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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
I e II 
 
 3 
Sumário 
CAPÍTULO I - A ORIGEM DA ADMINISTRAÇÃO ............................................................. 5 
1.1 - Conceito de Administração ................................................................................................ 6 
1.2 – Objetivos Históricos da Administração ............................................................................. 8 
1.3 - A Administração .............................................................................................................. 11 
Exercícios ................................................................................................................................. 13 
CAPÍTULO II - TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO ............................................................. 16 
2.1 - Escola Clássica ................................................................................................................. 16 
2.2 - Administração Científica.................................................................................................. 17 
2.3 - Teoria Clássica Da Administração ................................................................................... 22 
2.4 - Abordagem Humanística Da Administração.................................................................... 27 
2.4.1 - Teoria Das Relações Humanas ...................................................................................... 27 
2.4.2 - Teoria Comportamental................................................................................................. 29 
2.4.3 - Escola Quantitativa ....................................................................................................... 32 
2.5 - Estilos De Administração ............................................................................................. 32 
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................... 35 
CAPÍTULO II - TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO ........................................................... 35 
A. A estrutura organizacional da empresa, com a setorização e com o processo 
acumulativo ............................................................................................................................. 37 
B. A estrutura organizacional da empresa, com a departamentalização e com o 
processo administrativo ........................................................................................................ 37 
C. A estrutura organizacional da empresa, com a descentralização e com o 
processo burocrático ............................................................................................................. 37 
CAPÍTULO III - A EVOLUÇÃO DA TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO ............................ 40 
3.1 - Abordagem Sistêmica ...................................................................................................... 40 
3.2 - Abordagem Contingencial ............................................................................................... 40 
3.3 - Uma nova abordagem das Relações Humanas ................................................................. 41 
Estudo de Caso 1 ...................................................................................................................... 41 
CAPÍTULO IV – OS NOVOS MODELOS DE GESTÃO .................................................. 44 
4.1 – Administração Japonesa .................................................................................................. 46 
4.2 – Administração Participativa ............................................................................................ 50 
4.3 – Administração Empreendedora ....................................................................................... 52 
4.4 - Administração Holística ................................................................................................... 56 
4.5 – Características comuns dos novos Modelos de Gestão ................................................... 58 
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................... 60 
CAPÍTULO V - ADMINISTRAÇÃO MERCADOLOGICA ............................................. 66 
5.1 - O composto mercadológico. ......................................................................................... 66 
5.2 - Sistemas De Produção .................................................................................................. 68 
5.3 - Classificações Dos Sistemas De Produção .................................................................. 69 
5.4 – Produtividade ............................................................................................................... 71 
5.5 - Planejamento E Controle Da Qualidade....................................................................... 72 
5.6 - Clima E Cultura Organizacional .................................................................................. 74 
5.7 - Clima Organizacional ................................................................................................... 77 
6 - Responsabilidade Social .................................................................................................. 78 
7 - Gestão Da Qualidade ....................................................................................................... 80 
7.1 - ISO’s ............................................................................................................................ 82 
EXERCÍCIOS ..................................................................................................................... 83 
 
 4 
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 87 
ANEXO .................................................................................................................................... 89 
GABARITO DOS EXERCÍCIOS ............................................................................................ 89 
GABARITO CAPÍTULO I - A ORIGEM DA ADMINISTRAÇÃO ...................................... 89 
GABARITO CAPÍTULO II - TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO ....................................... 89 
GABARITO CAPÍTULO IV – OS NOVOS MODELOS DE GESTÃO ................................ 90 
GABARITO CAPÍTULO IV – OS NOVOS MODELOS DE GESTÃO ................................ 90 
 
 
 5 
CAPÍTULO I - A ORIGEM DA ADMINISTRAÇÃO 
 
A Administração recebeu influências de diversas áreas do conhecimento 
humano. A Filosofia deu sua grande contribuição para a administração. Já antes de 
Cristo, os filósofos da Antiguidade expunham seu ponto de vista sobre esta área 
fascinante que viria a ser importante nos dias atuais. SÓCRATES (470 a.C – 399 a.C.), 
citado por CHIAVENATO (1997, p.50) afirmou que a Administração é uma habilidade 
pessoal separada do conhecimento técnico e da experiência. 
[...] sobre qualquer coisa que um homem possa presidir, ele 
será, se souber do que precisa e ser for capaz de provê-lo, um bom 
presidente, quer tenha a direção de um coro, uma família, uma cidade 
ou um exército. Não é também uma tarefa punir os maus e honrar os 
bons? Portanto, Nicomaquides, não desprezeis homens hábeis em 
administrar seus haveres; pois os afazeres privados diferem dos 
públicos somente em magnitude; em outros aspectos, são similares, 
mas o que mais se deve observar é que nenhum deles pode ser gerido 
sem homens, nem os afazeres privados são geridos por uma espécie 
de homem e os públicos por outra: pois aqueles que conduzem os 
negócios públicos não utilizam homens de natureza diferente 
daqueles empregados pelos que gerem negócios privados; e os que 
sabem empregá-los conduzemtanto os negócios públicos quanto os 
privados, judiciosamente, enquanto aqueles que não sabem errarão 
na administração de ambos. (SÓCRATES 470 a.C – 399 a.C. em 
CHIAVENATO, 1997, p.50-1). 
 Platão, filósofo grego, discípulo de Sócrates, (429 a.C. – 347 a.C), 
também deu sua contribuição, relatando, em sua obra intitulada A República, seu 
ponto de vista sobre democracia e administração dos negócios públicos. Aristóteles, 
filósofo grego, discípulo de Platão, estudou a organização do Estado e relata três tipos 
de Administração pública: monarquia, aristocracia e democracia. Francis Bacon, 
filósofo inglês, (1561-1626) antecipa-se ao princípio da Administração conhecido 
como princípio da prevalência do principal sobre o acesso, enfocando a separação do 
que é essencial do que é acessório. René Descartes, filósofo, matemático e físico 
francês (1596-1650) foi a autor das coordenadas cartesianas ou os princípios 
 
 6 
cartesianos. Vários princípios da Administração moderna, como divisão do trabalho, 
da ordem e do controle estão baseados nos princípios cartesianos. Jean-Jacques 
Rousseau (1712-1778) desenvolveu a teoria do contrato social, que é um acordo entre 
membros com conjuntos de regras que o regem. Karl Marx (1818-1883) foi autor da 
teoria da origem do Estado e afirma que todos os fenômenos históricos são produto 
das relações econômicas entre homens. 
A Igreja Católica também deu sua contribuição para a Administração. As regras, 
normas, propósitos, objetivos e princípios fundamentais aos poucos foram utilizados 
pela Igreja. Ao longo do tempo, a Igreja foi utilizando todos estes recursos da 
Administração para se estruturar. CHIAVENATO (1997, p.54) afirma que hoje, a Igreja 
tem uma organização hierárquica tão simples e eficiente que a sua enorme 
organização mundial pode operar satisfatoriamente sob o comando de uma só cabeça 
executiva. Esta estrutura que a Igreja implantou está sendo modelo para muitas 
empresas, que passaram a incorporar uma afinidade de princípios e normas 
administrativas utilizadas na Igreja Católica. 
Mas, a instituição que mais colaborou com a Administração ao longo do tempo 
foi a organização militar. Entre as contribuições militares estão: a organização linear, 
o princípio da unidade de comando, a escala hierárquica, o empowerment, a 
centralização do comando e a descentralização da execução, o princípio da direção e 
o planejamento estratégico, entre outras contribuições. 
1.1 - Conceito de Administração 
O termo administração vem do latim, ad (junto de) e ministratio (prestação de 
serviço); portanto, administração é uma ação de prestar um serviço. 
Contemporaneamente, administração não é somente relacionado ao governo ou à 
condução de uma empresa, e sim a todas as atividades que envolvem planejamento, 
organização, direção e controle. 
 [...] a tarefa da Administração é a de interpretar os objetivos 
propostos pela organização e transformá-los em ação organizacional 
por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos 
os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da 
organização, a fim de alcançar tais objetivos de maneira mais 
adequada à situação. (CHIAVENATO, 1997, p.12). 
 
 7 
Dessa definição de Chiavenato, podemos concluir que administrar é o ato de 
executar as missões de uma empresa, por meio e com as pessoas para atingir 
concomitantemente os objetivos da organização quanto de seus colaboradores. 
Nessa linha de pensar, existem aspectos relevantes a serem destacados: 
1. Ênfase no elemento humano na organização. 
2. Focalizar a atenção nos resultados a serem alcançados; 
3. Inclusão dos objetivos dos colaboradores como parte integrante dos 
objetivos da organização. 
Podemos então resumir o conceito derivado de Chiavenato como: 
administração é a condução de pessoas, dentro de uma empresa/organização, 
visando atingir um objetivo prévia e plenamente definido. 
O processo administrativo é classicamente dividido em 4 planos (essa divisão 
pode variar dependendo da literatura pesquisada): 
1. Planejamento: neste plano ocorre a definição objetivos, atividades e 
recursos. Nesta etapa são definidos antecipadamente o que se deve fazer e quais 
os objetivos que devem ser atendidos. 
2. Organização: as atividades necessárias para atingir os objetivos da 
empresa são agrupadas e elas são atribuídas a um colaborador que possua as 
competências e autoridade necessárias para executar tais atividades, é também o 
momento de distribuir os recursos disponíveis. 
3. Direção: Essencialmente dependente do modelo de liderança existente 
na organização. Nessa etapa a preocupação é direcionada com e quais operações 
serão executadas e quais os objetivos que serão atingidos. 
4. Controle: é o processo de acompanhamento e ajustes das operações 
previamente estabelecidas de acordo com os feedbacks recebidos. Nessa fase 
são identificadas todas as ações que precisam ser reajustadas com relação ao 
cronograma de desenvolvimento das atividades, gasto dos recursos materiais e 
financeiros disponibilizados e metas não atingidas. 
 
 8 
1.2 – Objetivos Históricos da Administração 
Desde os primórdios, o homem se associou a outros para conseguir atingir seus 
objetivos. O homem, portanto, aprendeu, desde cedo, que precisava de outro homem 
para trabalhar em conjunto e atingir determinadas metas, o que modificou 
completamente a estrutura social e comercial da época, provocando profundas 
mudanças. Deste trabalho em conjunto surgiram as empresas rudimentares, que 
datam da época dos assírios, babilônicos, fenícios, egípcios, gregos e romanos. Mas 
a história da Administração é recente, e surge com o aparecimento das grandes 
corporações. Foi a Revolução Industrial (1776) que provocou o aparecimento de 
grandes empresas e da moderna administração devido à inclusão de máquinas (a 
vapor) no processo produtivo. Deste ponto em diante a produção deixou de ser 
artesanal e passou a ser em larga escala. 
Segundo CHIAVENATO (1989, p.3), tal revolução se desenvolveu em duas 
épocas distintas: 
• Primeira época: (1780-1860). Carvão como primeira fonte de 
energia e ferro como principal matéria-prima; 
• Segunda época: (1860-1914). A revolução da eletricidade e 
derivados do petróleo. 
CHIAVENATO (1997, p.56) divide a Revolução Industrial em quatro fases: 
• Primeira fase: a mecanização da indústria e da agricultura: fase em 
que a máquina começou a substituir alguns trabalhos braçais; 
• Segunda fase: a aplicação da força motriz à indústria: invenção da 
máquina a vapor; 
• Terceira fase: o desenvolvimento do sistema fabril: o artesão 
desapareceu para dar lugar ao operário, às fábricas e usinas; e 
• Quarta fase: um espetacular aceleramento dos transportes e das 
comunicações: surgimento da primeira estrada de ferro. Surgiu a 
navegação a vapor, a locomotiva a vapor foi aperfeiçoada, invenção do 
telégrafo elétrico, selo postal e a principal invenção: o telefone. 
Após essas fases, tivemos a chamada segunda Revolução Industrial, que foi 
marcada, conforme CHIAVENATO (1997, p.57), pelos seguintes acontecimentos: 
 
 9 
• Desenvolvimento de novo processo de fabricação de aço (1856); 
• Aperfeiçoamento do dínamo (1873); 
• Invenção do motor de combustão interna (1873). 
Assim como ocorreu na primeira Revolução Industrial, a segunda também tem 
suas características: 
• Substituição do ferro pelo aço; 
• Substituição do vapor pela eletricidade, pelos derivados do petróleo 
como fontes de energia; 
• Desenvolvimento da maquinaria automática e especialização do 
trabalho; 
• Domínio da indústria pela ciência; 
• Transformações nos transportes e nas comunicações;• Desenvolvimento de novas formas de organização capitalista; 
• Expansão da industrialização. 
O que marca a segunda Revolução Industrial é a transferência das habilidades 
humanas para a máquina e a substituição da força do animal ou do músculo humano 
pela maior potência da máquina a vapor. Foi nesta época que a concorrência começou 
a ganhar força, pois quem não tinha capital para investir em máquinas teve que fechar 
seu artesanato e trabalhar de operário para os proprietários de oficinas que possuíam 
as máquinas necessárias para a produção. Foi nesta época também que começaram 
as fusões de pequenas oficinas que passaram a integrar outras maiores. Estas fusões 
se davam para fortalecer as pequenas oficinas e assim ganhar competitividade frente 
à concorrência. Não é diferente do que ocorre hoje, pois a concorrência não se dá 
mais entre empresas, mas entre grupos de empresas que se unem para se fortalecer. 
CHIAVENATO (1997, p.60) afirma que as máquinas não substituíram 
totalmente o homem, mas deram-lhe melhores condições de produção. O homem foi 
substituído pelas máquinas naquelas tarefas em que se podia automatizar e acelerar 
pela repetição. Grande número de operários começou a trabalhar junto, com jornadas 
de trabalho que chegavam a 13 horas diárias em condições ambientais perigosas e 
insalubres, ocorrendo assim muitos acidentes e doenças de larga escala. Com a 
 
 10 
migração de operários de campos agrícolas para os centros industriais, surgiu 
também o fenômeno da urbanização, que era sem planejamento, igual ao ocorrido no 
caso das indústrias. 
Também foi grande a influência dos economistas, que ocorreu a partir do século 
XVII, quando surgiram as teorias econômicas que explicavam fenômenos 
empresariais que eram baseados em experiências da época. Entre as pessoas que 
contribuíram com suas teorias estão: Adam Smith (1723-1790), cuja teoria fala da 
competição. Ele defendia que a única função do governo era a garantia da lei e da 
ordem, e que este só poderia intervir na economia quando não ocorresse a 
competição livre. Ele também defendia o princípio da especialização do operário e a 
divisão do trabalho e deu também muita importância ao planejamento e à 
organização dentro das funções da Administração. Outros pesquisadores, entre eles 
James Mill (1773-1836), David Ricardo (1772-1823), John Stuart Mill (1806-1873), 
Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895) também deram suas 
contribuições. 
Durante o século XIX houve muitas inovações e mudanças no ambiente 
empresarial. Deram início à engenharia de grandes construções e negócios de 
transportes. Neste período houve a criação das estradas de ferro, então chamadas de 
ferrovias. Foi depois da criação das ferrovias que o segmento de seguros começou a 
brotar, e foi devido às ferrovias que se iniciou o período de rápida urbanização. Para 
CHIAVENATO (1997, p.66) a moderna administração teve o seu nascimento na 
indústria da ferrovia na década de 1850. Já neste período existiam empresas com 
uma estrutura administrativa bem definida, onde nasceu a integração vertical nas 
empresas. Já na década de 1880, empresas centenárias hoje, como a Westinghouse 
e a General Electric (GE) atuavam no ramo de bens duráveis dando início ao que hoje 
denominamos de marketing. A partir da década de 1890 as empresas controlavam 
suas matérias-primas por meio de seus departamentos de compras, com a política de 
vendas aos varejistas ou aos consumidores finais. Mas foi a partir do ano de 1900 que 
houve uma das maiores revoluções na Administração, as fusões de empresas para 
adquirir maior competitividade. 
Segundo CHIAVENATO (1989, p.4), a Administração surgiu em resposta a 
duas consequências provocadas pela Revolução Industrial: 
• O crescimento acelerado e desorganizado das empresas; 
 
 11 
• Necessidade de maior eficiência e produtividade das empresas. 
Por fim, a Administração tem três objetivos: proporcionar eficiência e eficácia 
com efetividade às empresas. Este termo efetividade é novo e diz que uma empresa 
deve ser eficiente ou eficaz sempre. A administração interpreta os objetivos da 
empresa e busca meios para alcançá-los através da ação administrativa, que 
compreende planejamento, organização, direção e controle. 
 
1.3 - A Administração 
Durante toda a vida, fazemos parte de alguma organização (familiar, religiosa, 
profissional, etc.). Toda organização, seja ela formal ou informal, possui objetivos e 
metas para alcançar e, por este motivo, define quais recursos serão necessários para 
chegar ao resultado almejado. 
 Existem alguns aspectos em comum nas organizações, mas existe um 
que é essencial: toda e qualquer organização é formada de pessoas que a 
administram e uma depende da outra. As organizações estão inseridas na nossa vida 
e são essenciais a ela. As empresas servem aos indivíduos que fazem parte de uma 
sociedade, fornecem e preservam o conhecimento e proporcionam carreira. 
Segundo STONER (1999, p.5) a Administração já foi chamada como a arte de 
fazer coisas através de pessoas. Até hoje, nenhuma definição para a Administração 
foi universalmente aceita, pois as definições mudam com o passar do tempo. Para 
este autor, a Administração é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar os 
esforços realizados pelos membros da organização e o uso de todos os outros 
recursos organizacionais para alcançar os objetivos estabelecidos. Processo é algo 
sistemático e todos os administradores participam de alguma forma de processos 
sistemáticos. Entende-se por processo complexo quando ele é descrito como em 
séries separadas. Este tipo de descrição é conhecido como modelos. Segundo 
STONER (1999, p.5), modelo é uma simplificação do mundo real, usado para 
demonstrar relacionamentos complexos em termos fáceis de serem entendidos. 
Quando falamos em planejar, organizar, direcionar e controlar, estamos nos referindo 
a um modelo que foi desenvolvido pela Administração no século XIX e que ainda é 
usado hoje. Portanto, o modelo no processo administrativo é: planejamento, 
organização, direção e controle. Só que, na prática, este modelo não acontece 
 
 12 
sozinho, e sim de forma interativa, onde todos os passos interagem no processo 
administrativo. 
Os administradores são pessoas responsáveis pelas principais atividades das 
organizações. Podem ser de primeira linha, gerentes médios ou operacionais. 
Em qualquer nível que se encontre um administrador, ele desenvolve as quatro 
funções do processo administrativo. Dependendo da forma em que está estruturada 
a organização, existem diferentes maneiras como os administradores exercem as 
funções do processo administrativo. Todo e qualquer administrador necessita das três 
habilidades técnicas identificadas pelo professor Robert L. Katz, que são: técnica, 
humana e conceitual. 
Para que a organização alcance seus objetivos, os administradores assumem 
diferentes papéis: 
a) interpessoal: o relacionamento do administrador com as pessoas deve ser 
profissional, alheio a qualquer sentimento; 
b) informacional: deve conhecer tudo o que se passa à sua volta, coletar e 
repassar todas as informações necessárias para que ações sejam tomadas; 
c) decisório: de posse das informações necessárias, cabe ao administrador 
tomar a decisão. 
Um dos maiores desafios das organizações, hoje, é sobreviver em um mundo 
globalizado e altamente competitivo, onde não existe lugar para empresas medianas 
ou ruins. Outro desafio é identificar e satisfazer de maneira lucrativa e melhor do que 
o concorrente as necessidades dos consumidores, pois cada vez mais os 
consumidores estão ficando cônscios de seus direitos e mais exigentes quantoà 
qualidade dos produtos e/ou serviços a eles prestados. Para vencer esta grande 
guerra num mundo globalizado e competitivo, os administradores precisam ter visão, 
ética, respeitar a diversidade cultural, se adaptar a ela e necessitam de treinamento 
consistente. 
 
 
 
 
 13 
Exercícios 
CAPÍTULO I - A ORIGEM DA ADMINISTRAÇÃO 
 
 
1. A Administração recebeu influências de diversas áreas do conhecimento 
humano. Marque a área que mais contribuiu para o desenvolvimento da 
Administração Organizacional. 
a) ( ) Os gregos 
b) ( ) Igreja Católica 
c) ( ) Militar 
d) ( ) Socialismo 
 
 
2. Karl Marx (1818-1883) foi autor da teoria da origem do Estado e afirma que 
todos os fenômenos históricos são produto das relações 
a) ( ) pessoais entre os homens 
b) ( ) econômicas entre os homens. 
c) ( ) religiosas entre os homens 
d) ( ) comerciais entre os homens 
 
 
3. Contemporaneamente, administração não é somente relacionado ao governo 
ou à condução de uma empresa, e sim a todas as atividades que envolvem 
a) ( ) planejamento, organização, direção e controle 
b) ( ) planejamento, hierarquia, comando e liderança 
c) ( ) planejamento, estrutura, produção e negociação 
d) ( ) planejamento, relacionamento, produção e controle 
 
 
 
 14 
4. Quando você lê este texto, você tem certeza de que trata-se do processo 
administrativo clássico: “Neste plano ocorre a definição objetivos, atividades e 
recursos. Nesta etapa são definidos antecipadamente o que se deve fazer e 
quais os objetivos que devem ser atendidos” 
a) ( ) Planejamento 
b) ( ) Organização 
c) ( ) Direção 
d) ( ) Controle 
 
5. Segundo CHIAVENATO (1989, p.4) a Administração surgiu em resposta a 
duas consequências: 
1. Crescimento acelerado e desorganizado das empresas; 
2. Necessidade de maior eficiência e produtividade das empresas. 
Essas consequências foram provocadas pela 
a) ( ) Pela Revolução dos 100 anos 
b) ( ) Pela Revolução Francesa 
c) ( ) Pela Revolução Industrial 
d) ( ) Pela Segunda Grande Guerra Mundial 
 
6. Existem alguns aspectos em comum nas organizações, mas existe um que é 
essencial: 
A. É formada de pessoas 
B. É formada de recursos materiais 
C. É formada de recursos financeiros 
Marque a alternativa correta 
a) ( ) Somente A está correta 
b) ( ) Somente B está correta 
c) ( ) Somente C está correta 
d) ( ) Todas estão corretas 
 
 
 15 
7. Para que a organização alcance seus objetivos, os administradores assumem 
diferentes papéis. Ao ler esta descrição “deve conhecer tudo o que se passa à 
sua volta, coletar e repassar todas as informações necessárias para que ações 
sejam tomadas” você sabe que trata-se do papel: 
a) ( ) Interpessoal 
b) ( ) Informal 
c) ( ) Decisório 
d) ( ) Nenhum dos acima 
 
8. Para que a organização alcance seus objetivos, os administradores assumem 
diferentes papéis. Ao ler esta descrição “de posse das informações 
necessárias, cabe ao administrador tomar a decisão” você sabe que trata-se 
do papel: 
a) ( ) Interpessoal 
b) ( ) Informal 
c) ( ) Decisório 
d) ( ) Nenhum dos acima 
 
 
 16 
CAPÍTULO II - TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO 
As teorias nos ajudam a entender processos essenciais. Para STONER (1999, 
p.22) teoria é um conjunto coerente de pressupostos elaborado para explicar as 
relações entre dois ou mais fatos observáveis. A teoria é aquela que embasa todas as 
nossas ações dentro da organização e sobre todos os seus processos. Todas as 
teorias da Administração são produto do ambiente e das forças sociais, econômicas, 
políticas, tecnológicas e culturais. Situações de nosso dia-a-dia são bem claras nas 
teorias administrativas, pois em cada situação vemos a relação com as teorias. É 
importante salientar que não existe uma teoria, modelo ou padrão para os 
acontecimentos, e a teoria que é eficaz em um determinado lugar pode não ser eficaz 
em outro determinado local. 
Ao passo da evolução da humanidade, surgiu a necessidade clara de se 
administrar este processo complexo em que foi se transformando. O desenvolvimento 
de teorias de Administração para tornar o processo mais fácil data de anos recentes, 
dos séculos XVIII e XIX. Estas teorias foram criadas devido à necessidade de planejar, 
organizar, direcionar e controlar o processo administrativo. 
2.1 - Escola Clássica 
No campo específico da administração das empresas, coube a dois 
engenheiros o lançamento dos fundamentos de uma Teoria Geral da Administração, 
dando origem à chamada Escola Clássica da Administração. 
O primeiro deles foi o norte-americano Frederick Taylor (1856/1915), com sua 
obra “Shop Management” (Gerência de Fábrica), lançada em 1903, que teve uma 
repercussão enorme nos meios acadêmicos e empresariais. O segundo, grego de 
nascimento, porém educado na França, foi o conhecido engenheiro Henri Fayol 
(1841/1925), com seu trabalho “Administracion Industrielle et Generale” 
(Administração Industrial e Geral), publicado em 1916, e que, como o livro de Taylor, 
ganhou um prestígio extraordinário. 
Do ponto de vista didático, costuma-se dividir a Escola Clássica ou Teoria 
Clássica da Administração em dois grupos: o primeiro grupo, encabeçado por F. 
Taylor, chamado “Administração Científica”; e o segundo, liderado por H. Fayol, 
denominado “Teoria Clássica da Administração”. 
 
 17 
Assim, a abordagem clássica da Administração cobre duas áreas distintas: a 
operacional, de Taylor, com ênfase nas tarefas; e a administrativa, de Fayol, com 
ênfase na estrutura organizacional. 
2.2 - Administração Científica 
Esta teoria surgiu da necessidade de aumentar a produtividade, no início do 
século passado, e preocupava-se principalmente com a organização das tarefas, com 
a racionalização do trabalho. E consiste em que os administradores podem determinar 
cientificamente a melhor maneira para realizar uma determina atividade e/ou tarefa. 
Esta teoria trabalha para aumentar a eficiência da mão-de-obra. 
Os princípios da administração científica se basearam na estrutura formal e nos 
processos da organização. Nessa perspectiva as pessoas eram vistas como 
ferramentas de produção, e eram meramente meios para alcançar a eficiência para a 
organização. Nessa escola, os classicistas tiravam toda a importância do fator 
humano, principalmente porque eles, implicitamente, acreditavam que as pessoas 
deveriam estar sob um sistema de autoridade. 
Na administração científica a unidade fundamental era a função e a construção 
de uma estrutura formal requerida, onde o foco inicial era o estabelecimento dos 
objetivos e a seguir a divisão do trabalho em unidades operacionais simples (tarefas 
de baixa complexidade) dentro de um sistema coordenado (racionalização do 
trabalho) 
Desta maneira, Frederick W. Taylor, Henry L. Gantt, Frank Gilbreth e Lillian 
Gilbreth criaram os princípios da administração científica. Ainda podemos considerar 
como um dos principais criadores dessa corrente de pensamento administrativo Henry 
Ford. 
Frederick Winslow Taylor (1856-1915), era engenheiro e é considerado o pai 
da administração científica, porque aos 18 anos, como empregado de uma fábrica de 
bombas hidráulicas, observou o que considerava uma má administração, pois via o 
“corpo mole” dos funcionários e as relações de má qualidade entre os trabalhadores 
e os gerentes. 
Ao ingressar numa siderúrgica (Midvale Steel Co), observou os problemas de 
operações fabris, tais como: 
 
 18 
1. A administração não tinha noção clara da divisão de suas 
responsabilidades com o trabalhador; 
2. Não haviaincentivos para melhorar o desempenho do 
trabalhador; 
3. Muitos trabalhadores não cumpriam suas responsabilidades; 
4. As decisões dos administradores baseavam-se na intuição e no 
palpite; 
5. Não havia integração entre os departamentos da empresa; 
6. Os trabalhadores eram colocados em tarefas para as quais não 
tinham aptidão; 
7. Os gerentes pareciam ignorar que a excelência no desempenho 
significaria recompensas tanto para eles próprios quanto para a mão-de-
obra; 
8. Havia conflitos entre capatazes e operários a respeito da 
quantidade da produção. 
Taylor, a partir da observação do trabalho dos operários, deu início aos seus 
estudos construindo sua teoria de baixo para cima (observando primeiros os 
operários), e das partes para o todo; dando ênfase na tarefa. Desta forma ele buscava 
o maior rendimento do serviço do operariado, nessa época, desqualificado e tratado 
com desleixo pelas empresas. 
Partindo dessas considerações, ele baseou seu sistema no estudo de tempos 
e movimentos, cronometrando os tempos e movimentos de operários siderúrgicos. 
Criou também os sistemas de tarifas diferenciadas, onde o empresário remunerava 
seus funcionários por desempenho. A teoria de tempos e movimentos de Taylor 
aumentava a produtividade assustadoramente, tornando os processos mais eficientes 
e rápidos; desta maneira, trabalhadores e sindicatos começaram a se opor a esta 
teoria, pois, com o aumento na produtividade e maior eficiência, acabariam os 
trabalhos disponíveis, causando assim demissões. Segundo STONER (1999, p.25), 
Taylor baseou sua filosofia em pilares: 
 O desenvolvimento de uma verdadeira ciência da administração, 
de modo que pudesse ser determinado o melhor método para realizar cada 
 
 19 
tarefa, eliminando movimentos inúteis, de forma que o operário executasse 
mais simples e rapidamente a sua função, afim de que as atividades fossem 
feitas em um tempo menor e com qualidade, aumentando a produção de forma 
eficaz. Criou nesta etapa a noção de tempo médio de produtividade; 
 A seleção científica dos trabalhadores, de modo que cada um 
deles ficasse responsável pela tarefa para a qual fosse mais bem habilitado. 
Cada um se especializaria e desenvolveria as atividades em que mais tivessem 
aptidões; 
 A educação e o desenvolvimento científico do trabalho: as tarefas 
passam a ser desenhadas. São especificados os conteúdos das tarefas de uma 
função, como executar e as relações com os demais cargos existentes; 
 A cooperação íntima e amigável entre a administração e os 
trabalhadores. Os operários são supervisionados por supervisores 
especializados, e não por uma autoridade centralizada. 
 Incentivos salariais e prêmios por produtividade. Uma novidade 
no mercado de trabalho daquela época; 
 As condições de trabalho (conforto do operário e o ambiente 
físico) ganham valor; 
 Padronização: aplicação de métodos científicos para obter a 
uniformidade e reduzir os custos 
 Estudo sobre a fadiga humana, acidentes, doenças e aumento da 
rotatividade de pessoal que predispõe o trabalhador à diminuição da 
produtividade e perda de qualidade dos produtos. 
Ainda de acordo com Chiavenato, Taylor afirmava que o sucesso desses 
princípios exigia uma completa revolução mental por parte da Administração e dos 
trabalhadores. Com isso a produção aumentaria, crescendo assim os lucros. 
Princípios da Administração Científica 
Taylor definiu 4 princípios científicos para a administração das empresas. São 
eles: 
1. Princípio do planejamento - consiste em substituir o critério individual do 
operário, a improvisação e o empirismo por métodos planejados e testados. 
 
 20 
2. Princípio da preparação dos trabalhadores - os trabalhadores são 
selecionados cientificamente de acordo com suas aptidões, preparados e treinados 
para produzirem mais e melhor. Faz parte ainda dessa etapa, a preparação das 
máquinas e equipamentos em um arranjo físico e disposição racional. Tem que levar 
em conta o estudo das tarefas ou dos tempos e movimentos e a lei da fadiga. 
3. Princípio do controle - Consiste em controlar o trabalho para se certificar de 
que o mesmo está sendo executado de acordo com o método estabelecido e segundo 
o plano de produção. 
4. Princípio da execução - Um dos princípios mais importantes da 
administração científica de Taylor. As atribuições e as responsabilidades são 
distintamente distribuídas, para que a execução do trabalho seja o mais disciplinado 
possível. Cabe a administração se concentrar nas tarefas estratégicas e de grande 
importância, deixando as tarefas padronizadas e de rotina para o pessoal operacional. 
Características da Administração Científica: 
Ciência em lugar do empirismo; 
Harmonia em vez de discórdia; 
Cooperação, não-individualismo; 
Máxima produção e não- restrição de produção; 
Desenvolvimento de cada homem para a sua máxima eficiência e prosperidade 
Henry Ford foi outro pilar da administração científica. O Fordismo é um modelo 
de produção em massa que revolucionou a indústria automobilística da sua época. A 
empresa na visão de Ford, do mesmo modo que na de Taylor, divide-se em dois níveis 
distintos planejamento e execução: 
1. Planejamento - os técnicos elaboram os métodos e o próprio trabalho; 
2. Execução – os operários só efetuam o trabalho que lhes é levado às 
mãos. 
Três aspectos suportam o sistema Ford: 
 A progressão do produto através do processo produtivo é 
planejada, ordenada e contínua; 
 
 21 
 O trabalho é entregue ao trabalhador em vez de deixá-lo com a 
iniciativa de ir buscá-lo; 
 As operações são analisadas em seus elementos constituintes. 
 
Uma análise desses aspectos do pensamento de Ford, podemos verificar que 
ele não preocupava com o aperfeiçoamento dos processos técnicos do trabalho. Não 
estava interessado nas interrelações corpo-mente dos trabalhadores no trabalho, 
assim como também não se esforçava para organizar racionalmente a indústria como 
um todo, nem estava preocupado em estudar os reflexos e interações do individual e 
do coletivo. 
Princípios de Ford 
O modelo administrativo de Ford se caracteriza pelo trabalho dividido, repetido, 
contínuo, baseando-se principalmente nos princípios, da intensificação, da 
economicidade e da produtividade: 
 
a. Princípio da intensificação: consiste em diminuir o tempo 
de produção com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria-
prima e a rápida colocação do produto no mercado. 
b. Princípio da economicidade: consiste em reduzir ao mínimo 
o volume do estoque da matéria prima em transformação. 
c. Princípio de produtividade: consiste em aumentar a 
capacidade de produção do homem no mesmo período através da 
especialização da linha de montagem 
 
Henry L. Gantt reconsiderou o sistema de incentivos criado pelo sistema 
taylorista. Ele excluiu o sistema de tarifas diferenciadas, pois acreditava que tinha um 
impacto muito pequeno na motivação dos trabalhadores. A teoria de Gantt é utilizada 
hoje na Coca-Cola Company. Se os vendedores atingirem uma determinada cota de 
vendas, receberão uma bonificação. O supervisor de mercado recebe bonificações se 
cada vendedor sob sua supervisão atingir a meta. E, por fim, o diretor recebe 
bonificações se cada supervisor sob sua direção atingir as metas. Este tipo de teoria 
estimula todos a alcançarem os objetivos propostos. Gantt acrescentou outras duas 
 
 22 
ferramentas no seu sistema, em que ele avaliava publicamente cada operário, através 
de um gráfico de desempenho diário. Outra ferramenta utilizada foi o sistema de 
gráficos para a programação da produção. 
Frank B. Gilbreth e Lillian M. Gilbreth trabalharam com estudosde fadiga e de 
movimentos. Lillian abordou, além de estudos de fadiga e movimentos, o trabalho 
como meio de promoção do bem-estar individual de cada operário. Segundo Frank B. 
Gilbreth, fadiga e movimentos estão intimamente interligados, e cada movimento que 
fosse reduzido nos movimentos necessários para a produção, reduziria a fadiga. Os 
autores desenvolveram o plano de três posições. 
A Teoria da Administração Científica é largamente utilizada em muitas 
empresas globais, entre elas McDonald’s e Habbib’s. As referidas empresas 
trabalham com linha de montagem de seus sanduíches e conseguiram mostrar que 
qualquer atividade pode ser realizada de uma maneira mais eficiente e racional, e que 
o desenvolvimento científico de seus funcionários tem forte influência sobre o 
processo. 
Este modelo tem suas limitações, pois tornam as pessoas bitoladas em um 
processo. O funcionário não sabe fazer outra coisa, senão aquilo que foi estabelecido 
pelo processo. No caso do McDonald’s, é um processo sistemático que pode se tornar 
prejudicial, pois se um cliente quiser um Big Mac com pão integral o funcionário não o 
faz, pois este procedimento de trocar o pão normal por pão integral não está no 
processo. Portanto, a empresa cai no erro de não satisfazer as necessidades de seus 
consumidores. 
 2.3 - Teoria Clássica Da Administração 
Esta teoria defendia a estrutura organizacional da empresa, com a 
departamentalização e com o processo administrativo. Para STONER (1999, p.27), a 
Teoria Clássica surgiu da necessidade de encontrar as linhas mestras para 
administrar organizações complexas como as fábricas. Vários foram os pensadores 
que contribuíram para esta teoria clássica. 
A Teoria Clássica da Administração foi formulada por Henri Fayol (1841-
1925), que é considerado o pai da administração moderna e é o principal 
representante da teoria clássica. Seus estudos caracterizam-se pela ênfase na 
 
 23 
estrutura organizacional, pela visão do Homem Econômico e pela busca da máxima 
eficiência. 
Fayol formulou um conjunto de “princípios de administração geral” que ele 
considerava úteis para toda situação administrativa, qualquer que fosse o tipo ou o 
ramo da empresa. Ele defendia que a prática administrativa era sistemática e por isso 
poderia ser identificada e analisada. A sua preocupação era aumentar a eficiência da 
empresa através de sua organização e da aplicação de princípios gerais de 
Administração. Segundo STONER (1999, p.27), Fayol acreditava que, com previsão 
científica e métodos adequados de Administração, os resultados satisfatórios eram 
inevitáveis. Fayol se preocupava com a organização como um todo e dividiu as 
operações da organização em seis atividades: técnica, comercial, financeira, 
segurança, contábil e administrativa. 
Seu trabalho é complementar ao de Taylor, pois ambos procuravam a melhoria 
administrativa por diferentes caminhos de análise. Nos seus escritos Fayol separou a 
habilidade administrativa do conhecimento tecnológico, fez uma lista inicial de 
princípios, tais como unidade de comando, cadeia hierárquica de comando, 
separação de poderes, centralização e ordem. 
As funções básicas da empresa: 
A doutrina administrativa de Fayol tinha por objetivo facilitar a gerência de 
empresas de qualquer tipo: industriais, públicas, religiosas ou militares. Fayol 
defendeu que o conjunto de atividades de todas empresas pode ser dividido em seis 
funções, a saber: 
1. Funções Técnicas: relacionadas com a produção, fabricação, 
transformação de bens ou de serviços da empresa. 
2. Funções Comerciais: relacionadas com transações de compra, venda e 
permutação. 
3. Funções Financeiras: relacionadas com a captação e bom uso do capital. 
4. Funções de Segurança: relacionadas com proteção e preservação dos 
bens e das pessoas. 
5. Funções Contábeis: relacionadas com os controles e registros como 
inventários, balanços, custos e estatísticas. 
 
 24 
6. Funções Administrativas: integração de todas as operações da 
organização. As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções 
da empresa. 
Para Fayol administrar era: prever, organizar, comandar, coordenar e 
controlar. Para ele são funções do administrador: 
1. Previsão – Tentativa de avaliar o futuro por meio de um plano e fazer 
previsões para realizar este plano; 
2. Organização – Mobilização dos recursos humanos e materiais para 
transformar o plano em ação; 
3. Comando – Estabelecer orientações para os empregados e obter as 
coisas feitas; 
4. Coordenação – Obtenção da unificação e harmonia de todas as 
atividades e esforços; 
5. Controle – Verificação de que as coisas aconteçam em conformidade 
com as regras estabelecidas e expressas pelo comando. 
A esse conjunto de funções podemos chamar de processo administrativo: são 
localizáveis no trabalho do administrador em qualquer nível ou área de atividade da 
empresa. Em outros termos, cada gestor da organização desempenha a atividades 
de previsão, organização, comando, coordenação e controle, como atividades 
administrativas essenciais. 
Os 14 Princípios Gerais Da Administração 
Os princípios gerais de administração sugeridos por Henri Fayol são ainda úteis 
na prática administrativa contemporânea. São as regras básicas de conduta do 
administrador para conduzir a direção. Constituem a base da ciência da 
administração. São eles: 
1. Divisão de trabalho – entre grupos e indivíduos, para garantir que esforço 
e atenção estejam focados em porções especiais da tarefa. Seria para Fayol, a melhor 
maneira de usar os recursos humanos da organização; 
2. Autoridade e Responsabilidade – são faces de uma mesma moeda: 
autoridade implica no direito de dar ordens e o poder para obter a exata obediência 
 
 25 
do trabalhador e responsabilidade corresponde a responder pelo poder e capacidade 
de dar as ordens; 
3. Disciplina – implica obediência, aplicação, comportamento e respeito aos 
acordos estabelecidos; 
4. Unidade de Comando – os trabalhadores nas organizações deveriam 
receber ordens de um único superior (diretor, gerente ou chefe) somente, para evitar 
conflitos e mal-entendidos; 
5. Unidade de Direção – a organização toda deveria estar se movendo em 
direção a um objetivo comum, numa direção comum; 
6. Subordinação do interesse individual ao interesse geral – os interesses 
da organização como um todo sobrepõem se aos interesses de uma pessoa (ou 
grupo); 
7. Remuneração do Pessoal – o pagamento deveria ser justo e deve 
recompensar bom desempenho; 
8. Centralização – os graus de centralização/descentralização adotados 
dependem de cada organização específica na qual o “gerente” está trabalhando; 
9. Cadeia Escalar ou Hierarquia – conhecida por linha de autoridade, significa 
que certa quantidade de autoridade correspondente à uma posição hierárquica; 
10. Ordem – todos os materiais e pessoas relacionadas a um tipo específico 
de trabalho deveriam ser designados à mesma localização geral na organização. Um 
lugar para cada um, cada um no seu lugar; 
11. Equidade – todos os empregados devem ser tratados o mais “igualmente” 
possível; 
12. Estabilidade do pessoal no cargo – a retenção dos trabalhadores mais 
produtivos deve ter alta prioridade da administração. O “turnorver” gera custos de 
recrutamento e seleção, bem como de defeitos; 
13. Iniciativa – toda iniciativa do trabalhador deve ser encorajada; 
14. Espírito de equipe – os administradores deveriam enfatizar a harmonia e 
a boa vontade geral entre os empregados, como grandes forças da organização. 
 
 26 
Henri Fayol, a respeito dos princípios gerais da administração, ressaltou: “Não 
existe nada rígido ou absoluto, quandose trata de problemas da administração; é tudo 
uma questão de proporção”. 
Críticas à Teoria Clássica 
1. Obsessão pelo comando - Tendo como ótica a visão da empresa a partir 
da gerência administrativa, Fayol focou seus estudos na unidade do comando, 
autoridade e na responsabilidade. Em função disso, é visto como obcecado pelo 
comando. 
2. A empresa como sistema fechado - A partir do momento em que o 
planejamento é definido como sendo a pedra angular da gestão empresarial, é difícil 
imaginar que a organização seja vista como uma parte isolada do ambiente. 
3. Manipulação dos trabalhadores - Bem como a Administração Científica, 
fora tachada de tendenciosa, desenvolvendo princípios que buscavam explorar os 
trabalhadores. 
 Max Weber desenvolveu a Teoria da Administração Burocrática. Ele defendia 
a necessidade de hierarquia bem definida e a divisão do trabalho deveria estar bem 
clara e explicitada. Este tipo de estrutura é aquela utilizada na Coca-Cola Company. 
Muitas teorias clássicas sobreviveram até hoje, entre elas o conceito de habilidades 
dos administradores e os conceitos do comportamento administrativo eficaz. Alguns 
críticos defendem que a teoria clássica é inadequada, pois não se adapta a um 
ambiente globalizado, competitivo e turbulento e que esta teoria é adequada a 
ambientes estáveis e previsíveis, aspectos que não são vistos hoje. 
Mary Parker Follett defendia que a pessoa tinha que fazer parte de um grupo, 
e que as pessoas compartilham algo em comum quando fazem parte de uma 
organização. 
Chester L. Barnard desenvolveu a teoria sobre a vida nas organizações, estudo 
esse baseado em sua experiência profissional e em estudos de Sociologia e Filosofia. 
Barnard defende que o todo deve ser maior que a soma das partes, ou seja, que a 
sinergia deve ser positiva, onde as pessoas juntas alcançam objetivos que não 
aconteceria se estivessem separadas. Segundo STONER (1999, p.29), Barnard 
afirma que uma empresa só pode operar com eficiência e sobreviver quando os 
 
 27 
objetivos da organização são mantidos em equilíbrio com os objetivos e as 
necessidades dos indivíduos que para ela trabalham. 
2.4 - Abordagem Humanística Da Administração 
2.4.1 - Teoria Das Relações Humanas 
A Escola Comportamental surgiu por volta do ano de 1940. Surgiu devido à 
ineficiência da administração científica em relação à produção e à harmonia no local 
de trabalho. Preocupava-se com as pessoas, com os grupos sociais e com a 
organização informal. Esta escola lida mais com o lado humano nas organizações, 
isto é, com as relações humanas dentro das organizações. Segundo STONER (1999, 
p.30) o termo relações humanas é frequentemente usado para descrever o modo 
como os administradores interagem com seus subordinados. Dentro de uma 
organização podemos ter dois tipos de relações humanas: eficazes e ineficazes. 
O estudo das relações humanas data do início da década de 1920 ao início da 
década de 1930. Esta teoria foi desenvolvida a partir de estudos realizados na 
Western Electric Company, e passou a ser conhecida como as experiências de 
Hawthorne, pois foi desenvolvida numa fábrica da Western Electric Company, na 
cidade de Hawthorne. O referido estudo tinha como objetivo verificar a relação 
existente entre o nível de iluminação no local de trabalho e a produtividade dos 
operários. Durante o estudo, foram trocadas várias variáveis, além da iluminação, para 
verificar a influência das variáveis na produtividade dos operários. Os resultados foram 
ambíguos. 
Foi um movimento de resposta contrária à Abordagem Clássica da 
Administração, considerada pelos trabalhadores e sindicatos como uma forma 
elegante de explorar o trabalho dos operários para benefício do patronato. Essa alta 
necessidade de se humanizar e democratizar a Administração nas frentes de trabalho 
das indústrias aliado ao desenvolvimento das ciências humanas – psicologia e 
sociologia, dentre outros – e as conclusões da Experiência de Hawthorne fez brotar a 
Teoria das Relações Humanas. A partir dessa experiência, novas variáveis são 
acrescentadas ao já enriquecido dicionário da administração: 
 A integração social e comportamento social dos empregados; 
 Atenção para novas formas de recompensa e sanções não-
materiais, levando em conta as necessidades psicológicas e sociais individuais; 
 
 28 
 Pesquisa e estudos das chamadas - organização formal e dos 
grupos informais existentes nas organizações; 
 A ênfase nos aspectos emocionais e não-racionais do 
comportamento das pessoas; 
 A importância do conteúdo dos cargos e tarefas para as pessoas. 
Até o surgimento da Teoria das Relações Humanas, ou Escola das Relações 
Humanas, o trabalhador era tratado pela Teoria Clássica de forma muito mecânica, 
desumanizada. Este novo modo de pensar a administração, busca conhecer as 
atividades e sentimentos dos trabalhadores e estudar a formação de grupos. Deste 
modo, ocorre uma mudança de foco sobre o trabalhador: ele passa de homos 
economicus para homos social. 
A Teoria das Relações Humanas tem suas origens nos seguintes fatos: 
1. Da necessidade de se humanizar e democratizar a Administração, 
libertando-a dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e adequando-a 
aos novos padrões de vida do povo americano. 
2. Do desenvolvimento das ciências humanas, principalmente a psicologia, bem 
como sua crescente influência intelectual e suas primeiras aplicações à organização 
industrial. 
3. Das ideias da filosofia pragmática dos cientistas sociais e da Psicologia 
Dinâmica de Kurt Lewin. 
4. Das conclusões da Experiência de Hawthorne, realizada entre 1927 e 1932, 
sob a coordenação de Elton Mayo, que puseram em xeque os principais postulados 
da Teoria Clássica da Administração. 
 Elton Mayo e seus colegas da Haward Business School foram os pioneiros no 
uso do método científico em seus estudos sobre as pessoas no ambiente de trabalho 
e concluíram que uma cadeia complexa havia interferido na produtividade dos 
operários. Eles verificaram que os resultados da experiência eram prejudicados por 
variáveis de natureza psicológica. A partir daí eles tentaram eliminar ou neutralizar o 
fator psicológico, então estranho e impertinente e chegaram à conclusão de que não 
é somente uma variável que altera a produtividade dos operários, mais sim um 
conjunto de variáveis interligadas. Segundo STONER (1999, p.31), Elton Mayo e seus 
 
 29 
colegas concluíram que os empregados trabalhariam mais, caso acreditassem que a 
administração estava preocupada com o seu bem-estar e que os supervisores 
prestavam atenção especial a eles. Portanto, foi a partir deste estudo de Elton Mayo 
que se criou o conceito de homem social. 
Com esta abordagem das relações humanas, redescobriu-se um antigo 
conceito de Robert Owen, de que as pessoas são máquinas vitais que produzem 
dividendos, além de somente produtos. Portanto, esta teoria foca mais o lado humano 
do que o lado técnico. 
Críticas à Teoria das Relações Humanas 
As principais críticas a essa escola é de que ela apresenta uma visão 
inadequada dos problemas de relações industriais, limitação no campo experimental 
e parcialidade nas conclusões levaram gradualmente a teoria a um certo descrédito. 
A concepção ingênua e romântica do operário e a ênfase exagerada nos grupos 
informais colaboraram rapidamente para que esta teoria fosse repensada. O seu 
enfoque manipulativo e certamente demagogo não deixou de ser descoberto e 
identificado pelos operários e seus sindicatos. 
Até hoje é causa de debates e confusão, pois o modelo de Elton Mayo não 
conseguia descrever o homem no local de trabalho, e que o nível de satisfação não 
acompanhaproporcionalmente o nível de produtividade. Depois que Elton Mayo e 
seus colegas desenvolveram a abordagem das relações humanas, surgiram alguns 
pesquisadores que utilizavam métodos sofisticados e ficaram conhecidos como 
cientistas do comportamento. Entre os cientistas do comportamento estão Argyris, 
Maslow, McGregor e Herzberg. 
2.4.2 - Teoria Comportamental 
Uma das mais famosas teorias de motivação foi desenvolvida por Abhram 
Maslow. Ele desenvolveu a teoria de que a satisfação dos desejos e necessidades 
motiva o ser humano a buscar o objetivo de autorrealização. A abordagem da 
hierarquia de necessidades de Maslow se baseia em quatro premissas: 
1) Todos os seres humanos adquirem um conjunto semelhante de motivos 
através de dotação genérica e de interação social; 
2) Alguns motivos são mais básicos ou fundamentais do que outros; 
 
 30 
3) Os motivos mais básicos têm que ser satisfeitos primeiro, e; 
4) À medida que os motivos mais básicos forem satisfeitos, surgirão os 
motivos mais avançados. 
Maslow propõe uma hierarquia de motivos compartilhados por todos. Quando 
se fala em motivos, não se pode deixar de mencionar o construto de Freud, 
envolvendo os três componentes mais básicos do indivíduo: o id, o ego e o superego. 
O id é o reino dos instintos, dos impulsos mais básicos do indivíduo. Como parte 
desses impulsos são antissociais, é necessário que haja um controlador para eles. Tal 
é a tarefa do ego. O ego é o dirigente das atividades realizadas pelo indivíduo em 
suas rotinas diárias, assegurando que seu comportamento seja socialmente aceitável. 
O superego, enfim, é o sensor do comportamento do indivíduo, avaliando, julgando e 
punindo a violação das normas de conduta. Os motivos das ações humanas, mesmo 
aqueles tão simples, como a fome, encontram-se associados a cada um desses níveis 
na estrutura da personalidade. No que se refere ao comportamento de compra, 
podem-se associar determinados motivos a cada um destes níveis. A compra de 
produtos de status está, muitas vezes, associada à atuação do superego. 
Segundo Maslow, as pessoas têm necessidades que precisam ser satisfeitas; 
estas necessidades estão elencadas numa hierarquia, e as pessoas só podem subir 
na hierarquia para a necessidade número dois se primeiro elas tiverem satisfeito a 
necessidade número um. Na base desta hierarquia estão as necessidades fisiológicas 
e de segurança e no topo da hierarquia estão as necessidades do ego e as de 
autorrealização. O que Maslow propunha, é que as necessidades da base necessitam 
ser satisfeitas para se atender às necessidades do topo da hierarquia. 
Maslow tentou explicar, em seus ensaios científicos, porque as pessoas são 
dirigidas por certas necessidades e afirmou que o que motiva as pessoas a agir são 
as necessidades não atendidas. Ele hierarquizou as necessidades humanas, e essa 
hierarquia parte das necessidades mais urgentes às menos urgentes. A hierarquia 
das necessidades de Maslow é distribuída segundo a figura abaixo: 
 
 31 
 
 
De acordo com a teoria, as pessoas tentam primeiro satisfazer as necessidades 
da base da hierarquia. Somente quando estas necessidades são satisfeitas, as 
pessoas movem-se para o atendimento das necessidades de categorias superiores. 
Maslow não distingue entre necessidades e desejos. De acordo com essa distinção, 
somente os dois primeiros níveis – fisiológico e segurança – são necessidades, ao 
passo que os últimos três são desejos. 
Frederick Herzberg desenvolveu uma teoria de dois fatores: fatores 
insatisfatórios e fatores satisfatórios. Para motivar a compra, os fatores de satisfação 
devem estar sempre presentes. As empresas devem estar atentas para dois aspectos 
muito importantes: devem evitar os fatores que causam insatisfação e identificar os 
fatores de satisfação ou motivadores dos consumidores. 
Muitas foram as contribuições que os cientistas comportamentais deram à 
Administração, e entre elas estão: compreensão da motivação, comportamento de 
grupos, relações no trabalho e muitas outras. Alguns autores acreditam que este 
campo do comportamento não foi investigado com profundidade suficiente e ainda há 
muito a pesquisar. 
[...] finalmente, uma vez que essas necessidades fisiológicas, 
de segurança, sociais e de estima sejam satisfeitas, as pessoas 
começam a explorar e a estender as fronteiras do seu potencial – 
Necessidades de autorrealização. 
Desenvolvimento pessoal e conquista. 
Necessidades de estima. 
Autoestima, reconhecimento, status. 
Necessidades sociais. 
Sentimento de posse, amor. 
Necessidades de segurança. 
Defesa, proteção. 
Necessidades fisiológicas. 
Comida, água, sexo. 
 
 32 
buscando autorrealização. Esse é o motivo pelo qual uma pessoa se 
empenha em atividades de auto melhoria, tais como fazer um curso 
de educação para adultos ou perseguir tenazmente as habilidades em 
busca da perfeição. (SHETH, 2001, p.147). 
2.4.3 - Escola Quantitativa 
A Escola Quantitativa trabalha com métodos quantitativos e conta com 
cientistas nas áreas de Matemática e Física. Esta escola foi desenvolvida pelos 
britânicos na Segunda Guerra Mundial. Com os métodos quantitativos desenvolvidos 
nesta escola, foram possíveis grandes avanços tecnológicos. Os britânicos também 
utilizavam os métodos quantitativos para criar estratégias durante a Segunda Guerra 
Mundial e eram formados por equipes de pesquisa operacional. Os americanos, 
copiando o grande modelo britânico, colocaram estes métodos nos primeiros 
computadores para efetuarem cálculos mais rápidos e precisos. 
Hoje existe uma vasta aplicação nas empresas da pesquisa operacional criada 
pelos britânicos e cada vez mais esta ferramenta se torna visível no uso 
organizacional. Segundo STONER (1999, p. 33), os procedimentos de PO foram 
formalizados no que hoje em dia é chamada de escola de Management Science. Ela 
proporciona bases para que os administradores possam tomar suas decisões. 
Estas escolas de pensamento da Administração, que foram apresentadas, não 
são ideias do passado, pois continuam a ter importância nos dias de hoje. 
2.5 - Estilos De Administração 
As organizações são dirigidas por pessoas – como presidentes, diretores, 
gerentes, supervisores – que possuem determinados estilos para lidar com os 
colaboradores. Assim a administração das organizações é fortemente condicionada 
esses estilos adotados que são influenciados pelas convicções que os 
administradores têm a respeito do comportamento humano na organização. Essas 
convicções moldam não apenas a maneira de conduzir as pessoas, mas também a 
maneira como se divide o trabalho e como se planejam, organizam e controlam as 
atividades. Assim, podemos definir dois estilos de administração: Teorias X e Y. 
McGregor, um dos mais famosos autores da Administração, ficou também 
conhecido pela sua obra The Human side of Enterprise, que explica bem as teorias X 
 
 33 
e Y, onde ele se preocupou em comparar dois estilos opostos e antagônicos de 
administração. 
Com base no estilo baseado na teoria tradicional, excessivamente mecanicista 
ele nominou como Teoria X e fundamentado nas concepções modernas a respeito do 
comportamento humano criou a denominada Teoria Y. 
2.5.1 - Teoria X 
Essa teoria apregoa um estilo de administração onde a fiscalização e o controle 
externo rígido, constituem mecanismos para neutralizar a desconfiança da empresa 
quanto às pessoas que nela trabalham e tem como premissa uma série de 
pressuposições errôneas acerca do comportamento humano. 
O administrador que conduz a empresa dentro deste estilo, tem como 
pressuposto: 
1. O homem é indolente e preguiçoso por natureza, ele evita o trabalho2. Falta-lhe ambição, não gosta de assumir responsabilidades. 
3. O homem é egocêntrico. 
4. A sua própria natureza o leva a resistir às mudanças. 
5. A sua dependência o torna incapaz de autocontrole e autodisciplina. 
Em função dessas concepções e premissas a respeito da natureza humana, a 
Teoria X reflete um estilo de administração duro, rígido e autocrático e que se limita a 
fazer as pessoas trabalharem dentro de certos esquemas e padrões previamente 
planejados. Fazendo lembrar os primórdios da teoria científica. 
Toda vez que um administrador impõe arbitrariamente e de cima para baixo um 
esquema de trabalho e passe a controlar externamente o comportamento de trabalho 
de seus subordinados, ele estará fazendo Teoria X. O fato de ele impor 
autocraticamente ou impor suavemente não faz diferença segundo McGregor. 
Segundo esta teoria o único estímulo para o trabalho é somente pelo salário, 
se o estímulo salarial não vem, o trabalho não sai. 
 
2.5.2 - Teoria Y 
 
 34 
É um estilo oposto à teoria X. 
O trabalho é uma coisa tão natural quanto o lazer e o descanso. Punições e 
ameaças não são as únicas formas de obter a cooperação e a participação do 
indivíduo. É a moderna concepção de administração, de acordo com a teoria 
comportamental. 
A teoria Y se baseia em concepções e premissas atuais e sem preconceitos a 
respeito da natureza humana. Nessa teoria o trabalho é visto como uma fonte de 
satisfação. A resistência existente no homem é resultado de experiências negativas. 
Não é natural. O trabalhador responde melhor quando passa a ter condições não só 
de assumir responsabilidades, mas também de procurar por mais responsabilidades 
em seu trabalho, ter autocontrole e autodisciplina para cumprir suas tarefas sem 
necessitar de constante supervisão. 
Segundo McGregor, a motivação, o potencial e a capacidade de assumir 
responsabilidades estão presentes em cada pessoa. A empresa, porém, precisa criar 
condições para que elas desenvolvam essas características. O procedimento para 
tanto consiste em criar oportunidades, dar vazão ao potencial e remover os 
obstáculos. 
A Teoria Y desenvolve um estilo de administração muito aberto e dinâmico, 
extremamente democrático, através do qual administrar é um processo de criar 
oportunidades, liberar potencialidades, remover obstáculos, encorajar o crescimento 
individual e proporcionar orientação quanto a objetivos. 
Pressuposições da Teoria X Pressuposições da Teoria Y 
As pessoas são preguiçosas e indolentes. 
As pessoas são esforçadas e gostam de 
ter o que fazer. 
As pessoas evitam o trabalho. 
O trabalho é uma atividade tão natural 
como brincar ou descansar. 
As pessoas evitam a responsabilidade, a fim 
de se sentirem mais seguras. 
As pessoas procuram e aceitam 
responsabilidades e desafios. 
 
 35 
As pessoas precisam ser controladas e 
dirigidas. 
As pessoas podem ser automotivas e 
autodirigidas. 
As pessoas são ingênuas e sem iniciativa. As pessoas são criativas e competentes. 
 
As Teorias criadas por Mc Gregor são reflexos de momentos históricos 
marcantes tanto na cultura, na economia, nos avanços tecnológicos e movimentos 
sociais de uma época onde não havia estudos específicos sobre o comportamento 
humano. Outras teorias foram criadas, mas o uso das teorias criadas por Mc Gregor 
em várias organizações é muito comum. Certamente não existe uma fórmula perfeita 
para se obter resultados positivos com os recursos humanos. Determinadas empresas 
que adotam a teoria X, muito embora as mesmas alcancem alguns objetivos, o nível 
de satisfação dos seus colaboradores fica seriamente comprometido; outra optam 
pelo modelo Y, sendo necessário esclarecer que não podemos confundir a teoria Y 
com liberdade excessiva ou falta de controle nas organizações 
EXERCÍCIOS 
CAPÍTULO II - TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO 
1. Podemos entender as teorias como sendo: 
A. Conjunto coerente de pressupostos elaborado para explicar as relações entre 
dois ou mais fatos observáveis. 
B. Elementos que embasam todas as nossas ações dentro da organização e 
sobre todos os seus processos. 
C. São produto do ambiente e das forças sociais, econômicas, políticas, 
tecnológicas e culturais. 
Marque a alternativa correta 
a) ( ) Somente A está correta 
b) ( ) Somente B está correta 
c) ( ) Somente C está correta 
d) ( ) Todas estão corretas 
 
 
 
 36 
2. Quando você lê este texto, você tem certeza de que trata-se do princípio 
administrativo de Taylor: “consiste em substituir o critério individual do 
operário, a improvisação e o empirismo por métodos planejados e testados” 
a) ( ) Princípio do Planejamento 
b) ( ) Princípio da Preparação dos trabalhadores 
c) ( ) Princípio do Controle 
d) ( ) Princípio da Execução 
 
3. Você ao ler um texto sobre administração encontrou essas 5 características: 
1. Ciência em lugar do empirismo; 
2. Harmonia em vez de discórdia; 
3. Cooperação, não-individualismo; 
4. Máxima produção e não- restrição de produção; 
5. Desenvolvimento de cada homem para a sua máxima eficiência e prosperidade 
Logo identificou as como sendo da ... 
a) ( ) Administração Clássica 
b) ( ) Administração Científica 
c) ( ) Princípios Gerais da Administração 
d) ( ) Nenhuma das acima 
 
4. Ford definiu 3 princípios científicos para a administração das empresas. São 
eles: 
A. Princípio da intensificação 
B. Princípio da economicidade 
C. Princípio da produtividade 
Marque a alternativa correta 
a) ( ) Somente A está correta 
b) ( ) Somente B está correta 
c) ( ) Somente C está correta 
d) ( ) Todas estão corretas 
 
 
 37 
5. A teoria Clássica da Administração defende: 
A. A estrutura organizacional da empresa, com a setorização e com o processo 
acumulativo 
B. A estrutura organizacional da empresa, com a departamentalização e com o 
processo administrativo 
C. A estrutura organizacional da empresa, com a descentralização e com o 
processo burocrático 
Marque a alternativa correta 
a) ( ) Somente A está correta 
b) ( ) Somente B está correta 
c) ( ) Somente C está correta 
d) ( ) Todas estão corretas 
 
6. Fayol defendeu que o conjunto de atividades de todas empresas pode ser 
dividido em seis funções. 
Identifique a qual função esta afirmativa se refere: Relacionadas com a captação e 
bom uso do capital 
a) ( ) Funções Financeiras 
b) ( ) Funções Segurança 
c) ( ) Funções Contábeis 
d) ( ) Funções Administrativas 
 
7. A Teoria Clássica sofreu várias críticas. Entre elas podemos destacar: 
A. Obsessão pelo comando 
B. A empresa como sistema fechado 
C. Manipulação dos trabalhadores 
Marque a alternativa correta 
a) ( ) Somente A está correta 
b) ( ) Somente B está correta 
c) ( ) Somente C está correta 
 
 38 
d) ( ) Todas estão corretas 
 
8. Segundo STONER (1999, p.30) o termo relações humanas é frequentemente 
usado para descrever o modo como os administradores interagem com seus 
subordinados. Dentro de uma organização podemos ter dois tipos de relações 
humanas: 
a) ( ) cooperativas e participativas 
b) ( ) eficazes e ineficazes 
c) ( ) hierárquicas e subordinadas 
d) ( ) Todas as acima. 
 
9. A Teoria das Relações Humanas tem suas origens nos seguintes fatos: 
A. Da necessidade de se humanizar e democratizar a Administração, libertando-
a dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e adequando-a aos 
novos padrões de vida do povo americano. 
B. Do desenvolvimento das ciências humanas, principalmente a psicologia, bem 
como sua crescente influência intelectual e suas primeiras aplicaçõesà 
organização industrial. 
C. Das ideias da filosofia pragmática dos cientistas sociais e da Psicologia 
Dinâmica de Kurt Lewin. 
D. Das conclusões da Experiência de Hawthorne, realizada entre 1927 e 1932, 
sob a coordenação de Elton Mayo, que puseram em xeque os principais 
postulados da Teoria Clássica da Administração. 
 Marque a alternativa correta 
a) ( ) Somente A e B estão corretas 
b) ( ) Somente B e C estão corretas 
c) ( ) Somente C e D estão corretas 
d) ( ) Todas estão corretas 
 
 
 
 39 
10. A abordagem da hierarquia de necessidades de Maslow se baseia em quatro 
premissas: 
A. Todos os seres humanos não adquirem um conjunto semelhante de motivos 
através de dotação genérica e de interação social; 
B. Alguns motivos são mais básicos ou fundamentais do que outros; 
C. Os motivos mais básicos não precisam ser satisfeitos primeiro, 
D. À medida que os motivos mais básicos forem satisfeitos, surgirão os motivos 
mais avançados. 
Marque a alternativa correta 
a) ( ) Somente A e C estão corretas 
b) ( ) Somente B e C estão corretas 
c) ( ) Somente B e D estão corretas 
d) ( ) Todas estão corretas 
 
11. Quando você lê esta afirmativa “Sentimento de posse, amor” sobre as 
necessidades de Maslow, você tem certeza de que trata-se da .... 
a) ( ) Necessidades de estima 
b) ( ) Necessidades sociais 
c) ( ) Necessidades de segurança 
d) ( ) Necessidades fisiológicas 
 
12. McGregor, um dos mais famosos autores da Administração, ficou também 
conhecido pela sua obra The Human side of Enterprise, que explica bem suas 
teorias. Esta afirmativa “ a fiscalização e o controle externo rígido, constituem 
mecanismos para neutralizar a desconfiança da empresa quanto às pessoas 
que nela trabalham e tem como premissa uma série de pressuposições 
errôneas acerca do comportamento humano” está relacionada com a teoria ... 
a) ( ) Z 
b) ( ) Y 
c) ( ) X 
d) ( ) K 
 
 
 40 
CAPÍTULO III - A EVOLUÇÃO DA TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO 
 
As principais escolas de pensamento da Administração estão dando, nos dias 
de hoje, importante contribuição para a evolução da Administração, pois todas as 
ações que uma empresa toma em um mercado têm relação com alguma teoria das 
escolas. Hoje, as teorias atuais na Administração pegam ideias e conceitos das 
escolas para gerar seus próprios conceitos. 
[...] é impossível prever o que as gerações futuras vão estudar, 
mas atualmente podemos identificar pelo menos três perspectivas 
adicionais sobre a teoria da Administração que se tornarão 
importantes: a abordagem sistêmica, a abordagem contingencial e 
uma abordagem nova das relações humanas. (STONER, 1999, p.33). 
3.1 - Abordagem Sistêmica 
Segundo STONER (1999, p.33), a Abordagem Sistêmica vê a organização 
como um sistema unificado e propositado, composto de partes inter-relacionadas. Isso 
permite que as pessoas enxerguem a empresa como um todo e parte do ambiente 
externo. Para ele, a Teoria dos Sistemas nos diz que a atividade de qualquer 
segmento de uma organização afeta em graus variados a atividade de todos os outros 
segmentos. É dentro desta abordagem de sistemas que estão inseridas muitas 
linguagens da Administração. Entre elas estão os sistemas, subsistemas, sinergia, 
sistema aberto, sistema fechado, fronteira de sistemas, fluxos, feedback. A 
Abordagem Sistêmica dinamiza e inter-relaciona a organização e a tarefa de 
administrar. 
3.2 - Abordagem Contingencial 
Esta abordagem foi criada por vários administradores e consultores que, em 
campo, procuram colocar em prática as teorias das escolas de Administração. 
Descobriram então, que determinado método funciona bem em um ambiente e que o 
mesmo método não funciona bem em outro ambiente, portanto, concluíram que não 
existe um modelo padrão de abordagens que funcione bem em todos os ambientes. 
Segundo STONER (1999, p.35), a Abordagem Contingencial é a concepção que 
melhor contribui para o alcance dos objetivos organizacionais pois pode variar em 
situações ou circunstâncias diferentes. Verifica-se então que a Abordagem 
 
 41 
Contingencial é mais abrangente que a Sistêmica, pois focaliza os pormenores das 
relações entre as partes. 
3.3 - Uma nova abordagem das Relações Humanas 
Uma nova abordagem das relações humanas surgiu por volta da década de 50 
e se fortificou na década de 60, com diversos pensadores. Entre eles estão Tom Burns 
e G. M. Stalker, que defendem que a nova abordagem das relações humanas está 
intimamente ligada à Abordagem Contingencial, porém, vai muito além, pois propõe 
um novo modelo de Administração. Outros cientistas, entre eles W. Edwards Deming 
e Tom Peters, elaboraram um conjunto de princípios de Administração, como o fez 
Fayol na sua teoria. Estes conceitos de Deming e Peters concentram-se nos princípios 
de qualidade. Esta nova abordagem das relações humanas ganhou forma quando, 
em 1982, os consultores Thomas J. Peters e Robert H. Waterman publicaram estudos 
feitos em empresas, onde aplicaram a nova abordagem das relações humanas. Em 
seus trabalhos, os consultores explicam como as pessoas interagem nas 
organizações e suas pesquisas revelam que as pessoas são sociais, intuitivas e 
criativas. Os pesquisadores também citam regras de como tratar as pessoas com a 
dignidade e o respeito que merecem. 
Sendo assim, STONER (1999, p.36) conclui que a nova ênfase na 
Administração a partir das relações humanas é um passo importante na evolução do 
pensamento sobre Administração. 
[...] esta nova abordagem é integrativa à teoria da 
Administração, combinando uma visão positiva da natureza humana 
com o estudo científico das organizações e visando prescrever como 
os administradores eficazes devem agir na maioria das circunstâncias. 
(STONER,1999, p.35). 
 
Estudo de Caso 1 
O processo de criação da visão 
Richard Allen é professor e consultor do Departamento de Comunicações 
discursivas da Central Michigan University, Michigan, EUA, e neste artigo discute os 
seus pensamentos a respeito do processo de criação da visão. O autor relata que a 
 
 42 
visão corporativa terá mais importância quando as empresas adotarem modelos 
administrativos mais descentralizados. 
Uma visão ideal, segundo Allen, é aquela que mostra onde a empresa está, 
onde quer chegar e quais os meios necessários para se chegar lá. O autor afirma que 
o processo de criação da visão é eficaz se for bastante coerente para criar uma 
imagem identificável do futuro, ser bastante convincente para gerar comprometimento 
com o desempenho, enfatizar o que pode ser e esclarecer o que deve ser, ou seja, 
uma visão deve fornecer um mapa da direção futura e gerar entusiasmo por essa 
direção. Pode estabelecer ordem no caos e fornecer um critério para medição do êxito. 
O autor ressalta que a visão é em parte racional (produto de análise), e em 
parte emocional (imaginação, intuição, valores). Afirma que uma empresa com visão 
tem rumo, planeja seu futuro de forma eficiente e tem condições de trabalhar em 
conjunto. Entretanto, criar uma visão não é o suficiente, é preciso, diz o autor, se 
aproximar dela. É preciso pôr a teoria em prática. 
Mesmo que compartilhada, será preciso determinação para manter a visão, 
pois o mundo inteiro tentará repetidamente ofuscá-la. 
O processo de criação implica responder uma série de perguntas, do qual se 
destaque aquele que dará resposta sobre qual é, efetivamente, a natureza do negócio 
em que a empresa está inserida. É preciso ter uma clara ideia de onde se deseja 
chegar, como chegar e quais as possíveis consequências dessa tentativa. 
É importante lembrar que a visão deve incluir

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