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AÇÃO DE COBRANÇA NOTA PROMISSÓRIA Copia (2)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE CAUSAS COMUNS DA COMARCA DE FEIRA DE SANTANA – ESTADO DA BAHIA. 
EDILON RODRIGUES RIBEIRO, brasileiro, casado, comerciante, residente e domiciliado na Rua Juracy Magalhães, n.º114, Ponto Central, Feira de Santana (BA), portador de cédula de RG. nº. 01.602.180 04, e CPF. nº. 335.325.325 49, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, para, propor a presente:
AÇÃO DE COBRANÇA CUMULADA COM DANOS MATERIAIS E TUTELA ANTECIPADA
em face de, ANTONIO REIS PINHEIRO, brasileiro, solteiro, VEREADOR, domiciliado na Praça Deraldo Belarmindo de Souza, n.º 90, Centro, CEP 44.180.000, CAMARA DE VEREADORES da Cidade de Antônio Cardoso, Bahia, o que efetivamente o faz, pelas razões de direito e de fato, conforme aduz a seguir:
PRELIMINARES:
A) DA JUSTIÇA GRATUITA:
 Inicialmente, requer os benefícios da Assistência Judiciária Integral e Gratuita, pois neste momento passa por sérias dificuldades financeiras, não tendo condições de arcar com as despesas do processo judicial sem prejuízo ao próprio sustento e de sua família. Por isso vem evocar o art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal, bem como do art. 4º, caput e parágrafo 1º da Lei 1.060/50, e demais disposições introduzidas pela lei 7.510/86. 
B) DO PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA:
			Pedido de tutela antecipada, com base no artigo 273, inciso I do CPC.
			Diz o art. 273 do CPC.
“O Juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar total ou parcialmente os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação é”:
I – “Haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação”.
A matéria já foi bastante comentada por vários processualistas brasileiros. Dentre as melhores destacam-se primeiramente o magistrado e mestre pela USP, Dr. Antonio Jeová da Silva, no seu livro Tutela Antecipada a Execução Específica, Editora Copola, 1995, pág. 15 e seguinte:
“O legislador, através do art. 273, optou pela rapidez da entrega jurisdicional, em prejuízo da demora da sentença, que virá depois da vastidão das provas reunidas no processo. O juiz como Fausto de Goethe, tem a tarefa de deter o instante”.
		 	Colocada a petição inicial diante do Juiz,e este verificando as provas que o autor fez produzir, antecipará o direito que a parte pleiteia, a antecipação do direito substancial pode ser total ou parcial.
			Quanto à prova inequívoca e verossimilhança da alegação contida na inicial ou pedido, eis a exposição doutrinária da Tese de Cátedra do Prof. Luiz Guilherme Marinoni, da Universidade do Paraná, no seu livro Antecipação da Tutela na Reforma do Processo Civil, Malheiros Editores, 1995, pág. 67:
“Portanto a denominada prova inequívoca, capaz de convencer o Juiz, da verossimilhança da alegação, só pode ser entendida como prova suficiente bastante, para o surgimento do verossímil, que tem aparência de verdadeiro”.
Quanto ao dano irreparável ou de difícil reparação diz o mestre citado:
“Tutela deve ser concedida não só quando o dano é apenas temido, mas, igualmente, quando o dano esta sendo ou já foi produzido”.
		 	O Prof. Luiz Fux,Titular da Cátedra de Processo Civil do Rio, no seu excelente livro Tutela de Segurança e Tutela evidência, Edit. Saraiva, 1996, págs. 344 e 345, menciona:
“O dano irreparável ou de difícil reparação, pode ser pela insolvabilidade do sucumbente ou porque este se mostre incapaz de recuperar o patrimônio do vencedor diante da lesão do seu direito. Em resumo para fazer jus á tutela antecipada o requerente há de forma inequívoca o seu direito e o risco de dano irreparável ou de difícil reparação”. 
 			Segundo os mestres do processo, o exame para tutela jurisdicional cautelar pretende-se a averiguação da presença da probabilidade do direito evocado, conjuntamente com a possibilidade da ocorrência de dano de difícil ou incerta reparação, ou seja, que estejam presentes os requisitos de cautelaridade.
 	O Prof. KAZUO WATANABE (Da cognição do processo Civil, RT, 1987) enaltecendo os pontos anteriormente referidos e, principalmente, o carattere di strumentalitá inerente ao pleito, conclui que:
“... a cognição sumária constitui uma técnica processual relevantíssima, para a concepção de um processo que tenha plena e total aderência realidade sócio-jurídica a que se destina, cumprindo sua primordial vocação que é a de servir de instrumento a efetiva realização dos direitos”.
O exame do fumus boni iuris deve ser visto sob a ótica da segurança do processo, ou nas palavras de LIEBMAN, visando... Assegurar que o processo possa conseguir um resultado útil (Manuele di Diritto Processuale, 1968, Vol. I, n. º 36, pg. 92).
 	E exatamente o escólio de RONALDO CUNA CAMPOS, quando assesta que:
“É o direito de ação, como um direito a um processo eficaz que defende no processo cautelar, pelo que não se há de transformá-lo num intempestivo e inadequado veículo de indagação do direito subjetivo do promovente”. O que se perquire, na espécie, é apenas ocorrência das condições do direito de ação, portanto”. (Estudos de Direito Processual, págs. 128 e 129).
 	Ora, os fatos antes noticiados fornecem franca materialização destes elementos de direito material e processual, atinentes a tutela cautelar.
 	Reprise-se: a convicção do Juiz em procedimento de cognição sumária, como no caso concreto, não necessita ser embasado em certeza, em questão de fundo da posição que se esgrime em Juízo. Em razão da função que cumpre a cognação sumária mera instrumento para a tutela de um direito, e não para declaração de sua certeza, o grau Maximo de probabilidade excessivo,inoportuno e inútil ao fim que se destina. (KAZUO WATANABE, ob. Cit, p. 96), sendo que, no caso em exame, vênia concenssa, é bem mais que plausível o direito e mais que palpável o risco apontado.
 	Finalmente traz-se à luz do conhecimento sobre Tutela antecipada os escritos do Dr. REIS FRIEDE, Magistrado Federal e Prof. da Universidade do Rio de Janeiro, no seu livro Tutela Antecipada Específica e Cautelar, Edit. Del Rey, 1996, Pág. 73/75:
“Prova inequívoca é a que possibilita uma fundamentação convincente do Magistrado e por verossimilhança da alegação, o que é semelhante à verdade provável. Somar-se-á ao que vem a ser analisado na ordem de sua enumeração legal (art. 273, inciso I, CPC) a existência do fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação”.
 	É indispensável em qualquer processo a presença do trimônio, certeza, probabilidade e risco. A sabedoria do Juiz reside em dispensar os rigores absolutos de uma certeza, aceitando a probabilidade adequada e dimensionando os riscos que legitimamente podem ser enfrentados.
 	Fundado o receio de dano irreparável ou de difícil reparação, de que se trata, o inciso I do artigo 273, traduz a apreensão de um dano ainda não ocorrido, mais prestes a ocorrer e vir acompanhado de circunstâncias fáticas objetivas, demonstrando que a falta de tutela dará ensejo à ocorrência de dano.
 	Expostos os elementos balizadores da tutela antecipada parcial, destaca o Juiz Federal do TRF da 4ª Região, Teório Albino, sobre o seu fundamento doutrinário:
“Ela supõe a existência de uma situação de risco ou de embaraça a efetividade da jurisdição, a saber, risco de dano ao direito, risco de ineficácia da execução, obstáculos que o réu maliciosamente põe no andamento normal do processo e assim por diante”.
“Em situação de risco, de perigo de dano, de comprometimento da função jurisdicional imediata, será indispensável por isso, alguma espécie de providência imediata, tomada antes do esgotamento das vias ordinárias”.
 	Ante o fato, a verossimilhança de todas as alegações do Requerente está estampada no fato, restando notório os mesmos em que se fundam os direitos alegados, exaustivamente aqui demonstrados.
 	O“fumus boni iuris”, por sua vez, fica evidenciado na direta razão em que, traduz os fatos e a necessidade de reparação imediata dos prejuízos causados pela mesma, e que se diga, com o passar do tempo ficará mais difícil de ser reparado, já que o prejuízo sofrido pelo Requerente pelo não pagamento da Nota Promissória em anexo, faz com que dia a dia aumente mais, já que o Requerente não vem podendo honrar seus compromissos anteriormente assumidos, e em decorrência do tempo, só fará aumentar os mesmos, porém é que por certo a justiça saberá amenizar tal situação vexatória pela qual passou e passa o Requerente.
Isto posto, presentes os requisitos do artigo do CPC, para a concessão da antecipação da medida se impõe.
DA CAUÇÃO:
 	De logo, o Requerente presta caução fidejussória para garantia do Juízo no valor de R$15.200,00 (Quinze mil e duzentos reais).
OS FUNDAMENTOS LEGAIS À CAUÇÃO:
 	Reza o art. 826 do Código de Processo Civil:
 	“A caução pode ser real ou fidejussória”.
 	A existência de permissão legal que fundamente a pretensão substitutiva de garantia do Requerente também encontra respaldo no art. 827 do CPC, que dispõe:
“Quando a lei não determinar a espécie da caução, esta poderá ser prestada mediante deposito em dinheiro, papéis de crédito, títulos da União ou dos Estados, pedras e metais preciosos, hipoteca, penhor e fiança”.
 	De outro modo, a doutrina nacional, capitaneada, no particular, pelo ilustrado Pontes de Miranda, define que:
“A escolha da caução pertence ao caucionante, pois só este pode saber de sua responsabilidade. Ao Juiz não fica o arbítrio de determinar a espécie”. (Galeno Lacerda, Comentários ao CPC, Forense, p. 211).
1-	DOS FATOS
1.1-	O requerente é credor do requerido referente a importância de R$ 790,00 (Setecentos e noventa reais), representado pela Nota Promissória datada de 21 de outubro de 2004, com vencimento em 22 de janeiro de 2005.
 
1.2-	O requerente recebeu a aludida promissória como forma de pagamento do empréstimo, para custear débitos na campanha política que participou o requerido, como candidato a vereador na cidade de Antônio Cardoso, Bahia.
1.3-	Assim, o requerente, objetivando receber o seu crédito, tentou contato de forma amigável com o requerido por várias vezes e todas as tentativas foram infrutíferas, não lhe restando outra alternativa, senão utilizar a via judicial para resolver tal pendência.
1.4-	Ressalte-se, por oportuno, que dito comportamento gerou prejuízos ao requerente, haja visto que o mesmo é comerciante e necessita de capital de giro, para compra de mercadorias e só possui deste meio para promover a sua sobrevivência e a de sua família.
1.5 – É pertinente ressaltar, que o requerido na época do contrato era candidato a vereador, no entanto “sumiu no mundo”, tornando-se difícil encontrá-lo.
 
1.6 – A promissora em questão foi datada e assinada pelo requerido, pessoa física, mas o mesmo no uso de má-fé fez constar número de Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ, de natureza jurídica para candidato a cargo político eleitoral.
1.7 – O título de crédito ora mencionado, consta para data de cobrança 22 de janeiro de 2005 e segundo documento anexo ora acostado aos autos, confirma que o Requerido em uso extremo de “sabedoria” e má-fé, pediu baixa do CNPJ n.º 06.403.623/0001-91 em 31 de dezembro de 2004, sem comunicar ao requerente, que foi amigo em emprestar quantia para ser gasta em campanha vitoriosa de VEREADOR, o que veio a dificultar até mesmo a cobrança do título.
 02 - Do Direito
Nota promissória, conforme os artigos 75 a 78, Decreto 57.663/1966), é uma promessa de pagamento do devedor ao credor, constituindo um compromisso escrito e solene, pelo qual alguém se obriga a pagar a outrem certa soma em dinheiro em data e local determinado (REQUIÃO, Rubens, Curso de Direito Comercial, 22 ed. V.2, p. 401).
A nota promissória em baila, preenche os requisitos necessários para sua validade, consta no titulo a expressão “NOTA PROMISSORIA” em seu bojo, a promessa incondicional de pagamento a quantia estipulada, o nome do tomador e a data e local do saque e por ultimo a assinatura do sacador, com local e data do pagamento (grifo nosso). 
Destarte, tendo em vista que o descumprimento da obrigação pelo ora requerido gerou prejuízos ao requerente, o mesmo vem evocar os ditames dos artigo 402 e 403 de nosso Instituto Civil ora embasadores dos lucros cessantes, no que tange a perdas e danos. Haja visto que o mesmo é comerciante e necessita de capital de giro, para compra de mercadorias e só possui deste meio para promover a sua sobrevivência e a de sua família. Dessa forma, vejamos in verbis:
“Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.”
 Assim, conforme o entendimento do doutrinador MÁRIO LUIZ DELGADO RÉGIS, “entende-se por perdas e danos a indenização imposta ao devedor que não cumpriu a obrigação, total ou parcialmente.” Dessa maneira, como é sabido os lucros cessantes são uma extensão das perdas e danos, todavia estes, por sua vez, “consistem na diminuição potencial do patrimônio do credor, pelo lucro que deixou de auferir, dado o inadimplemento do devedor.” E considerando que o requerido praticou tal ato dolosamente, sendo que o Requerente era um credor imediato, haja visto que emprestou o capital a curto prazo e mesmo assim o requerido descumpriu sua obrigação.
 
 
03 -	DOS PEDIDOS
3.1 -	Nessa conformidade, vem à ilustre presença de Vossa Excelência, para requerer o seguinte:
3.1.1 - LIMINARMENTE e inaudita altera pars, seja antecipada a tutela perseguida pelo Requerente, determinando-lhe o bloqueio e o levantamento através de cheque administrativo o qual deverá ser entregue ao autor ou seu advogado na quantia de R$15.200,00 (quinze mil e duzentos reais).
3.1.2 - Que seja designada audiência de conciliação e a citação do requerido, para que conteste a ação, de modo que se não o fizer que sofra os efeitos da revelia, nos moldes da Lei n.º 9.099/95;
3.1.3 -	Que a presente ação seja julgada totalmente PROCEDENTE, condenando o requerido ao pagamento do valor R$ 15.200,00 (quinze mil e duzentos reais), devidamente corrigido, e pagamento das custas processuais, bem como os honorários sucumbenciais.
 
3.1.4 -	Por derradeiro, requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitido, incluindo depoimento pessoal do requerido, provas testemunhais e documentais, perícias, inspeções e quaisquer outras que Vossa Excelência achar necessárias para a elucidação dos fatos.
Dá-se à causa o valor de R$ R$15.200,00 (quinze mil e duzentos reais).
Termos em que, 
Pede e aguarda deferimento.
 Feira de Santana, Bahia, 03 outubro de 2007.
SÉRGIO COSTA PIMENTEL
 OAB/BA 14.658
DÁLVARO SILVA NETO
 OAB/BA 16292E
 IGOR F. CANTUÁRIA F. GOMES
 OAB/BA 17638E
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