FUDAMENTAÇÃO DEFESA DO CONSUMIDOR

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

O Código de Defesa do Consumidor estabelece duas modalidades de responsabilidade: por vícios do produto e por danos causados aos consumidores. A primeira, prevista no art. 12 do referido Código, estabelece que o fornecedor responde independentemente de culpa pela reparação de danos causados aos consumidores em decorrência de vícios no produto. Assim sendo, evidencia-se facilmente que, no caso em tela, os incomensuráveis danos causados à Reclamante, seja de ordem patrimonial, ou ainda, extrapatrimonial, são de inteira responsabilidade de Vossa Senhoria que, diante dos fatos, tem o dever legal de repara-los.
Por outro lado, há que se observar o art. 18 do Código de Defesa do Consumidor que estatui a responsabilidade dos fornecedores por qualquer vício que comprometam a qualidade ou tornem o produto inadequado para o consumo. O dispositivo legal prevê, ainda, a obrigação do fornecedor de sanar o vício do produto num prazo de 30 dias e, na hipótese de desobediência deste lapso temporal, poderá o consumidor exigir a troca do produto por outro em perfeitas condições de uso, a restituição imediata da quantia paga e, por fim, o abatimento proporcional do preço. 
No caso em foco, deve-se ressaltar que, diante das sérias conseqüências advindas do acidente de consumo, que por si só já foram suficiente para quebrar a segurança existente entre a Reclamante e Vossa Senhoria, assim como pelo fato do veículo ter ficado completamente destruído com o sinistro, inexiste qualquer possibilidade da Reclamante receber de volta o produto, ainda que sejam sanados os vícios. 
Desta forma, não resta outra alternativa à Reclamante, senão lançar mão do que prescreve o § 3º do art.18, requerendo a devolução da quantia paga pelo produto devidamente corrigida, uma vez que a substituição das incontáveis peças danificadas não restabelecerá a qualidade do produto, ao contrário, implicará na diminuição do seu valor.