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OS PRINCÍPIOS DA ESCOLA DE CHICAGO Escola de Chicago Semiótica Mass Communication Research 1º Semestre de Comunicação Social PP com ênfase em MKT| FAM [Faculdade de Americana] Disciplina: Teorias da Comunicação Profª Mª Luciana P. Santos 1915 e 1935 - Escola de Chicago Os pesquisadores da Escola de Chicago apregoam que a sociedade é resultado de: − Uma população organizada em um território; − Cujos membros vivem relação “simbiótica”. Relação Simbiótica: Mutualismo, ou também denominado por simbiose, é uma interação ecológica interespecífica, ou seja, entre organismos de diferentes espécies, ocorrendo de forma obrigatória e harmoniosa, permitindo vantagens recíprocas para as espécies envolvidas. Essa associação é permanente, causando dependência indispensável à sobrevivência das partes, não podendo mais desvincular um do outro, em razão da colaboração que cada um exerce sobre o metabolismo de seu dependente, provavelmente prejudicial caso estivessem separados. A comunicação Para a Escola de Chicago a comunicação: - resulta da diversidade humana; - teria um caráter biológico. Comunicação Interpessoal? • A comunicação interpessoal seria uma comunicação? Charles S. Peirce – A SEMIÓTICA • Matemático e adepto do pensamento lógico, Peirce [1839-1814] utiliza o pragmatismo como método de clarificação conceitual para lançar as bases de uma Teoria dos Signos, ou Semiótica. • Para Peirce: “Um signo ou representamen é algo que representa a alguém alguma coisa por qualquer relação de qualquer maneira.” • Tudo é SIGNO. A TEORIA DE PEIRCE • A teoria de Peirce é triádica e tem duas origens, uma matemática, porque o terceiro termo proporciona a possibilidade de combinações singulares entre os dois termos que ele relaciona. • Em Peirce, o signo pertence a uma série de códigos que estão sempre em transformação. • Na verdade, Peirce não estuda os signos, mas a semiose dos mesmos. • Para ele, categoria é um modo lógico de as coisas (reais ou não) serem. • Como a sua semiótica procura os sentidos em todos os tipos de linguagens possíveis, ele precisa de modos de produção de sentidos que sejam aplicáveis a todo e qualquer fenômeno. • Esses fenômenos aparecem na consciência segundo três modos categoriais (qualidade, existência e lei) que não são entidades mentais, mas modos de operação do pensamento signo que se processam na mente. • São eles: Primeiridade: Categoria da possibilidade qualitativa – a qualidade sensível das coisas. É o domínio do virtual. Um sentido aparece sem relação com outras coisas. Por exemplo, a qualidade absoluta de uma cor, a brancura, a azulidade, sem remeter a uma comparação ou a outros sentimentos. Secundidade: Categoria da existência, domínio do fato atual. A qualidade primeira se torna parte do fenômeno quando ela se incorpora e existe em algum lugar, em relação a alguma coisa, entrando na categoria da secundidade. No momento em que se identifica o sentimento, relacionando-o a algum fato, ele se torna segundo, singular e passa a existir. Terceiridade: Categoria da lei, domínio da legislação. A terceiridade aproxima o primeiro e o segundo numa síntese explicativa. É o pensamento em signos no momento em que se interpreta as relações estabelecidas entre os signos. • R - Representamen é o signo que entra em uma relação triádica de significação. É a face do signo imediatamente perceptível e faz parte da primeiridade. • O - Objeto é uma forma de representação do referente. Faz parte da secundidade, da experiência existencial, é a ‘o quê’ o interprete envia o signo em um processo de semiose. • I - Interpretante é o signo mediador do pensamento, um terceiro, que permite relacionar o signo apresentado ao objeto que ele representa. R [Representamen] I [Interpretante] O [Objeto] • R [representamen] é um signo primeiro, dessa forma, ele não remete diretamente ao O [objeto] representado que é um segundo. • Para representá-lo, ele precisa da mediação do signo do pensamento, o I [interpretante], que é um terceiro. • Logo, não existe uma relação estreita entre signo e objeto. Exemplos AS TRICOTOMIAS • A partir da divisão lógica do signo, Peirce estabeleceu uma rede de classificações sempre triádicas dos tipos possíveis de signos. • Dentre várias, o quadro abaixo, de nove signos, tornou-se o mais conhecido: O signo em relação a si mesmo: • 1.1 Qualisigno – uma qualidade que é um signo, independente se ela se encarna em um objeto ou não. Ex. branco como qualidade. • 1.2 Sinsigno – coisa ou acontecimento existindo realmente como um signo. Ex. um objeto branco. • 1.3 Legisigno – uma lei que é um signo. Ex. um objeto branco quando se diz que é um objeto branco. O signo em relação ao objeto: • 2.1 Ícone – signo de um possível. Assemelha-se ao objeto que representa. Ex. caricatura, mapa. • 2.2 Índice – se o ícone está ligado pela semelhança, o índice possui uma relação ativa de indicação. Ex. um carro sem maçaneta pode lembrar um assalto. • 2.3 Símbolo – signo que remete a seu objeto em virtude de uma convenção, lei ou associação de ideias gerais. Ex. placas de trânsito. O signo em relação ao interpretante: • 3.1 Rema – signo de possibilidade qualitativa; termo que representa uma espécie de objeto possível. • 3.2 Dicisigno ou Dicent – é o signo de uma existência real, uma proposição envolvendo um rema. • 3.3 Argumento – signo de uma lei. A expressão abreviada de um signo completo. O argumento contém os dicisignos e é a expressão de todo o sistema comportando regras. Ô LOCO! Não entendi patavinas! Facilitemos: 3 tipos de signo – O ÍCONE Ícone = é o mais simples, uma vez que é um padrão que se parece fisicamente com o que “representa”. A imagem de um cigarro com uma barra diagonal em toda a imagem é um ícone que representa diretamente: “ Fumar? Não fazê-lo” Mas atenção: o ícone deve ser feito com a experiência cultural apropriada. 3 tipos de signo – O ÍNDICE/ÍNDEX Índice [índex]= um signo que perderia tudo que faz dele um signo se seu objeto fosse retirado. Definido por alguns característica sensorial, A (diretamente visível, audível, ‘cheirável’, etc.) que se correlaciona com e, portanto, implica ou pontos para B. Um semáforo vermelho é sinal de que você deve parar seu carro ou arriscar um acidente, se retirarmos a indicação luminosa, você não sabe se deve ou não parar. 3 tipos de signo – O SÍMBOLO Símbolo = um signo convencionalmente associado a seu objeto. Essas relações palavra-palavra (às vezes chamadas palavras-associadas ) são fundamentais para a ancoragem do significado de uma palavra, sem depender de uma correlação no espaço e no tempo entre o som da palavra e o seu significado . Em resumo, os símbolos são facilmente removível de seu contexto, pois se você diz “filhote”, pode ser um filhote de gato, de cão, de humano, etc. As mesmas estão intimamente associados com grandes conjuntos de outras palavras. Mass Communication Research Seu início e seu conceito em 1927 • A Mass Comunication Research teve seu auge entre os anos 40 e 50. • Parte-se, no início de uma de visão até otimista do papel dos meios, na publicação do importante trabalho sobre a propaganda na I Guerra: “Propaganda Techniques in World War” [Técnicas de propaganda na Primeira Guerra Mundial] de Harold Lasswell, de 1927. • Propaganda é o único meio de conquistar a adesão das massase afirma claramente que a audiência é alvo amorfo. Anúncio da Mass Communication Research Coca Cola dos anos 50, registrado por Ivã René Franzolim Mass Communication Research Sua evolução • O impacto dos meios de comunicação na sociedade conduz pesquisadores de diferentes áreas à comunicação, existe um paralelismo entre a "mass communication research" e a perspectiva funcionalista que se desenvolve futuramente. • Um dos primeiros modelos teóricos importantes - comunicação como “agulha hipodérmica” (influência do behavorismo, teorias Pavlov, teorias biológicas). O primeiro paradigma da comunicação Lasswell (1948), formula o que seria o primeiro modelo [ou paradigma] de estudo da comunicação: -> quem? -> diz o que? -> por que canal -> a quem? -> e com que efeito? É a formulação de uma problemática da comunicação de modelo funcionalista (crítica atual = considerada um fracionamento da comunicação); Na prática da época, privilegiou-se a análise dos efeitos e de conteúdo.
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