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Resumo para AV2 – Introdução ao Estudo do Direito - 03/06 Mundo Cultural e Mundo Natural ➢ Bipolaridade do homem Ser existencial: Autonomia, individualismo, egoísmo, independência. Ser coexistencial: Companhia, relacionamentos, vida em grupo, instituições. Mundo Natural: Juízo de realidade (fatos e acontecimentos que acontecem no mundo natural). Tradução dos acontecimentos sucessivos, regulares e gerais, retratando os fatos ocorrentes na natureza. Mundo Cultural: Juízo de valor (o que a sociedade convencionou -regras sociais a serem seguidas-, o que achamos que é). Mundo das realizações humanas, onde a sociedade através de sua criatividade, cria uma realidade para satisfazer as suas necessidades. Significado e conceito da palavra Direito A palavra direito vem do latim dictum e designa etimologicamente (origem) aquilo que está de acordo com a régua, aquilo que é reto. Daí passou para o sentido figurado, designando aquilo que estava de acordo com a lei, depois ampliando-se para o sentido de a própria lei, conjunto de leis e a ciência que as tem por objeto. Conceito: é um conjunto de regras obrigatórias, com força coativa ou não, que garante a convivência social das pessoas. Sentidos da palavra Direito: Regra de conduta obrigatória (direito objetivo). Faculdade ou poderes que uma pessoa tem ou que pode exigir de outra (direito subjetivo). É a norma em vigor em uma determinada sociedade, época ou momento. É o direito instituicionalizado pelo Estado (Direito Positivo). Sistema de conhecimentos jurídicos (Ciência do Direito). Significados: Justiça, lei (norma), faculdade ou poder de agir, ciência, fato social. Obrigação de fazer ou não: Art. 5º Inciso II C.F “Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.” Princípio da obrigatoriedade da lei: Art. 3° LINDB “Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.” Função do Direito: Solucionar conflitos Paz social Convalidar (legitimar) poderes político e jurídico Finalidade do Direito: Previnir conflitos da sociedade Crimes hediondos > responder preso até o julgamento para evitar mais conflitos. Moral é o conjunto de práticas, costumes e padrões de conduta, formadores da ambiência ética. Varia no tempo e no espaço, pois cada povo possui sua moral, que evolui no curso da história, consagrando novos modos de agir e pensar. Moral: Bilateral pois só existe com duas ou mais pessoas e unilateral pois cada um tem a sua; Visa mais a intenção, partindo da exteriorização do ato; Nunca heterônomo, incoercível e nunca é igual; Visa o bem individual ou os valores da pessoa. Direito: Bilateral atributivo, pois atribui direitos a um e deveres ao outro; Visa mais o ato exteriorizado; Pode ser heterônomo e é coercível; Predeterminado e certificável (previsto na lei); Visa o bem social ou os valores de convivência. Direito Natural (essência do ser humano) e Direito Positivo. Natural: ordenamento ideal, correspondente a uma justiça superior e suprema. É um conjunto de normas cuja observância é necessária, mas é insuficiente para garantir a justiça humana em nossa sociedade. Positivo: É o ordenamento jurídico (conjunto de normas jurídicas) em vigor num determinado país e numa determinada época. Direito Natural: ➢ Emerge espontaneamente na sociedade. ➢ Não escrito. ➢ Informal. ➢ Independe de vigência (sempre existiu). ➢ Independe de local. ➢ Atemporal (não tem revogação, existe para sempre). ➢ Não hierárquico. ➢ Imutável. Direito Positivo: ➢ Criado pelo homem. ➢ Escrito ou não. ➢ Formal. ➢ Dimensão espacial. ➢ Temporal (revogação). ➢ Hierárquico (Pirâmide de Kelsen). ➢ Mutante mediante a vontade humana. Princípio da fundamentação: Art. 4° LINDB Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Direito Público e Privado Teoria Monista (existência de apenas 1 direito) Somente Direito público (Hans Kelsen): Todo direito é público porque todas as relações jurídicas se apoiam na vontade do estado, já que este é o responsável direto e imediato pela segurança e harmonia social. Somente Direito privado (Rosmini e Ravá): Pois sempre foi o único durante séculos e seu nível de aperfeiçoamento não foi atingido ainda pelo Direito Público. Teoria Dualista Natureza da relação jurídica: Quando o Poder público participa da relação jurídica, impondo sua vontade “imperium” em uma relação de subordinação, o Direito é Público. Quando for a relação entre particulares, num plano de igualdade, o Direito é Privado. Teoria Trialista (Direito misto ou social) Ramos do Direito (especialidades): Direito Público Externo (internacional): Leis ou acordos que envolvem diferentes países. Direito Privado Externo (internacional): Envolvem pessoas de diferentes países. Direito Público Interno: Direito Penal, Tributário, Processual, etc) Direito Privado Interno: Civil e Empresarial/Comercial. Classificação das Fontes do Direito: Fontes Formais (como se apresenta): Lei, Jurisprudência, Costume ou Doutrina. Fonte Primária: Direta e imediata. Fonte Secundária: Indireta e mediata. Civil Law por exemplo, tem como fonte primária a Lei, e fonte secundária a jurisprudência, costume e doutrina. Common Law tem como fonte primária o costume, e como secundária a lei, doutrina e jurisprudência. Fonte Materiais (fonte criadora): Civil Law: Direta/imediata/primária – Legislativo, Executivo (cria lei excepcionalmente), Judiciário (cria fonte secundária – Jurisprudência), Doutrinadores (cria doutrina), Sociedade (cria fonte secundária, costume) Fonte Material Secundária: Indireta/Mediata – Fatos, Acontecimentos. Jurisprudência em sentido estreito – é o conjunto de decisões emanados dos tribunais superiores, convergentes, sobre a mesma questão jurídica. As jurisprudências por serem fontes secundárias poderão ser divergentes entre si e não vincula nenhum juiz ou tribunal à segui-la, sendo somente fonte de esclarecimento. Súmula – é o conjunto de jurisprudências convergentes sobre a mesma questão jurídica, cujo entendimento dentro daquele tribunal já está pacificado e através de votação de seu órgão especial por unanimidade decidem transformar aquela jurisprudência em súmula. A súmula emanada destes tribunais não vincula nenhum tribunal abaixo, podendo ter decisões diferentes. Súmula Vinculante – Só pode ser editada pelo STF. Obriga magistrados e órgãos públicos a decidirem da mesma forma. Tem que ser aprovada por oito ministros do STF e deve abordar matéria constitucional. Fonte de Integração Analogia, Costume e Princípios Gerais do Direito. No campo das lacunas, a criação judicial pode ser suscitada na utilização da analogia como meio de integração. A analogia consiste na aplicação da norma reguladora de um determinado caso a outro semelhante, mas que não possua regulamentação legal. A Lei Em sentido estrito: lei emanada do Poder Legislativo, só quando parte do Poder Legislativo que é o órgão competente para elaborar a lei (Lei constitucional). Lei em sentido amplo é toda a manifestação escrita da norma jurídica (Leis complementares, ordinárias), mesmo quando não parte do Poder Legislativo. Art. 2º LINDB: Princípio da Continuidade da Lei: Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. Revogação Ab-rogação: revogação total. Derrogação: revogação parcial. Tácita: aquelaque não está está escrita, mas subentende-se a sua vigência, devido a uma incompatibilidade com outra lei anterior. Expressa: está formalizada no código, que está escrita. Critérios: Cronológico, Hierárquico e Especialidade (aplicação) ex: Lei da Copa (bebida). Repristinação da Lei: É o fenômeno jurídico pelo qual uma lei volta a vigorar após a revogação da lei que a revogou. Ultratividade da Lei: Uma lei ao ser revogada deixa de vigorar daquela data em diante, porém, a mesma permanece em vigência no passado. Princípio da Retroatividade da Lei: Contido no Art. 6º da LINDB, determina que uma lei ao entrar em vigência terá efeito imediato e geral daquela data para o futuro, porém, a mesma poderá atingir fatos pretéritos tendo como limitação desta retroatividade o ato jurídico perfeito, a coisa julgada e o direito já adquirido. Irretroatividade: a Lei nova não poderá retroagir se atingir o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. Caso não atinja estas três situações a lei poderá retroagir ao passado. O direito adquirido é aquele que o sujeito preenche todos os requisitos legais para que aquele direito incorpore em seu patrimônio e se transforme em seu direito subjetivo. Ato jurídico perfeito é aquele que o cidadão deve cumprir todas as formalidades e solenidades (atos) que a lei exige, fazendo com que a própria lei garanta a segurança jurídica daquele ato realizado. Coisa Julgada é a decisão judicial que não pode mais ser alterada ou modificada, seja por decurso de prazo ou esgotamento de recursos. (exceção: direito penal pois a lei sempre irá retroagir para beneficiar o réu, inclusive alterando coisa julgada). Emenda Emenda Constitucional: é uma modificação da constituição de um Estado, resultando em mudanças pontuais do texto constitucional, não podendo, apenas, ter como objeto a abolição das chamadas cláusulas pétreas. Cláusulas Pétreas: são limitações materiais ao poder de reforma da constituição de um Estado. Em outras palavras, são dispositivos que não podem ter alteração, nem mesmo por meio de emenda. Medida Provisória É um instrumento com força de lei, imediata, adotado pelo presidente da República, em casos de relevância e urgência. Validade de 60 dias, sendo perdida caso rejeitada. Após remeter ao poder legislativo para transformar em lei, tem 45 dias para a decisão. Elementos da Relação Jurídica São elementos necessários para que a relação jurídica tenha existência. Lado Ativo: Direito Subjetivo Direito Potestativo (direito sem contestação). Poder Jurídico (pais) >>>>> abuso de poder (ultrapassa aquele poder ou direito) Lado Passivo: Obrigação (Contratual: feito por contrato/Extracontratual: feito por lei) Sujeição Objeto da relação jurídica: bens (móvel ou imóvel), obrigação ou pessoa. Fato Jurídico (propulsor): descrito na norma. Garantia: a lei. Vínculo: contrato ou lei.
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