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SOCIOLOGIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA (AULA 4)
Sistema eleitoral
O sistema eleitoral é baseado no voto direto e secreto. Em outras palavras, o eleitor vota, diretamente e de maneira sigilosa, no candidato ao cargo a ser preenchido, já que seu voto não pode ser divulgado a terceiros.
Mas há distorções na representação política que atingem os dois atores principais do sistema eleitoral – eleitor e candidato. Essas distorções podem ser formuladas da seguinte maneira:
1. Uma eleição será ainda mais democrática quanto menores forem as desigualdades no sistema eleitoral, que atribuem valor diferente ao voto. Sendo assim, os votos de todos e de cada um deverão ter o mesmo valor.
2. Quanto maior a proporcionalidade garantida pela lei das eleições, mais democrático será o sistema eleitoral. Primeiro, porque haverá igualdade entre os partidos, independentemente de seu tamanho; segundo, porque o sistema será menos excludente, na medida em que não negará representação política aos eleitores que tiverem optado por partidos menores.
Evolução do ordenamento jurídico
O ordenamento jurídico é fruto de um processo histórico de lutas por conquistas, que pode ser assim resumido:
Até os anos 1930
O Estado brasileiro voltava-se estritamente para o atendimento dos interesses das oligarquias e considerava as questões sociais simplesmente “um caso de polícia”.
Após a Segunda Guerra Mundial
Surgiu um Estado nacional que assumiu como responsabilidade os direitos sociais relacionados ao trabalho urbano – direitos trabalhistas.
Golpe Militar de 1964
Iniciaram na história brasileira mais de duas décadas de ditadura. As instituições de Direito foram frontalmente atacadas.
Constituição Federal de 1988
Depois de muita resistência de setores mais progressistas da população brasileira, que nunca aceitaram o regime militar e não desistiram de lutar – apesar das mortes, dos desaparecimentos e dos exílios forçados –, criou-se a Constituição Federal.
Constituição garantia e dirigente
A atual Constituição Federal possui diversas normas que permitem classificá-la como:
	CONSTITUIÇÃO GARANTIA
Tipo clássico de constituição que protege as liberdades individuais e coletivas, bem como limita o poder do Estado.
Exemplos
Magna Carta inglesa (1215);
Constituição norte-americana (1787);
Constituição francesa (1791).
	CONSTITUIÇÃO DIRIGENTE
Constituição que possui normas programáticas e diretrizes para seu cumprimento por parte do Poder Público. Tais diretrizes orientam a utilização do poder, o progresso social e econômico, bem como a política a ser seguida pelos órgãos estatais e pela sociedade como um todo.
Esse tipo de constituição estabelece um plano diretivo que tem por finalidade a evolução política.
Organização do Estado republicano, democrático e representativo
A Constituição Federal estabelece o seguinte:
“Art. 1º A República Federativa do Brasil [...] constitui-se em Estado Democrático de Direito [...]”.
Isso significa que, inspirando-se na moderna doutrina jurídica e democrática, os constituintes brasileiros concordam com o princípio de que a atuação do Estado deve se pautar pela estrita observância das normas legais, e não pelo capricho ou pela vontade circunstancial de seus dirigentes.
O conceito de Estado moderno está estreitamente vinculado à noção de poder institucionalizado, que enuncia: o Estado se forma quando o poder se assenta em uma instituição, e não em um indivíduo. Dessa forma, podemos dizer que, no Estado moderno, não há poder absoluto, pois mesmo os governantes devem se sujeitar ao que está estabelecido na lei.
Além disso, no Estado Democrático de Direito, também é fundamental que a Lei seja a expressão da vontade popular, exercida por meio de seus representantes eleitos de forma direta. Portanto, duas noções importantes estão relacionadas ao conceito de Estado republicano: a democracia e a representação política (Palavra de origem grega composta da seguinte forma: demos = povo + cratos = poder → poder do povo. Em Atenas, na Grécia Clássica – século IV a.C. –, o poder era exercido por uma assembleia de cidadãos, a quem competia elaborar as principais normas da vida em comunidade e decidir as questões de interesse comum. Contudo, nem todos os membros da sociedade podiam participar: estavam excluídos as mulheres, os escravos e os estrangeiros, que, em conjunto, eram a maioria da população.).
Atualmente, em função da complexidade das sociedades e do expressivo número de cidadãos habilitados a participar do processo democrático, a experiência da democracia direta não é mais possível. No Estado moderno, a democracia é representativa, isto é, os cidadãos escolhem, por meio do voto, os representantes que decidirão os assuntos públicos nos âmbitos dos Poderes:
Executivo – presidente da República, governador de Estado e prefeito;
Legislativo – senador, deputado federal, deputado estadual e vereador.
Apesar da escolha periódica dos representantes, a fonte de todo poder legítimo permanece nas mãos dos cidadãos, conforme indica o Artigo 1º da Constituição Federal, Parágrafo único:
“Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente [...]”.
Atribuições dos três Poderes
Outra característica do Estado constitucional moderno é o estabelecimento da separação entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário por meio de um sistema de freios e contrapesos que evita a predominância de um Poder sobre os demais.
De acordo com a célebre formulação de Montesquieu (Filósofo, jurista e político francês do século XVIII):
“Tudo estaria perdido se uma só pessoa ou um só corpo de notáveis, de nobres ou do povo, exercesse estes três poderes: o de fazer as leis, o de executar as decisões públicas e o de punir os delitos ou as contendas entre os particulares”.
Avançando em relação a essa concepção, mais do que designar pessoas diferentes para essas funções diversas, o Estado constitucional moderno determinou papéis institucionais diferenciados para os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Conforme o Artigo 2º da Constituição Brasileira estabelece, estes são os “Poderes da União, independentes e harmônicos entre si [...]”.
Vamos estudá-los a seguir...
Poder Executivo
No caso do sistema presidencialista de governo adotado pela Constituição Brasileira de 1988, ao Poder Executivo – exercido pelo presidente da República com o auxílio dos ministros de Estado – cabe a função de praticar os atos de chefia de Estado – representar a nação –, de governo e de administração.
Poder Legislativo
No contexto da divisão de Poderes estabelecida pelo constitucionalismo moderno, o papel do Poder Legislativo é fundamental, pois a este cabe, entre outras funções, a elaboração das leis e a fiscalização dos atos dos demais Poderes da União.
As leis são elaboradas de forma abstrata, geral e impessoal, pois são feitas para todas as pessoas e não devem atender a interesses ou a casos individuais.
Atribuições do Congresso Nacional
As atribuições do Congresso Nacional estão estabelecidas nos Artigos 48 e 49 da Constituição Federal. Além dessas, o Artigo 51 define mais algumas que são privativas apenas da Câmara dos Deputados, e o Artigo 52, aquelas que são somente do Senado Federal.
O Congresso Nacional exerce sua atribuição legislativa sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:
As questões tributárias – arrecadação e distribuição de recursos públicos;
O planejamento das ações de governo – por meio das leis orçamentárias e de planejamento, que definem como os recursos públicos federais serão gastos;
Organização do território nacional – particularmente com relação às áreas dos Estados, ouvidas as Assembleias Legislativas;
Criação de órgãos públicos, cargos e empregos públicos federais;
Telecomunicações e radiodifusão;
Questões monetárias etc.
Entre as demais e variadas matérias sobre as quais compete ao Congresso Nacional legislar, estão, por exemplo:
Todos os ramos doDireito;
A desapropriação;
As águas, a energia e a informática;
O serviço postal;
O comércio exterior e interestadual;
As jazidas minerais;
A emigração e a imigração;
A nacionalidade, a cidadania e a naturalização;
As diretrizes e as bases da educação;
Os registros públicos;
A licitação e os contratos na administração pública;
A defesa nacional;
A propaganda comercial.
Sistema eleitoral brasileiro
Originalmente, o sistema eleitoral brasileiro era censitário, ou seja, baseado na renda ou na escolaridade. Além disso, o voto era:
Indireto – os eleitores municipais indicavam os eleitores da província;
A descoberto – não secreto.
Isso facilitava a fraude e legitimava a exclusão social (Expressão de origem francesa pautada pelo modo de classificação social da França, que está relacionada, especificamente, a pessoas ou a grupos desfavorecidos). Hoje, de acordo com a Constituição Federal:
“Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos [...]”.
VOCÊ SABIA?
Sufrágio, voto e escrutínio NÃO têm o mesmo significado!
Embora, por vezes, empregados como sinônimos, esses termos apresentam sentidos distintos.
Sufrágio é o direito que alguém tem de votar e de ser votado.
Voto é o instrumento que possibilita o exercício do direito ao sufrágio por alguém.
Escrutínio é o procedimento, o modo pelo qual alguém pratica o voto.
Processo de escolha dos legisladores
Os representantes de todos os níveis dos Poderes Legislativo e Executivo são escolhidos diretamente através do voto. São considerados válidos os votos nominais aos candidatos – por nome escolhido – e os votos nas legendas – partidos –, nas eleições proporcionais e majoritárias. Os votos nulos e em branco são descartados.
Quadro atual do sistema eleitoral brasileiro
	
Qualidade do sistema eleitoral
No Brasil, o Poder Legislativo é composto por duas casas: o Senado e a Câmara dos Deputados. Ambas constituem o Congresso Nacional. Mas, embora façam parte do mesmo Poder, senadores e deputados são escolhidos por sistemas eleitorais diferentes. A justificativa para isso está baseada na representatividade das casas. No entanto, há quem critique essa distinção e, até mesmo, proponha a extinção do Senado.
O que é reforma política?
Há muito tempo, refletimos sobre a necessidade de uma reforma política no Brasil. O tema é alvo constante de debates entre especialistas e pessoas que discutem sobre os destinos da política partidária do País. Na verdade, este é um assunto importante para todos os brasileiros – especialistas ou não – e, em particular, para os estudiosos do Direito.
Com as manifestações populares ocorridas em junho de 2013, a temática ainda ganhou maior destaque após o discurso da presidenta da República. Nas rádios, nos canais de TV, nos sites e nas redes sociais, a questão foi propagada e bastante debatida.
Mas, afinal, o que vem a ser uma reforma política?
Trata-se de um conjunto de propostas para a reorganização do sistema político brasileiro que não foi modificado na Assembleia Nacional Constituinte (1987/1988).
Só no final da década de 1990, o debate sobre a reforma política configurou-se em torno de alguns pontos. São eles:
A reorganização ampla das regras do sistema político e da forma de financiamento de campanha;
A criação de novas instituições capazes de aumentar a participação e os diferentes padrões de interação entre instituições representativas e participativas.
Isso significa que, desde o final do século passado, discute-se sobre a necessidade de haver modificações no modelo político nacional. Mas, até hoje, não existe um consenso entre os especialistas sobre quais são as reformas necessárias para o sistema político brasileiro.
Atualmente, estes são os principais tópicos de discussão sobre a reforma política no Brasil:
	Financiamento público de campanhas
Destinação de recursos públicos a campanhas eleitorais e a partidos políticos, proporcionalmente à representatividade desses partidos no parlamento.
	Lista fechada
Sistema de votação de representação proporcional, no qual os eleitores votam apenas em partidos, e não nos candidatos.
	Cláusula de barreira
Também conhecida como cláusula de exclusão ou de desempenho, trata-se de um dispositivo que restringe ou impede a atuação parlamentar de um partido que não alcança um percentual de votos determinado.
	Proposta de um Sistema Nacional de Participação Social
O Decreto nº 8.243/2014 instituiu a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS). O texto estabelece objetivos e diretrizes relativos ao conjunto de mecanismos (Dentro deste conjunto, estão: Conselhos; Conferências; Ouvidorias; Mesas de diálogo; Consultas públicas; Audiências públicas; Ambientes virtuais de participação social) criados para compartilhar com a sociedade civil decisões sobre programas e políticas públicas.
De acordo com o governo, o objetivo é fortalecer e articular os mecanismos e as instâncias democráticas de diálogo, bem como a atuação conjunta entre a administração pública federal e a sociedade civil.
QUESTIONÁRIO NO FINAL

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