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Custos industriais: Introdução, conceitos e terminologias Curso de Engenhariade Produção FaculdadeEstáciode Sá Professor Tarcisio Costa Brum Ementa Fundamentos da Contabilidade de Custos; Formação de Custos e Estoques na Produção; Sistemas de Custeio por Absorção e Variável; Metodologia de Custos; Custeio Baseado em Atividades (ABC); Ponto de Equilíbrio. Referência: MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 10ª ed. Editora Atlas. São Paulo 2010. Introdução à contabilidade de custos A Contabilidade é uma ciência social que estuda a riqueza patrimonial individualizada, sob os aspectos quantitativos e qualitativos. Tem entre seus objetivos, a geração de informações e a explicação dos fenômenos patrimoniais, possibilitando o controle, o planejamento e a tomada de decisão, no enfoque passado/presente/futuro. Contabilidade de Custos: Parte da ciência contábil que se dedica ao estudo racional dos gastos feitos para se obter um bem de venda ou de consumo, quer seja um produto, uma mercadoria ou um serviço. A ciência contábil ramifica-se em uma gama de especializações, sendo que cada uma delas estuda o patrimônio sob uma ótica particular. A determinante disso, são: as atividades desenvolvidas pelas organizações as políticas adotadas os interesses dos usuários as normas governamentais, dentre outras. Ciência Contábil Contabilidade Agrícola Contabilidade Gerencial Contabilidade de Custos Contabilidade Comercial Outras Contabilidade Social Antes da Revolução industrial, os produtos eram fabricados por artesãos que, via de regra, não constituíam pessoas jurídicas e pouco preocupavam-se com o cálculo de custos. Nasceu da Contabilidade financeira, quando da necessidade de avaliar estoques na indústria. A contabilidade nessa época, tinha sua aplicação maior no segmento comercial, sendo utilizada para apuração do resultado do exercício. Porém, com o incremento da indústria surge a necessidade de cálculo de custos para formação de estoques. Origem da contabilidade de custos Exemplo: Vendas (-) custo das mercadorias vendidas (=) lucro bruto (-) despesas administrativas (-) despesas comerciais (-) despesas financeiras (=) lucro/prejuízo Na atividade comercial o custo da mercadoria vendida era fácil de ser identificado, uma vez que sua composição resulta do valor pago pela mercadoria, mais tributos não compensáveis, mais fretes pagos e seguros. Apuração do resultado No caso de haver variação de estoques, aplica-se a fórmula envolvendo, estoque inicial, compras e estoque final para se encontrar o CMV. No segmento industrial, a mesma sistemática de cálculo de custo dos produtos não poderia ser utilizada, uma vez que o fabricante compra materiais e os transforma, pagando mão-de-obra para elaborá-los e ainda consumo de uma infinidade de outros custos (energia, água etc.), para enfim gerar o bem para venda. CMV = Ei + Comp – Ef Origem da contabilidade de custos Vários insumos são consumidos para elaboração de um novo produto, não é tão simples o cálculo de custos a ser implementado. E essa dificuldade fez surgir a contabilidade de custos, inicialmente com a finalidade de mensurar os estoques produzidos, fornecer dados de custos apropriados às demonstrações contábeis e determinar o resultado do exercício. Três finalidades principais: a) Fornecer dados de custos para a medição dos lucros e avaliação dos estoques. b) Fornecer informações aos dirigentes para o controle das operações e atividades da empresa. c) Fornecer informações para o planejamento da direção e a tomada de decisões. A partir da revolução industrial a contabilidade de custos muito evoluiu, passando a gerar informações, não só para controle, mas também para o planejamento e tomada de decisão. Contabilidade de custos na indústria Especificamente a Contabilidade de Custos objetiva a (o): a) avaliação de estoques; b) atendimento das exigências ficais; c) determinação do resultado; d) planejamento; e) formação do preço de venda; f) controle gerencial; g) avaliação de desempenho; h) controle operacional; i) análise de alternativas; j) estabelecimento de parâmetros; k) obtenção de dados para orçamentos; l) tomada de decisão Objetivos da contabilidade de custos Muitas vezes confundimos as expressões Contabilidade Financeira, Contabilidade de Custo e Contabilidade Gerencial. São expressões sinônimas ? Representam disciplinas distintas ? São apenas enfoque diferentes dado à Contabilidade ? Contabilidade de custos, contabilidade financeira e contabilidade gerencial Até a Revolução Industrial(século XVIII), quase só existia a Contabilidade Financeira(ou geral), que, desenvolvida na Era Mercantilista, estava bem estruturada para servir as empresas comerciais . Os bens eram quase todos produzidos por pessoas que poucas vezes constituíam entidades jurídicas. As empresas propriamente ditas viviam basicamente do comércio, e não da fabricação. Então, era fácil a verificação do valor de compra dos bens existentes, bastando a simples consulta aos documentos de sua aquisição. Da contabilidade financeira à contabilidade de custos Com o advento das indústrias, tornou-se mais complexo, pois para levantamento do balanço e apuração do resultado, não dispunha agora dos dados para poder atribuir valor ao estoque, o seu valor de “compras” na empresa comercial estava agora substituído por uma série de valores pagos pelos fatores de produção utilizados. Devido ao crescimento das empresas, e aumento da distância entre administrador e ativos e pessoas administradas, a contabilidade de custos passou a ser encarada como uma eficiente forma de auxílio do desempenho dessa nova missão: a gerencial. Da contabilidade de custos à contabilidade gerencial A contabilidade de custo se preocupa em estabelecer o preço do produto ou serviço aplicados ou consumidos na produção de outros bens. Por isso, se verifica a preocupação pela empresa industrial o controle no gasto direto sobre o produto. A contabilidade gerencial se preocupa também com o produto, mas com enfoque em sua comercialização, com o mercado que irá consumir e atingir para o consumo do produto final. Isto é bem visualizado na área de marketing, onde a cada dia vem se aperfeiçoando e sofisticando a venda e a comercialização. Contudo, merece também evidência todo o pessoal envolvido para o engrandecimento da empresa, alguns até ligados à divulgação e à distribuição do produto. A contabilidade financeira se preocupa com a parte legal, estrutural da empresa e com o fluxo de caixa. Os aspectos legais do produto e sua comercialização do mercado. Ela está ligada à contabilidade gerencial como a de custo está para a financeira. Portanto, entende-se que esteja cada uma com o seu desempenho, mas ao mesmo tempo ligadas para um mesmo fim, o produto industrial e a saúde da empresa. Contabilidade de custos, contabilidade financeira e contabilidade gerencial A contabilidade financeira está empenhada em fornecer informações financeiras para uso externo para investidores, credores, sindicatos trabalhistas, analistas financeiros, agências governamentais e outros grupos de interessados. Está preocupada com os registros apropriados, resumos e apresentação de ativos, passivos, patrimônio líquido e resultados. A contabilidade gerencial, dá origem à de custos, tem por objetivo principal fornecer informações para tomada de decisões internas. A contabilidade de custos, uma subárea da contabilidade gerencial, está preocupada com a acumulação e a análise da informação sobre custos para uso interno dos administradores, com fins de planejamento, controle, avaliação de desempenho e tomada de decisões. Contabilidade de custos, contabilidade financeira e contabilidade gerencialNo que diz respeito ao controle, sua mais importante missão é fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamento e outras formas de previsão e, um estágio imediatamente seguinte, acompanhar o efetivamente acontecido para comparação com valores anteriores definidos. No que tange à decisão, seu papel consiste na alimentação de informações sobre valores relevantes que dizem respeito às conseqüências de curto e longo prazo sobre medida de corte de produto, fixação de preços de venda, opção de compra ou fabricação, etc. Resumindo, a Contabilidade de Custos passou, nesses últimos anos, de mera auxiliar na avaliação dos estoques e lucros globais para importante arma de controle e base para as decisões gerencias. Funções principais da contabilidade de custos A Origem da Contabilidade de Custos CONTABILIDADE DE CUSTOS “Contabilidade de Custos é o ramo da contabilidade que se destina a produzir informações para os diversos níveis gerenciais de uma entidade.” Leone (1997, p.19) A contabilidade de custos integra a “Contabilidade Gerencial”, ou seja, um sistema cujo objetivo é gerar informações úteis à administração das empresas, em todos os níveis”. Oliveira e Perez Junior (2005, p. 20) CONTABILIDADE DE CUSTOS IMPORTÂNCIA: “Contabilidade de Custos acabou por passar, nessas últimas décadas, de mera auxiliar na avaliação de estoques e lucros globais para importante arma de controle e decisões gerenciais” Martins (2003, p. 22) CONTABILIDADE DE CUSTOS FUNÇÃO DO CONTADOR: “é tarefa dos contadores transformar dados em informações, pois os dados são simplesmente um conjunto de fatos expressos como símbolos ou caracteres incapazes de influenciar decisões, até serem transformados em informações.” Figueiredo e Caggiano (2004, p. 38) CONTABILIDADE DE CUSTOS FUNÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS “Uma das funções, mais importantes da contabilidade de custos é de desenvolver informações que a gestão pode usar para planejar e controlar operações”. Vanderberck e Nagy (2001, p. 16) CONTABILIDADE DE CUSTOS CONTABILIDADE GERENCIAL Contabilidade Gerencial deve ser ponto primordial dentro das organizações, para servir a administração em todas as etapas de operação, auxiliando no momento preciso, abrangendo todas as áreas de forma a ser mais uma ferramenta de apoio aos administradores. CONTABILIDADE DE CUSTOS As possibilidades de utilização dos fatores de produção determinam uma variedade infinita no comportamento dos custos,tornando-se imprescindível, para a empresa ter um sistema de custos. É difícil tomar decisões confiáveis e ter uma margem de segurança satisfatória, sem o conhecimento dos custos do modo mais real possível. Nesse sentido, as informações relativas aos custos de produção e/ou comercialização, desde que apropriadamente organizadas, resumidas e relatadas, constituem uma ferramenta administrativa da mais alta relevância. Assim, as informações de custos transformam-se, num verdadeiro sistema de informações gerenciais, de vital importância para a administração das organizações empresariais,porque essas informações constituem um subsídio básico para o processo de tomada de decisões, bem como para o planejamento e controle das atividades empresariais. Importância da contabilidade de custos 1º) O que você entende por contabilidade de custo e quais as suas principais finalidades? 2º) Porque é necessário que as empresas industriais tenham um bom sistema de custo ? 3º)Os Fatores de custo de um produto em uma empresa industrial são os mesmo em uma empresa comercial ? Justifique sua resposta. 4º)Qual foi o motivo principal para o surgimento da contabilidade de Custo ? 5º) Porque a Contabilidade de Custo passou a ser encarada como um eficiente forma de auxílio no desempenho gerencial ? 6º) Qual o papel da Contabilidade de Custo no que tange a decisão gerencial ? 7º) Quais os elementos que compõem o custo do produto na Contabilidade de Custo ? teça comentários sobre eles . Exercícios TERMINOLOGIAS GASTO É o sacrifício feito a vista ou a prazo para a obtenção de bens ou serviços, independente de sua destinação dentro da empresa. O gasto sempre implica em desembolso. Os gastos podem ser investimentos, custos ou despesas. CONTABILIDADE DE CUSTOS INVESTIMENTO É a aplicação de recursos para a obtenção de bens para a entidade que possam vir a gerar lucro durante sua atividade. CUSTO É o consumo de um recurso da entidade para a fabricação de seus produtos na prestação de serviços. Os gastos se tornam custos a partir do momento que são incorporados ao produto ou serviço a ser comercializado. CONTABILIDADE DE CUSTOS DESPESA As despesas não são incluídas como custos dos produtos, mas sim como recursos consumidos fora do processo de produção ou da prestação de serviços para a obtenção de receita. DESEMBOLSO Caracteriza-se pela entrega de numerários (dinheiro), que pode ocorrer antes (pagamento antecipado), no momento (pagamento a vista) ou depois (pagamento a prazo) da ocorrência do gasto. CONTABILIDADE DE CUSTOS PERDA “Não se confunde com despesa (muito menos com o custo), exatamente por sua característica de anormalidade e involuntariedade; não é um sacrifício feito com intenção de obtenção de receita”. Martins (2003, p. 26) Portanto as perdas não fazem parte dos custos de produção. CONTABILIDADE DE CUSTOS Terminologia em custos Características Gasto Sacrifício financeiro para se obter um bem ou serviço Investimento Bens destinados ao uso da empresa Custo Recurso consumido para a obtenção de bens e serviços Despesa Recurso consumido fora do processo produtivo para a obtenção de receita Desembolso Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço Perda Recurso consumido de forma involuntária RESUMO DAS TERMINOLOGIAS CONTABILIDADE DE CUSTOS Classifique os eventos descritos a seguir em Investimento (1), Custo (C), Despesa (D) ou Perda (P): ( ) Compra de matéria-prima ( ) Consumo de energia elétrica ( ) Utilização de mão-de-obra ( ) Consumo de combustível ( ) Gastos com pessoal do faturamento (salário) ( ) Aquisição de máquinas ( ) Depreciação das máquinas ( ) Remuneração do pessoal da contabilidade geral (salário) ( ) Pagamento de honorários da administração ( ) Depreciação do prédio da empresa ( ) Utilização de matéria-prima (transformação) ( ) Aquisição de embalagens ( ) Deterioração do estoque de matéria-prima por enchente ( ) Remuneração do tempo do pessoal em greve ( ) Geração de sucata no processo produtivo ( ) Estrago acidental e imprevisível de lote de material ( ) Gastos com desenvolvimento de novos produtos e processos ( ) Imposto de circulação de mercadorias e serviços (ICMS)19 ( ) Comissões proporcionais às vendas ( ) Reconhecimento de duplicata como não recebível C C C D D I C D D C C C P D C P I D D P Princípios contábeis aplicados à contabilidade de custos Curso de Engenhariade Produção FaculdadeEstáciode Sá Professor Tarcisio Costa Brum Realização da receita O princípio da realização da receita determina o reconhecimento do resultado (lucro ou prejuízo) apenas quando da realização da receita A realização da receita ocorre na transferência do produto/serviço para o adquirente. Do ponto de vista econômico, o lucro já surge durante a elaboração do produto, pois há agregação de valor Do ponto de vista contábil, o lucro surge quando há receita, ou seja, quando há a venda consumada do produto Os valores agregados de gastos pelos fatores de produção são acumulados na forma de estoque Alguns produtos, geralmente de longo prazo eprojetados sob encomenda reconhecem a receita, em termos contábeis, antes/durante o projeto Competência O princípio da competência ou da confrontação entre despesas e receitas define o momento de reconhecimento das despesas Após o reconhecimento da receita, são deduzidos todos os esforços para sua consecução (despesas) As despesas são divididas em dois grandes grupos: Despesas incorridas para consecução das receitas que estão sendo reconhecidas Exemplo: comissão de vendas; despesas de produção Despesas incorridas para obtenção de receitas genéricas e não necessariamente daquelas que estão sendo contabilizadas Exemplo: Despesas de administração; propaganda Custo histórico como base de valor No princípio do custo histórico como base de valor, os ativos são registrados contabilmente pelo seu valor de entrada Pode ocasionar problemas quando há, por exemplo, inflação ou deflação e o valor de estoque for alterado Exemplo: Se o custo histórico do produto é de R$ 5000,00 e ele fica estocado por um período e posteriormente é vendido por R$ 6500,00. Supondo que houve inflação de 10% temos as seguintes situações: Pode-se ir mais além, e considerar o valor que representasse o quanto custaria fazer o produto na data da venda A inflação é um índice médio de preços e portanto varia de produto para produto Venda R$ 6500,00 CPV R$ (5000,00) Lucro bruto R$ 1500,00 Venda R$ 6500,00 CPV corrigido (5000X1,1) R$ (5500,00) Lucro bruto R$ 1000,00 Custo histórico como base de valor A contabilidade irá admitir como lucro, o valor de R$ 1500,00 Existem formas e possibilidades na legislação brasileira de corrigir o custo de estoque com base no valor histórico, porém a legislação fiscal brasileira não é muito avançada neste sentido Economias instáveis, onde há variação no índice de inflação, prejudica empresas que podem perder valor em seus produtos em espaços curtos de tempo As empresas acabam por adotar outras formas de avaliar os estoques paralelamente ao principio de custo histórico, mas porém sem valor legal, mas gerencial O custo de produção, mensurado no estoque, é uma decisão que considera o retorno do capital investido no tempo Consistência ou uniformidade Quando há diferentes alternativas para o registro contábil de um mesmo evento, dentro dos princípios aceitos, a empresa deve adotar uma delas de forma consistente, ou seja, sem alterar o critério em cada período. Caso haja necessidade de alteração, a empresa deve comunicar a mudança de critério e retornar o valor da diferença no lucro obtido Exemplo: A empresa pode adotar como critério distribuir os custos de manutenção em função de horas-máquina, valor do equipamento, média passada... A forma de mensuração pode alterar diretamente no valor dos estoques e consequentemente no resultado do exercício Conservadorismo ou prudência Também princípio da precaução. O contador, em caso de dúvida, deve optar registrar o fato contábil na opção mais conservadora, geralmente o de menor valor. Exemplo: Pode haver dúvida entre classificar um gasto como custo ou despesa, como por exemplo, material de limpeza de determinado equipamento. Na dúvida, deve se optar pela hipótese mais pessimista, ou seja, aquela que não vai provocar o estoque desse valor, mas sim sua transformação imediata em despesa. Materialidade ou relevância Princípio que desobriga um tratamento mais rigoroso aqueles itens cujo valor monetário é pequeno dentro dos gastos totais. Consumo de pequenos materiais industriais, por exemplo, precisariam ser tratados como custo na proporção de sua utilização Como são considerados irrisórios, são tratados de forma global como custo do período Onde terminam os custos de produção? A regra é simples: Basta definir o momento em que o produto está pronto para venda Até então, todos os gastos são custos e, a partir do momento da venda, despesas. O gasto com embalagem, por exemplo, pode ser tanto custo quanto despesa, dependendo da aplicação. Dependendo da política de cada empresa, o estoque de produtos acabados é de responsabilidade de diferentes setores. Você pode coloca-los como responsabilidade direta da produção (custo) ou direta das vendas (despesas) ou em parte ,adotando critério objetivos para tal Gastos na produção que não são custos Muitas vezes ocorre o uso de instalações, equipamentos e mão-de- obra da produção para elaboração de bens ou execução de serviços não destinados à vendas Exemplos: Serviços de manutenção do prédio; reforma ou conserto de equipamentos não fabris; produção de máquinas ou novos dispositivos O uso de pessoal ocioso da produção para ampliar as instalações do departamento de qualidade, por exemplo. Não se podem incluir estes gastos nos custos dos produtos nesse período. Devem ser realizados apontamentos de mão de obra ou materiais para serem tratados como despesa do período. Os princípios da materialidade e do conservadorismo devem ser observados! DRE industrial Suponhamos um caso simples de uma indústria que produza um único produto, de forma continuada, e que tenha os seguintes movimentos em meses seguidos: Custos do 1º mês: Matéria-prima R$9000 Mão de Obra R$4500 Energia elétrica R$1500 Unidades produzidas no mês: 15 Unidades vendidas no mês: 12 Preço de venda unitário: R$1200 Custo unitário de produção: R$15000/15un=R$1000 Custo das unidades vendidas: 12xR$1000=R$12000 Estoque final de produtos acabados: R$1000x3=R$3000 A DRE neste exemplo fica: Vendas R$14400 Custo dos produtos vendidos (R$12000) Lucro bruto R$2400 DRE industrial A mesma indústria do exemplo anterior, agora no 2º mês: Custos do 2º mês: (CPP) Matéria-prima R$10950 Mão de Obra R$5475 Energia elétrica R$1825 Unidades produzidas no mês (a 19ª em processamento): 18 1/4 Unidades vendidas no mês: 17 Estoque final: 4** Preço de venda unitário: R$1200 **Unidades início 2º mês: 3 R$3000 Recebidas da fábrica no mês: 18 R$18000 Disponíveis para venda no mês: 21 R$21000 Vendas durante o mês: 17 (R$17000) Em estoque final 4 R$4000 Custo de produção do período: Dos R$ 18250, R$ 250,00 são referentes ao produto em processamento. A DRE neste exemplo fica: Vendas R$20400 Custo do produto vendido Custo de produção do período R$18250 (-) Estoque em elaboração (R$250) (=) Custo de unidades acabadas R$18000 (+) Estoque inicial de produto acabado (R$3000) (=) Custo dos produtos disponíveis R$21000 (-) Estoque final de produto acabado (R$4000) Custo do produto vendido (R$17000) Lucro bruto R$3400 DRE industrial Custo de Produção do Período (CPP): É a soma dos custos incorridos no período dentro da fábrica Custo da Produção Acabada (CPA): É a soma dos custos contidos na produção acabada no período. Pode conter custos de produção também de períodos anteriores existentes em unidades que só foram completas no presente período. Custo dos Produtos Vendidos (CPV): É a soma dos custos incorridos na produção dos bens e serviços que só agora estão sendo vendidos. Pode conter custos de produção de diversos períodos, caso os itens vendidos tenha sido produzidos em diversas épocas diferentes. DRE industrial
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