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ENGENHARIA MECÂNICA ENGENHARIA QUÍMICA ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO ENGENHARIA CIVIL (INTEGRAL) LABORATÓRIO DE FÍSICA GERAL I Construção de gráficos Data da realização do experimento: 11/04/2014 Professor Responsável: Gilson Coutinho Junior Aluno: Jonas Eduardo Bini RA: 47447 Aluno: Luiz Felipe Russo RA: 84612 Aluno: Mirella Thomazini RA: 84016 Aluno: Gabriel Massoli RA: 84023 Araras, SP 2014 1. RESUMO Normalmente o estudo de um fenômeno qualquer se inicia com o tabelamento de dados. Por exemplo, analisa-se o crescimento populacional, tabelando-se o número de nascimentos e mortes a cada ano; estuda-se o desenvolvimento de animais jovens, tabelando-se suas pesagens em períodos regulares; estuda-se o movimento de um corpo, tabelando-se seu deslocamento em função do tempo. A partir das tabelas, a construção de gráficos permite, em geral, uma visualização imediata do comportamento em estudo. Em particular, para fenômenos que apresentam reprodutividade, é possível inclusive extrair uma equação matemática para seu comportamento. Assim, os gráficos possibilitam também uma comparação de pontos experimentais com traçados de funções matemáticas corriqueiras como retas, parábolas e exponenciais, e a determinação dos seus parâmetros específicos. 2. OBJETIVO Através de atividades realizadas numa mesa de forças, ser capaz de identificar a força equilibrante de um sistema de duas forças coplanares e determinar a força resultante desse sistema, calculando-a utilizando dos métodos analítico e geométrico. 3. MATERIAL UTILIZADO Lápis; Borracha; Calculadora; Papel milimetrado; Régua; Painel metálico multifuncional; Escala angular pendular de 0 a 360 graus; Dinamômetros de fixação magnética, com escala de 0 a 2N; Fios de poliamida de 0,22m com anéis. 4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS Com a finalidade de obter formas mais simplificadas para representar expressões estatísticas, criaram-se os gráficos para representar de uma forma geométrica, visual, tais situações matemáticas. Para se criar um gráfico, além de conhecer o tipo de informação que se deseja transmitir, é preciso saber as normas básicas para sua confecção e utilização. As tabelas e os gráficos devem ser construídos na forma mais clara possível para quem lê o trabalho de forma que se tenha uma interpretação correta dos dados. É importante fornecer, no gráfico, toda a informação necessária que permita sua leitura correta e simples. A escolha de uma escala adequada também é importante. Estes dados são obtidas das curvas geradas pelos pontos marcados no gráfico que podem ser dos mais diversos tipos, porém sabe-se que a curva em que é muito mais fácil de extrair informações a partir de um gráfico é a reta. Então, para facilitar as operações envolvendo gráficos, criou-se uma técnica em que torna possível a linearização da curva por meio de uma mudança das variáveis, onde um novo gráfico representado por uma reta é formado. Porém este processo de linearização não será preciso, uma vez que retas diferentes poderão ser geradas por experimentadores diferentes, resultando em diversos resultados para uma mesma equação. Para solucionar este problema, utiliza-se das equações dos mínimos quadrados, que fornecem os melhores parâmetros linear e angular para a reta. Se pegarmos a equação reduzida de uma reta, temos que y=a.x+b, onde a é o coeficiente angular da reta, que é o ângulo de inclinação α da reta em relação ao eixo OX e que podemos encontrar utilizando a expressão a=tg(α), onde 0°<α<90° e 90º<α<180° para retas não paralelas ao eixo OX, e α=0º para retas paralelas ao eixo OX. Pelo método dos mínimos quadrados podemos encontrar os coeficientes a e b da reta facilmente pelas equações 1 e 2. 𝑎 = 𝑁.(∑𝑥𝑖.𝑦𝑖)−∑𝑥𝑖.∑𝑦𝑖 𝑁.(∑𝑥𝑖 2)−(∑𝑥𝑖)2 Eq. 1 𝑏 = (∑𝑦𝑖).(∑𝑥𝑖 2)−(∑𝑥𝑖𝑦𝑖).(∑𝑥𝑖) 𝑁.(∑𝑥𝑖 2)−(∑𝑥𝑖)2 Eq. 2 Com a equação em mãos, podemos traçar nossa reta, utilizando de dois pontos distintos, e/ou desenhar uma tabela com os valores desejados. O método dos mínimos quadrados é utilizado para se determinar uma reta de ajuste em relação aos dados encontrados. Este método exige que a reta de ajuste se encaixe no gráfico de forma que a soma do quadrado da distância vertical dos pontos à reta seja mínima. Sua principal utilização é nos casos onde é necessária uma boa aproximação para os valores tabelados, permitindo uma extrapolação com uma margem de segurança. 5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL No primeiro exercício do procedimento, analisamos dois gráficos (figura 1) e uma tabela (tabela 1), observando as escalas utilizadas nos gráficos. Figura 1: gráficos (Sxt) para duas escalas diferentes. Tempo(s) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Posição(cm) 500 501 504 509 516 525 536 549 564 581 600 Tabela 1: Tempo x Posição No segundo exercício do procedimento, seguindo a mesma linha de raciocínio da tabela e gráfico do procedimento anterior, construímos uma tabela (tabela 2) para a função P(t)=200.t, com t em anos, com valores aleatórios de t. t (anos) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 P(t) 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 Tabela 2: Crescimento linear de população conforme a função P(t)=200.t. Utilizando de papel milimetrado, lápis e régua, desenhamos dois gráficos em escalas diferentes. Os gráficos se encontram no anexo I. No terceiro exercício do procedimento, utilizando dos dados da tabela 3 (no roteiro como tabela 2), construímos um gráfico, ajustando uma reta “a olho” aos pontos do gráfico. X 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Y 10 14 17 18 19 20 25 26 27 31 Tabela 3: Dados de valores para X e Y. Em seguida, utilizando do método dos mínimos quadrados, determinou-se a equação da reta, y=a.x+b, que melhor se ajustava aos pontos do gráfico. Soma X 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 55 Y 10 14 17 18 19 20 25 26 27 31 207 X.Y 10 28 51 72 95 120 175 208 243 310 1312 X² 1 4 9 16 25 36 49 64 81 100 385 Tabela 4: Dados necessários para o cálculo dos coeficientes a e b. Cálculo dos coeficientes a e b: 𝑎 = 𝑁. (∑𝑥𝑖 . 𝑦𝑖) − ∑𝑥𝑖. ∑ 𝑦𝑖 𝑁. (∑𝑥𝑖 2) − (∑𝑥𝑖) 2 = (10). (1312) − (55). (207) (10). (385) − (552) = 𝟐, 𝟏 𝑏 = (∑𝑦𝑖). (∑ 𝑥𝑖 2) − (∑𝑥𝑖 . 𝑦𝑖). (∑𝑥𝑖) 𝑁. (∑𝑥𝑖 2) − (∑𝑥𝑖)2 = (207). (385) − (1312). (55) (10). (385) − (552) = 𝟗, 𝟏 Função y=a.x+b com os coeficientes encontrados: 𝑦 = 2,1. 𝑥 + 9,1 Eq. 3 Com a equação 3, construímos a tabela 5 que nos deu os pontos para traçar nosso gráfico. X 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Y 11,2 13,3 15,4 17,5 19,6 21,7 23,8 25,9 28 30,1 Tabela 5: Dados de valores para X e Y utilizando-se da função y=2,1.x+9,1. O gráfico se encontra no anexo II. 6. RESULTADOS E DISCUSSÕES Observando o primeiro exercício do procedimento, analisamos dois gráficos, e concluímos que o gráfico 2 é melhor para perceber a posição do objeto em movimento durante o tempo em segundos. Tivemos facilidade em observar tal resultado, pois os gráficos mostram uma grande diferença nas escalas utilizadas por ambos. No segundo exercício do procedimento, foi analisado que a construção de um gráfico em escalas diferentes, pode ajudar ou dificultar a visualizaçãodos resultados, nesse caso, o aumento de certa população ao decorrer de um dado tempo em anos. Podemos perceber em um gráfico o aparente aumento mais rápido da população e no outro gráfico uma aparente demora. No terceiro exercício do procedimento, verificou-se que o método dos mínimos quadrados nos deu uma linearização dos dados da tabela, podendo assim, se tornar possível uma “previsão” dos eventos do experimento para diferentes valores de x. 7. CONCLUSÃO Concluímos primeiramente que para construir um gráfico, necessitamos seguir normas, tal como escolher e identificar corretamente os eixos coordenados e utilizar a escala certa, para que não façamos sua representação errada. Concluímos também que a melhor forma de se tirar informações de uma curva que não seja uma reta é linearizando a equação, que podemos obter de duas formas: traçando uma reta “a olho”, ou usando as equações dos mínimos quadrados. Para finalizar, comparamos os resultados das duas formas de se linearizar uma curva, e chegamos à conclusão final de que sempre aparecerão erros aleatórios neste processo. 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RUGGIERO, M. A. G. Cálculo numérico: aspectos teóricos e computacionais. 2ª ed. – São Paulo: Pearson Makron Books, 1996. FREUND, J. E. Estatística aplicada: economia, administração e contabilidade. 9ª ed. – Porto Alegre: Bookman, 2000. GOLDEMBERG, J. Física geral e experimental. 2ª ed. – São Paulo: Nacional, 1970. DANTE, L. R. Matemática: contexto e aplicações. 3ª ed. – São Paulo: Ática S.A., 2010. SPIEGEL, M. R. Estatísticas. 3ª ed. – São Paulo: Malpron Books, 1993.
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