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Gilberto Freyre Contexto sociológico da época: questionamento sobre o que é ser brasileiro e o que existe por trás da formação do Brasil. Contexto histórico: governo Vargas, ascensão do fascismo. Miscigenação. Negros e indígenas contribuem para aspectos culturais.→ Não existe uma raça pura e superior.→ Freyre rompe com a ideologia da época e encara a miscigenação como um aspecto chave da formação do Brasil, ocorrida entre portugueses, que por si só já são racialmente misturados, negos de diversas tribos africanas diferentes e dos diferentes indígenas que habitam o Brasil. Democracia racial. Relação afetuosa entre senhores e escravos.→ Escravidão açucarada. → Bom senhor e escravo submisso. → A casa grande depende da senzala para funcionar. → A escravidão brasileira comparada com a situação racial em outros países não foi tão ruim.→ Miscigenação e democracia racial: discursos utilizados pelo governo Vargas para esconder a proximidade real com o governo de Hitler e construir a ideia de Brasil e de brasileiro colocada durante a ditadura. → Ponto central diante da miscigenação, usada para descrever as relações raciais no Brasil. Freyre argumenta que vários fatores, incluindo a relação quase afetuosa entre senhores e escravos, impede o surgimento de categorias raciais rígidas, portanto não é possível a existência de racismo ou de uma relação hierárquica entre raças. Família patriarcal. Na opinião de Freyre a própria arquitetura da casa grande expressa o modo de organização social e política do Brasil, o patriarcalismo. Tal estrutura seria capaz de incorporar os diversos elementos que compõe o Brasil colônia. O patriarca proprietário da terra é dono de tudo que nela se encontra: a família, o engenho, os escravos, etc. Sérgio Buarque de Holanda. Contexto sociológico da época: questionamento sobre o que é ser brasileiro e o que existe por trás da formação do Brasil. O Brasil colônia. É visto por Buarque como tendo pouca organização social, por isso o recurso frequente da violência e ao domínio personalista. A escravidão. Questionava a ideia de Freyre de que a escravidão teria um bom lado.→ Contra o mito do escravo submisso e do bom senhor. → Se a relação de escravidão possuísse afeto não iria existir a violência. → Escravidão = violência. Para existir trabalho escravo deve haver violência. → Retrata não somente o escravo da casa grande mas também o escravo do engenho.→ A economia escravista colonial foi a forma pela qual a Europa conseguiu suprir o que faltava em sua economia. O indígena não conseguiu se "adaptar" à escravidão, tornando o escravo africano imprescindível para o sistema colonial, principalmente para o trabalho agrícola. Família patriarcal. Relação entre família patriarcal e negros: violência.→ Os filhos dos senhores do engenho reproduzem a violência aprendida. → A ideia de família patriarcal reforça a ideia de monarquia. → Família da casa grande, sente constante medo pois a violência empregada contra os escravos gera revolta e por conta da relação dependência entre senhores e escravos, viviam presos no ciclo de violência. O homem cordial. Buarque compara a situação com a história de Antígona e seu irmão Creonte, sobre o confronto entre Estado e família. Houve muita dificuldade na transição para o trabalho industrial no Brasil, onde muitos dos valores rurais e coloniais tiveram sua continuidade. A falta de ordenamento impessoal que caracteriza a vida no Estado torna difícil a distinção entre o que é público e o que é privado. O homem cordial trata-se de um homem dominado pelo coração, pela emoção. A impossibilidade do brasileiro de se desvincular da família a partir do momento em que se torna um cidadão gerou o homem cordial. Não há distinção entre público e privado, todos são amigos de todos em todos os lugares. O Brasil é uma sociedade onde o Estado é propriedade da família, os laços familiares são transportados para o Estado. Entretanto, a polidez está apenas na superfície, o homem cordial precisa expandir o seu ser na vida social, na coletividade, precisa viver nos outros, denotando uma aproximação afetiva que pode ser notada até mesmo no nosso linguajar pelo uso do sufixo "inho". O homem cordial está encrustado na nossa formação como povo, é a contribuição do brasileiro para a sociedade. Resumo de Sociologia - Prova Intermediária. domingo, 3 de setembro de 2017 20:58 Página 1 de Sociologia Brasileira
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