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CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL CONCORDÂNCIA VERBAL A concordância verbal trata da relação do verbo com seu sujeito. A regra geral é que o verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Ex: eu estudo, nós estudamos. Mas há casos particulares que precisam ser vistos de modo mais cuidadoso. Sujeito composto anteposto ao verbo - a concordância se faz no plural. Ex.: Pai e filho conversaram longamente. Sujeito composto posposto ao verbo - o verbo poderá ir para o plural ou estabelecer concordância com o núcleo do sujeito mais próximo. Ex.: Pouco falaram o presidente e o ministro. / Pouco falou o presidente e o ministro. Trocam-se correspondências, impressões, notícias da vida. Sujeito constituído por expressão partitiva, como a maioria de, a maior parte de, grande parte de, parte de, uma porção de, o grosso de, o resto de, metade de e equivalentes + um substantivo ou pronome plural - o verbo pode ir para o singular (concordando com o núcleo do sujeito, a expressão partitiva) ou plural (concordando com o nome plural posposto ao partitivo). Ex.: A maior parte dos estudantes gritava palavras de ordem. (concordância com a expressão partitiva) A maior parte dos estudantes gritavam palavras de ordem. (concordância com o substantivo no plural) O núcleo do sujeito é um coletivo – o verbo ficará no singular. Ex: O grupo decidiu ficar até o fim da aula. O sujeito é o pronome relativo “que” - o verbo concordará com o antecedente. Ex.: Hoje somos nós que cuidaremos do jantar. / Sou eu que decido. O sujeito é o pronome relativo “quem” - o verbo ficará na 3ª pessoa do singular ou concordará com este antecedente. Ex.: Fui eu quem fez a pesquisa (verbo na 3ª pessoa do sing.) / Fui eu quem fiz a pesquisa. (concordância com o antecedente). Sujeito na voz passiva pronominal (Verbo + partícula apassivadora SE) – o verbo concorda com o sujeito Ex.: Vende-se apartamento conjugado. / Vendem-se várias casas. SUJEITO SUJEITO Sujeito composto com elementos ligados por “OU”- o verbo irá para o singular ou para o plural, de acordo com o sentido da frase (de adição dos elementos ou de exclusão de um deles). Ex: Pedro ou Paulo ganhará a corrida. (só um deles pode ganhar = ideia de exclusão) Ex.: Fiquei esperando que um ônibus ou um táxi passassem. (qualquer um deles poderia passar = ideia de adição) Sujeito composto que termine por “tudo”, “nada”, “ninguém”, “cada um” - verbo no singular. Ex.: Relatórios, ofícios, memorandos, nada naquela empresa estava bem redigido. Sujeito constituído pelas expressões “um e outro” ou “nem um nem outro”- o verbo tanto pode estar no singular, como no plural. Ex: Uma e outra lei é aplicável (ou são aplicáveis) neste julgamento. Ex.: Nem um nem outro réu compareceu (ou compareceram) ao fórum. Quando o sujeito é uma expressão do tipo “um dos... que” ou “uma das... que” - o verbo pode ficar na 3a pessoa do plural ou do singular, indiferentemente. Ex.: Esta era uma das alunas que mais se destacava (ou se destacavam) na turma. Ex.: Aquele jogador era um dos que seria vendido (ou seriam vendidos) para outro time. Sujeito introduzido pela expressão “mais de...” - o verbo concorda com a expressão que vier em seguida. Ex.: Mais de um aluno tirou boa nota. Ex.: Mais de dez milhões de reais foram desviados pelo político corrupto. Em caso de fração, o verbo deve concordar com o numerador. Ex.: Um terço compareceu. / Dois terços compareceram. Em caso de percentagem: sem especificador - o verbo deve concordar com a percentagem. Ex.: 1% votou / 2% votaram. Com especificador - o verbo deve concordar com o especificador. Ex.: 20% da população votou. (especificador no singular, verbo no singular) 50% dos eleitores votaram. (especificador no plural, verbo no plural) Pronome de Tratamento – verbo na 3ª pessoa. Ex.: V. Exª. sabe que isso não é verdade. Concordância do verbo HAVER – com sentido de “EXISTIR” é impessoal (só usado na 3ª pessoa do singular). Ex.: Haverá eleições em 2018. / Deve haver muitos candidatos aprovados no concurso. Concordância do verbo FAZER – com sentido de “tempo decorrido” é impessoal (só usado na 3ª pessoa do singular). Ex.: Faz cinco dias que ele partiu. / Fazia dois anos que eles chegaram ao Rio de Janeiro. / Vai fazer quatro meses que Marcos e Regina se casaram. Concordância do verbo SER Na indicação de tempo, o verbo ser concorda com o numeral. Ex.: Hoje são 25 de setembro. / Já é uma hora da tarde. / São quatro horas da manhã. Verbo ser + sujeito constituído por expressões que indicam quantidade preço, valor, medida no plural, o verbo ser permanece na 3ª pessoa do singular. Ex.: Cem quilos é muito. / Duzentos dólares é um preço razoável por este relógio. II- CONCORDÂNCIA NOMINAL A regra geral é que o adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo ao qual se refere. Mas também há casos particulares. Quando o adjetivo aparece posposto a dois ou mais substantivos: O adjetivo concorda em gênero em número com o substantivo mais próximo, se se referir apenas a ele. Ex.: De longe se avistavam o jardim e a casa destelhada. O adjetivo irá para o plural, se sua referência se estender ao todos os substantivos. Quanto ao gênero, ficará no masculino no caso de enumeração de termos de gêneros distintos. Ex.: A vítima foi encontrada com o rosto, o peito e as mãos ensanguentados. Quando o adjetivo aparece anteposto a dois ou mais substantivos, concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo. Ex.: Escolhi péssima hora e lugar para dar a notícia a todos. Ex.: Que sua obra mereça eterno reconhecimento e glória. Termos como “anexo”, “incluso”, “apenso”, são adjetivos e devem variar. Ex.: Segue anexo o título de cobrança a ser pago. / As listas de preço inclusas foram aprovadas pela diretoria. / As fotocópias apensas devem ser juntadas ao processo. Obs.: “em anexo” é invariável. Ex.: Em anexo, seguem as listas de preços. Meio: como adjetivo, significando “metade” e modificando um substantivo, varia em gênero e número. Ex.: Comi meia maçã. / Chega de meias verdades. / Meio dia e meia (hora). Como advérbio, com sentido de “um pouco” e modificando um adjetivo ou um verbo, é invariável. Ex.: A menina ficou meio cansada. / A porta está meio aberta. Bastante: É advérbio – portanto invariável – quando se refere a verbo ou adjetivo; Ex.: Falaram bastante do assunto. / Suas opiniões são bastante discutíveis. É adjetivo – portanto variável – quando se refere a substantivo. Ex.: Havia bastantes razões para confiarmos em Paulo. Obs.: Estão, nesse caso, palavras como pouco, muito, bastante, barato, caro, meio, longe. Se o adjetivo predicativo estiver ligado a sujeito que exprime ideia genérica, mantém-se na forma invariável. Havendo determinação do substantivo, o adjetivo concorda com ele. Ex.: É proibido entrada. / É proibida a entrada. (artigo “a”- determinante) É necessário compreensão neste caso. / É necessária nossa compreensão neste caso.
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