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AÇÃO DE INDENIZAÇÃO CONTRA CONCESSIONÁRIA DE VEICULO Copia

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CANTUÁRIA & DUARTE ADVOCACIA 
 
 R. Brasil, 144, Capuchinhos, Feira de Santana / BA. CEP 44052-250 Tel. (75) 3622-2795 
EXMO(A). SR(A). DR(A). JUIZ(A) DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR DA COMARCA DE FEIRA DE SANTANA - BA.
				JEFERSON TRINDADE FRANÇA, brasileiro, casado, comerciante, inscrito no RG n.º1367521289 ,CPF/MF sob o n.º276240048-10, residente e domiciliado na Rua JJ Seabra, 660, Centro, nesta cidade, através de seu advogado, vem, perante V. Exa., propor AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS e MATERIAIS COM TUTELA ANTECIPADA, pelo rito da Lei nº 9.099/95, em face da AGAJÊ COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO DE MOTOS, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º007.478.144/0001-05, com sede na Avenida Presidente Dutra, 593, Centro, Cep 44067-010, Feira de Santana, Bahia, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I – DOS FATOS:
				No dia 01/06/2007 o Autor comprou da Ré o veículo MOTO SHADON VT 600, de placa policial n.ºJLC 7350, pagando o valor de R$ 11.000,00 (Onze mil reais).
	
				Ocorre que o veículo em questão fora vendidoao autor com defeito oculto no motor, que apresentou problema no dia 18/07/2007 e tendo solicitado a concessionária um reboque a mesma se negou e informou que não indenizaria o conserto. 
				Pelo pagamento do mencionado veículo, o Sr. Jéferson tinha dado 9.500 em dinheiro e 4 cheques no valor de R$ 375,00 (trezentos e setenta e cinco reais) cada, o que somavam o valor do bem supra mencionado. O primeiro cheque de n.º100007, de 30/06/07 fora pago. 
 Todavia considerando o fato superveniente com o defeito oculto no motor do veículo – valendo informar que ele não mais funcionou, sequer sendo possível dar a partida no veículo - e com a posição da concessionária se negando ao menos a consertá-lo, o requerente deu contra-ordem por desacordo comercial no outros três cheques. Vale ressaltar que não fora por falta de provisão de fundos, pois havia saldo na conta do requerente, cf. docs. em anexo – os extratos bancários.
				Em seguida a requerida além de negar a devida assistência inseriu indevidamente o seu nome no cadastro de restrição ao crédito SERASA. Vale lembrar que a contra-ordem em cheque por desacordo comercial é linha 21 e não cabe tal restrição.
				Assim, o Autor, não tendo outra opção gastou no motor do veículo R$ 2.270,50 (dois mil duzentos e setenta reais e cinqüenta reais), mesmo tendo pago alto preço pelo veículo, cf. notas em anexo.
				Portanto, não restou outra alternativa ao Autor senão ingressar com a presente medida.
				Deste modo, a atitude da Ré causou grande constrangimento no Autor, que teve o seu veículo danificado, se desgastando com ligações e investidas a referida concessionária, sendo enganado ao pagar um valor bem alto por um veículo sem qualidade.
				Observe-se que, o Autor, ficou “encalhado” no meio da rua, quase sendo vítima de acidente de trânsito, e deu sorte por não ter dado o defeito em local ermo, onde estaria submetido a ação de meliantes.
				A atitude da Ré prejudicou a moral do Autor, recebendo reclamações em seu trabalho, notadamente causada pela ausência de seu veículo.
				
 Impende ressaltar, ainda, que o Autor possuia grande zelo pelo seu veículo, não possuindo, até então, qualquer dano ou arranhão, significando o referido automóvel um símbolo de vitória, fruto do seu trabalho.
				Ainda tendo comprado o veículo por R$ 11.000,00 e mesmo tendo gastado 2.270,50 no conserto no motor, o autor conseguiu vender o veículo apenas por 8.500,00 (oito mil e quinhentos reias) tendo em vista a depreciação por ter sido o motor aberto para conserto. Destarte, o requente soma um prejuízo material no valor de R$ 17.970,50 (dezessete mil novecentos e setenta reais e cinqüenta centavos), haja visto que o veículo lhe dera um prejuízo inicial no valor de R$ 4.770,50 (quatro mil setecentos e setenta reais e cinqüenta centavos), o que se adiciona aos Lucros Cessantes, tendo em vista que a partir da inscrição indevida do nome do requerente no Serasa, o mesmo deixou de ganhar em sua empresa R$ 13.200,00 (treze mil e duzentos reais).
	
 			Desta forma, tal atitude deixou o Autor bastante chateado, mormente pela falta de compromisso da Ré, mormente por ter comprado um produto bastante caro, em que valor não corresponde a qualidade oferecida.
		II – DO DIREITO/DANO MORAL E MATERIAL:
			A Constituição Federal, através do inciso X, do artigo 5º, consagra a intagibilidade dos direitos à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem das pessoas, ao mesmo passo em que assegura ao ofendido, expressamente, o direito à indenização tanto pelo dano material como pelo dano moral decorrente da violação.
Ao ler mencionada disposição, assim concluiu José Afonso da Silva:
“A vida humana não é apenas um conjunto de elementos materiais. Integram-na, outrossim, valores imateriais, como os morais. A Constituição empresta muita importância à moral como valor ético-social da pessoa e da família, que se impõe no respeito dos meios de comunicação social (art. 221, IV). Ela, mais que as outras, realçou o valor da moral individual sintetiza a honra da pessoa, o bom nome, a boa fama, a reputação que integram a vida humana como dimensão imaterial. Ela e seus componentes são atributos sem os quais a pessoa fica reduzida a uma condição animal de pequena significação. Daí porque o respeito à integridade moral do indivíduo assume feição de direito fundamental”.
Nesse sentido, ainda, são os escólios de Vilson Rodrigues Alves, segundo quem:
“Dá-se esse dano apatrimonial se ocorre dor, seja fisíca (dor-sensação), seja moral (dor-sentimento), em face de violação a bem jurídico tutelado, sem repercussão patrimonial.
Esse bem, tutelado pelo ordenamento jurídico, é a esfera ética da pessoa, de modo que nele, dano moral, há acusação de intranquilidade, de ofensa à honra, à consideração social, no renome: a provocação de renome a gerar depressão da energia para a vida.”
A reparabilidade do dano exclusivamente moral, por sua vez hoje não guarda mais controvérsia, esta que persistira, em parte da doutrina e jurisprudência, no período anterior à entrada em vigor da Constituição Federal de 1988, a qual, suplantando as incertezas, expressamente agasalhou a sua indenização (art. 5º., V e X).
Mas, se no plano teórico e legal a reparabilidade do dano moral encontrar-se-ia pacificada, o mesmo não se poderia constatar no âmbito de quantificação dessa reparação, justamente pela crença na inexistência de parâmetros legais específicos.
Muitos autores até alertariam não se tratar de mera omissão legislativa, que poderia ter sido suprida de tão insistente que se fez essa discussão. Em verdade, queriam crer, tal representaria verdadeira opção legislativa, conferida pela dificuldade de se atribuir valor a um patrimônio exclusivamente subjetivo.
Não se poderia deixar de considerar, entretanto, que a indenização prestar-se-ia não ao restabelecimento de um status quo ante o desestabilizado pelo abalo moral, senão ao percebimento de um quantum, como que verdadeira expressão da solidariedade do Estado ao ofendido, e que se traduz na censura econômica imposta ao ofensor.
Nesse mesmo sentido, vale a transcrição de excerto do voto do Ministro Oscar Corrêa:
“Não se trata de pecunia doloris ou pretium doloris, que não se pode avaliar e pagar; mas a satisfação de ordem moral, que não ressarce prejuízos e danos e abalos e atribulações irresarcíveis, mas representa a consagração e o reconhecimento, pelo direito, do valor e importância desse bem, que se deve proteger tanto quanto, senão mais do que os bensmateriais e interesses que a lei protege.”
			A seu tempo, e com a mesma propriedade, Caio Mário da Silva Pereira esclarece que:
“O dano deve ser reparado, e que o seu fundamento está no fato de que o indivíduo é titular de direitos de personalidade que não podem impunemente atingidos.”
			Detectado o ato ilícito e o dano indenizável daquele proveniente, 
			Neste sentido, vale lembrar que pela atitude da ré, o Autor ficou parado no meio do trânsito, pois o veículo não mais funcionou, importando ressaltar que o mesmo poderia ter pago com a vida, sendo que poderia ter morrido em uma ultrapassagem, além de correr o risco de ser assaltado. Além de tudo deixou de dar o devido atendimentos aos seus clientes em sua loja de equipamentos e acessórios automotivos, o que causou prejuízo à reputação da loja, o que é incalculável. Tudo isto por ter sido enganado, vez que comprou um produto de má qualidade, que não representa o valor pago.
				
			No que concerne à indenização motivada pelo evento ato ilícito, quer comissivo, quer omissivo, o ordenamento jurídico pátrio não chegou, para os caso sob exame, a um critério único para a fixação do quantum indenizatório. Destarte, seguindo a orientação doutrinária, espera-se que se condene a Ré a pagar, nas palavras do Professor Bittar, “um valor de desestímulo” na reparação, fundamentando sua teoria na doutrina dos punitive and exemplary damages do direito anglo americano, devendo ser considerado para tanto o fato do Réu ser uma instituição de grande porte e, portanto, detentora de milhões como patrimônio.
			Voltando aos ensinamentos de Caio Mário da Silva Pereira, é de se salientar que “o problema de sua reparação deve ser posto em termos de que a reparação do dano moral, a par do caráter punitivo imposto ao infrator, tem de assumir sentido compensatório”, ou seja, a soma em dinheiro paga pelo infrator é para que ele sinta de alguma maneira o mal que praticou à vítima.
			De efeito, a indenização tem de ser paga em dinheiro, para que o Réu, instituição de alto renome, sinta de alguma forma o dano que praticou, sabendo-se, de antemão, que o valor fixado jamais será suficiente para compensar integralmente a perda.
			Observe-se que, os reparos no veículo foram feitos pelo Autor, destarte os danos morais e materiais persistem, tendo em vista que o fato deprecia o valor do bem, mas constando com serviços de motor, sendo impossível se retornar ao status quo.
				Deveras, se a condenação, em casos tais, for insignificante para o Réu, por certo pagará como um deboche, com o sentimento de que “comprou” por preço módico a moral, o constrangimento sofrido pelo Autor. Por esta razão, a condenação imposta deve ser significativa para que a Ré perceba a gravidade de seu ato, desestimulando-a a tornar a praticá-lo, seja contra o Autor, seja contra o resto de sua clientela; consumidores em geral.
				Para tanto, deve-se considerar o fato do Réu possuir condições de arcar com indenização em quantia não inferior ao teto máximo, equivalente a 40 (quarenta) salários mínimo, ou seja, R$ 18.600,00 (dezoito mil e seiscentos reais), até porque, em contrapartida, no outro polo encontra-se o Autor, pessoa de moral inatacável, e via de consequência, tem como sentir e conferir maior repúdio quando tem aqueles escancaradamente violados e menosprezados, como foi o caso.
			A par da obrigação de pagar, é justo que a Ré seja condenada pelos atos que cometera contra o Autor, atentadores de sua paz de espírito, em quantia mencionada.
			Vale lembrar que o autor comprou o veículo por R$ 11.000,00 e mesmo tendo gastado 2.270,50 no conserto no motor, o autor conseguiu vender o veículo apenas por 8.500,00 (oito mil e quinhentos reias) tendo em vista a depreciação por ter sido o motor aberto para conserto. Destarte, o requente soma um prejuízo material no valor de R$ 17.970,50 (dezessete mil novecentos e setenta reais e cinqüenta centavos), haja visto que o veículo lhe dera um prejuízo inicial no valor de R$ 4.770,50 (quatro mil setecentos e setenta reais e cinqüenta centavos), o que se adiciona aos Lucros Cessantes, tendo em vista que a partir da inscrição indevida do nome do requerente no Serasa, o mesmo deixou de ganhar em sua empresa R$ 13.200,00 (treze mil e duzentos reais).
III – DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
			Requer, ainda, a inversão do ônus da prova, no que couber, de modo a beneficiar o consumidor, tendo em vista que é inegável que a presente lide está situada na esfera do Direito do Consumidor.
			Este, inclusive, é o entendimento do Código de Defesa do Consumidor, Lei nº 8.078/90, conforme transcrição a seguir:
“Art. 6º São direitos básicos do consumidor
.......................................................:
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;”
			Deste modo, pelas razões acima expostas, pugna pela inversão do ônus da prova em favor do Autor.
				IV - CONCLUSÃO
			Ante o exposto, requer seja o Réu citado, no endereço indicado acima, para, querendo, conciliar ou contestar os termos da presente ação, sob pena da mesma ser julgada à revelia, aplicando-se a pena de confissão, presumindo-se verdadeiros todos os fatos ora deduzidos. 
Determinar ao Requerido a título de Tutela antecipada/liminar que retire a restrição constante no SERASA e que se abstenha de lançar o nome do Autor, nas listas do SERASA, SPC, SCI, CADIN, REFIN, SISBASEN, CAPID, RIPC (Rede de Informações e Proteção ao Crédito, com abrangência nacional ligado à Associação Comercial de São Paulo, com sede na rua Boa Vista, nº62, Centro, São Paulo, SP, CEP 01014-000), bem como protestem qualquer títulos de sua emissão em qualquer Cartório de Protesto ou qualquer órgão de restrição ao crédito.
				Requer, como prova do alegado, todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente o depoimento pessoal do representante legal do Réu, sob pena de confissão, ouvida de suas testemunhas, juntada ulterior de documentos, inclusive em contraprova, perícia técnica, se necessário.
			Por fim pede e espera seja a Ré condenada na a pagar ao Autor, em dinheiro, a quantia de R$ 18.600,00 (dezoito mil e seiscentos reais), à título de indenização pelos danos morais e materiais por este sofridos devido aos atos lesivos à honra do Autor, na forma como acima demonstrado, sendo julgada PROCEDENTE, condenando-se o Réu em custas e honorários advocatícios.
			Dá-se à causa, para os efeitos legais, o valor de R$ 18.600,00 (dezoito mil e seiscentos reais).
Pede deferimento.
Feira de Santana, Bahia, 18 de março de 2009.
UBIRATAN QUEIROZ DUARTE
				 OAB/BA 10587
Ilustração 1
31/03/2008 - 08h17 
DECISÃO 
Fiat deve indenizar consumidor por explosão do air bag 
A Fiat Automóveis S/A deve indenizar Gil Vicente Leite e sua família por acionamento e explosão indevida do air bag. A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a decisão na qual se afirma que o não-atendimento ao recall e a falta de revisões do veículo não afasta a responsabilidade objetiva da fabricante do veículo. A decisão foi unânime. 
Gil Vicente e sua família ajuizaram ação de indenização por dano moral contra a Fiat, alegando que, quando deram partida no seu veículo, houve o acionamento e explosão do air bag, o que lhes causou dano moral. Em primeiro grau, a Fiat foi condenada a pagar R$ 16 mil a Gil Vicente, R$ 6 mil a sua mulher e R$ 3 mil a sua filha.Na apelação, a Fiat alegou decadência do direito, inexistência de dano moral e culpa exclusiva da família. Alternativamente, pediu a redução do valor da indenização. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve a sentença. 
No STJ, a empresa alegou que o não-atendimento ao recall e a falta de revisões do veículo nas concessionárias Fiat rompem o nexo causal, por culpa exclusiva da vítima. 
Para o relator, ministro Humberto Gomes de Barros, é evidente que houve defeito de fabricação do produto, publicamente reconhecido pela Fiat ao chamar para o recall. Além disso, o ministro destacou que o perito do juízo concluiu que um curto-circuito no sistema do air bag causou a abertura inoportuna da bolsa de proteção. 
“Houve defeito do produto fabricado pela recorrente e nexo causal entre este defeito e o dano sofrido pelos recorridos consumidores”, afirmou o ministro.
Coordenadoria de Editoria e Imprensa 
Ubiratan de Queiroz Duarte
Giórgio Rubin Cantuária F. Gomes
Igor Frederico Cantuária F. Gomes
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