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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - UFMA BACHARELADO INDERDICIPLINAR EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA FÍSICA EXPERIMENTAL I Prof. Dr. Karl Marx Silva Garcez LANÇAMENTO DE PROJÉTIL JENNIPHER RAFAELLE COSTA BEZERRA JOÃO VICTOR DE SOUSA RABELO SÃO LUÍS – MA 2016 2 SUMÁRIO 1. RESUMO ............................................................................................................03 2. OBJETIVOS .......................................................................................................03 3. INTRODUÇÃO ..................................................................................................03 4. FUNDAMENTAÇAO TEÓRICA ....................................................................04 5. METODOLOGIA ..............................................................................................07 5.1 MATERIAIS ................................................................................................07 5.2 MÉTODOS ...................................................................................................08 6. RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................08 7. CONCLUSÃO ...................................................................................................16 REFERÊNCIAS ...............................................................................................16 3 1. RESUMO Este relatório é referente ao experimento: Lançamento de Projétil. Onde tratou-se de estudar os princípios de um projétil, fazendo assim uma abordagem teórica do experimento como também uma análise dos dados obtidos, desse modo alcançando os objetivos estabelecidos. 2. OBJETIVO O objetivo do experimento é encontrar a velocidade inicial, demonstrar a expressão do tempo de queda teórico, calcular o tempo de queda teórico para cada nível de disparo, calcular o valor do alcance e energia potencial da mola. 3. INTRODUÇÃO Ao considerar um corpo lançado nas proximidades da superfície terrestre, desprezando a resistência do ar. Pode ser, por exemplo, o movimento de uma bola, que, chutada sobre um penhasco com velocidade v, atinge a borda e se projeta sobre o chão. Ou o despencar de um paraquedista de um avião em movimento, se fizermos essas experiências, perceberemos que a bola e o paraquedista descreverão uma trajetória curvilínea, ou seja, descreverão um arco de parábola. Tem-se como base um principio proposto por Galileu, o princípio da independência dos movimentos simultâneos, que considera o movimento descrito pela bola como resultante da composição de dois movimentos simples e que ocorrem ao mesmo tempo um horizontal proporcionado pela força de impulsão que o corpo recebeu e um vertical proporcionado pela força de gravidade. O movimento de livre é um movimento que ocorre sob a ação da gravidade, portanto dizemos que é um movimento uniformemente variado, uma vez que a aceleração da queda (aceleração da gravidade) é mantida constante. Já o movimento horizontal descrito pela bola durante a queda é um movimento uniforme, pelo fato de não existir aceleração na horizontal. Portanto, podemos dizer que esse movimento pode ser descrito pelas funções de MU e MUV. E ainda segundo Resnick (2008), ao consideramos um caso especial de movimento bidimensional: Uma partícula que se move em um plano vertical com 4 velocidade inicial 𝑉𝑜 e como uma aceleração constante, igual à aceleração de queda livre �̅�, dirigida para baixo. Essa partícula que se move desta forma é chamada de prójetil (o que que significa que é projetada ou lançada), e seu movimento é chamado de movimento balístico. 4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O movimento de um projétil é um movimento em duas dimensões e pode ser analisado nas direções x e y separadamente. Se nenhuma força dissipada for considerada, podemos dizer que o movimento é constante na horizontal e acelerado na vertical, com aceleração igual à aceleração da gravidade local. Lançamento horizontal: Para facilitar o entendimento do estudo do movimento, divide-se o deslocamento do projétil em dois, uma na vertical e outra na horizontal. Para o deslocamento vertical, tem-se a ação da força peso da partícula, que é dada da forma (adotando os sentido positivo para cima): Fp= - mg Onde o termo da esquerda da equação é denominado força peso. E os termos m e g são respectivamente, a massa e aceleração da gravidade. Se for levado em consideração a 2ª Lei de Newton na forma vetorial, têm-se: Fp = - mg Onde os termos i e j são as direções dos vetores canônicos nos eixos x e y, respectivamente. Comparando os termos relacionados a direção vertical, têm-se: ma = - mg sin ( 𝜋 2 ) 𝑎𝑦 = - g 5 Assim, na vertical, a partícula sofre a ação da aceleração da gravidade. Percebe-se através da dedução que no lançamento horizontal, a massa do projétil não interfere no movimento. Como se possuem a relação da aceleração da partícula pode-se estimar sua velocidade em relação ao tempo através da operação de integração indefinida. Portanto: V(t)= ∫ a (t) dt Onde V(t) é a função velocidade em função do tempo. V(t) = ∫ -g dt Como o termo g é uma constante de valor aproximado de 9,8 m/s têm-se: V(t)= - gt + k A constante k é obtida no processo de integração indefinida, para a generalização da operação. No contexto físico, pode-se dizer que k é a velocidade inicial do projétil, que é nula para o instante inicial. Considerando que a função obtida é restrita ao deslocamento vertical, então têm-se: 𝑉𝑦(t) = - gt A partir dessa relação, pode-se estimar também, de maneira análoga à velocidade, a sua posição em relação ao tempo: 𝑆𝑦(t) = ∫ 𝑉𝑦(𝑡)𝑑𝑡 𝑆𝑦(t) = ∫ - gt dt 𝑆𝑦(t) = 𝑆𝑜−𝑔 2 𝑡2 6 A constante 𝑆𝑂 é o espaço inicial. Mas para o movimento em si, ela representa a altura da queda. Para a análise horizontal, volta se a comparação da força F na forma vetorial com a força peso. ma = - mg cos ( 𝜋 2 ) 𝑎𝑥 = 0 Portanto, a aceleração no eixo x é nula, indicando que a velocidade permanece constante. Assim: 𝑉𝑋(𝑡)= ∫ 𝑎𝑥(𝑡)𝑑𝑡 Apesar de aceleração ser nula, o resultado da integral é uma constante, que na interpretação do caso é a velocidade inicial no eixo x do projétil, pois se tem uma integral indefinida onde o resultado é uma função primitiva da função integrando. De maneira análoga, pode se ter a relação do espaço em função do tempo: Onde a constante 𝑆𝑜x tem interpretação semelhante a da função espaço em y, diferenciando que agora será considerada nula. Assim: O movimento observado no laboratório é bem semelhante a imagem abaixo. 7 Figura 1: Descrição vetorial do lançamento horizontal Apesar de analiticamente as equações parecerem fazer sentido, o teor de veracidade dessas relações será colocado em teste com os dados colhidos em laboratório. 5. METODOLOGIA 5.1 Materiais Lançador horizontal com três níveis de disparo; Bastão; Esfera plástica; Trena; Régua; Fita; Folha de papel almaço; Folha de papel carbono; 8 5.2 Métodos Primeiramente, posicionou-se o lançador na extremidade da mesa, posteriormente com auxilio do bastão colocou-sea esfera de plástico no lançador e em seguida fixou-se com fita a folha de papel almaço ao chão e sob a mesma a folha de papel carbono. Realizou-se um disparo teste para se saber o possível local da queda da esfera. Disparou-se dez vezes a esfera a cada nível do lançador (três níveis), e mediu-se com uma trena e uma régua a distância percorrida pela esfera em cada um dos disparos e anotou-se em uma tabela todos os dados coletados durante o experimento. 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO Em todos os três lançamentos o lançador foi posicionado a 94 cm do solo. É possível escrever a altura em função da posição horizontal do projetil através da manipulação das seguintes formulas gerais do lançamento horizontal: 𝑦 = 𝑦o + 𝑉oy × 𝑡 + 𝑔𝑡2 2 𝑥 = 𝑥o + 𝑉ox × 𝑡 Assim: ∆𝑥 = 𝑉ox × 𝑡 𝑡 = ∆𝑥 𝑉ox Como Voy é igual a zero e substituindo t na equação da altura: 𝑦 = 𝑦o + 𝑔 2 × ( ∆𝑥 𝑉ox ) 2 O tempo de queda pode ser obtido através da seguinte formula e sua manipulação: 9 ℎ = ℎo + 𝑉oy × 𝑡 + 𝑔𝑡2 2 Como Voy é igual a 0: ℎ = ℎo + 𝑔𝑡2 2 ∆ℎ = 𝑔𝑡2 2 E a variação da altura é igual a própria altura: ℎ = 𝑔𝑡2 2 𝑡2 = 2ℎ 𝑔 𝑡 = √ 2ℎ 𝑔 Assim é possível calcular o tempo de queda: O tempo de queda pode ser obtido através da seguinte formula e sua manipulação: 𝑡 = √ 2ℎ 𝑔 Utilizando g=9,780 m/s2: 𝑡 = √ 2 × 0,94 9,780 𝑡 = 0,44384𝑠 𝑡 ≅ 0,44𝑠 Assim, o tempo de queda é de 0,44 segundos aproximadamente. 10 Para o primeiro nível do lançador foram encontrados os seguintes alcances: Tabela 1 – Valores dos alcances para o primeiro nível do lançador Alcances (cm) R1 51.7 R2 56.5 R3 51.7 R4 51.8 R5 52.1 R6 53.0 R7 53.7 R8 54.6 R9 55.9 R10 56.0 R médio 53.7 Desvio médio 1.9276 Para calcular a incerteza padrão das medições e para isso são utilizadas as seguintes equações: 𝜎2 = 1 𝑛 ∑(𝑡 − 𝑡̅ ) 2 𝑛 𝑖=1 σm = σ √n Assim: σm = 1.9276 √10 σm = 0,6095 Então: σp2 = σ2+ σr 2 Onde σr é a incerteza residual do sistema e é de 0,05 cm. σp2 = 0,6095 2+ 0,05 2 σp=0,6116 11 Assim, o desvio padrão é 1,9276 e desvio padrão do valor médio é 0,6095 e por isso a incerteza padrão é 0,6116: 𝑅 = 53,7 ± 0,6116 cm Para determinar o valor experimental da velocidade de lançamento basta dividir a variação espaço pelo tempo, ou seja, o alcance pelo tempo de queda: 𝑉exp = 𝑅 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑜 𝑡q 𝑉exp = 0,537m 0,44𝑠 𝑉exp = 1,22𝑚/𝑠 Por meio da propagação de incertezas é possível calcular o erro na velocidade: 𝜎v= | 𝑑𝑣 𝑑𝑅 | 𝜎p 𝜎v= | 1 0,44 | × 0,6116 𝜎v=1,39 Então: 𝑣 = 1,22 ± 1,39 𝑚/𝑠 O projetil possui massa de 7,0g assim também é possível calcular a energia potencial da mola utilizando a seguinte formula: 𝐸𝑐 = 𝑚. 𝑣² 2 𝐸𝑐 = 0,007 × 1,22² 2 𝐸𝑐 = 0,0052094 𝐽 12 Assim para o primeiro nível o lançador possuir energia potencial igual a 0,0052094 joules. Para o segundo nível do lançador foram encontrados os seguintes alcances: Tabela 2 – Valores dos alcances para o segundo nível do lançador Alcances (cm) R1 144.8 R2 148.5 R3 148.6 R4 148.7 R5 149.0 R6 149.0 R7 149.1 R8 150.0 R9 150.3 R10 153.2 R médio 149.12 Desvio médio 1.958 Para calcular a incerteza padrão das medições e para isso são utilizadas as seguintes equações: 𝜎2 = 1 𝑛 ∑(𝑡 − 𝑡̅ ) 2 𝑛 𝑖=1 σm = σ √n Assim: σm = 1.958 √10 σm = 0,6192 Então: σp2 = σ2+ σr 2 Onde σr é a incerteza residual do sistema e é de 0,05 cm. 13 σp2 = 0,6192 2+ 0,05 2 σp=0,6212 Assim, o desvio padrão é 1,958 e desvio padrão do valor médio é 0,6192 e por isso a incerteza padrão é 0,6212: 𝑅 = 149.12 ± 0,6212 𝑐𝑚 Para determinar o valor experimental da velocidade de lançamento basta dividir a variação espaço pelo tempo, ou seja, o alcance pelo tempo de queda: 𝑉exp = 𝑅 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑜 𝑡q 𝑉exp = 1,4912m 0,44𝑠 𝑉exp = 3,3891𝑚/𝑠 Por meio da propagação de incertezas é possível calcular o erro na velocidade: 𝜎v= | 𝑑𝑣 𝑑𝑅 | 𝜎p 𝜎v= | 1 0,44 | × 0,6212 𝜎v=1,4118 Então: 𝑣 = 3,3891 ± 1,4118 𝑚/𝑠 O projetil possui massa de 7,0g assim também é possível calcular a energia potencial da mola utilizando a seguinte formula: 𝐸𝑐 = 𝑚. 𝑣² 2 𝐸𝑐 = 0,007 × 3,3891² 2 14 𝐸𝑐 = 0,0402 𝐽 Assim para o segundo nível o lançador possui energia potencial igual a 0,0402 joules. Para o terceiro nível do lançador foram encontrados os seguintes alcances: Tabela 3 – Valores dos alcances para o terceiro nível do lançador Alcances (cm) R1 210.5 R2 210.7 R3 210.7 R4 210.7 R5 211.5 R6 211.5 R7 211.5 R8 212.0 R9 212.0 R10 213.0 R médio 211.41 Desvio médio 0.788 Para calcular a incerteza padrão das medições e para isso são utilizadas as seguintes equações: 𝜎2 = 1 𝑛 ∑(𝑡 − 𝑡̅ ) 2 𝑛 𝑖=1 σm = σ √n Assim: σm = 0.788 √10 σm = 0,2492 Então: σp2 = σ2+ σr 2 15 Onde σr é a incerteza residual do sistema e é de 0,05 cm. σp2 = 0,2492 2+ 0,05 2 σp=0,2542 Assim, o desvio padrão é 0,788 e desvio padrão do valor médio é 0,2492 e por isso a incerteza padrão é 0,2542: 𝑅 = 211.41 ± 0,2542 𝑐𝑚 Para determinar o valor experimental da velocidade de lançamento basta dividir a variação espaço pelo tempo, ou seja, o alcance pelo tempo de queda: 𝑉exp = 𝑅 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑜 𝑡q 𝑉exp = 2,1141m 0,44𝑠 𝑉exp = 4,8047𝑚/𝑠 Por meio da propagação de incertezas é possível calcular o erro na velocidade: 𝜎v= | 𝑑𝑣 𝑑𝑅 | 𝜎p 𝜎v= | 1 0,44 | × 0,2542 𝜎v=0,5777 Então: 𝑣 = 4,8047 ± 0,5777 𝑚/𝑠 O projetil possui massa de 7,0g assim também é possível calcular a energia potencial da mola utilizando a seguinte formula: 𝐸𝑐 = 𝑚. 𝑣² 2 16 𝐸𝑐 = 0,007 × 4,8047² 2 𝐸𝑐 = 0,0808 𝐽 Assim para o terceiro nível o lançador possuir energia potencial igual a 0,0402 joules. 7. CONCLUSÃO Com o experimento feito em laboratório, pode-se observar o movimento bidimensional de um projétil executando medidas de altura e alcance. Onde observou-se então que a medida que se aumenta o nível do aparelho, obtêm-se uma velocidade horizontal cada vez maior, portanto atinge-se um alcance maior. Contudo com o experimento concluído, onde todos os devidos processos como: de obtenção da média e desvio padrão das medidas, o alcance de cada lançamento de bola entre outros, foi possível encontrar as soluções para questionamentos levantados pelo professor. Desta forma tal experimento foi de grande relevância para nosso aprendizado, onde mesmo sendo simples foi possível constatar o caráter básico de queda, velocidade e energia potencial. E ainda de maneira clara todos resultados foram obtidos, entretanto pode ser que não haja tanta precisão, pois devido a fatores como: o olhar do manuseador, pode ter interferidoem resultados mais exatos. REFERÊNCIAS RESNICK, R. HALLIDAY,D. WALKER, J. Fundamentos de Física vol.1- Mecânica. 8ª Edição. Rio de Janeiro. LTC- Livros Técnicos e Cientificos Editora S.A., 2008. <http://www.fisica.ufpb.br/prolicen/Cursos/Curso1/mr35lp.html> Acesso em 17/12/16 ás 21:30hs. <http://www.coladaweb.com/fisica/mecanica/lancamento-de-projeteis> Acesso em 19/12/16 ás 15:20hs.
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