Buscar

filosofia und 2 tp 3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Unidade 2: Tópico 3
As formas de conhecer o mundo
Pois bem, existem diversas formas de conhecer o mundo que variam de acordo com a situação do sujeito diante do objeto a ser conhecido. Desta forma, as estrelas no céu podem ser vistas de formas diferentes pelos índios que acreditam serem deuses e pelos astrônomos que vêm astros com luz própria formando a galáxia.
Fonte: http://bit.ly/1J5ISkJ
Assim, o senso comum, a ciência e a Filosofia são formas de conhecer o mundo, pois cada um desvenda os segredos do mundo procurando encontrar um sentindo.
Como já estudamos na Unidade 1, o senso comum é a primeira compreensão do mundo, baseada na opinião, transmitido de geração em geração e, muitas vezes, transformando-se em crença religiosa ou algo inquestionável.
A ciência desconfia de nossas certezas, da ausência de crítica e da falta de curiosidade. Ela procura descobrir como as coisas funcionam, considerando principalmente as relações de causa e efeito, de modo a buscar um conhecimento com o máximo grau de certeza.
Já a Filosofia busca o conhecimento, o uso do saber em proveito do homem. Porém, para saber o que é benéfico para o homem é necessário saber o que é o bem e o que é a verdade. Na busca pela verdade, diversos filósofos desenvolveram métodos que acreditavam ser o caminho para desvendar o mundo.
Os diferentes métodos da filosofia
Conforme Japiassú e Marcondes, entende-se por método um:
Conjunto de procedimentos racionais, baseando-se em regras, que visam atingir um objetivo determinado. Por exemplo, na ciência, o estabelecimento e a demonstração de uma verdade científica. "por método, entendo as regras certas e fáceis, graças às quais todos os que as observam exatamente jamais tomarão como verdadeiro aquilo que é falso e chegarão, sem se cansar com esforços inúteis, ao conhecimento verdadeiro do que pretendem alcançar" (Descartes).
		JAPIASSÚ; MARCONDES, 1996, p. 181.
A palavra Método provém do grego methodos, que significa "caminho para chegar a um fim". Na Filosofia, há várias formas de métodos, como se comentou anteriormente sobre o método de Platão, que, por sua vez, é proveniente de seu mestre Sócrates. Este usava o método dialético, de perguntas e respostas, às mais diversas pessoas, cultas ou ignorantes, de forma a encontrar e a explorar o conhecimento interno de cada uma delas.
Utilizando-se de uma série de perguntas, ele revelava as ideias daquele a quem interrogava e depois as questionava acentuando as contradições, levando o outro compreender novas conclusões, mais claras e sólidas que as suas. Esse método ficou conhecido como maiêutica.Platão aperfeiçoou o método defendendo uma contraposição da opinião e a melhoria desta por meio da crítica. Esse método então ficou conhecido como dialético.
Entendendo a razão como o principal elemento da natureza humana (lembre-se da consideração sobre a alma intelectiva), responsável pelo acesso ao verdadeiro conhecimento e à verdadeira virtude, Sócrates convidava a todos a desenvolvê-la por meio do raciocínio dialético. Nesse objetivo, utilizava-se de um método dialógico baseado em perguntas. Por meio delas, nosso filósofo procurava desfazer a falsa imagem que as pessoas guardavam de si mesmas, para trazer a luz novos conhecimentos.
O método socrático de construção do conhecimento é dividido em dois momentos, a ironia e a maiêutica. Com a ironia, Sócrates pretende desmascarar seus interlocutores, demonstrando que estes ignoravam a essência daquilo que julgavam saber. Contra a ignorância tem então que se desenvolver a refutação, parte da ironia socrática. Segundo Mondolfo:
A refutação tem a missão de despertar nos outros a consciência da sua ignorância, isto é, de encaminhá-los a uma purificação espiritual dos erros e faltas, e por isso não chega nem deve chegar a uma conclusão positiva mas a um resultado negativo que, não obstante, é preparação e estímulo para uma investigação reconstrutiva.
A maiêutica é o ato mesmo da criação das ideias, de deixar que estas venham à tona, ganhem corpo e vida na inteligência dos interlocutores. É um complemento à ironia, parte do mesmo processo, lado da mesma moeda. É a forma de confirmação e testemunho de que nada se sabe (já dizia Sócrates "Só sei que nada sei"), em prol da possibilidade de deixar que surja, em cada indivíduo, um novo saber, um novo conceito. É, como se referia Sócrates, a maiêutica o ato de queixar nascer as ideias, como uma forma de "obstetrícia intelectual", que no diálogo, plasma a ignorância de cada um imerso no discurso perplexo e renovador. Conforme Japiassú e Marcondes, o método dialético é:
Na concepção clássica, sobretudo na concepção platônica da Filosofia socrática, o método dialético é aquele que procede pela refutação das opiniões do senso comum, levando-as a contradição, para chegar, então, à verdade, fruto da razão.
		JAPIASSÚ; MARCONDES, 1996, p. 182.
O Julgamento de Sócrates – 
Fonte: http://bit.ly/1GHzGkF
Aristóteles e o silogismo – a descoberta da lógica
Aristóteles, discípulo de Platão, elaborou uma forma sistemática de lógica composta por um padrão de três proposições que se constituem de duas premissas e uma conclusão, a este modelo se chamou de silogismo. Este, na definição de Japiassú e Marcondes:
Método de dedução de uma conclusão a partir de duas premissas, por implicação lógica. Para Aristóteles, considerado o primeiro formulador da teoria do silogismo, "o silogismo é um argumento que, estabelecida certas coisas, resulta necessariamente delas, por serem o que são, outra coisa distinta do anteriormente estabelecido.
		JAPIASSÚ; MARCONDES, 1996, p. 248.
A partir deste pensamento surgiu o mais famoso silogismo da história:
Todos os homens são mortais.
Sócrates é homem.
Portanto, Sócrates é mortal.
O método de Aristóteles consistia nas formas dedutiva e indutiva de raciocinar.
O raciocínio dedutivo consiste em argumentar do geral para o particular, assim:
Todos os cães latem. (1ª premissa – termo geral, maior)
Rex é um cão. (2ª premissa – termo específico, menor)
Logo, Rex late. (conclusão – termo menor e maior)
A dedução é um:
Raciocínio que nos permite tirar de uma ou várias proposições uma conclusão que delas decorre logicamente. Em outras palavras, é uma operação lógica que consiste em concluir a partir de uma ou várias proposições, admitidas como verdadeiras, uma ou várias proposições que se seguem necessariamente.
		JAPIASSÚ; MARCONDES, 1996, p. 63.
Já o raciocínio indutivo consiste em argumentar do particular para o geral:
Rex late. (1ª premissa – termo específico, menor)
Rex é um cão. (2ª premissa – termo geral, maior)
Logo, todos os cães latem. (conclusão – termo maior e menor)
Conforme Japiassú e Marcondes, o método indutivo é:
Aquele segundo o qual uma lei geral é estabelecida a partir da observação e repetição de regularidades em casos particulares. Embora o método indutivo não permita o estabelecimento da verdade da concussão em caráter definitivo, fornece, no entanto, razões para a aceitação, que se tornam mais seguras quanto maior o número de observações realizadas.
		JAPIASSÚ; MARCONDES, 1996, p. 181.
As ferramentas da filosofia
Saber a resposta correta sobre determinado questionamento é uma tarefa difícil, pois, até mesmo os filósofos discordam quanto ao método correto de alcançá-la, sendo certo que nossas emoções e pontos de vista podem influenciar as respostas. Além disso, ainda que algumas respostas sejam claras, não significa que a ausência de uma resposta única signifique que outras respostas não sejam satisfatórias ou adequadas.
Para tanto, a filosofia traz argumentos que são declarações ou proposições, uma das quais, derivada das demais que nos fornecem evidências para chegarmos à conclusão. Assim, as premissas são a evidência e a conclusão é a proposição que decorre da evidência.
Atenção!
Veja novamente o exemplo:
Todos os homens são mortais. (1ª premissa = evidência)
Paulo é um homem. (2ª premissa = evidência)
Logo, Paulo é mortal. (conclusão que decorre dasevidências)
Existem tipos de argumentos diferentes como:
-ARGUMENTOS INDUTIVOS:
Como já comentado, são aqueles em que as premissas dão alguma evidência para a conclusão, de tal forma que as premissas podem ser verdadeiras, mas a conclusão é apenas provável. Dessa maneira, as premissas poderão ser falsas ou verdadeiras e as conclusões poderão ser válidas ou não válidas.
Exemplo:
Todos os banhistas observados até hoje estavam queimados pelo sol; Logo, o próximo banhista que for observado estará queimado pelo sol; (argumento indutivo = provável, pois não é possível afirmar a validade da conclusão).
-ARGUMENTOS DEDUTIVOS:
Nestes argumentos as premissas asseguram a validade ou não da conclusão. Portanto, se as premissas forem verdadeiras, a conclusão será válida. Se as premissas forem falsas, a conclusão será não válida. Os argumentos dedutivos não acrescentam nada de novo ao que sabemos.
Exemplos:
Todos os homens são mortais (Premissa verdadeira);
João é homem (Premissa verdadeira);
Logo, João é mortal (Conclusão válida).
-FALÁCIAS:
São um raciocínio errado com aparência de verdadeiro. O termo falácia deriva do verbo latino fallere que significa enganar. As falácias que são cometidas involuntariamente designam-se por paralogismos. Já as que são produzidas de forma a confundir alguém numa discussão designam-se por sofismas.
-SILOGISMO CETEGÓRICO:
Construído por proposições que são as premissas, conclusões e termos. As proposições afirmam ou negam de forma absoluta.
- O termo maior é o predicado da conclusão, e ocorre na premissa maior;
- O termo menor é o sujeito da conclusão e ocorre na premissa menor;
- O termo médio aparece em ambas as premissas, mas não aparece na conclusão.
Assim:
1 - Todos os homens são mortais (premissa maior, porque é genérica, refere-se a todos os homens);
2 - Sócrates é homem (premissa menor, porque é específica = refere-se apenas à Sócrates);
3 - Logo, Sócrates é mortal (conclusão).
Observe que:
O termo maior é a palavra mortal, presente na premissa maior e na conclusão.
O termo menor é a palavra Sócrates, presente na premissa menor e na conclusão.
E o termo médio é a palavra homem, presente na premissa maior e na menor, porém omitido na conclusão.
Existem regras que facilitam a formulação de argumentos válidos, evitando que falácias invalidem as conclusões:
1 – Um silogismo categórico válido deve conter três termos (maior, menor e médio).
2 – O termo médio deve constar ao menos em uma das premissas.
3 – Somente poderá constar da conclusão um termo que também conste das premissas.
4 – O termo médio não pode constar da conclusão.
5 – Nenhuma conclusão se segue de duas premissas negativas.
6 – Se duas premissas forem afirmativas, a conclusão não poderá ser negativa.
7 – Se uma premissa é negativa, a conclusão deverá ser negativa.
8 – Nenhuma conclusão se segue de duas premissas específicas.

Outros materiais