Prevenção Rastreamento Diagnóstico precoce Segundo a OMS, com o rastreamento organizado, com uma cobertura da população-alvo de, no mínimo, 80% e a garantia de diagnóstico e tratamento adequados dos casos alterados, é possível reduzir, em média, de 60 a 90% a incidência do câncer cervical invasivo. Prevenção secundária – detecção precoce Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 70 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Recomendações Curso Completo de Enfermagem para Concursos Recomendações – Rastreamento Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 71 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Note que: Não se observou impacto significativo na mortalidade, com início do rastreamento antes de 25 anos de idade. Rastreio precoce aumenta o diagnóstico de lesões que regrediriam espontaneamente e, consequentemente, o número de procedimentos diagnósticos (colposcopias) Observa-se aumento da morbidade obstétrica e neonatal, como parto prematuro. Portanto deve-se reduzir as intervenções no colo do útero em mulheres jovens, tendo em vista que a maioria delas não tem prole definida. A oferta de exames pelo SUS atualmente seria suficiente para cobertura de toda a população alvo, porém observa-se grande repetição de exames em intervalo menor que o recomendado. Curso Completo de Enfermagem para Concursos Em gestantes, seguir as recomendações de periodicidade e faixa etária como para as demais mulheres; a procura ao serviço de saúde para pré- natal deve sempre ser considerada uma oportunidade para o rastreio (A). Em mulheres pós-menopausa, seguir recomendações de periodicidade para as demais mulheres. Mulheres submetidas a histerectomia total por lesões benignas, sem história de lesões de alto grau e podem ser excluídas do rastreamento, desde que apresentem exames anteriores normais Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 72 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Em caso de histerectomia por lesão precursoras ou câncer, a mulher deverá ser acompanhada de acordo com a lesão tratada Não há indicação de rastreamento em mulheres sem história de atividade sexual. Em mulheres imunossuprimidas (infecção por HIV, uso crônico de corticosteroides, em tratamento de câncer ou imunossuprimidas por transplante de órgão sólido), após início da atividade sexual, devem realizar rastreamento semestral no primeiro ano e, se normais, manter exame anual enquanto o fator de imunossupressão se mantiver. Curso Completo de Enfermagem para Concursos A nomenclatura dos exames Citopatológicos utilizada no Brasil é baseada no Sistema Bethesda (2001) e para os Histopatológicos é utilizada a nomenclatura de Richart (1965,1967) O câncer do colo do útero é precedido por uma longa fase (aproximadamente 10 anos) de doença pré-invasiva, denominada de Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC). A NIC é categorizada em graus I, II e III, dependendo da proporção da espessura do epitélio que apresenta células maduras e diferenciadas. Nomenclatura Citológica Brasileira Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 73 Curso Completo de Enfermagem para Concursos NIC II e III apresentam maior proporção de células indirefenciadas e, devido à sua maior probabilidade de evoluir para o câncer se deixadas sem tratamento, são consideradas seus reais precursores Potencial de regressão de NIC I é maior (62% e 70%) quando comparada às NIC II e NIC III (45% a 55%) em um período de 11 a 43 meses. Caso não haja intervenção, a lesão pode estagnar, regredir ou evoluir para carcinoma in situ. Nessa fase, é possível alcançar a cura completa pela remoção do tecido anormal, pois as células ainda estão confinadas à membrana basal. Se não tratados, 20-30% dos casos evoluirão para carcinoma invasor. Alterações celulares classificadas como NIC I: Lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (LSIL) Alterações celulares classificadas como NIC II e III: Lesão intraepitelial escamosa de alto grau (HSIL); adenocarcinoma in situ é NIC III. As alterações celulares que não podem ser classificadas como neoplasia intra-epitelial cervical (NIC), mas merecem uma investigação melhor, são classificadas como: Atipias decélulas escamosas de significado indeterminado (Atypical squamous cells of undetermined significance ASC-US ou ASC-H) ou Atipias de células glandulares de significado indeterminado (Atypical glandular cells of undetermined significance AGC-US ou ASC-H) Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 74 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Recordatório da Nomenclatura Citopatológica no Brasil Fonte: Brasil, 2013 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Recomendações iniciais após resultado de exame colpocitológico anormal Fonte: Brasil, 2013 Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 75 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Fonte: Brasil, 2013 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Lesão Intraepitelial de Baixo Grau – low-grade squamouss intraepithelial lesion (LSIL) As condutas internacionalmente preconizadas para abordagem inicial de pacientes com diagnóstico de LISL variam entre encaminhamento imediato para colposcopia e a repetição de citologia em intervalos variáveis, com encaminhamento para colposcopia caso se mantenha a atipia. O encaminhamento direto para colposcopia desconsidera o conceito vigente de que a LSIL representa a manifestação citológica da infecção causada pelo HPV, altamente prevalente e com potencial para regressão especialmente em mulheres abaixo de 30 anos A compreensão da história natural da infecção pelo HPV embasa o adiamento da investigação, evitando sobrediagnóstico e sobretratamento. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 76 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Lesão Intraepitelial de Baixo Grau – low-grade squamouss intraepithelial lesion (LSIL) Mulheres com diagnóstico de LSIL devem repetir o exame citológico em seis meses na unidade primária. Processos infecciosos devem ser tratados antes dessa nova coleta. Se duas citologias forem negativas, a paciente deve retornar ao rastreio trienal. Caso qualquer citologia subsequente seja positiva, a paciente deverá ser encaminhada à unidade de referência para colposcopia. Curso Completo de Enfermagem para Concursos Gestantes com exame citológico sugestivo de LSIL deverão ser abordadas como as demais mulheres. Com 30 semanas ou mais, só deverão ser encaminhadas para colposcopia 3 meses após o parto. Só serão submetidas a biópsia se houver alterações colposcópicas sugestivas de invasão Após a menopausa, em função da falta de estrogênio, pode haver alterações citológicas que sugiram LSIL. A segunda coleta deve ser precedida de tratamento da colpite atrófica. Mulheres imunossuprimidas devem ser encaminhadas diretamente para colposcopia. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 77 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Lesão Intraepitelial de Alto Grau – High-grade squamouss intraepithelial lesion (HSIL) É consenso que as lesões pré-invasivas devem ser tratadas para impedir sua progressão para carcinoma invasor. Estratégia ver-e-tratar: realização do diagnóstico e tratamento em uma única visita, em nível ambulatorial, por meio de exérese da zona de transição (EZT), sob visão colposcópica e anestesia local Menor perda de seguimento, ansiedade, custo e biópsias desnecessárias Curso Completo de Enfermagem para Concursos Lesão Intraepitelial de Alto Grau – High-grade squamouss intraepithelial lesion (HSIL) A desvantagem é o potencial para tratamento desnecessários, minimizada seguindo as recomendações (exame citológico com diagnóstico de HSIL e colposcopia com lesões sugestivas de NIC I e NIC II). Todas as mulheres com diagnóstico de lesão de alto grau devem ser encaminhadas para colposcopia em até 3 meses após o resultado. A repetição da citologia é inaceitável como conduta inicial. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 78 Curso Completo de Enfermagem para Concursos As lesões invasivas são as que ultrapassam os limites da membrana basal e evoluem para órgãos e estruturas: Próximas como vagina, paramétrio, linfonodos pélvicos e mucosa da bexiga e reto; Distantes como pulmões, fígado, ossos e linfonodos O estadiamento é feito conforme a classificação da FIGO (Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia) e é baseado nos achados clínicos, em vez dos cirúrgicos Estadiamento Curso Completo de Enfermagem para Concursos Palpação Inspeção Colposcopia Curetagem endocervical Histeroscopia Cistoscopia Proctoscopia Urografia intravenosa Raio X do pulmão e esqueleto Conização cervical Segundo a UICC, ele permite que apenas os seguintes exames sejam utilizados para determinação do estádio: Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 79 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Estádios FIGO Curso Completo de Enfermagem para Concursos Estádio I Carcinoma localizado ao colo. Subdividido em: IA (IA1, IA2) => carcinoma invasor, cujo diagnóstico é microscópico. IB (IB1, IB2) => lesão limitada ao colo clinicamente visível ou maior que IA. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 80 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Estádio II Carcinoma com invasão para além do útero, mas não atingindo a parede pélvica ou o terço inferior da vagina Subdividido em: IIA (IIA1, IIA2) => Sem invasão dos paramétrios IIB => Com invasão dos paramétrios Curso Completo de Enfermagem para Concursos Estádio III Carcinoma com extensão para a parede pélvica e/ou envolvimento do terço inferior da vagina e/ou hidronefrose e rim não funcionando Subdividido em: IIIA => 1/3 inferior da vagina, sem envolvimento da parede pélvica IIIB => Extensão para a parede pélvica e/ou hidronefrose e/ou rim não funcionando Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 81 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Estádio IV Extensão para além da pelve ou envolvimento (confirmado por biópsia) da mucosa da bexiga ou reto Subdividido em: IVA => envolvimento de órgãos adjacentes. IVB => envolvimento de órgãos à distância. Curso Completo de Enfermagem para Concursos Tratamento É indicado com base no estadiamento tumoral, tipo histológico, idade da paciente, condição clínica, desejo de procriar e recursos disponíveis. Os procedimentos variam desde os mais conservadores, com retirada das lesões, até tratamentos radicais e complexos. Cirurgia, radioterapia, quimioterapia e associação destes tratamentos. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 82 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Estadiamento segundo a FIGO relacionado ao tratamento no INCA Fonte: INCA,2008 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Estadiamento segundo a FIGO relacionado ao tratamento no INCA Fonte: INCA,2008 Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 83 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Estadiamento segundo a FIGO relacionado ao tratamento no INCA Fonte: INCA,2008 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Estadiamento segundo a FIGO relacionado ao tratamento no INCA Fonte: INCA,2008 Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 84 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Curso Completo de Enfermagem para Concursos Conização do útero: Remoção da zona de transformação e parte do canal endocervical. Realizada com bisturi convencional ou por eletrocirurgia, recomendada para o diagnóstico e tratamento de lesões pré-invasivas, suspeitadas por exame citopatológico prévio ou diagnosticada por biópsia, quando não se pode afastar doença endocervical (quandoa junção escamocolunar estiver localizada a mais de 1 cm no canal endocervical ou quando a zona de transformação não é completamente vista) Procedimento geralmente ambulatorial Anestesia local. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 85 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Curso Completo de Enfermagem para Concursos Exérese da Zona de Transformação Retirada da zona de transformação por meio de cirurgia de alta frequência. Realizada sob anestesia local, sob visão colposcópica em nível ambulatorial. Recomendada para tratamento de lesões pré-invasivas diagnosticadas por biópsia ou como parte do método ver-e-tratar, quando a zona de transformação está completamente visível e situada na ectocérvice. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 86 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Seguimento Pacientes submetidas à histerectomia total tipos I e II Revisão semestral nos dois primeiros anos. Revisão anual até cinco anos. Caso não haja recidiva, alta. Pacientes submetidas à radioterapia Revisão após quatro meses. Revisão semestral até dois anos. Revisão anual até cinco anos. Caso não haja recidiva ou intercorrências relacionadas ao tratamento após cinco anos, alta. Curso Completo de Enfermagem para Concursos Complicações Relacionadas à progressão da doença: fístulas, linfedema de MMII, compressão das vias urinárias e intestinais Relacionadas ao tratamento cirúrgico: são mais frequentes na cirurgia de Wherteim Meigs (histerectomia total, salpingooforectomia bilateral e linfadenectomia). A principal complicação é a bexiga neurogênica, causada pela manipulação da inervação dos ureteres e bexiga. Pode haver fístulas, infecção. Peritonite e hemorragia são menos frequentes. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 87 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Complicações Relacionadas à quimioterapia: nefrotoxicidade, mielotoxicidade, neurotoxicidade e toxicidade gastrointestinal No tratamento radioterápico, os efeitos agudos atingem pele, mucosas, reto e aparelho geniturinário; os tardios afetam o retossigmoide, bexiga, ureter e uretra, útero, ovário, e vagina, gerando disfunção sexual e mais raramente as complicações acometem ossos e sangue. Câncer de Próstata Curso Completo de Enfermagem para Concursos ^ Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 88 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Câncer de Próstata Curso Completo de Enfermagem para Concursos Câncer de Próstata Sem considerar os cânceres de pele não-melanoma, o câncer de próstata é o mais incidente em homens, em todas as regiões do Brasil. A próstata é uma volumosa glândula mediana, ímpar, rica em tecido muscular liso, do aparelho genital masculino. Produz o suco prostático, importante componente do esperma. Suco prostático participa na movimentação dos espermatozoides. Localizada na parte latero-inferior da bexiga. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 89 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Câncer de Próstata O aumento do número de casos ao longo dos anos tem como possíveis explicações: o aumento da expectativa de vida, melhoria da qualidade dos sistemas de informação, maior disponibilidade de métodos diagnósticos e rastreamento do câncer de próstata por meio do toque retal e dosagem de PSA (Antígeno Específico Prostático). Curso Completo de Enfermagem para Concursos Câncer de Próstata O câncer de próstata se apresenta como uma neoplasia de evolução lenta e de longo tempo de duplicação celular. Apenas 20% são agressivos. Normalmente, necessita de 15 anos para atingir 1cm3 Manifesta-se preferencialmente em idade superior a 60 anos. Existe pequeno risco de morte precoce, antes dos 50 anos, por câncer de próstata. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 90 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Fatores de risco Os maiores fatores de risco são: idade, história familiar de câncer e tipo individual negro. Três quartos dos casos ocorrem a partir dos 65 anos de idade. Aproximadamente 25% dos casos diagnosticados apresentam história familiar de câncer de próstata. Homens que tiveram pai ou irmão diagnosticados previamente apresentam duas a três vezes o risco. Risco aumenta aproximadamente 11 vezes se o diagnóstico do pai ou irmão tiver ocorrido antes de 40 anos de idade. Curso Completo de Enfermagem para Concursos Fatores de risco Excesso de peso corporal. Tem sido apontada relação entre o alto consumo energético total e ingestão de carne vermelha, gordura e leite e o câncer de próstata. Substâncias geradas no preparo de alimentos, como as aminas heterocíclicas, pelo preparo de carne em altas temperaturas (frituras e churrasco). Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 91 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Rastreamento O Ministério da Saúde não recomenda a organização de programas de rastreamento do câncer de próstata. Atualmente não há evidências científicas de que o rastreamento reduza a mortalidade nesse tipo de câncer. Existe pequeno risco de morte precoce, antes dos 50 anos, e significativo risco de sequelas (função sexual e urinária) relacionadas ao sobretratamento. Toque retal e PSA podem apresentar resultados falso-positivos e falso- negativos Curso Completo de Enfermagem para Concursos Rastreamento O toque retal tem sensibilidade limitada em razão da palpação ser realizada na região póstero-lateral. 40-50% dos tumores não são acessíveis ao exame digital. A sensibilidade do PSA é maior para os tumores mais agressivos e clinicamente mais importantes. Doenças benignas como: prostatite, hiperplasia prostática benigna, lesões traumáticas podem aumentar o PSA. Resultados falso-positivos geram ansiedade, procedimentos desnecessários, como a biópsia e os riscos associados ao procedimento. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 92 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Diante da não recomendação de rastreamento na população, o Ministério da Saúde preconiza: Capacitação dos profissionais Reconhecimento de sinais e sintomas Orientar a população Providenciar o tratamento com agilidade Curso Completo de Enfermagem para Concursos Organização da assistência Investigação diagnóstica o mais breve possível Assegurar referência para unidades secundárias para confirmação diagnóstica dos casos suspeitos Priorizar casos sintomáticos com relação aos identificados em rastreamento oportunístico. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 93 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Esclarecimento à população Os homens que demandarem espontaneamente a realização de rotina de PSA e/ou toque retal devem ser informados sobre o balanço entre os possíveis benefícios e riscos; Sinais e sintomas suspeitos de câncer de próstata e a importância de procurar o serviço de saúde na presença deles. Agilidade na confirmação diagnóstica e no tratamento dos casos suspeitos A partir da suspeita, o paciente deve ser encaminhado imediatamente para os serviços de saúde especializados para confirmação diagnóstica em tempo oportuno. Máximo 60 dias entre o diagnóstico e o início do tratamento. Curso Completo de Enfermagem para Concursos Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 94 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Em fase inicial, não apresenta sintomatologia. Quando apresentam, assemelham-se aos crescimentos benignos da próstata. Dificuldade para urinar, necessidadede urinar mais vezes durante o dia ou à noite. Sensação de esvaziamento vesical incompleto Hematúria Em casos mais avançados, dor óssea. Sinais e Sintomas Curso Completo de Enfermagem para Concursos O diagnóstico do câncer de próstata é feito pelo estudo histopatológico do tecido obtido pela biópsia. A biópsia deve ser considerada sempre que houver anormalidades no toque retal ou na dosagem do PSA. O relatório anátomo-patológico deve fornecer a graduação histológica do sistema de Gleason, cujo objetivo é informar sobre a provável taxa de crescimento do tumor e sua tendência à disseminação. Diagnóstico Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 95 Curso Completo de Enfermagem para Concursos O toque prostático (TP) é sempre recomendável e fundamental no estadiamento da doença, bem como para definição do tratamento. PSA – aceita-se como valores normais até 4ng/ml, porém podem existir tumores com PSA abaixo desse valor. Se PSA acima de 10ng/ml, há indicação formal de biópsia. Para valores entre 4 e 10 ng/ml, deve-se levar em consideração a velocidade do PSA e a relação entre o PSA livre/total. Ultrassom transretal – pode ser utilizada para orientar a biópsia da próstata. Útil na determinação do volume prostático e avaliação da extensão da doença. Curso Completo de Enfermagem para Concursos A classificação clínica pré-tratamento – cTNM é feita com base no sistema TNM e tem por base as evidências obtidas antes do tratamento, tais como: Exame físico Mensuração de marcadores tumorais Diagnóstico por imagem Biópsia Exames bioquímicos Endoscopia Estadiamento Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 96 Curso Completo de Enfermagem para Concursos T refere-se ao tumor primário e sua extensão, com graduações (T1- T4) e subdivisões em cada graduação. Tx é atribuído ao tumor primário que não pôde ser avaliado e T0, quando não há evidência de tumor primário. Para N (N0-N1), designa-se os linfonodos regionais da pelve verdadeira (abaixo da bifurcação das artérias ilíacas comuns). M é designado para metástases à distância (M0-M1). Linfonodos não regionais são considerados metástases à distância (M1a) Metástase óssea => M1b Outras localizações => M1c Classificação clínica Curso Completo de Enfermagem para Concursos Fonte: INCA,2008. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 97 Curso Completo de Enfermagem para Concursos O diagnóstico definitivo é obtido por meio do exame histopatológico, cuja classificação pTNM é realizada em procedimento cirúrgico. Exige a ressecção do tumor e biópsia adequada, para avaliar a maior categoria T. Na classificação patológica não há T1, pois a quantidade de material é insuficiente (tumor não visível) A avaliação histopatológica dos linfonodos regionais exige a remoção representativa de nódulos para comprovar a ausência de metástases em linfonodos regionais (pN0) Curso Completo de Enfermagem para Concursos É o estadiamento específico para classificação do câncer de próstata. Revela o grau de anaplasia de células carcinomatosas. Graduação histológica (G) resume-se em: Gx – o grau de diferenciação não pode ser avaliado G1 – bem diferenciado (discreta anaplasia) => Gleason 2-4. G2 – moderadamente diferenciado =>Gleason 5-6 G3-4 – pouco diferenciado ou indiferenciado (acentuada anaplasia) => Gleason 7-10. Índice de Gleason Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 98 Curso Completo de Enfermagem para Concursos O escore total de Gleason, que varia de 2 a 10, é interpretado revelando, inclusive a rapidez de disseminação da doença localmente ou para órgãos vizinhos. Mostra a chance de o câncer disseminar-se para fora da próstata em 10 anos, com dano em outros órgãos, afetando a sobrevida. Gleason 2-4: 25% de chance Gleason 5-7: 50% de chance Gleason 8-10: 75% de chance Índice de Gleason Curso Completo de Enfermagem para Concursos No estadiamento do câncer de próstata, com PSA maior que 20ng/ml e PSA entre 10 e 20ng/ml, com graduação histológica de Gleason maior que 7, deve ser feita pesquisa de metástases. Cintilografia óssea, para pequisa de metástases ósseas. Exames de imagem pélvica, para pesquisa de metástase linfonodal: Ultrassonografia Tomografia computadorizada Ressonância magnética Pesquisa de metástases Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 99 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Os fatores que influenciam a decisão terapêutica para o adenocarcinoma de próstata são: Estadiamento clínico Nível sérico de PSA Índice de Gleason Doenças concomitantes Idade Expectativa de vida do cliente A progressão tumoral é atestada pelo aumento progressivo do PSA, piora de lesão óssea ou acometimento visceral. Diretrizes terapêuticas Curso Completo de Enfermagem para Concursos Tumores localizados (T1 ou T2 N0M0) Opções de tratamento variam de acordo com o estadiamento clínico. Para carcinomas localizados da próstata (T1 ou T2), podem ser feitos: observação vigilante, cirurgia radical e radioterapia. Em estádio I (T1aN0M0, Gleason 2-4), utiliza-se frequentemente a observação vigilante (toque prostático e dosagem de PSA) Em estádio II (T1aN0M0, Gleason maior ou igual a 5, T1bN0M0) são tratados por cirurgia ou radioterapia. Se na peça da prostatectomia for observada invasão linfática, há indicação de radioterapia pós-operatória. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 100 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Tumores localmente avançados (T3-T4) Extensões do tumor por contiguidade (estruturas vizinhas) ou linfonodos regionais. Meta terapêutica é a cura. Podem ser feitos cirurgia ou radioterapia externa (teleterapia) ou a combinação dos dois. Casos de doença avançada (Tqualquer Nqualquer M1) ou recidivado com metástase Indica-se hormonioterapia Ressecção prostática transuretral (para desobstrução das vias urinárias) Radioterapia paliativa Em caso de adenocarcinoma resistente a hormonioterapia, pode-se pensar em quimioterápico paliativo. Curso Completo de Enfermagem para Concursos As complicações do tratamento cirúrgico e radioterápico incluem: incontinência urinária, disfunção erétil, estenose de uretra ou colovesical, lesão do reto, complicações decorrentes de cirurgia de grande porte. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 101 Curso Completo de Enfermagem para Concursos Possíveis complicações da progressão da doença são: Dor Fraturas patológicas Síndrome da compressão medular Caquexia Uropatia obstrutiva Obstrução da saída vesical e retenção urinária Sangramento vesical por infiltração tumoral Hipercalcemia Delírio Curso Completo de Enfermagem para Concursos Acompanhamento pode ser feito, inicialmente com a dosagem do PSA. Eventualmente, pode-se realizar toque retal na busca de alguma massa residual que possa indicar recidiva local. Sugere-se a mensuração do PSA aos 3, 6 e 12 meses após o tratamento inicial; semestralmente até o terceiro ano; e anualmente após este período. O tempo de duplicação do PSA auxilia a predizer o tipo de recidiva. Quando o tempo de duplicação é menor do que 3 a 6 meses, está mais correlacionado com recidiva a distância. Um tempo de duplicação acima de 11 a 13 meses fala mais a favor de uma recidiva local. Seguimento Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 02/12/2016 102 Câncer de Pulmão Curso Completo de Enfermagem para Concursos ^ Curso Completo de Enfermagem para Concursos Segundo a última estimativa
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