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e empirismo. QUESTÃO 37 Enquanto fenômeno cultural, a modernidade se configura pelas revoluções promovidas pela passagem da concepção teocêntrica ao antropocentrismo, cuja consequência é a laicização ou secularização da sociedade. Afirma-se a autonomia individual na medida em que a revelação é substituída pela razão. Nesse contexto se institui a ciência moderna caracterizada eminentemente por: (A) utilizar método de investigação que inclui experimentos para testar e comprovar as hipóteses propostas; conciliar as verdades de fé com as verdades de razão; utilizar linguagem matemática para descrever os fenômenos no interior das teorias que propõe. (B) visar o controle prático da natureza unindo a ciência e a técnica; fazer experiências confiando exclusivamente nas observações diretas; utilizar somente o conhecimento sensível abandonando o raciocínio lógico. (C) visar o controle prático da natureza; abordar quantitativamente os fenômenos enunciando-os em padrões invariáveis de relações entre as coisas; utilizar método de investigação que inclui experimentos para testar e comprovar as hipóteses propostas. (D) abordar quantitativamente os fenômenos enunciando-os em padrões invariáveis de relações entre as coisas; partir de observações da realidade por meio de aparelhos e ferramentas; utilizar as conquistas da ciência para justificar as verdades reveladas nos escritos sagrados. (E) utilizar método de investigação hipotético-dedutivo; abordar quantitativamente os fenômenos enunciando-os em linguagem matemática; fazer experiências confiando exclusivamente nas observações diretas; priorizar exclusivamente o conhecimento sensível em detrimento do raciocínio lógico. QUESTÃO 38 "Nada garante que a posse da razão confira ao homem uma posição privilegiada no universo: se nossa experiência particular nos mostra como únicos seres racionais, isso não constitui uma prova de que os astros não sejam também dotados de razão e ocupem, portanto, uma posição superior." Montaigne O fragmento acima mostra a coordenada intelectual mais evidente no pensamento tão assistemático de Montaigne: (A) o dogmatismo, característica por excelência do sistema filosófico que criou. (B) o empirismo, evidenciado em seus Ensaios por priorizar o conhecimento sensível. (C) o inatismo, por postular que o homem é dotado de ideias claras e distintas. (D) o ceticismo, do qual é considerado o maior representante renascentista. (E) o interacionismo, por enfatizar as trocas entre o sujeito e o meio ambiente. QUESTÃO 39 A Lógica estuda o raciocínio utilizado pelo ser humano para desenvolver o conhecimento. O procedimento lógico por excelência é a argumentação dedutiva. Nesse tipo de argumentação, para se chegar a uma conclusão, toma-se como ponto de partida: (A) uma premissa universal assumida como verdadeira e atendo-se às regras lógicas chega-se a uma conclusão necessariamente válida. (B) uma premissa particular aceita como verdadeira e recorrendo-se à experiência por meio de um experimento chega-se a uma conclusão válida. (C) o silogismo clássico concluindo que não é possível inferir uma conclusão definitiva, seja ela singular ou particular. (D) a simples semelhança entre os casos singulares envolvidos numa afirmação e chega-se a uma conclusão particular ou singular. (E) a enumeração da ocorrência de casos singulares chega-se a uma conclusão que tem caráter de probabilidade e não de necessidade. QUESTÃO 40 O campo da ética diz respeito ao agir humano e é formado pelos valores que compõem o conteúdo das ações morais. Estas são praticadas pela pessoa ou sujeito moral, condição de possibilidade da existência ética. Para que se constitua como tal, é necessário que o sujeito moral seja: (A) conduzido pela fé e pela pelas escrituras sagradas, obediente e temente às leis. (B) um paladino da liberdade e exerça liderança em seu grupo social. (C) ciente de que os fins justificam os meios e da submissão da vontade à lei. (D) capaz de distinguir entre o bem e o mal e entre juízos de fato e juízos de valor. (E) dotado vontade e de livre arbítrio, responsável e consciente de si e dos outros. QUESTÃO 41 A ética de Kant, explicitada na Crítica da razão prática e na Fundamentação da metafísica dos costumes, é uma ética do dever, tomando por base imperativos categóricos que devem ser seguidos por todos os seres racionais. Sua lei suprema é o seguinte princípio: procede sempre segundo uma máxima tal que possas querer ao mesmo tempo que ela seja arvorada em lei universal. Esse princípio fundamenta-se na autonomia da vontade, uma vez que: (A) a vontade, conduzida pelo princípio do prazer, fundamenta as leis morais e a liberdade absoluta. (B) a moralidade consiste na relação de todas as ações com a vontade arbitrária de cada um. (C) a vontade universal conduz às leis morais que excluem qualquer grau de livre arbítrio. (D) a vontade de cada um determina as leis morais próprias de cada tempo e lugar. (E) a boa vontade, quando convertida em lei universal, não pode contradizer-se a si mesma. QUESTÃO 42 Jean-Paul Sartre, expoente do existencialismo francês, contrapondo-se às metafísicas clássicas, parte do princípio de que a existência humana precede a essência, pois o homem primeiro existe para depois se definir. Assim sendo, nega qualquer determinismo e sustenta a liberdade absoluta do ser humano afirmando que: (A) "o inferno são os outros". (B) "a pior coisa do mal é nos acostumarmos a ele". (C) "o homem está condenado a ser livre". (D) "no amor, um mais um é igual a um". (E) "a violência é sempre uma derrota". QUESTÃO 43 Zigmunt Bauman é o teórico que criou o conceito de modernidade líquida para caracterizar a sociedade dos tempos em que vivemos, na qual toda a fixidez e todos os referenciais morais da época anterior foram desacreditados. Em suas palavras: "Quando o Estado reconhece a prioridade e a superioridade das leis do mercado sobre as leis da polis, o cidadão transforma-se em consumidor - e o consumidor demanda mais e mais a proteção, enquanto aceita cada vez menos a necessidade de participar no governo do Estado. O resultado global são as atuais condições fluidas de anomia generalizada e rejeição das normas em todas as suas versões." Zigmunt Bauman A passagem do texto acima que melhor caracteriza a liquidez, fluidez, volatilidade, incerteza e insegurança de nossa época se expressa na forma abaixo transcrita: (A) [o consumidor] "aceita cada vez menos a necessidade de participar no governo do Estado". (B) "o Estado reconhece a prioridade e a superioridade das leis do mercado sobre as leis da polis". (C) "o cidadão transforma-se em consumidor". (D) "condições fluidas de anomia generalizada e rejeição das normas em todas as suas versões". (E) "o consumidor demanda mais e mais a proteção". QUESTÃO 44 As doutrinas de filosofia política que se desenvolveram a partir do século XVII, a despeito de sua diversidade, têm em comum a presunção de que a autoridade política da sociedade ou do Estado repousa no indivíduo. Tais teorias assumem que a autoridade política deriva de uma convenção pela qual os homens renunciam à sua autonomia natural, ou ao menos a parte dela, em troca da segurança ou da liberdade garantidas pela lei. Inauguram as teorias contratualistas Hobbes, Locke e Rousseau. O traço comum a esses três autores é o pressuposto de que: (A) os indivíduos vivem primeiramente num estado de natureza e estabelecem um pacto social que lhes permite viver num estado de sociedade ao garantir a convivência por meio de convenções sociais. (B) o pacto social justifica o absolutismo por uma razão convencionada, por um contrato unilateral que institui o soberano arbitrariamente e depois o mantém indefinidamente. (C) o homem tem, desde o estado de natureza, direito à igualdade, à liberdade e à propriedade que se origina no direito à vida e à posse de seu corpo, donde advém o direito aos bens que produz. (D) o contrato é firmado porque, uma vez