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PUC MACROECONOMIA 2016.1 11 O SETOR EXTERNO

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1
Powerpoint Templates
Macroeconomia
O SETOR EXTERNO
Econ. Edilson Aguiais
Material Disponível em:
www.puc.aguiais.com.br
2
O que leva os países a comercializarem entre si ?
Teoria das Vantagens Comparativas: formulada por David Ricardo em 1817;
sugere que cada país deva especializar-se na produção daquela mercadoria em que é
relativamente mais eficiente (ou que tenha um custo relativamente menor).
Desvantagens: é uma teoria estática, não leva em consideração a evolução das
estruturas de oferta e demanda, nem as relações de preços entre os produtos
negociados.
Teoria Moderna do Comércio Internacional (Modelo de Hecksher – Ohlin):
postula que as vantagens comparativas e, logo, a direção do comércio, estarão dadas
pela escassez ou abundância relativa dos fatores de produção.
O Setor Externo: Fundamentos do Comércio Internacional
3
Taxa de câmbio nominal: é o preço da moeda (divisa) estrangeira em temos da
moeda nacional ou vice-versa. No caso do Brasil é quanto se precisa em termos da
moeda nacional (Real) para se comprar uma unidade de uma moeda estrangeira. Seu
preço é determinado pela oferta e demanda de divisas. Ex.:
Brasil: U$ 1,00 = R$ 3,10
Exterior: R$ 1,00 = U$ 0,32
Obs.: Como no Brasil a definição de câmbio é “diferente”; um aumento da taxa de
câmbio implica em desvalorização e uma redução implica em valorização...
Ex.: U$ 1,00 = R$ 3,10 ⇒ U$ 1,00 = R$ 3,50 � Desvalorização
Oferta de Divisas: depende do volume de exportações e da entrada de capitais
externos;
Demanda de Divisas: depende do volume das importações e da saída de capitais
externos (amortização de empréstimos, remessa de lucros, pagamentos de juros,
etc.).
O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
4
OFERTA DE DIVISAS > DEMANDA DE DIVISAS
Aumenta a disponibilidade de moeda estrangeira 
(valorização cambial)
OFERTA DE DIVISAS < DEMANDA DE DIVISAS
Diminui a disponibilidade de moeda estrangeira 
(desvalorização cambial)
O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
5
Taxa Fixa de Câmbio: o Banco Central fixa a taxa de câmbio:
• Maior previsibilidade aos agentes do mercado.
• Evita aumentos de preços de produtos importados, sendo, portanto, útil
para controle da inflação.
Taxa de Câmbio Flutuante: a taxa é determinada pelo mercado de
divisas (oferta e de demanda):
• Dirty Floating: (mais adotado) regime de câmbio flutuante, mas com
intensa atuação do Banco Central, na venda e na compra, que procura
mantê-la em níveis relativamente estáveis;
• Minibanda cambiais: o regime é flutuante, porém dentro de limites
fixados pelo Banco Central.
O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
6
O Setor Externo: Taxa de Câmbio e Regimes Cambiais
Câmbio Flutuante
(Flexível)
• BC fixa a taxa de câmbio; • O mercado determina a taxa de câmbio;
• BC é obrigado a disponibilizar
reservas cambiais.
• BC não é obrigadoa disponibilizar reservas
cambiais.
• Maior controle da inflação (custo
das importações).
• Política monetária mais independente do
câmbio.
• Reservas cambiais mais protegidas de
ataques especulativos.
• Reservas cambiais vulneráveis a
ataques especulativos;
• Ataxa de câmbio fica muito dependente da
volatilidade do mercado financeiro nacional e
internacional;
• A política monetária (taxa de
juros) fica dependente do volume de
reservas cambiais.
• Maior dificuldade de controle das pressões
inflacionárias, devido às desvalorizações
cambiais.
Desvantagens
Câmbio Fixo
Características
Vantagens
2
7
Valorização (apreciação) Taxa de câmbio cai(moeda nacional mais forte) 
Importadores pagarão menos reais por dólar e tendem a importar mais, aumentando
a concorrência com os nacionais (âncora cambial).
Pressão pela queda dos preços internos
(Aumenta a eficiência produtiva, pelo aumento da competição)
O Setor Externo: Efeito das Variações na Taxa de Câmbio 
sobre Exportações e Importações (Controle da Inflação)
+ Política de Abertura Comercial
(liberação de Importação)
Custos:
• Setor Exportador (perde mercado pelo alto custo relativo de seu produto).
• Setores protegidos que passarão a sofrer concorrência. 8
Desvalorização(depreciação) Taxa de câmbio sobe(moeda nacional mais fraca) 
Pode proporcionar um aumento nas Exportações e redução das Importações (leva
um certo tempo p/ essa resposta)
Pressão sobre os custos de produção
(Aumento no custo das Importações,
incluindo produtos essenciais (demanda inelástica) Ex: Petróleo. )
O Setor Externo: Efeito das Variações na Taxa de Câmbio 
sobre Exportações e Importações (Controle da Inflação)
Custos:
• Aumento do nível geral de preços – inflaçãoinflação dede custoscustos ((passpass--throughthrough))
9
As transações internacionais são influenciadas pelos preços internacionais. Os dois
preços internacionais mais importantes são a taxa de câmbio nominal e a taxa de
câmbio real.
• Taxa de câmbio nominal: é a taxa à qual se pode trocar a moeda de um país
pela moeda de outro país;
• Taxa de câmbio real: é a taxa à qual se pode trocar os bens e serviços de um
país pelos bens e serviços de outro país, ou seja, compara o preço de bens
domésticos e internacionais na economia doméstica. A taxa de câmbio real é o
preço em reais de uma cesta de bens estrangeiros, em relação à uma cesta
brasileira.
�A taxa de câmbio real é um fator chave na determinação de quanto um país
exporta e importa.
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal
*Tx de Câmbio Nominal*Preço ExternoTx de Câmbio Real
Preço Interno
ePR
P
= = =
10
Exemplo:
Preço de um automóvel produzido no Brasil = R$ 15.000,00
Preço de um automóvel produzido nos EUA = US$ 12.000,00
e = taxa de câmbio nominal = R$ 1,00/US$ 1,00
R = taxa de câmbio real = (1,00 X 12.000) / 15.000 = 0,8
ConclusãoConclusão:: o automóvel norte-americano é 20% mais barato que o brasileiro.
Supondo agora e = R$ 1,25/US$ 1,00 ⇒ R = 1,0
Desvalorização real da moeda brasileira: o automóvel norte-americano passou a
ter o mesmo preço que o brasileiro.
O mesmo resultado poderia ser obtido com uma elevação do preço em US$ nos eua
e/ou com uma redução do preço em R$ no Brasil.
∆% R = ∆% e + ∆% P* - ∆% P
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal
11
A teoria da paridade do poder de compra é a teoria mais simples e
mais aceita para explicar as variações da taxa de câmbio.
• é baseada no princípio chamado de lei do preço único;
• de acordo com a lei do preço único, um bem precisa ter o mesmo
preço em todos os países, quando medido na mesma moeda.
• se o poder de compra de uma moeda é imutável no país e no resto
do mundo, então a taxa de câmbio real não pode mudar.
A taxa de câmbio nominal entre as moedas de dois países deve
refletir os diferentes níveis de preços destes países.
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal 
(Paridade de Poder de Compra – PPP)
12
Seja:
i = taxa de juros doméstica no período de aplicação
⇓
Para cada unidade de moeda doméstica investida no ativo financeiro doméstico ganha-se
(1 + i) unidades de moeda doméstica ao final do período de aplicação
⇓
i*= taxa de juros estrangeira no período de aplicação
e = taxa nominal de câmbio
⇓
Para comprar o ativo financeiro estrangeiro, deve-se primeiro comprar moeda estrangeira
⇓
Para cada unidade de moeda doméstica obtém-se (1/e) unidades de moeda estrangeira
⇓
Ao final do período de aplicação, obtém-se (1/e)(1 + i*) unidades de moeda estrangeira
⇓
Ao final do período de aplicação, deve-se converter novamente o montante anterior em
unidades da moeda estrangeira para unidades da moeda doméstica
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal 
(Paridade da Taxa de Juros)
3
13
Caso espere-se que a taxa de câmbio nominal será ee ao final do período de aplicação, o
rendimento esperado em unidades de moeda doméstica da aplicação no ativofinanceiro
estrangeiro é:
(1/e) (1 + i* ) ee
⇓
Ao avaliar,os as vantagens do ativo financeiro estrangeiro, não devemos levar em conta
apenas as taxas de juros doméstica e estrangeira, mas também a evolução esperada da taxa
de câmbio durante o período de aplicação
⇓
Supondo que os investidores financeiros desejam adquirir apenas o ativo financeiro que
apresenta a taxa de retorno mais elevada, eles serão indiferentes quanto a adquirir um ativo
financeiro doméstico ou um estrangeiro apenas quando estes gerarem a mesma taxa
esperada de retorno:
(1 + i ) = (1/ e)(1 + i*) ee
⇓
i ≅ i* + ee – e
e
(ee – e)/e = taxa esperada de desvalorização cambial
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal 
(Paridade da Taxa de Juros)
14
Conclusão:
A taxa de juros doméstica deve ser aproximadamente igual à taxa de juros
estrangeira mais a taxa de desvalorização esperada para a moeda doméstica.
Entretanto, deve-se levar em conta não apenas o retorno esperado, mas também os
custos e riscos envolvidos
Exemplo:
i = 5,8%, i* =3,9% ⇒ 5,8 ≅ 3,9 + ee ⇒ ee ≅ 1,9%
• e > ee ⇒ deve-se comprar o ativo estrangeiro
Embora a compra do ativo financeiro estrangeiro gere uma quantidade menor de
moeda estrangeira ao final do período de aplicação, a moeda estrangeira valerá
proporcionalmente mais em termos da moeda local.
• e < ee ⇒ deve-se comprar o ativo doméstico
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal 
(Paridade da Taxa de Juros)
15
Qdo a taxa real de juro Interna aumenta em relação à Externa
Tendência de aumento do fluxo de capitais 
financeiros internacionais para o país
Aumentando a oferta de divisas (dólar)
Promovendo uma queda na taxa de
Câmbio (valorização da moeda nacional)
Paralelamente, os
nacionais ficam
atraídos a investir no
mercado interno de
capitais, diminuindo
a saída de divisas do
país e, assim, a
demanda de divisas.
O Setor Externo: Taxa de Câmbio Real e Nominal 
(Paridade da Taxa de Juros)
16
Exportações:
onde:
P* = preços externos (de nossos produtos) em dólares
Pi = preços internos (domésticos) em reais
e = taxa de câmbio (reais por dólar) 
Yw= Renda Mundial 
Sub = Subsídios e incentivos às exportações
Importações:
onde:
P* = preços externos (de nossos produtos) em dólares
Pi = preços internos (domésticos) em reais
e = taxa de câmbio (reais por dólar) 
Yw = Renda Nacional
Tm = Tarifas e barreiras às importações ( Tm )
O Setor Externo: Variáveis que afetam as Importações e 
Exportações Agregadas
*, , , ,
iX f P P e Yw Sub
−+ + + + 
=  
 
*, , , ,
i
mM f P P e Y T
+
− − + − 
=  
 
17
Política Cambial
• Regime de taxas fixas de câmbio
• Regime de taxas flutuantes de câmbio (Dirty Floating)
• Regime de bandas cambiais (banda inferior e superior em que o câmbio pode flutuar)
Política Comercial
• Alterações das Tarifas sobre Importações:
�Substituição de Importações: imposto sobre importações maiores;
�Abertura comercial ou liberalização das importações: imposto
sobre importações menores);
• Regulamentação do Comércio Exterior
�Entraves burocráticos
�Barreiras qualitativas
O Setor Externo: Políticas Externas
18
O Setor Externo: Organismos Financeiros Internacionais
Mudanças na economia após a Segunda Guerra Mundial levaram ao surgimento de
órgãos de fomento ao desenvolvimento econômico e financeiro.
I. Acordo de Bretton Woods
• Estabeleceu o padrão dólar-ouro, consagrando o dólar como moeda internacional,
baseando sua conversibilidade nas reservas de ouro;
• 1971 – rompimento do acordo pelos EUA e adoção de taxas de câmbio flutuantes.
II. Fundo Monetário Internacional
• Tem como objetivo promover a cooperação monetária entre as nações;
• Ajuda a problemas conjunturais no BP e estimula o comércio internacional.
III. Banco Mundial (Banco Mundial de Reconstrução e Desenvolvimento – Bird)
• Captador e fornecedor de crédito para investimentos produtivos em países
subdesenvolvidos.
IV. Acordo Geral de Tarifas e Comércio (Gatt)
• Regras e instituições que regulem o comércio internacional.
4
19
Fluxos Comerciais e Financeiros internacionais crescem a taxas maiores que o
próprio crescimento da economia mundial. O Grau de Abertura aumenta que quase
todos os países.
Grau de Abertura = Exportações + Importações
PIB
O Setor Externo: Globalização Produtiva e Financeira
Países 1980 1990 1998
ALEMANHA 28,7 30,8 25,7
ARGENTINA 8,0 7,5 11,7
AUSTRÁLIA 17,4 17,1 20,7
BRASIL 10,0 6,8 8,9
CANADÁ 27,4 25,4 40,6
CHILE 21,0 32,7 27,7
CHINA n.d. 15,7 20,1
COLÔMBIA 13,6 17,7 17,1
CORÉIA DO SUL 37,6 30,1 42,2
ESTADOS UNIDOS 10,4 10,4 12,1
FRANÇA 22,1 22,5 24,7
ÍNDIA 8,3 8,4 11,9
Fonte: Banco Mundial
20
Globalização Produtiva: produção e distribuição de valores dentro de
redes em escala mundial, com o acirramento da concorrência entre
grandes grupos multinacionais. Contribui para a melhoria do padrão
de vida em escala mundial.
Conseqüências Perversas:
• Aumento do desemprego estrutural em muitos países
• A tendência de desnacionalização do setor produtivo
• Concentração da produção e comércio em grandes empresas.
Necessidade de maior atuação do Estado (Regulamentação)
O Setor Externo: Globalização Produtiva e Financeira
21
Globalização Financeira: crescimento do fluxo financeiro
internacional, baseado mais no mercado de capitais que no sistema de
crédito. São afetados por expectativas e políticas cambiais e
monetárias.
Principais características:
• perda da importância do crédito bancário e crescimento dos mercados de 
títulos;
• crescimento dos chamados investidores institucionais (fundos de pensão, 
seguradoras, fundos mútuos etc.)
• processo de liberalização financeira;
• crescimento da participação dos países emergentes nos mercados internacional 
de títulos (beneficiado pelas baixas taxas de juros nos países desenvolvidos);
• inovações financeiras: derivativos, modelos de risco etc.;
• progressos na tecnologia de comunicação.
O Setor Externo: Globalização Produtiva e Financeira
22
Vantagens:
• Eleva a liquidez internacional: maiores possibilidades de financiamento de
déficits em transações correntes;
• No Brasil, a entrada de capitais de curto prazo teve uma vantagem adicional:
ao possibilitar a valorização da taxa de câmbio, contribuiu para o sucesso do
Plano Real (âncora cambial).
Desvantagens:
• Eleva a vulnerabilidade externa do país frente a crises financeiras
internacionais. Exemplo: vulnerabilidade da economia brasileira nos anos 90;
• Taxas de câmbio e juros mais instáveis;
• Efeito contágio
• Conspira contra a globalização produtiva
O Setor Externo: Globalização Produtiva e Financeira
Powerpoint Templates
Macroeconomia
O SETOR EXTERNO
Econ. Edilson Aguiais
Material Disponível em:
www.puc.aguiais.com.br

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