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caso pratica 4

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA____VARA CRIMINAL DE CURITIBA / PR
PROCESSO Nº____________
JORGE, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, que lhe move o Ministério Público Estadual, vem por seu advogado, infra assinado apresentar:
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS
Com fulcro no artigo 403,§ 3°,CPP, pelos fatos a seguir expostos: 
I – DOS FATOS
 Meritíssimo doutor juiz, trata-se a presente ação de crime de estupro, duas vezes na forma do artigo 69, CP, com agravante do artigo 2º, § 1° da lei dos Crimes hediondos, com a agravante da embriaguez pré ordenada.
 A denúncia foi recebida pelo douto juiz que determinou a citação do acusado para apresentar resposta.
 Após as diligências, foi designada a audiência de instrução e julgamento conforme artigo 400, CP.
 Por fim o juiz determinou que as alegações finais fossem apresentadas na forma de memoriais.
II – DO DIREITO
 
 Compulsando os autos do presente processo, verifica-se a fragilidade dos argumentos do parquet, aliada a falta de provas apresentadas.
 No caso em tela a inteligência do artigo 217-A, CP, sugere que para o crime seja cometido de forma bipartida é necessário que o contexto fático seja diferente.
 Nesse sentido, o acusado juntamente com a vítima, de forma voluntária se dirigiram para um local reservado e ali praticaram sexo oral e vaginal em um mesmo contexto. Assim não há que se falar em duplo estupro.
 No que tange ao artigo 69, não merece sucesso a acusação do promotor de justiça, uma vez que, salvo maior juízo, supostamente o crime seria único.
 Com relação a embriaguez pré ordenada é necessário que o agente tenha consciência da ingestão alcoólica para o cometimento do crime, ou seja, bebe para criar coragem para cometer, fato este que não ocorreu.
 No que tange a hediondez, esta não se aplica, uma vez que o agente não tinha a menor consciência de que a suposta vítima era menor de idade. Fato este corroborado pelas testemunhas de defesa, quando dizem que a vítima da forma que se portava, a roupa que utilizava e o local aonde estava, dava a todos a certeza de ser maior de 14 anos.
 Assim o crime de estupro de vulnerável não pode haver presunção, ou seja, o critério é objetivo.
III- DO PEDIDO
 Ante o exposto requer:
A absolvição sumária, com base no artigo 386,III,CPP.
Se ultrapassado o pedido acima, requer:
Que o crime cometido seja único.
A aplicação do regime semi aberto
O afastamento da agravante de embriagues pré ordenada.
Nos termos em que,
Aguarda deferimento
Curitiba, 29/04/2014
________________________________________
Assinatura do Advogado

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