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Cia. BABY JOY 2

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Introdução.....................................................................................................................4
Relatório Esclarecendo as principais Dúvidas do Sr.Otávio..............................5 a 8
1.1 Itens para Elaboração do Fluxo de Caixa da Cia.Baby Joy.................................9
1.2 Elaboração da DFC da Empresa Cia.Baby Joy pelo Método Direto...............10
Conclusão .................................................................................................................11
Bibliográfia .................................................................................................................12
INTRODUÇÃO
Um dos temas bastante discutidos recentemente no Brasil é a substituição da Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos pela Demonstração dos Fluxos de Caixa. Essa substituição está no projeto de alteração da Lei nº 6.404/76, conhecida como a “Lei das Sociedades por Ações”. Portanto, parece ser necessário discutir a Demonstração dos Fluxos de Caixa, principalmente no que se refere ao seu método de divulgação: direto ou indireto. A teoria indica que o Método Direto é mais simples de ser entendido do que o Método Indireto. Entretanto, o Método Indireto é considerado mais informativo, pois concilia lucros e caixa.
A informação dos fluxos de caixa fornece uma base para avaliação da capacidade de geração e utilização desses fluxos de forma estruturada por natureza de atividades. Os usuários da empresa estão interessados em saber como a empresa gera caixa e equivalentes de caixa, e este interesse independe da natureza da empresa. (CVM/SNC/SEP Nº 01/2005)
Este trabalho tem o objetivo de assessorar o diretor da empresa Cia. Baby Joy a entender como resolver o dilema do resultado de seus rendimentos a partir da DFC pelo método direto e suprimir todas suas duvidas em relação a Plano de Negócio e indicadores de rentabilidade.
Elaboração da DFC pelo método Direto da Cia. Baby Joy empresa de automobilístico, conforme os dados apresentados.
Relatório Esclarecendo as principais Dúvidas do Sr.Otávio
O que é DFC e qual seu objetivo?
Sr. Otávio diretor da Cia.Baby Joy, empresa do ramo automobilístico, a DFC é o fluxo de caixa permite a análise da geração dos meios financeiros e da sua utilização, num determinado período de tempo. Na Contabilidade, uma projeção de fluxo de caixa demonstra todos os pagamentos (direito) e recebimentos esperados em um determinado período de tempo. O controlador de fluxo de caixa necessita de uma visão geral sobre todas as funções da empresa, como: pagamentos, recebimentos, compras de matéria-prima, compras de materiais secundários, salários e outros, por que é necessário prever o que se poderá gastar no futuro dependendo do que se consome hoje. O fluxo de caixa é o instrumento que permite ao administrador financeiro planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros de sua entidade para um determinado período. (NEVES 1998:19) uma ótima ferramenta para auxiliar o administrador de determinada empresa nas tomadas de decisões. É através deste "mapa" que os custos fixos e variáveis ficam evidentes, permitindo-se desta forma um controle efetivo sobre determinadas questões empresariais. 
Visa mostrar como ocorreram as movimentações das disponibilidades e o Fluxo de Caixa em um dado período de tempo. Vem substituindo em alguns países a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR), e é fundamentada pela Lei n° 11.638/07 no Brasil. Evidencia a origem das entradas de caixa e aplicação das saídas de caixa num determinado intervalo de tempo. Considera a movimentação do Disponível (Caixa + Bancos). 
As demonstrações contábeis devem ser complementadas por notas explicativas, quadros analíticos e outras demonstrações contábeis necessárias para uma plena avaliação da situação e da evolução patrimonial de uma empresa. As notas devem conter no mínimo a descrição dos critérios de avaliação dos elementos patrimoniais e das práticas contábeis adotadas, dos ajustes dos exercícios anteriores, reavaliações, ônus sobre ativos, detalhamento das dívidas de longo prazo, do capital e dos investimentos relevantes em outras empresas etc. As Notas explicativas tem por objetivo complementar as demonstrações contábeis mostrando os critérios contábeis utilizados pelas organizações, inclusive a composição do saldo de determinadas contas, os métodos de depreciação e critérios de avaliação dos elementos patrimoniais. Seu objetivo primordial é preservar a liquidez imediata, essencial à manutenção das atividades da empresa. Explica as diferenças entre o Resultado do Exercicio versus o Saldo de Caixa.
A DFC é obrigatória no Brasil? a partir de quando iniciou sua obrigatoriedade?
A DFC no Brasil não era um demonstrativo obrigatório, até a Lei nº 11.638, de 27 de dezembro de 2007, que instituiu sua obrigatoriedade para as sociedades de grande porte em substituição à Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR). Mas, apesar de não ser obrigatória, muitas empresas publicavam a DFC como demonstração acessória, principalmente aquelas que possuíam ações No Brasil, a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, estabeleceu, no art. 176, as demonstrações contábeis obrigatórias que deveriam ser apresentadas pelas companhias, sendo elas: balanço patrimonial (BP); demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA); demonstração do resultado do exercício (DRE); e demonstração das origens e aplicações de recursos (DOAR). No § 4º do mesmo artigo, foi ressaltado que as demonstrações contábeis obrigatórias seriam complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou, ainda, demonstrações contábeis necessárias para o esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. Sua obrigatoriedade encontrou amparo no § 4º do art. 176 da Lei n° 6.404-76, pois tal demonstração complementa as demais, auxiliando no esclarecimento da situação patrimonial da companhia, principalmente no aspecto financeiro do patrimônio, servindo de apoio ao processo decisório na gestão empresarial e proporcionando, por meio de suas informações, os dados necessários aos usuários mais interessados na capacidade de geração de caixa das empresas. As empresas que, normalmente, publicavam a DFC de forma espontânea no Brasil, como uma informação acessória, eram as que possuíam ações nas bolsas de valores. 
A Lei n° 11.638, de 27 de dezembro de 2007, tornou obrigatória a elaboração e publicação da DFC, a partir de 01 de janeiro de 2008, sendo o demonstrativo regulamentado em nível nacional, conforme Quintana (2009), por meio do Pronunciamento Técnico CPC 03, aprovado pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis e pela Resolução nº 1.125, do Conselho Federal de Contabilidade, que aprovou a NBC T 3.8 – Demonstração dos Fluxos de Caixa.
Quem está obrigado a elaborar a DFC?
A nova demonstração instituída pela Lei nº 11.638, de 28.12.2007, em substituição à DOAR (Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos) é obrigatória a todas as sociedades por ações, com exceção daquelas de capital fechado, com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$2.000.000,00 (dois milhões de reais). As demais sociedades, como as limitadas, também estão dispensadas da DFC. Todas as companhias abertas, independentemente do seu patrimônio líquido, estão obrigadas à DFC.
Todas as empresas obrigadas a publicar suas Demonstrações Financeiras devem publicar a DFC, exceto as que tiverem patrimônio líquido inferior a R$ 2 milhões. Como houve a exclusão da Demonstração de Origens Aplicações de Recursos (DOAR), que foi substituída também houve alteração do valor do patrimônio líquido que desobriga as companhias fechadas e elaborar a DFC Portanto, a partir e 01/01/2008, a companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboraçãoe publicação da demonstração dos fluxos de caixa.
Quais as vantagens da DFC para o gerente Financeiro?
A DFC propicia ao gerente financeiro a elaboração de melhor planejamento
financeiro, pois numa economia tipicamente inflacionária não é aconselhável excesso de Caixa, mas o estritamente necessário para fazer face aos seus compromissos. Através do planejamento financeiro o gerente saberá o montante certo em que contrairá empréstimos para cobrir a falta (insuficiência) de fundos, bem como quando aplicar no mercado financeiro o excesso de dinheiro, evitando, assim a corrosão inflacionária e proporcionando maior rendimento á empresa. Mas só através do conhecimento do passado (o que ocorreu) se poderá fazer uma boa projeção do Fluxo de Caixa para o futuro (próxima semana, próximo mês, próximo trimestre, etc.). A compensação do Fluxo Projetado com o real vem indicar as variações 6 que, quase sempre, demonstram as deficiências nas projeções. Estas variações são excelentes subsídios para aperfeiçoamento de novas projeções de Fluxos de Caixa.
Quais os métodos de elaboração a DFC? Qual a diferença entre eles?
Métodos de Elaboração da DFC
Existem dois métodos de elaboração para a Demonstração dos Fluxos de Caixa, o método direto e o método indireto. 
Método Direto – consiste na classificação dos recebimentos e pagamentos de uma empresa com a utilização das partidas dobradas. Por essa razão é conhecido, também, como abordagem das contas T. Uma das vantagens do método direto é a eliminação de qualquer transferência da legislação fiscal, pois gera informações baseadas em critérios técnicos (CAMPOS FILHO, 1999). 
Método Indireto – esse método concilia o lucro líquido e o caixa gerado pelas operações, sendo chamado por esse motivo de método de reconciliação. Na utilização do método indireto é necessário remover do lucro líquido os diferimentos que foram caixa no passado, assim como as alterações dos saldos das contas a receber e a pagar do período. Neste método é preciso também remover do lucro líquido as alocações ao período do consumo de ativos de longo prazo e aqueles itens cujos efeitos no caixa sejam classificados como atividades de investimento ou financiamento, além dos ganhos e perdas na baixa de investimentos (IUDÍCIBUS et al., 2008). Não existe uma definição quanto a qual método deve ser utilizado, existindo apenas a recomendação do Financial Accounting Standards Board (FASB) e International Accounting Standards Board (IASB) para que seja utilizado o método direto, tendo em vista que este método demonstra as principais classes de recebimentos e pagamentos.
A diferença entre os métodos direto e indireto são limitadas, exclusivamente, aos fluxos das atividades operacionais. Os fluxos das atividades de financiamento e de investimento são demonstrados de forma igual nos dois métodos.
1.1 Itens para a elaboração do Fluxo de Caixa da Cia. Baby Joy:
ITEM VALOR
Pagamentos a Fornecedores (150.000,00)
Pagamentos de Impostos Sobre Vendas (100.000,00)
Pagamento de Aquisição de Imobilizado ( 80.000,00)
Pagamento de Despesas Administrativas e com Vendas ( 30.000,00)
Pagamento de investimento ( 15.000,00)
Pagamento de financiamentos ( 12.000,00)
Pagamento de Imposto de Renda e Contribuição Social ( 10.000,00)
Aplicação financeira ( 10.000,00)
Pagamento de Juros ( 2.000,00)
Recebimento de venda de Imobilizado 10.000,00
Recebimento definanciamento 30.000,00
Recebimento de Clientes 400.000,00
Saldo de Caixa,Bancos e Aplic.Financ.Liquidez Imediata 31/12/X8 14.300,00
Saldo de Caixa,Bancos e Aplic.Financ.Liquidez Imediata 31/12/X9 45.300,00
1.2 Elaboração da DFC da Empresa Cia.Baby Joy pelo Método Direto
MÉTODO DIRETO
1. Atividades Operacionais Recebimento de Clientes 400.000,00
Pagamento a Fornecedores (150.000,00)
Pagamento de Desp. Administrativas com Vendas ( 30.000,00)
Pagamento de Imposto sobre Vendas (100.000,00)
Pagamento de Imposto de Renda e Contribuição Social ( 10.000,00)
Pagamento de Juros ( 2.000,00)
Fluxo de Caixa Gerado 108.000,00
2. Atividades de Investimento 
Pagamento de Aquisição Imobilizado (80.000,00)
Pagamento de Investimento (15.000,00)
Aplicação Financeira (10.000,00)
Recebimento de venda de imobilizado 10.0000,00
Fluxo de Caixa Aplicado (95.000,00)
3. Atividades de Financiamento 
Pagamento de Financiamentos (12.000,00)
Recebimento de Financiamentos 30.000,00
Fluxo de Caixa Aplicado 18.000,00
Variação do Caixa e Equivalentes Acréscimo de Caixa no Período 31.000,00
Saldo de Caixa, 31/12/x8 14.300,00
Saldo de Caixa, 31/12/x9 45.300,00
CONCLUSÃO
Sr. Otávio pela elaboração da DFC, pelo método Direto, da Cia.Baby Joy empresa de automobilístico, conclui-se que os resultados indicam que acréscimo de Caixa no período, entre o saldo de Caixa de 31/12/x8 para 31/12/x9, é de 31.000,00.
Não há uma preferência específica para apenas um dos métodos de divulgação da Demonstração dos Fluxos de Caixa. Isso mostra que a escolha do método de divulgação pode ser flexível, conforme o FASB e o IASB fixaram anteriormente.
A Demonstração do Fluxo de Caixa, embora não exigida pela Lei 6.404/76 é de grande utilidade interna na entidade. De forma condensada, a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) indica a origem de todo o dinheiro que entrou no Caixa, bem como a aplicação de todo o dinheiro que saiu do Caixa em determinado período, e, ainda o Resultado do Fluxo Financeiro.
Assim como a Demonstração do resultado do exercício, a DFC é uma demonstração dinâmica e também está contida no Balanço que, por sua vez, é uma demonstração estática.
BIBLIOGRÁFIA
França, Glaucius André, Contabilidade avançada: Ciências contábeis VIII/ : Pearson Education, 2010.
www.google.com.br
CAMPOS FILHO, Ademar. Demonstração dos fluxos de caixa: uma ferramenta indispensável para administrar sua empresa. São Paulo: Atlas, 1999.
SÁ, Carlos Alexandre. Fluxo de caixa: a visão da tesouraria e da controladoria. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de caixa: uma decisão de planejamento e controle financeiro. 3. ed. Porto Alegre: D.C.Luzzatto, 1989.

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