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Unidade II PARTICIPAÇÃO POLÍTICA E MEIO AMBIENTEE MEIO AMBIENTE Prof. Fernando Sales Proteção da Mata Atlântica: Lei 11.428/2006 A proteção legal da Mata Atlântica está ligada ao que dispõe o § 4º, do art. 225, da Constituição Federal, reconhecendo-a como patrimônio nacional e determinando que sua utilização deverá ser feita na forma da lei dentro deser feita na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. A Lei 11428/2006 classifica a vegetação em 2 tipos:em 2 tipos: ...segue Vegetação primária: Vegetação de máxima expressão local, com grande diversidade biológica, sendo os efeitos das ações antrópicas mínimos, a ponto de não afetar significativamente suas características originais de estrutura e de espécies. O corte e a supressão não são permitidos, a não ser nas hipóteses de realização de obras, projetos ou atividades de utilidade pública, pesquisas científicas e práticas preservacionistas, mediante autorização em caráter excepcional. ...segue Vegetação secundária: Resultante dos processos naturais de sucessão, após supressão total ou parcial da vegetação primária por ações antrópicas ou causas naturais, podendo ocorrer espécies remanescentes da vegetação primária. Classifica-se em 3 modos: ...segue Estágio avançado de regeneração: A regra, aqui, também é de não se permitir o corte ou a supressão da vegetação, salvo em casos excepcionais como quando necessários à execução de obras, atividades ou projetos de utilidade pública, pesquisa científica e práticas preservacionistas. ...segue Estágio médio de regeneração: O corte, a supressão e a exploração somente são permitidos, em caráter excepcional, quando necessários à execução de obras, atividades ou projetos de utilidade pública ou de interesse social, pesquisa científica e práticas preservacionistas. ...segue Estágio inicial de regeneração: O corte, a supressão e a exploração são permitidos mediante autorização do órgão estadual competente. Todavia, para os Estados em que a vegetação primária e secundária do bioma for inferior a 5%, o regime jurídico aplicável será o mesmo da vegetação secundária em estágio médio, ressalvadas as áreas urbanas e as regiões metropolitanas. Proteção ao patrimônio genético: Lei 11.105/2005 A Constituição Federal, art. 225, § 1º, II, estabeleceu ao Poder Público o dever de preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de materialpesquisa e manipulação de material genético. A sua regulamentação, no plano infraconstitucional, dá-se com a Lei 11.105/2005, que estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvamfiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados (OGM) e seus derivados. ...segue Organismo geneticamente modificado é um organismo cujo material genético – ADN/ARN – tenha sido modificado por qualquer técnica de engenharia genética. ...segue As atividades relacionadas com OMG só podem ser realizadas por pessoas jurídicas (de direito público ou privado), que são responsáveis pelo cumprimento da lei nas esferas administrativa, civil e penalcivil e penal. A empresa que pretender explorar qualquer tipo de atividade relacionada com OMG deverá requerer autorização prévia à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio)de Biossegurança (CTNBio). Interatividade São formas de vegetação reconhecidas na Lei 11.428/2006: a) Primária e secundária. b) Rasteira e ciliar. c) Própria e imprópriac) Própria e imprópria. d) Alta e baixa. e) NDA. Política Nacional de Recursos Hídricos: Lei 9433/97 A Constituição Federal de 1988, art. 21, inciso XIX, impôs à União Federal a diretriz de instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu usodireitos de seu uso. Lei 9433/97, que institui a Política Nacional de Recursos Hídricos. ...segue São objetivos da PNRH: O uso sustentável das águas, com vistas à utilização racional e integrada desses recursos (art. 2º, II). A prevenção de danos a eles (art. 2º, III).A prevenção de danos a eles (art. 2 , III). Assegurar para as presentes e futuras gerações a sua disponibilização, com qualidade adequada, para uso e consumo (art. 2º, I). ...segue A cobrança pelo uso da água: Água com valor econômico. A cobrança como instrumento de preservação (art. 5º, IV). Tem por objetivo a conscientização do Tem por objetivo a conscientização do usuário, dando a ele uma real indicação do valor da água (art. 19, I) e incentivando o seu uso racional (art. 19, II). O dinheiro arrecadado utilizado no financiamento de programas efinanciamento de programas e intervenções contemplados nos planos de recursos hídricos (art. 19, III). Política Nacional de Resíduos Sólidos: Lei 12.305/2010 Resíduos sólidos: Qualquer material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água ou exijam paraou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnicas ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. ...segue 1. Não geração de resíduos. 2. Redução dos resíduos gerados. 3. Reutilização dos resíduos gerados. 4. Reciclagem. 5. Tratamento dos resíduos. 6. Disposição final ambientalmente adequada. ...segue Plano de gerenciamento: O plano de gerenciamento é um dos instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (art. 8º, I), ao lado dos demais planos que devem ser implementados pelo Poder Público.pelo Poder Público. O plano de gerenciamento é um instrumento de iniciativa particular. A empresa deverá elaborar esse plano conforme a sua atividade. Nem toda empresa está obrigada a elaborá-lo. Documento, integrante do licenciamento ambiental que aponta as ações relativas aoambiental que aponta as ações relativas ao manejo de resíduos sólidos, referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como a proteção à saúde pública. ...segue Responsabilidade compartilhada: Art. 25: o poder público, o setor empresarial e a coletividade são responsáveis pela efetividade das ações voltadas para assegurar a b â i d P líti N i l dobservância da Política Nacional de Resíduos Sólidos e das diretrizes e demais determinações estabelecidas nesta Lei e em seu regulamento. Art. 30: responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos entrepelo ciclo de vida dos produtos entre fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos. ...segue Logística reversa: Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarialresíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. Processo de planejamento, gestão e controle dos resíduos sólidos decorrentes do pós-venda e do pós-consumo. O seu objetivo é tanto de recuperarvalor (reciclagem), como promover o descarte adequado (evitando seu descarte com o lixo comum). Interatividade A responsabilidade pela destinação do lixo é: a) Exclusivamente do fabricante. b) Exclusivamente do Poder Público. c) Subsidiária do consumidor. d) Concorrente entre produtor e consumidor. e) Compartilhada entre produtor, consumidor e Poder Público. Licenciamento ambiental Licenciamento ambiental é o processo administrativo por meio do qual o Poder Público procura controlar as atividades humanas potencialmente poluidoras. Ele tem caráter nitidamente preventivo, com o objetivo de evitar ou ao menoso objetivo de evitar, ou ao menos minimizar, o impacto ambiental negativo. Instrumento de caráter preventivo de tutela do meio ambiente. Decorre do exercício do poder de polícia. ...segue O licenciamento ambiental é um ato complexo, com 3 etapas distintas: ...segue a) Licença Prévia (LP): prevista no inciso I, do art. 8º, da Resolução 237 do CONAMA. I. Licença Prévia (LP): concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade, aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementaçãopróximas fases de sua implementação. Válida por até 5 anos. ...segue b) Licença de Instalação (LI): prevista no inciso II, do art. 8º, da Resolução 237 do CONAMA. II. Licença de Instalação (LI): autoriza a instalação do empreendimento ou atividade, de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinantequal constituem motivo determinante. Válida por até 6 anos. ...segue c) Licença de Operação (LO): prevista no inciso III, do art. 8º, da Resolução 237 do CONAMA. III. Licença de Operação (LO): autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação. Válida por 4 anos, no mínimo, a 10 anos, no máximo. Estudo de Impacto Ambiental (EIA) Deve ser realizado antes do licenciamento ambiental. Tem a função de esclarecer sobre os impactos ambientais de uma atividade. ...segue O EIA deve ser realizado por uma equipe técnica multidisciplinar, que não mantenha um vínculo, direto ou indireto, de dependência com a empresa. Essa equipe será tecnicamente responsável pelos resultados apresentados Ele devepelos resultados apresentados. Ele deve ser apresentado em, no mínimo, cinco vias e todos os custos da elaboração do EIA correm por conta da empresa. Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) representa uma apresentação simplificada, em linguagem mais acessível ao público, do conteúdo e dos resultados do Estudo de Impacto AmbientalImpacto Ambiental. ...segue O RIMA, que deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a sua compreensão, com as informações traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas degráficos e demais técnicas de comunicação visual, deverá conter os itens dispostos no art. 9º, da Resolução 1/86. Interatividade Analisando a função do EIA, em qual princípio do Direito Ambiental podemos dizer que ele se apoia? a) Desenvolvimento sustentável. b) Poluidor-pagador.b) Poluidor pagador. c) Prevenção. d) Participação. e) NDA. Proteção das cidades: Lei 10527/2001 O Estatuto da Cidade regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelecendo as diretrizes gerais da política urbana. O seu objetivo é ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais das cidades e da propriedade urbana, garantindo o direito a cidades sustentáveis. ...segue Cidades sustentáveis: O direito a cidades sustentáveis significa o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações (art. 2º, I). Destina-se a orientar a política pública do desenvolvimento urbano em proveito do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, que deve ser executada pelo Poder Público Municipal. ...segue Plano diretor: É um sistema de gestão e planejamento urbano e econômico da cidade, criado por lei municipal, dispondo sobre diretrizes e estratégias para aquele desenvolvimento. “É o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana” (art. 40). ...segue O plano diretor é obrigatório para todas as cidades que tenham mais de 20 mil habitantes. Para cidades com mais de 500 mil habitantes, deverá haver, ainda, um plano de transporte integrado, compatível com o plano diretor oucompatível com o plano diretor ou nele inserido. O plano deverá conter, no mínimo, a delimitação das áreas urbanas onde poderá ser aplicado o parcelamento, edificação ou utilização compulsóriosedificação ou utilização compulsórios, considerando a existência de infraestrutura e de demanda para utilização. Estudo de impacto de vizinhança Está previsto nos arts. 36 a 38 da Lei n. 10.257/01 (Estatuto da Cidade). É necessário para a obtenção de licença municipal para construção, ampliação ou funcionamento da empresa, em atividades desenvolvidas em área urbana, assim definidas por lei municipal. ...segue Função do EIV: contemplar os efeitos positivos e negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades. ...segue Para alcançar seus objetivos, o EIV deve analisar os seguintes itens: I. adensamento populacional; II. equipamentos urbanos e comunitários; III uso e ocupação do solo;III. uso e ocupação do solo; IV.valorização imobiliária; V. geração de tráfego e demanda por transporte público; VI.ventilação e iluminação;ç ç ; VII.paisagem urbana e patrimônio natural e cultural. ...segue Objetivos principais do EIV: Garantir o uso ordenado e sustentável da cidade (cf. art. 2º do próprio estatuto). Possibilitar o desenvolvimento econômico (cf. art. 1º, IV c.c. 3º, daeconômico (cf. art. 1 , IV c.c. 3 , da Constituição Federal). Assegurar à população local uma vida digna (cf. art. 1º, III c.c. art. 6º e 225, todos da Constituição Federal). Interatividade De acordo com o que dispõe o Estatuto da Cidade, o que vem a ser o Plano Diretor? a) Um plano de carreira para os diretores de escola pública. b) Estratégia política para contenção deb) Estratégia política para contenção de despesas nas autarquias municipais. c) Instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana. d) Instrumento político que visa à eliminação de ladeiras na cidadeeliminação de ladeiras na cidade, para deixá-la plana. e) NDA. ATÉ A PRÓXIMA!
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