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UNIDADE 1.1

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UNIDADE 1.1
TERMORREGULAÇÃO
TERMORREGULAÇÃO
A manutenção da temperatura central do organismo com uma variação de apenas ± 0,6°C é feita através de mecanismos homeostáticos eficientes que visam manter as reações químicas orgânicas dentro de padrão compatível com a normalidade. Ainda que a temperatura do ambiente externo varie de 13°C aos 70 °C, a temperatura corporal será mantida praticamente constante. Ao contrário da temperatura central, a temperatura cutânea variará conforme a temperatura ambiente.
A temperatura central média de um ser humano, quando medida na boca, fica na faixa de 36,7°C e 37°C, porém pode variar quando se pratica exercício físico intenso ou quando se está exposto a temperaturas ambientais severas.
TERMORREGULAÇÃO
Para ajudar a manter a temperatura constante, algumas partes do corpo são fundamentais, pois atuam como materiais isolantes.
Os principais sistemas isolantes do corpo são:
 A pele;
 Os tecidos subcutâneos;
 A gordura dos tecidos subcutâneos;
Para que haja um controle efetivo da temperatura corporal é necessário haver um equilíbrio dinâmico entre a quantidade de calor produzida e a quantidade perdida. E isto se faz através de diversos mecanismos.
TERMORREGULAÇÃO
Ganho de Calor:
A produção de calor é um dos principais resultados do metabolismo. E os fatores que determinam a taxa de produção de calor são:
Valor basal do metabolismo celular.
Aumento do metabolismo pela atividade muscular.
Aumento do metabolismo em decorrência da maior atividade química nas células.
Aumento do metabolismo determinado pelo efeito da tiroxina sobre o metabolismo celular.
Aumento da estimulação simpática sobre as células (ação da adrenalina noradrenalina).
TERMORREGULAÇÃO
Os órgãos internos (fígado, cérebro, coração e músculos esqueléticos) são os principais responsáveis pela produção de calor. Este calor é então transferido para a pele, onde é perdido para o meio ambiente.
 Nas situações em que a temperatura do corpo estiver excessivamente baixa, o organismo atuará com mecanismos geradores de calor:
Vasoconstrição cutânea em todo o corpo;
Aumento da produção de calor;
Estimulação hipotalâmica dos calafrios;
Excitação química simpática da produção de calor;
Aumento da produção de tiroxina;
TERMORREGULAÇÃO
Perda de Calor:
Em várias situações o organismo deverá ser capaz de eliminar calor para a manutenção da sua homeotermia. A quantidade de calor perdida estará na dependência da velocidade com que o calor é transferido das partes mais internas do corpo para a pele; e da velocidade com que esse calor é transferido da pele para o meio ambiente.
A transferência de calor do centro do corpo para a pele é realizado através do fluxo sanguíneo, e a troca de calor se dá principalmente nas mãos, pés e orelhas.
A condução de calor pelo sangue é controlada através do grau de vasoconstrição existente nas arteríolas e anastomoses arteriovenosas, sob controle do sistema nervoso autônomo (simpático).
TERMORREGULAÇÃO
Os principais mecanismos de perda de calor são:
Evaporação:
Quando a água se evapora da superfície corporal verifica-se uma perda de 0,58 Calorias por grama de água. Este fenômeno ocorre na pele e nos pulmões, mesmo quando a pessoa não está suando, e é responsável por uma perda média de 12 a 16 calorias por hora. Mas, está evaporação insensível não pode ser controlada para fim de termorregulação, pois decorre da difusão contínua de moléculas de água. Já a perda por suor pode ser controlada através da regulação da sudorese.
TERMORREGULAÇÃO
Evaporação (Continuação):
Quando a temperatura corporal for maior que a do ambiente as perdas se darão principalmente por irradiação e condução, mas quando a temperatura do meio for maior que a da pele, estes processos farão com que o corpo ganhe calor, sendo a evaporação a única maneira do corpo perder calor.
O uso de roupas normais reduz a perda de calor por convecção pela metade, pois diminui o fluxo de ar. Porém, se a roupa estiver úmida, sua capacidade de manutenção térmica é praticamente toda perdida, pois a água é um bom condutor.
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Irradiação:
A perda por irradiação é mais importante, cerca de 60% em condições normais. Esta perda ocorre em forma de raios de infravermelho, uma forma de onda eletromagnética que todos os objetos (acima do zero absoluto) emitem. Portanto o corpo humano emite e recebe este tipo de onda, sendo que quando o copo está mais quente que os objetos em sua volta ele emite mais que recebe.
Condução:
A troca de calor direta com outros objetos através da condução é responsável por uma parte bem pequena da quantidade de calor perdida(3%). Já a condução para o ar representa uma parte bem mais significativa, cerca de 15%.
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Convecção:
A remoção de calor através de corrente de ar (convecção) é uma etapa após a condução, devido ao fato do ar quente ter a tendência de elevar-se. Este fenômeno evita que o ar quente fique em contato com a pele, o que prejudicaria a troca da calor.
Resfriamento pelo vento:
A velocidade do ar imediatamente adjacente a pele é maior que a normal, isto faz com que as perdas por convecção aumentem.
TERMORREGULAÇÃO
Em situações onde a temperatura do corpo está excessivamente quente, o organismo atua para perder calor através da:
Vasodilatação dos vasos sanguíneos cutâneos
Sudorese
Inibição dos mecanismos de produção de calor
TERMORREGULAÇÃO
O Papel do Hipotálamo na regulação da Temperatura.:
Os mecanismos de feedback que regulam a temperatura do corpo operam por meio dos centros termorreguladores localizados no hipotálamo, auxiliados por detectores de temperatura que determinam se a temperatura corporal está excessivamente quente ou fria. Os impulsos provenientes desta área são transmitidos pelas vias autonômicas para a medula e, daí pela via simpática para a pele de todo o corpo.
O hipotálamo anterior contém grande número de neurônios sensíveis ao calor e ao frio para o controle da temperatura corporal. Um aumento na frequência de sua descarga é observado quando a temperatura sobe (neurônios sensíveis ao calor) ou desce (neurônios sensíveis ao frio).
TERMORREGULAÇÃO
O papel da glândula sudorípara:
A glândula sudorípara dispõe de uma porção interna espiralada que secreta o suor e outra, chamada porção dutal, que se dirige para o exterior através da derme e epiderme. Sua secreção é estimulada pelas fibras nervosas simpáticas colinérgicas do sistema nervoso autônomo. A quantidade de secreção liberada está na dependência da intensidade do estímulo que chega até as glândulas sudoríparas.
A quantidade transpirada depende também do grau de adaptação da pessoa ao ambiente. Segundo a literatura consultada, em ambientes quentes uma pessoa bem adaptada pode chegar a transpirar cerca de 3 litros por hora, enquanto uma pessoa não adaptada não passa de 1 litro.
TERMORREGULAÇÃO
Quando a área do hipotálamo anterior é aquecida, verifica-se imediatamente por todo o corpo uma sudorese intensa na pele associada a uma vasodilatação cutânea. Além disso, outros receptores localizados na pele e nos tecidos corporais mais profundos também atuam na regulação da temperatura. Estes receptores são mais sensíveis ao frio do que ao calor, sendo bem provável que estejam relacionados com a prevenção a hipotermia (prevenção a baixas temperaturas corporais).
Uma outra maneira de se ativar a sudorese é através da adrenalina ou da noradrenalina que circula no sangue. Estes hormônios são importantes, pois quando praticamos atividades físicas a medula supra renal libera-os na corrente sanguínea.
TERMORREGULAÇÃO
O Ponto Fixo
O ser humano possui um ponto fixo de temperatura que ao redor dos 37.1°C. As pequenas variações de temperaturas para mais ou para menos estimulam rapidamente o mecanismos de homeostase que trazem a temperatura de volta para o ponto fixo.
Em ambientes extremamente frios ou quentes, contudo, o controle comportamental da temperatura corporal é o mais eficiente. Este mecanismo consiste na emissão de estímulos de desconforto
pelo cérebro, seja pelo frio ou pelo calor. Assim a pessoa, assim como os animais, procurarão um ambiente mais adequado, ou se proteger de outra maneira.
Termorregulação é a capacidade de um organismo utilizar de vários mecanismos para garantir que a sua temperatura corporal seja mantida na faixa apropriada à espécie.
TERMORREGULAÇÃO
As espécies poderão ser classificadas de acordo com sua capacidade ou incapacidade de termorregular em:
Homeotérmicas: inclui os animais que regulam sua própria temperatura mantendo-a, geralmente, dentro de uma estreita faixa necessária à vida. Um exemplo é o homem.
Heterotérmicas: inclui-se os chamados de animais de “sangue frio” (répteis por exemplo) que não possuem a capacidade de regular sua própria temperatura e utilizam-se do meio ambiente para se termorregular. Estes animais possuem uma faixa de temperatura corporal mais ampla.
TERMORREGULAÇÃO
Considerações Gerais sobre os animais homeotérmicos
Algumas condições do ambiente são capazes de causar alterações na temperatura corpórea dos animais (incluindo-se o homem). Fatores como hora do dia, sexo, idade, alimentação e diversos outros podem causar variações na temperatura do indivíduo.
É muito comum observarmos diferentes gradientes de temperatura no corpo do animal. A temperatura do fígado, por exemplo, varia até certo ponto da temperatura encontrada em partes externas do corpo. Um bom local para que se possa medir a temperatura de uma pessoa ou um cão, é o reto. A temperatura retal apresenta-se como uma boa opção por demonstrar um valor médio real indicativo da temperatura do organismo.
TERMORREGULAÇÃO
O calor produzido metabolicamente no corpo é somado ao calor absorvido por radiação, condução e convecção. Há de se ressaltar ainda, a diferença na produção de calor, tendo em vista como modelo a produção constante de calor por parte do coração e a produção inconstante de calor por parte de um músculo estriado esquelético qualquer.
A perda de calor poderá se dar por radiação, condução e convecção, além da evaporação que ocorre pelas superfícies da pele e vias respiratórias e ainda pela excreção de urina e fezes.
TERMORREGULAÇÃO
Entre as respostas fisiológicas à perda de calor podem ser:
Ajustes circulatórios: A vasodilatação cutânea por exemplo, facilita a perda de calor para o ambiente.
Evaporação: Cerca de 25% do calor produzido por um mamífero em repouso é perdido por evaporação de água pela pele e vias respiratórias.
Sudorese: Em seres humanos se dá basicamente por glândulas écrinas (supridas por fibras colinérgicas presentes em nervos simpáticos), e em outros animais por glândulas apócrinas também (desenvolvidas dos folículos pilosos).
Polipnéia: Típica nos cães. Ocorre um aumento na frequência respiratória para que haja aumento da expulsão de calor por vias respiratórias.
TERMORREGULAÇÃO
Entre as respostas fisiológicas ao frio, podemos ter:
Resposta comportamental ou relacionada ao isolamento: Pode haver um comportamento que evite a perda de calor, um crescimento dos pêlos ou ainda um aumento da camada adiposa em um indivíduo.
Ajustes circulatórios: Vasoconstricção objetivando a perda de calor para o meio ambiente.
Calafrio: Aumento na produção de calor através de contrações musculares involuntárias.
Ação hormonal: Como exemplo a liberação da tiroxina estimulada pelo frio.
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Percepção térmica Mediada por unidades termossensíveis no SNC e por termorreceptores periféricos. Em conjunto, estes sistemas agem em favor da manutenção da temperatura corporal.
Termorreceptores periféricos – Existentes em pele e certas membranas mucosas. São divididos em receptores de frio e receptores de calor. Através de testes em animais domésticos, como no carneiro, descobriu-se que certas áreas possuem maior ou menor importância na termopercepção do que outras áreas. Foi feito um teste onde se estimulou com calor a região escrotal e se observou polipnéia mais rapidamente que quando outras áreas eram estimuladas.
TERMORREGULAÇÃO
Termorreceptores no SNC – Ao se aquecer a região pré-óptica hipotalâmica de um mamífero consciente, há uma resposta que corresponde à ativação de mecanismos fisiológicos de perda de calor, assim como o oposto ocorre ao se resfriar o mesmo local.
Alterações malignas na temperatura Hipotermia – Redução drástica da temperatura corporal em animais homeotérmicos não-hibernadores. Essa situação se desenvolve quando há o total desgaste dos mecanismos de luta contra a perda de calor de que um organismo dispõe.
TERMORREGULAÇÃO
Febre e hipertermia – Aumento da temperatura corporal em ambas as situações. A diferença básica é que a febre é um mecanismo de hipertermia fisiológica, onde, através de substância pirógenas o organismo atinge uma temperatura mais alta que a normal. Após a finalização do agente causador da febre, a temperatura tende a voltar aos valores normais.
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