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Casos concretos de Psicologia Aplicada ao Direito.pdf 1

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Psicologia aplicada ao direito 
Caso concreto 1: O Sr. X e a Srª. Y viviam sob união estável e dessa união tiveram uma filha, hoje com 4 anos de 
idade. Quando a criança estava com um ano de idade houve a separação do casal e a criança permaneceu sob os 
cuidados maternos. Quando ocorreu a separação ficou acordado que a criança visitaria o pai aos finais de semana, 
quinzenalmente, e que esse pagaria pensão alimentícia. A Srª. Y ingressou com o pedido de pensão alimentícia 
porque o genitor não estava cumprindo com o acordo. O pai, em contrapartida, solicitou a guarda judicial da filha 
alegando maus-tratos infringidos pela genitora. Devido à circunstancia alegada, situação de risco, foi solicitada, pelo 
advogado do genitor, audiência especial, que foi concedida. Na referida audiência, devido às alegações 
apresentadas, o juiz deferiu a guarda ao genitor. A sentença determinava que a genitora deveria visitar a criança na 
residência paterna de quinze em quinze dias, sendo monitorada. Ao saber da decisão judicial a genitora se 
descontrolou, manifestando comportamento incompatível com o Judiciário. O caso foi encaminhado à equipe 
técnica com o objetivo de se realizar estudo psicossocial. De posse do procedimento, ouvida a genitora e com base 
em visita domiciliar, ficou evidente que a criança não estava em situação de risco. Desse modo, a equipe procurou o 
juiz solicitando, com base nas teorias psicológicas, que a criança não tivesse os vínculos com a genitora 
abruptamente rompidos, o que poderia trazer danos psicológicos para a criança. O juiz solicitou a manifestação do 
Ministério Público. Segundo o MP a mãe não teria condição de permanecer com a criança por ser desequilibrada, 
insana, comportamento que foi observado em audiência. A equipe, mais uma vez partindo dos pressupostos da 
Psicologia, descreveu as possíveis consequências da separação entre mãe e filha. 
1)Faça uma análise do caso acima mencionado, demonstrando onde, no texto, fica clara a diferença entre a 
Psicologia Científica, de um lado, e a apropriação de conceitos dessa Ciência pela psicologia do senso comum. R: A 
Psicologia Científica pode explicar o comportamento descontrolado da genitora na audiência pois ela estava 
passando por uma situação delicada a qual perderia a guarda de sua filha, portanto, é compreensível tal 
comportamento e atitude naquele momento. O senso comum não possui bases necessárias para analisar o 
comportamento humano em cada situação e ter a capacidade de diferenciar o normal (esperado) do que 
realmente pode ser considerado um descontrole, um problema. Por conta disso, é tão importante ter uma equipe 
devidamente preparada para analisar os casos com base em teorias psicológicas. 
Caso concreto 2: A partir do caso concreto acima descrito, em sua opinião, qual a interface da Psicologia com o 
Discurso Jurídico? R: A Psicologia é usada no discurso jurídico como forma de auxiliar o juiz em suas decisões, 
protegendo e respeitando os direitos dos envolvidos no caso, principalmente quando há crianças e adolescentes. 
A psicologia jurídica deve cooperar com o sistema jurídico, humanizando tal sistema, questionando e 
esclarecendo fatos... É muito importante a presença da psicologia no sistema judicial, pois a análise psicológica 
geralmente se faz necessária. No caso descrito, o papel da psicologia seria levar em conta o estado que a mãe se 
encontra - quase depressivo ou depressivo – mas sem descartar o estado do pai também, pois deve ser analisado 
simultaneamente e igualmente. Ainda, deveria levar em consideração a vida dos filhos já que houve um 
afastamento na relação dos mesmos com o pai. Contudo, os filhos que são os maiores prejudicados com tal 
situação, necessitando de um acompanhamento psicológico reforçado. Isso acarreta em uma grande valorização 
da psicologia no âmbito jurídico. 
Caso concreto 3: A partir do caso concreto em tela, faça uma análise que leve em conta o cuidado como valor 
jurídico, as funções do Conselho Tutelar e a Doutrina da Proteção Integral. R: A criança precisa de estímulos para se 
desenvolver dentro da sociedade, esse estímulo deve vir da família, estado e sociedade. Neste caso, a solução 
seria o Estado oferecer um suporte à família para suprir as devidas necessidades. A rede social (sociedade) 
também possui uma certa obrigação, os indivíduos devem colaborar no desenvolvimento dos demais. Não há 
necessidade, neste caso em questão, de punir a família retirando a guarda dos pais. Existem outros meios para a 
resolução deste. 
Caso concreto 5: a)Supondo que o argumento da Defensora Pública fosse desconsiderado, como poderíamos 
entender esta situação, no que diz respeito às atitudes sociais? R: As atitudes possuem origem nas experiências 
subjetivas e estas são aprendidas por meio da vivência da pessoa e da observação. A vivência em sociedade é 
fundamental para a formação das atitudes do indivíduo. 
b)Nesta aula, você estudou a Lei Antimanicomial (10.216/2001). De que forma poderíamos utilizá-la no caso acima? 
R: A Lei Antimanicomial garante a reinserção social de pessoas estigmatizadas por serem portadoras de 
transtornos mentais, garante a humanização no tratamento e defende a não internação, exceto em casos 
extremos quando nenhum outro método fez efeito. Essa seria a função que a lei iria exercer caso fosse aplicada 
no caso citado. 
Caso concreto 6: a)Mediante a leitura do caso acima, identifique o tipo de família e responda se a configuração 
dessa família é reconhecida como entidade familiar? Fundamente. R: Família homoafetiva, formada por duas 
pessoas do mesmo sexo. A Constituição Federal de 1988 configurou que a família passaria a ser uma comunidade 
fundada na igualdade e no afeto, mesmo não sendo a tradicional família nuclear, a família contemporânea é 
aquela que se une pelo amor mútuo entre os membros, a comunidade é uma entidade familiar. 
b) A opção sexual da requerente é fator impeditivo para que tenha êxito na obtenção da adoção das crianças? 
Fundamente. R: Não há legislação expressa sobre adoção por homoafetivos, a opção sexual não deve impedir a 
adoção. O judiciário irá analisar o âmbito psicológico – emocional para a criança, garantindo segurança, amparo e 
afeto. O princípio constitucional da igualdade já bastaria para afastar qualquer discriminação para com os 
homossexuais. 
c)Na evolução da família brasileira ao longo dos anos, o modelo da família patriarcal cedeu lugar ao modelo da 
família contemporânea, quais as diferenças significativas entre um modelo e outro? R: A instituição familiar possui 
base na igualdade e afetividade, os laços consanguíneos não são preponderantes, as diversidades das famílias 
existentes ampliaram a possibilidade de todos terem direito à uma família. O sistema patriarcal perdeu sua força 
e hoje as mulheres exercem papéis fundamentais para o funcionamento das famílias, há uma isonomia entre o 
casal. 
Caso concreto 7: a)No caso em questão não havendo consenso entre os pais pode o Poder Judiciário pode 
obrigá -los a compartilhar a guarda da filha? R: A guarda compartilhada é obrigatória, porém, possui exceções e 
não deve ser imposta pelo juiz, e sim de uma concordância entre as partes. Logo, se a genitora não concorda, não 
deve se alterar a situação atual, pois, iria de encontro ao princípio do melhor interesse da criança. Se a guarda 
compartilhada for imposta, a filha será a mais prejudicada, causando danos e indo totalmente contra a Lei. 
b)O casal buscou auxílio terapêutico e assim pôde mudar a antiga orientação e aceitaram a mediação, e como 
resultado, construíram um Acordo que foi levado à homologação judicial. Pacificado o convívio entre os pais, a 
guarda está sendo exercida por ambos. Quais os ganhos decorrentes desse Acordo? R: A obrigação dos pais é 
dividir as responsabilidadese passar valores e conceitos, dando toda a base que uma criança necessita para se 
desenvolver. Com o Acordo, a filha poderá se desenvolver de maneira saudável, livre de conflitos, podendo 
construir então vínculos afetivos sólidos com outras pessoas. 
Caso concreto 8: A partir da análise do discurso de Clarice podemos pontuar uma série de abandonos: familiar, 
social e afetivo. Faça uma análise destes abandonos à luz do Artigo 227 da Constituição Federal da República do 
Brasil. R: A situação atual de Clarice pode ser considerada culpa da família, do Estado e de toda sociedade, pois no 
artigo 227 da Constituição Federal fica claro que toda criança e adolescente deve ser protegido por toda 
sociedade e pelo Estado, garantindo direito à vida, alimentação, segurança, educação, lazer, dignidade, entre 
outros. Portanto, todos devem ser responsabilizados e devem buscar uma solução no geral, fazendo com que 
Clarice seja acolhida e receba os cuidados ao qual tem direito. 
 Caso concreto 9: Faça uma análise do caso de violência acima descrito. R: Joana sofreu a violência física 
quando foi agredida com um tapa e depois na frente de seus amigos. Sofreu também violência psicológica 
quando era ameaçada e proibida de sair de casa pois atingiu o emocional e o psíquico de Joana, acarretando em 
uma depressão e crises de pânico. Relacionamentos abusivos infelizmente são bem comuns em nossa sociedade. 
Caso concreto 10: a)Se o adolescente não quisesse participar do encontro descrito no caso em tela o juiz 
poderia lhe aplicar uma penalidade? Justifique. R: Não, esses encontros não são obrigatórios. Deve ser 
resguardado o princípio da voluntariedade, com o prévio consentimento de todos os envolvidos. 
b)Faça uma análise do caso concreto em questão, pontuando importantes características da Justiça Restaurativa. R: 
A Justiça Restaurativa visa uma mudança de paradigma, voltada para o desenvolvimento de uma paz social, 
resolvendo o problema através de diálogo e mediação. No caso acima, houve o empoderamento dos envolvidos 
na situação, podendo assim resolver da melhor maneira, trazendo benefícios para os demais. 
Caso concreto 11: a)Por que os estagiários da Defensoria concluíram que seria importante sugerir o instituto da 
mediação para a vítima? R: Porque poderia ser mais eficaz, em termos de tempo e resolução, e evitaria outras 
duas ações judiciais. b)O ex-casal compareceu à Defensoria mediante intimação deste órgão para realizar a 
mediação? R: Não, eles compareceram por vontade própria, pois a mediação deve ser voluntária. 
c)O que significa Termo de mediação? R: É um termo de Acordo, estabelecido na mediação, que é redigido e 
assinado por todos que participaram de tal procedimento 
Caso concreto 12: a)Com a contribuição dos relatos de mães e pais que de fatos vivem a guarda compartilhada, 
defina o instituto. R: A guarda compartilhada é a criação e responsabilização conjunta dos filhos pelos pais após a 
separação conjugal, portanto, é o compartilhamento do poder familiar e das decisões referentes ao cuidado com 
os filhos. 
b)Com relação ao relato da Mãe2 podemos verificar a confusão entre os institutos da Guarda Compartilhada e da 
Guarda Alternada? Justifique. R: Sim, confusão bastante comum. O acordo que alterna a guarda e a moradia da 
criança, se refere a guarda alternada. 
c)Em que sentido a Guarda Compartilhada contribui para a manutenção da parentalidade após o término da 
conjugalidade? R: A parentalidade está ligada ao pai e mãe, já a conjugalidade está ligada ao casal. Com o término 
da conjugalidade, a parentalidade deve permanecer e o compartilhamento do cuidado e das responsabilidades 
aproxima o pai e a mãe dos seus filhos. 
d)Defina Alienação Parental e a partir das respostas anteriores aponte de que maneira a Guarda Compartilhada 
pode contribuir para evita-la. R: Consiste na alienação física e afetiva que o pai ou a mãe constrói junto ao filho 
por conta do ex cônjuge. A guarda unilateral contribui para esse processo, portanto, a guarda compartilhada e o 
compartilhamento das responsabilidades e direitos da parentalidade pode colaborar para evitar tal alienação. 
Caso concreto 13: a)Qual o tipo de adoção é tratado nesse caso concreto? R: Adoção pronta ou direta. 
b)Descreva, sinteticamente, as principais etapas de um processo de Habilitação para Adoção. R: Os pretendentes à 
adoção devem comparecer a uma Vara da Infância, Juventude e do Idoso, em fórum mais próximo de sua 
residência. As etapas abrangem participação em grupo de reflexão, entrega de documentação, realização de 
estudo social e psicológico. A habilitação para adoção se dá através de sentença judicial, passando os 
pretendentes a integrar o Cadastro Nacional de Adoção (a “fila de adoção”). 
c)Analise o caso apresentado, problematizando, por um lado a posição do promotor e, por outro, a decisão do juiz. 
R: A mão ao entregar a filha a um casal de sua escolha, fraudou a fila de adoção e colocou em risco o melhor 
interesse da criança, visto que situação financeira não deve ser determinante para adoção e sim motivação para 
exercícios parentais. Mesmo com adoção pronta, há um controle judicial, com realização de estudos sociais e 
psicológicos. Mas, o sentimento afetivo existe é, sem dúvidas, o que deve preponderar. 
Caso concreto 14: Com base nas informações acima, avalie se a medida aplicada foi a mais adequada ao caso, 
discorrendo sobre os motivos que justifiquem sua resposta. R: A medida aplicada não foi a mais adequada pois é a 
mais severa. O princípio da proteção integral de crianças e adolescentes deve se fazer presente em tal caso, visto 
que é responsabilidade da família, sociedade e Estado a vida de todos os jovens, onde seus direitos devem ser 
preservados por tais instituições. Deveria haver também uma medida socioeducativa eficaz. 
Caso concreto 15: A partir do caso concreto em tela e tendo em vista que a Psicologia quais seriam as principais 
atividades do psicólogo no sistema penitenciário? R: Os psicólogos devem analisar cada caso, criando laudos, 
observando as minúcias de cada situação e buscando sempre contribuir com cada caso. 
Caso concreto 16: O que seria esperado da atuação do psicólogo? R: O psicólogo deverá analisar e avaliar as 
condições envolvidas em tal situação, respeitando os direitos da criança e sempre visando o melhor interesse da 
mesma.

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