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Aula 06 (5)

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CURSO ONLINE - DIREITO COMERCIAL(EMPRESARIAL) AFRFB/AFT 2013 
PROFESSORES LUCIANO OLIVEIRA E CADU CARRILHO– AULA 06 
www.pontodosconcursos.com.br 1 
Olá, amigo(a) concurseiro(a)! Esta é nossa Aula 06 de Direito 
Comercial para AFRFB e AFT 2013. A última aula teórica! A próxima aula do 
nosso curso (Aula 07) será uma grande revisão em exercícios, em que serão 
apresentadas diversas questões comentadas, todas diferentes das vistas até 
aqui neste curso. 
Hoje veremos o item 2 do edital: 
2. Microempresa e empresa de pequeno porte (Lei 
Complementar n.º 123/2006). 
E o instituto da Empresa Individual de Responsabilid-
ade Limitada (EIRELI) 
Vamos à aula! 
1 – INTRODUÇÃO 
Vocês sabem qual é o objeto da Lei Complementar 123/2006 (LC 
123/2006)? Ela estabelece normas gerais relativas ao tratamento 
diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas (ME) e 
empresas de pequeno porte (EPP) no âmbito dos Poderes das entidades 
da Federação (art. 1.º da LC 123/2006). Essa Lei tem por base 
constitucional os arts. 146, 170, IX, e 179 da Carta Magna. 
O art. 146 da CF/88 reza que cabe à Lei Complementar estabelecer 
normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre a 
definição de tratamento diferenciado e favorecido para as 
microempresas e para as empresas de pequeno porte (art. 146, III, “d”, da 
CF/88), podendo esta Lei instituir um regime único de a rrecadação dos 
impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios (art. 146, par. único, da CF/88). Este regime único é o Simples 
Nacional, que foi efetivamente instituído pela Lei! 
Além disso, vejam só, o art. 170, IX, da Lei Maior prevê como 
princípio da ordem econômica o tratamento favorecido para as EPP 
constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração 
no País. 
Já o art. 179 da Lei Maior dispõe que as pessoas políticas dispensarão 
às ME e EPP, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, 
visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações 
administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela 
eliminação ou redução destas por meio de lei. 
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Vejam só esta questão de concurso: 
1 - (CESPE/ANALISTA TÉCNICO/SEBRAE-BA/2008) A CF, no tocante ao 
tratamento diferenciado que deve ser dispensado às micro e pequenas 
empresas, menciona as três esferas da administração e se refere a 
três tipos de discriminação: eliminação, redução e simplificação de 
obrigações. 
O item é correto, conforme o disposto no art. 179 da CF/88. 
Gabarito: Certo 
As regras específicas relativas ao Simples Nacional estão no Capítulo 
IV da LC 123/2006 (arts. 12 a 41 – quando nada for dito, os artigos citados 
serão da LC 123/2006) e são estudadas na matéria de Direito Tributário. 
Nesta aula, veremos os demais dispositivos dessa norma aplicáveis às ME e 
EPP relacionados com o Direito Comercial, OK? 
Eis algumas questões da Esaf sobre o tema: 
2 - (ESAF/AUDITOR/TCE-GO/2007) A Constituição Federal permite a 
edição de lei complementar que defina tratamento diferenciado e 
favorecido para microempresas e empresas de pequeno porte. 
O item é correto porque a previsão de tratamento diferenciado e 
favorecido para microempresas e empresas de pequeno porte está nos 
arts. 146 e 179 da CF/88. 
Gabarito: Certo 
3 - (ESAF/PFN/2005-2006) Uma norma geral poderá, a pretexto de 
definir tratamento diferenciado e favorecido para as micro e pequenas 
empresas, instituir regime único de arrecadação de impostos e 
contribuições dos entes federados. 
O item é verdadeiro, conforme o art. 146, par. único, da CF/88. 
Gabarito: Certo 
4 - (ESAF/ADVOGADO/IRB/2004) Cabe à lei complementar estabelecer 
normas gerais em matéria de legislação tributária, inclusive sobre 
definição de tratamento diferenciado e favorecido para as 
microempresas e para as empresas de pequeno porte. 
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A afirmativa é correta, conforme o art. 146, III, d, da CF/88. 
Gabarito: Certo 
Instâncias de Decisão 
Segundo a Lei, as seguintes instâncias farão a gestão do trata-
mento diferenciado e favorecido a ser dispensado às ME e EPP (art. 2.º): 
– Comitê Gestor do Simples Nacional, vinculado ao Ministério da 
Fazenda, para tratar dos a spectos tributários. A ele compete 
regulamentar os itens relativos ao regime do Simples Nacional (art. 
2.º, § 6.º); 
– Fórum Permanente das ME e EPP, para tratar dos demais 
aspectos. Sua finalidade é orientar e assessorar a formulação e a 
coordenação da política nacional de desenvolvimento das ME e 
EPP, bem como acompanhar e avaliar a sua implantação (art. 2.º, § 
5.º); 
– Comitê para Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do 
Registro e da Legalização de Empresas e Negócios 
(COGERENASIRELEN – caramba! Agora você me mata!), vinculado 
ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior 
(MDIC), para tratar do processo de registro e de legalização de 
empresários e de pessoas jurídicas. Compete a essa instância 
regulamentar os itens relativos à abertura, legalização e 
funcionamento de empresários e de pessoas jurídicas de qualquer 
porte, atividade econômica ou composição societária (art. 2.º, § 
7.º). Veja que este Comitê não trata unicamente de aspectos relat-
ivos às ME e EPP. 
Agente de Desenvolvimento 
Está previsto na Lei também que o Poder Público Municipal deverá 
designar um agente de desenvolvimento, para a efetivação do disposto 
na LC 123/2006, observadas as especificidades locais (art. 85-A). E qual é a 
função desse agente? Ela será caracterizada pelo exercício de articulação 
das a ções públicas para a promoção do desenvolvimento local e 
territorial, mediante ações locais ou comunitárias, individuais ou coletivas, 
que visem ao cumprimento das disposições e diretrizes contidas na Lei, sob 
supervisão do órgão gestor local responsável pelas políticas de 
desenvolvimento (art. 85-A, § 1.º). 
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Só que, fiquem atentos, o agente de desenvolvimento deverá 
preencher alguns requisitos. São eles: residir na área da comunidade em 
que atuar; haver concluído, com aproveitamento, curso de qualificação 
básica para a formação de agente de desenvolvimento; e haver concluído o 
ensino fundamental (art. 85-A, § 2.º). E o MDIC, juntamente com as 
entidades municipalistas e de apoio e representação empresarial, prestarão 
suporte aos referidos agentes na forma de capacitação, estudos e pesquisas, 
publicações, promoção de intercâmbio de informações e experiências (art. 
85-A, § 3.º). 
2 – MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE 
Muito bem! Vamos ver o conceito de microempresa e empresa de 
pequeno porte. Importantíssimo, não é? Claro. Para os efeitos da LC 
123/2006, consideram-se ME ou EPP a sociedade empresária, a 
sociedade simples, o empresário individual e a empresa individual de 
responsabilidade limitada devidamente registrados no Registro de 
Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o 
caso, desde que (art. 3.º): 
– no caso das microempresas, a receita bruta, em cada 
anocalendário, seja igual ou inferior a R$ 360.000 (essa é 
outra mudança importante, pois com a vigência da Lei Complementar 
139 de 2011 esse passa a ser o novo valor, pois antes era de 
240.000); 
– no caso das empresas de pequeno porte, a receita bruta, emcada ano-calendário, seja superior a R$ 360.000 e igual ou in-
ferior a R$ 3.600.000. (esse valor também foi atualizado pela 
nova lei complementar). 
Vamos ver uma recente sobre esse assunto: 
5 - (FCC/JUIZ/TJ-PE/2013) Enquadram-se como microempresas ou 
como empresas de pequeno porte, preenchidos os requisitos legais, a 
sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de 
responsabilidade limitada, as cooperativas e as sociedades por ações, 
desde que de capital fechado às Bolsas de Valores. 
Essa questão não está de acordo com o artigo 3º, pois nele não se 
encontram as cooperativas e as sociedades por ações. 
Gabarito: Errado 
6 - (CESPE/DEFENSOR/DPE-TO/2013) A pessoa jurídica que, no último 
ano calendário, tenha apresentado receita bruta de R$ 400.000,00 
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enquadra-se na condição de microempresa, considerando-se receita 
bruta o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta 
própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações 
em conta alheia. 
Como vimos, se a pessoa jurídica fizer uma receita bruta de mais de 
R$ 360.000,00, ela não será enquadrada como microempresa e por 
isso a questão está errada, porém a questão define o que é receita 
bruta assim como está na lei vejamos: 
Art. 3º - § 1o Considera-se receita bruta, para fins do disposto 
no caput deste artigo, o produto da venda de bens e serviços nas 
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o 
resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas 
canceladas e os descontos incondicionais concedidos. 
Gabarito: Errado. 
Certinho? Grave esses valores. Eles são importantes para a prova! 
Eis um item da Esaf sobre o assunto: 
7 - (ESAF/AFPS/2002/ADAPTADA) Microempresa e empresa de 
pequeno porte são sinônimos na legislação do Simples Nacional. 
A assertiva é errada, pois a Lei expressamente diferencia ME de EPP, 
conforme o valor da receita bruta anual. 
Gabarito: Errado 
E o que é a tal da receita bruta? Ora, considera-se como receita 
bruta, neste caso, o produto da venda de bens e serviços nas operações de 
conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações 
em conta alheia, não incluídas a s vendas canceladas e os descontos 
incondicionais (comerciais) concedidos (art. 3.º, § 1.º). E se a atividade 
do empresário se iniciar no meio do ano-calendário, os limites acima serão 
proporcionais a o número de meses em que a ME/EPP houver exercido 
atividade, inclusive as frações de meses (art. 3.º, § 2.º). 
Vejam uma questão de prova sobre o ponto acima: 
8 - (CESPE/ANALISTA TÉCNICO/SEBRAE-BA/ADAPTADA) Considerando 
que uma empresa tenha apresentado, relativamente ao 
anocalendário, a relação de contas a seguir, é correto afirmar que, 
pelo 
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critério do limite da receita bruta, tal empresa poderá enquadrar-se na 
condição de microempresa. 
CONTA VALOR (EM R$) 
Vendas de bens 380.000 
Descontos comerciais sobre vendas 10.000 
Descontos financeiros a clientes 5.000 
Abatimentos 5.000 
Vendas anuladas 20.000 
O item é correto porque a receita bruta da empresa, neste caso, é 
calculada da seguinte maneira: 
Vendas de bens 380.000 
(–) Descontos comerciais sobre vendas 10.000 
(–) Vendas anuladas 20.000 
(=) Receita Bruta 350.000 
O que insere a empresa na faixa de micro empresa. Note ainda que os 
descontos financeiros e os abatimentos não são descontados do total 
da receita bruta, em atendimento ao que dispõe o art. 3.º, § 1.º, da 
Lei. 
Gabarito: Correto 
Saibam ainda que o enquadramento ou o desenquadramento do 
empresário ou da sociedade simples ou empresária como ME ou EPP não 
implica alteração, denúncia ou qualquer restrição em relação a contratos 
por elas anteriormente firmados (art. 3.º, § 3.º). 
9 - (CESPE/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-TO/2013) O desenquadramento 
da pessoa jurídica da condição de microempresa ou empresa de 
pequeno porte não implicará alteração, denúncia ou qualquer restrição 
em relação a contratos por ela anteriormente firmados. 
Aprendemos que o desenquadramento não acarreta mudanças nos 
contratos anteriormente estipulados. 
Gabarito: Correto 
Além disso, fiquem atentos: ainda que se enquadre como ME ou EPP, 
segundo o critério acima, ficará excluída do tratamento jurídico 
diferenciado previsto na LC 123/2006 a pessoa jurídica (art. 3.º, § 4.º): 
– de cujo capital participe outra pessoa jurídica; 
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– que participe do capital de outra pessoa jurídica; 
– constituída sob a forma de cooperativa, salvo as de consumo; 
– constituída sob a forma de sociedade por ações; 
– que seja filial, sucursal, agência ou representação, no país, de 
pessoa jurídica com sede no exterior; 
– resultante ou remanescente de cisão ou outra forma de 
desmembramento de pessoa jurídica, ocorrida em um dos cinco 
anos-calendário anteriores; 
– que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de 
desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, 
financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora 
ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de 
empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capit-
alização ou de previdência complementar (de modo geral: que seja 
instituição financeira); 
– de cujo capital participe pessoa física inscrita como empresário ou 
que já seja sócia de outra empresa que receba o tratamento 
jurídico diferenciado da LC 123/2006, desde que a receita bruta 
global ultrapasse o valor de R$ 3.600.000; 
– cujo titular ou sócio participe com mais de 10% do capital de 
outra empresa não beneficiada pela LC 123/2006, desde que a 
receita bruta global ultrapasse o valor de R$ 3.600.000; 
– cujo sócio ou titular seja administrador (ou equiparado) de outra 
pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta 
global ultrapasse o valor de R$ 3.600.000; 
Ufa! Quanta hipótese! E o pior é que pode haver uma questãozinha 
sobre isso. Tentem gravar pelo menos as mais curtinhas! Vejam que eu já 
coloquei a lista acima numa ordem mais fácil de memorizar. 
Na hipótese de a ME ou EPP incorrer em alguma das situações acima 
previstas, ela será excluída do regime jurídico diferenciado previsto na Lei 
Complementar e também ficará excluído do Simples Nacional, com efeitos a 
partir do mês seguinte àquele em que surgir a situação impeditiva, OK? (art. 
3.º, § 6.º) 
Vejam estas questões de prova sobre o assunto: 
10 - (CESPE/AUDITOR/TCU/2007/ADAPTADA) O regime diferenciado e 
favorecido instituído pelo Estatuto Nacional da Microempresa e da 
Empresa de Pequeno Porte não se aplica às sociedades por ações, aos 
bancos comerciais e às cooperativas em geral (excetuadas as de 
consumo). 
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O item é correto, pois todas as hipóteses citadas são exemplos de 
pessoas jurídicas excluídas do tratamento jurídico diferenciado da LC 
123/2006, conforme visto acima. 
Gabarito: Certo 
11 - (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE NÍVEL SUPERIOR/FISCALIZAÇÃO 
TRIBUTÁRIA/VILA VELHA-ES/2007) Considere-se que vários 
professores de língua árabe tenham decidido constituir cooperativa 
para prestação de serviços educacionais.Nesse caso, a cooperativa 
constituída pelos professores não pode gozar dos benefícios do regime 
diferenciado e favorecido conferido às microempresas e empresas de 
pequeno porte. 
A questão está certa, pois as cooperativas (salvo as de consumo) 
também são excluídas do regime jurídico diferenciado da LC 123/2006. 
Gabarito: Certo 
Muito bem! No caso de início de atividades, a ME que, no 
anocalendário, exceder o limite de receita bruta de R$ 360.000 passará, no 
anocalendário seguinte, à condição de EPP (art. 3.º, § 7.º). O mesmo se 
aplica à EPP em início de atividades que, no ano-calendário, não ultrapassar 
o limite de receita bruta de R$ 360.000, a qual passará, no ano-calendário 
seguinte, à condição de ME (art. 3.º, § 8.º). Faz sentido, não é? Agora, em 
ambos os casos, deve ser observada a proporcionalidade em relação ao 
número de meses, caso a empresa seja iniciada no meio do ano-calendário. 
Além disso, se a EPP, no ano-calendário, exceder o limite de receita 
bruta anual de R$ 3.600.000, ela ficará excluída, no ano-calendário 
seguinte, do regime diferenciado da LC 123/2006 (art. 3.º, § 9.º). 
Por outro lado, se a ME ou a EPP, no decurso do ano-calendário de 
início de a tividade, ultrapassar o limite de receita bruta de R$ 300.000 
vezes o n.º de meses de funcionamento no período, ela deverá ser excluída 
do regime diferenciado, com efeito retroativo ao início da sua atividade 
(art. 3.º, § 10). Puxa vida! Todavia, se o excesso verificado não for superior 
a 20%, os efeitos da exclusão dar-se-ão no ano-calendário subsequente 
(art. 3.º, § 12). Aí a Lei dá uma colher de chá! 
Imaginem, por exemplo, que uma EPP iniciou sua atividade em 
01.º/03/2009. Em 31/07/2009 (cinco meses após), verifica-se que sua 
receita bruta até o momento é de R$ 2.000.000 (média de R$ 400.000/mês 
– excesso de 33%). Neste caso, ela deverá ser excluída do 
regime 
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diferenciado, de forma retroativa. Por outro lado, se a receita bruta, em 
31/07/2009, fosse de R$ 1.800.000 (média de R$ 360.000/mês – excesso 
de 20%), a exclusão só teria efeitos a partir do ano seguinte. 
Eis mais uma questão de prova: 
12 - (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SEFAZ-SP/2006/
ADAPTADA) Considere o estabelecimento comercial paulista Alpha 
Beto, que atua no mercado há cerca de 2 anos e se encontra 
perfeitamente enquadrado como microempresa, nos termos da Lei 
Complementar nº 123/06. Por hipótese, considere, também, 
que, para esse estabelecimento, ocorreram os seguintes eventos: 
− As vendas cresceram abruptamente e, em agosto de 2008, a receita 
bruta acumulada desde 01/01/08 ultrapassou o limite de R$ 
360.000,00. 
− Em novembro de 2008, aproveitando o caixa excedente bem como o 
fato de seu concorrente, localizado na mesma rua, passar por 
dificuldades relacionadas com seu fluxo de caixa, adquire 40% das 
suas quotas sociais, de tal forma que o estabelecimento Alpha 
B eto passa a figurar como seu sócio minoritário. 
Com base nesses eventos, é correto afirmar que o estabeleci-
mento Alpha Beto 
a) assume a condição de empresa de pequeno porte, com efeitos 
retroativos a partir a janeiro de 2008. 
b) assume a condição de empresa de pequeno porte, com efeitos a 
partir de setembro de 2008. 
c) assume a condição de empresa de pequeno porte, com efeitos a 
partir do ano-calendário de 2009. 
d) sofre exclusão do regime de que trata a Lei Complementar no 
123/06, com efeitos a partir de janeiro de 2009. 
e) sofre exclusão do regime de que trata a Lei Complementar no 
123/06, com efeitos a partir de dezembro de 2008. 
O fato de a sociedade ter se tornado sócia de outra pessoa jurídica faz 
com que ela seja excluída do regime favorecido da LC 123/2006, com 
efeitos a partir do mês seguinte ao que incorrida a situação impeditiva, 
no caso, dezembro de 2008 (art. 3.º, § 4.º, VII, e § 6.º). Assim, o 
gabarito é a letra E. 
Gabarito: E 
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3 – INSCRIÇÃO E BAIXA DA EMPRESA 
Na elaboração de normas de sua competência, os órgãos e entidades 
dos três âmbitos de governo envolvidos na a bertura e fechamento de 
empresas deverão considerar a unicidade do processo de registro e de 
legalização de empresários e de pessoas jurídicas (eita palavreado 
bonito!). Para tanto, devem procurar articular suas competências e buscar, 
em conjunto, compatibilizar e integrar procedimentos, de modo a evitar a 
duplicidade de exigências e garantir a linearidade do processo (mais 
palavreado bonito!...rs), da perspectiva do usuário (art. 4.º). Note que se 
trata de regra de cunho programático. O que se deve buscar, sempre, é 
simplificar a vida da ME ou EPP, quanto aos atos de inscrição e baixa no 
competente registro. 
No caso de microempreendedor individual (MEI) (empresário 
individual optante pelo Simples Nacional que tenha auferido, no 
anocalendário anterior, receita bruta de até R$ 60.000 – art. 18-A, § 1.º). 
 O processo de abertura, registro, alteração e baixa do 
Microempreendedor Individual (MEI),bem como qualquer exigência para o 
início de seu funcionamento, deverão ter trâmite especial e 
simplificado, preferencialmente eletrônico, opcional para o empreendedor 
na forma a ser disciplinada pelo CGSIM. 
Pode ser dispensados o uso da firma, com a respectiva assinatura 
autógrafa, o capital, requerimentos, demais assinaturas, informações 
relativas ao estado civil e regime de bens, bem como remessa de 
documentos, na forma estabelecida pelo CGSIM; e os cadastros fiscais 
estadual ou municipal poderão ser simplificados ou ter sua exigência 
postergada, sem prejuízo da possibilidade de emissão de documentos 
fiscais. 
 
Neste caso, os custos de taxas e emolumentos relativos a aber-
tura, 
inscrição, registro, alvará e demais itens ficam reduzidos a zero (art. 4.º, § 
3.º). 
Os órgãos e entidades envolvidos na abertura e fechamento de 
empresas deverão manter à disposição dos usuários informações que 
permitam pesquisas prévias às etapas de registro ou inscrição, alteração e 
baixa de empresários e pessoas jurídicas, para dar certeza ao usuário 
quanto à documentação exigível e à viabilidade do registro ou 
inscrição (art. 5.º). 
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Além disso, os requisitos de segurança sanitária, metrologia, 
controle a mbiental e prevenção contra incêndios, para os fins de 
registro e legalização, deverão ser simplificados, racionalizados e 
uniformizados (art. 6.º). Nesse sentido, os órgãos e entidades responsáveis 
pela emissão de licenças e autorizações de funcionamento somente 
realizarão vistorias após o início de operação do estabelecimento, desde 
que a atividade, por sua natureza, comporte grau de risco compatível 
com esse procedimento (art. 6.º, § 1.º). Neste caso, os Municípios poderão 
emitir a lvará de funcionamento provisório, que permitirá o início de 
operação do estabelecimento imediatamente a pós o registro (art. 7.º). 
Se se tratar, por outro lado, de atividades com grau de risco a lto 
(definidas pelos órgãos e entidades competentes), a vistoria deve ser prévia 
(art. 6.º, § 2.º), não sendo possível a emissão do alvará provisório (art. 
7.º). E aí, pescaram tudo? 
E, ainda: será assegurada ainda às ME e EPP entrada única de 
dados cadastrais e de documentos, resguardada a independência das 
bases de dados e observada a necessidade de informações por parte dos 
órgãos e entidades que as integrem (art. 8.º). 
Vejam agora estaquestão sobre o tema: 
13 - (CESPE/TÉCNICO DE CONTABILIDADE/PETROBRAS/2007) De 
acordo com o novo Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa 
de Pequeno Porte, entre as medidas simplificadoras de procedimentos, 
será assegurada aos empresários a entrada única de dados cadastrais 
e de documentos, tornada possível com a unicidade da base de dados. 
O item é errado porque o sistema de entrada única de dados 
cadastrais e de documentos deve resguardar a independência das 
bases de dados (e não promover a unicidade da base de dados). 
Gabarito: Errado 
Vamos lá! O registro de atos constitutivos, alterações e extinções 
(baixas) deverá ocorrer independentemente da regularidade de 
obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas do empresário, 
da sociedade, dos sócios, dos administradores ou de empresas de que 
participem, sem prejuízo das responsabilidades por tais obrigações, 
apuradas antes ou após o ato de extinção (art. 9.º). 
O arquivamento dos atos constitutivos das ME e EPP e de suas 
alterações não exige apresentação de (art. 9.º, § 1.º): 
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– certidão negativa criminal, que será substituída por declaração 
do titular ou administrador, firmada sob as penas da lei, de não estar 
impedido de exercer atividade mercantil ou administração de 
sociedade, em virtude de condenação criminal; 
– prova de quitação, regularidade ou inexistência de débito 
referente a tributo ou contribuição de qualquer natureza. 
Agora, vejam só: não se aplica às ME e EPP a obrigatoriedade de que 
os atos e contratos constitutivos, sob pena de nulidade, só sejam admitidos 
a registro nos órgãos competentes quando visados por a dvogados, 
conforme o art. 1.º, § 2.º, da Lei nº 8.906/1994 (Estatuto da OAB) (art. 8.º, 
§ 2.º). 
Quando houver obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas 
o titular da empresa que se encontre sem movimento há mais de 12 
(doze) meses poderá solicitar a baixa nos registros dos órgãos públicos 
federais, estaduais e municipais independentemente do pagamento de 
débitos tributários, taxas ou multas devidas pelo atraso na entrega das 
respectivas declarações nesses períodos (art. 9º§3). 
 
 Essa baixa solicitada pela empresa não impede que, posteriormente, 
sejam lançados ou cobrados impostos, contribuições e respectivas 
penalidades. (art. 9.º § 4.º). Os órgãos públicos terão o prazo de 60 dias 
para efetivar a baixa, depois de 60 dias se o órgão não se manifestar 
considera-se presumida a baixa (art. 9.º § 6.º e 7.º) 
Eis uma questão de concurso sobre o ponto acima: 
14 - (CESPE/ASSISTENTE DE TI/SEBRAE-BA/2008) As microempresas 
que se encontrem sem movimento há mais de dois anos poderão dar 
baixa nos registros dos órgãos públicos federais, estaduais e 
municipais, somente após confirmar a quitação de débitos tributários, 
taxas ou multas devidos pelo atraso na entrega das respectivas 
declarações nesses períodos. 
O período sem movimento previsto na Lei é de 12 meses, ultrapassado 
esse período, a baixa poderá ser requerida independentemente do 
pagamento de débitos tributários, taxas ou multas pelo atraso na 
entrega das respectivas declarações nesses períodos. 
Gabarito: Errado 
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Só que essa baixa não impede, porém, que, posteriormente, sejam 
cobrados impostos e contribuições (e respectivas penalidades), decorrentes 
da falta de recolhimento ou da prática de outras irregularidades (art. 9.º, § 
4.º). Além disso, a solicitação de baixa importará responsabilidade 
solidária dos titulares, dos sócios e dos administradores do período de 
ocorrência dos respectivos fatos geradores (art. 9.º, § 5.º). 
Ah! Fica vedada a instituição de exigência documental ou formal, 
restritiva ou condicionante, pelos órgãos envolvidos na abertura e 
fechamento de empresas, que exceda o estrito limite dos requisitos 
pertinentes à essência do a to de registro, a lteração ou baixa 
da empresa (art. 11). Assim, não poderão ser exigidos de ME e EPP 
(art. 
10): 
– quaisquer documentos a dicionais aos requeridos pelos 
órgãos executores de registro, excetuados os casos de autorização 
prévia; 
– documento de propriedade ou contrato de locação do imóvel 
para instalação do estabelecimento, salvo para comprovar de 
endereço; 
– comprovação de regularidade dos prepostos com seus órgãos de 
classe, como requisito para deferimento de inscrição, alteração ou 
baixa da empresa ou para autenticação de instrumento de 
escrituração. 
15 - (CESPE/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-TO/2013) Os órgãos municipais 
envolvidos na abertura e fechamento de empresas deverão exigir 
documento de propriedade ou contrato de locação do imóvel onde 
esteja instalada a sede da microempresa ou empresa de pequeno 
porte. 
O artigo 10, inciso II, deixa claro que os órgãos públicos não podem 
exigir esse tipo de documento das ME e EPP, por ocasião da abertura 
ou fechamento das empresas. 
Gabarito: Errada. 
Certinho? 
4 – FISCALIZAÇÃO ORIENTADORA 
Muito bem! A fiscalização das ME e EPP, quanto aos aspectos 
trabalhista, metrológico, sanitário, ambiental e de segurança, deverá ter 
natureza prioritariamente orientadora, quando a atividade ou situação, por 
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sua natureza, comportar grau de risco compatível com esse procedimento 
(art. 55). 
Mas como seria essa fiscalização orientadora? É o seguinte: para 
tanto, deverá ser observado o critério de dupla visita para lavratura de 
autos de infração (art. 55, § 1.º), ou seja, a primeira constatação de 
irregularidades deve ser objeto de orientação por parte do agente público 
de fiscalização e, apenas em caso de não-adoção das providências cabíveis, 
poderão ser aplicadas medidas punitivas à ME ou EPP, entendeu? Agora, no 
caso de atividades e situações consideradas de a lto grau de risco 
(definidas pelos órgãos e entidades competentes), não poderão ser aplicadas 
essas regras (art. 55, § 3.º), tá certo? 
Ah, também não se aplica o critério de dupla visita quando se tratar de 
infração por falta de registro de empregado ou anotação da Carteira 
de Trabalho e Previdência Social (CTPS), ou, ainda, na ocorrência de 
reincidência, fraude, resistência ou embaraço à fiscalização (art. 55, § 
1.º, 2.ª parte). 
Por fim, as regras acima não se a plicam a o processo 
administrativo fiscal relativo a tributos, que seguirá as regras legais 
próprias atinentes aos processos administrativos fiscais do respectivo ente 
federativo (art. 55, § 4.º). 
Segue uma questão sobre o tema: 
16 - (CESPE/TÉCNICO DE SEGURANÇA/PETROBRAS/2004) O critério 
da dupla visita deve ser observado pelo AFT [Auditor Fiscal do 
Trabalho] quando se tratar de microempresa, na forma da lei 
específica. 
O item é correto, conforme previsão do art. 55, § 1.º, da LC 123/2006. 
Gabarito: Certo 
Vamos ver uma questão do último concurso para AFT: 
17 - (ESAF/AFT/2010) A respeito de fiscalização de microempresas e 
empresas de pequeno porte, marque a assertiva correta. 
a) Será observado o critério da dupla visita da fiscalização trabalhista, 
para lavratura de autos de infração, inclusive quando for constatada 
infração por falta de registro de empregado. 
b) A fiscalização, no que se refere ao aspecto metrológico, deverá ter 
natureza prioritariamente punitiva. 
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c) A fiscalização, no que se refere aos aspectos sanitário, ambiental e 
de segurança, deverá ser prioritariamente orientadora, mesmo quanto 
a atividades e situações cujo grau de risco seja considerado alto. 
d) No caso de fraude, resistência ou embaraço à fiscalização 
trabalhista será também observado o critério de dupla visita para 
lavratura de autos de infração. 
e) A fiscalização trabalhista deverá ter natureza prioritaria-
mente orientadora. 
As alternativas A e D estão incorretas, porque o § 1.º do art. 55 da LC 
123/06 estabelece que será observado o critério de dupla visita para 
lavratura de autos de infração, salvo quando for constatada infração 
por falta de registro de empregado (letra A) ou anotação da Carteira 
de Trabalho e Previdência Social (CTPS), ou, ainda, na ocorrência de 
reincidência, fraude, resistência ou embaraço à fiscalização (letra D). 
As alternativas B e C estão erradas, pois o caput art. 55 da LC 123/06 
estabelece que a fiscalização, no que se refere aos aspectos 
trabalhista, metrológico (letra B), sanitário, ambiental e de segurança, 
das microempresas e empresas de pequeno porte deverá ter natureza 
prioritariamente orientadora, quando a atividade ou situação, por sua 
natureza, comportar grau de risco compatível com esse procedimento 
(letra C). A alternativa E é o gabarito, conforme o caput do art. 55 da 
LC nº 123/2006. 
Gabarito: E 
5 – ACESSO AOS MERCADOS 
Em matéria de acesso aos mercados, a LC 123/2006 estabelece regras 
diferenciadas e favorecidas aplicáveis às a quisições públicas 
que envolvem ME e EPP. Aqui a gente vai entrar no campo do 
Direito Administrativo, na parte de licitações. Vejam só! 
Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal das ME 
e EPP somente será exigida para efeito de assinatura do contrato 
(art. 
42). Mas preste atenção: Isso não significa que elas não devam apresentar a 
documentação fiscal durante o procedimento competitivo. Não é isso! A 
própria Lei esclarece que essas empresas, por ocasião da participação no 
certame, deverão apresentar toda a documentação comprobatória de 
regularidade fiscal, mesmo que esta a presente a lguma restrição (art. 
43). O que ocorre é que, caso venha a vencer a licitação e haja restrição na 
comprovação de sua regularidade fiscal, a ME ou EPP terá dois dias úteis, a 
partir do momento em que tenha sido declarada vencedora, prorrogáveis 
por igual período, a critério da Administração, para a regularização da 
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documentação, pagamento ou parcelamento do débito, e emissão de 
eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa 
(art. 43, § 1.º). 
A não regularização da documentação fiscal no prazo acima implicará a 
decadência do direito à contratação, sem prejuízo das sanções 
legalmente estabelecidas, sendo facultado à Administração convocar os 
licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para a assinatura do 
contrato, ou, ainda, revogar a licitação (art. 43, § 2.º). 
Outra regra prevista na Lei é a de que será assegurada, nas licitações, 
como critério de desempate, a preferência de contratação para as ME 
e EPP (art. 44). Agora veja só que interessante: a norma legal define como 
empate, para tais fins, as situações em que as propostas apresentadas pelas 
ME e EPP sejam iguais ou a té 10% superiores à proposta mais bem 
classificada (art. 44, § 1.º), ou, em se tratando da modalidade de pregão, 
até 5% superior ao melhor preço (art. 44, § 2.º). Isso significa, por 
exemplo, que, se a proposta da empresa vencedora de uma concorrência 
pública for de R$ 100.000 e a de uma ME ou EPP que tenha participado do 
certame for de R$ 110.000, as duas propostas deverão ser consideradas 
empatadas. 
Entretanto, ocorrendo o empate acima descrito, o objeto da 
contratação não será adjudicado imediatamente à ME ou EPP. Entenda o 
procedimento (art. 45): a ME ou EPP mais bem classificada, dentre as que 
se enquadrem nas condições acima expostas (propostas até 10% – ou até 
5%, no pregão – superiores à mais bem classificada) poderá apresentar 
proposta de preço inferior ao da oferta considerada vencedora do 
certame. Somente neste caso é que será adjudicado em seu favor o objeto 
licitado (art. 45, I). 
Agora, não ocorrendo a contratação da ME ou EPP que tinha o direito 
de fazer a oferta em primeiro lugar, serão convocadas as remanescentes 
que porventura se enquadrem na situação de empate com a vencedora, na 
ordem classificatória, para o exercício do mesmo direito (art. 45, II). Se 
houver equivalência dos valores a presentados pelas ME e EPP, a Lei 
determina que se realize sorteio para que se identifique a que primeiro 
poderá apresentar melhor oferta (art. 45, III). 
Finalmente, não havendo contratação de ME ou EPP nos moldes acima, 
o objeto licitado será adjudicado em favor da proposta originalmente 
vencedora do certame (art. 45, § 1.º). Ressalte-se, ainda, que essas regras 
somente serão aplicadas quando a melhor oferta inicial já não tiver sido 
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apresentada por ME ou EPP (art. 45, § 2.º). Nossa, quanta coisa! 
Entenderam tudinho? 
Tem mais: a Lei prevê ainda que a ME ou EPP titular de direitos 
creditórios decorrentes de empenhos liquidados pelo Poder Público não 
pagos em até trinta dias, contados da data de liquidação, poderão emitir 
um título de crédito chamado cédula de crédito microempresarial (art. 
46), o qual será regido, subsidiariamente, pela legislação prevista para as 
cédulas de crédito comercial, tendo como lastro o empenho do Poder 
Público (art. 46, par. único). 
Vejam este item de prova sobre o assunto: 
18 - (CESPE/ASSISTENTE DE TI/SEBRAE-BA/2008) A microempresa 
titular de direitos creditórios decorrentes de empenhos liquidados por 
órgãos e entidades da União, dos estados, do Distrito Federal e dos 
municípios não pagos em até trinta dias contados da data prevista 
para liquidação poderão emitir cédula de crédito microempresarial. 
Essa cédula é um título de crédito regido, subsidiariamente, pela 
legislação prevista para as cédulas de crédito comercial, tendo como 
lastro o empenho do poder público. 
A questão é certa, conforme o art. 46 da LC 123/2006. 
Gabarito: Certo 
A Lei prevê também o tratamento diferenciado e simplificado para as 
ME e EPP, nas contratações públicas, com o objetivo de promover o 
desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional, 
ampliar a eficiência das políticas públicas e incentivar a inovação 
tecnológica, desde que tal tratamento esteja previsto e regulamentado na 
legislação do respectivo ente federativo (art. 47). Em razão disso, a Lei 
permite que a Administração realize processo licitatório (art. 48): 
- destinado exclusivamente à participação de ME e EPP, quando 
a contratação for de valor até R$ 80.000,00; 
- em que se exija dos licitantes a subcontratação de ME ou EPP, 
desde que o percentual máximo do objeto a ser subcontratado não 
exceda a 30% do total licitado. Neste caso, os empenhos e 
pagamentos do órgão ou entidade da administração pública poderão 
ser destinados diretamente às ME e EPP subcontratadas (art. 48, § 
2.º); 
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- em que se estabeleça uma cota de a té 25% do objeto para a 
contratação de ME e EPP, em certames para a aquisição de bens e 
serviços de naturezadivisível. 
Exige-se, contudo, que o valor a ser licitado nessas condições não 
exceda a 25% do total licitado em cada ano civil (art. 48, § 1.º). 
Além disso, os processos licitatórios não poderão conceder os 
privilégios acima descritos quando (art. 49): 
- não houver previsão expressa no instrumento convocatório da 
licitação; 
- não houver um mínimo de 3 fornecedores competitivos 
enquadrados como ME ou EPP sediados local ou regionalmente e 
capazes de cumprir as exigências estabelecidas no instrumento 
convocatório; 
- o tratamento diferenciado e simplificado não for vantajoso para a 
Administração ou representar prejuízo ao conjunto ou complexo do 
objeto a ser contratado; e 
- a licitação for dispensável ou inexigível, nos termos dos arts. 24 
e 25 da Lei 8.666/1993. 
Beleza? Fixem tudo, pois pode ser importante na hora da prova! 
Eis uma questão da Esaf sobre o assunto: 
19 - (ESAF/ANALISTA ADMINISTRATIVO/ANA/2009) Como forma de 
ampliar a participação, nos mercados, das microempresas e empresas 
de pequeno porte, a legislação lhes concedeu tratamento favorecido, 
diferenciado e simplificado nas contratações públicas federais de bens, 
serviços e obras. Nesse contexto, podemos afirmar que a tais 
entidades foram conferidos os seguintes benefícios, exceto: 
a) exigência, em alguns casos, da comprovação de regularidade fiscal 
apenas no momento da contratação, e não como condição para 
participar da licitação. 
b) preferência de contratação assegurada, nas licitações do tipo men-
or preço, como critério de desempate. 
c) exclusividade na participação de processos licitatórios nos casos em 
que o valor das contratações não exceda R$ 80.000,00 (oitenta mil 
reais). 
d) possibilidade de se exigir sua subcontratação, nos casos em que 
empresas de maior porte se sagrem vencedoras do processo licitatório. 
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e) contratação assegurada, na modalidade de concorrência, quando o 
processo licitatório tiver por objeto a aquisição de serviços voltados à 
inovação tecnológica. 
Todos esses benefícios são elencados na LC 123/2006, com exceção 
da letra E. A letra A está no art. 42. A letra B, no art. 44. A letra C 
consta do art. 48, I. E a letra D, do art. 48, II. 
Gabarito: E 
Vejam outras questões abordando os assuntos acima tratados: 
20 - (CESPE/ANALISTA/TCU/2007) A União, em suas contratações 
públicas, não pode conceder tratamento diferenciado às 
microempresas e empresas de pequeno porte, pois tal comportamento 
violaria o princípio da isonomia entre os licitantes. 
A questão é errada porque a LC 123/2006 concede tratamento 
diferenciado às ME e EPP, sem que isso viole o princípio da isonomia entre 
os licitantes, uma vez que é a própria CF/88 que prevê a possibilidade de a 
Lei estabelecer tratamento diferenciado e favorecido às ME e EPP. 
Gabarito: Errado 
21 - (CESPE/DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO/DPU/2007) Determinado 
estado da Federação deflagrou procedimento administrativo licitatório 
destinado exclusivamente à participação de microempresas e 
empresas de pequeno porte, cujo objeto é estimado em R$ 60.000,00. 
Nessa situação, o referido estado agiu em desacordo com a lei e com 
princípios licitatórios, em especial contra o princípio da isonomia. 
O item é errado porque o art. 48, I, da LC 123/2006 permite que a 
Administração realize processo licitatório destinado exclusivamente à 
participação de ME e EPP, quando a contratação for de valor até R$ 
80.000,00. 
Gabarito: Errado 
6 – ASSOCIATIVISMO 
Em matéria de associativismo (palavra bonita, né?), a LC 123/2006 
estabelece que as ME e EPP optantes pelo Simples Nacional poderão realizar 
negócios de compra e venda de bens e serviços, para os mercados nacional 
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e internacional, por meio de SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO, 
nos termos e condições estabelecidos pelo Poder Executivo federal (art. 56). 
Essa sociedade de propósito específico deverá ser composta 
exclusivamente por ME e EPP optantes pelo Simples Nacional (art. 56, § 
1.º), pois pessoas jurídicas NÃO OPTANTES pelo Simples Nacional não 
poderão integrar a sociedade criada com propósito específico. 
Vejam esta questão sobre o assunto: 
22 - (CESPE/ASSISTENTE DE TI/SEBRAE-BA/2008) As microempresas 
optantes pelo Simples Nacional poderão realizar negócios de compra e 
venda de bens e serviços tanto para o mercado nacional quanto para o 
internacional por meio de consórcio. O consórcio poderá ser composto 
apenas por empresas nacionais, independentemente do regime de 
tributação adotado pelas outras empresas participantes. 
O item está errado porque o que a Lei prevê é que o consórcio seja 
composto apenas por ME e EPP optantes pelo Simples Nacional e no 
caso da questão, a banca utilizou o CONSÓRCIO como exemplo de 
sociedade de propósito específico. 
Gabarito: Errado 
23 - (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/STJ/2012) De acordo com a 
legislação pertinente, as microempresas ou empresas de pequeno 
porte que não optarem pelo SIMPLES Nacional poderão integrar e 
realizar negócios de compra e venda de bens, para os mercados 
nacionais e internacionais, por meio de sociedade de propósito 
específico, nos termos e condições estabelecidos pelo Poder Executivo 
Federal. 
Como vimos as sociedades que não optarem pelo Simples Nacional 
NÃO PODEM fazer parte da sociedade de propósito específico prevista 
no Artigo 56. 
Gabarito: Errado 
7 – ESTÍMULO AO CRÉDITO E À CAPITALIZAÇÃO 
Dispõe a LC 123/2006 também (mas essa Lei fala de tudo!) que o 
Poder Executivo federal proporá, sempre que necessário, medidas no sentido 
de melhorar o a cesso das ME e EPP a os mercados de crédito e 
de 
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capitais, objetivando a redução do custo de transação, a elevação da 
eficiência alocativa, o incentivo ao ambiente concorrencial e a qualidade do 
conjunto informacional, em especial o acesso e portabilidade das 
informações cadastrais relativas ao crédito (art. 57). 
Nesse sentido, poderá ser instituído pelo Poder Executivo Sistema 
Nacional de Garantias de Crédito (que integra o Sistema Financeiro 
Nacional – SFN), com o objetivo de facilitar o acesso das ME e EPP ao crédito 
e aos demais serviços das instituições financeiras. Esse sistema deverá 
proporcionar às ME e EPP tratamento diferenciado, favorecido e simplificado, 
sem prejuízo de atendimento a outros públicos-alvo (art. 60-A). 
Além disso, os bancos comerciais ou que possuam carteira comercial e 
a Caixa Econômica Federal deverão manter linhas de crédito específicas 
para a s ME e EPP. E o montante disponível e as condições de acesso dessas 
linhas devem ser expressos nos respectivos orçamentos e 
amplamente divulgados (art. 58). As instituições financeiras deverão se 
articular com as respectivas entidades de apoio e representação das ME e 
EPP, para proporcionar e desenvolver programas de treinamento, 
desenvolvimento gerencial e capacitação tecnológica (art. 59). 
O B anco Central do B rasil (Bacen) poderá disponibilizar dados e 
informações para as instituições financeiras do SFN, para ampliar o acesso 
ao crédito para ME e EPP e fomentar a competição bancária (art. 62), exceto 
quanto à disponibilização de dados e informações específicas relativas ao 
histórico de relacionamento bancário e creditício dessas empresas, que 
poderá ser feita apenas aos próprios titulares (art. 62, § 1.º). 
Já para finsde apoio creditício às operações de comércio exterior 
das ME e EPP, deverão ser utilizados os parâmetros de enquadramento ou 
outros instrumentos de alta significância aprovados pelo Mercosul (art. 61). 
Por fim, prevê a Lei que o Conselho Deliberativo do Fundo de 
Amparo a o Trabalhador (CODEFAT) poderá disponibilizar recursos 
financeiros por meio da criação de programa específico para as 
cooperativas de crédito de cujos quadros de cooperados participem ME e EPP 
(art. 63). Esses recursos deverão ser destinados exclusivamente às ME e 
EPP (art. 63, par. único). 
Ah! A título de esclarecimento, o FAT é um fundo especial, de 
natureza contábil-financeira, vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego, 
destinado ao custeio do programa do seguro-desemprego, do abono salarial 
e ao financiamento de programas de desenvolvimento econômico. 
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8 – ESTÍMULO À INOVAÇÃO 
Muito bem! As entidades federativas, suas respectivas agências de 
fomento, as Instituições Científicas e Tecnológicas (ICT), os núcleos de 
inovação tecnológica (NIT) e as instituições de apoio manterão programas 
específicos de apoio à inovação para ME e EPP, inclusive quando estas 
revestirem a forma de incubadoras de empresas (entidades que ofereces 
facilidades para novas ME e EPP, oferecendo infra-estrutura física e serviços 
compartilhados) (art.65). As pessoas jurídicas acima citadas terão por meta 
a aplicação de, no mínimo, 20% dos recursos destinados à inovação 
para o desenvolvimento de tal atividade nas ME e EPP (art.65, § 2.º). 
Para efeitos da LC 123/2006, considera-se (art. 64): 
- Inovação: a concepção de um novo produto ou processo de 
fabricação, bem como a agregação de novas funcionalidades ou 
características ao produto ou processo que implique melhorias 
incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, 
resultando em maior competitividade no mercado (art. 64, I); 
- Agência de fomento: órgão ou instituição de natureza pública ou 
privada que tenha entre os seus objetivos o financiamento de ações 
que visem a estimular e promover o desenvolvimento da ciência, da 
tecnologia e da inovação (art. 64, II). Ex.: CNPq, FINEP; 
- Instituição Científica e Tecnológica (ICT): órgão ou entidade da 
administração pública que tenha por missão institucional, dentre 
outras, executar atividades de pesquisa básica ou aplicada de caráter 
científico ou tecnológico (art. 64, III). Ex.: Embrapa, Fiocruz; 
- Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT): núcleo ou órgão 
constituído por uma ou mais ICT com a finalidade de gerir sua política 
de inovação (art. 64, IV). Ex.: Centro de Apoio ao Desenvolvimento 
Tecnológico da Universidade de Brasília (UnB); 
- Instituição de apoio: instituições criadas sob o amparo da Lei 
8.958/1994, com a finalidade de dar apoio a projetos de pesquisa, 
ensino e extensão e de desenvolvimento institucional, científico e 
tecnológico (art. 64, V). Ex.: Fundação Universitária de Brasília 
(FUBRA), instituição de apoio à UnB; Fundação de Desenvolvimento da 
Universidade de Campinas (Funcamp). 
Tranquilo? Releiam tudo, para fixar! 
9 – REGRAS CIVIS E EMPRESARIAIS 
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A LC 123/2006 define como pequeno empresário, para efeito de 
aplicação do disposto nos arts. 970 e 1.179 do CC/2002, o empresário 
individual caracterizado como microempresa na forma da LC 123/2006 
que aufira receita bruta anual de até R$ 60.000 (art. 68). 
Os artigos citados do Código Civil rezam que o pequeno empresário 
receberá da lei tratamento favorecido, diferenciado e simplificado, 
quanto à sua inscrição e aos efeitos daí decorrentes (art. 970), bem como 
será dispensado de seguir um sistema de contabilidade, com base na 
escrituração uniforme de seus livros, e de levantar anualmente o balanço 
patrimonial e o de resultado econômico (art. 1.179, § 2.º). 
Vejam uma questão sobre o assunto: 
24 - (CESPE/33.º EXAME DE ORDEM/OAB-RJ/2007/ADAPTADA) 
Considera(m)-se como pequeno empresário, para efeito de 
enquadramento nas regras do art. 970 e do § 2.º do art. 1.179 do 
Código Civil, 
a) o empresário individual caracterizado como microempresa que 
aufira receita bruta anual de até R$ 60.000,00. 
b) a sociedade simples e o microempresário individual que aufiram 
receita bruta anual de até R$ 60.000,00. 
c) as sociedades simples e empresária que aufiram receita bruta anu-
al 
de até R$ 60.000,00. 
d) o empresário individual ou empresário de pequeno porte 
caracterizado como microempresa que aufira receita bruta anual de 
até R$ 60.000,00. 
A letra A é o gabarito porque apenas o empresário individual 
caracterizado como microempresa que aufira receita bruta anual 
de até R$ 60.000 é classificado como pequeno empresário (art. 68 da 
LC 123/2006). 
Gabarito: A 
Vale notar ainda a semelhança entre o pequeno empresário e o 
microempreendedor individual (MEI) este é definido como o 
empresário individual optante pelo Simples Nacional que tenha 
auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 60.000 
(art. 18-A, § 1.º). 
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Nome Empresarial 
As ME e EPP, nos termos da legislação civil, acrescentarão à sua firma 
ou denominação as expressões “Microempresa” ou “Empresa de 
Pequeno Porte”, ou suas respectivas abreviações, “ME” ou “EPP”, 
conforme o caso, sendo facultativa a inclusão do objeto da sociedade 
(art. 72). Exemplos: 
 “João da Silva Tecidos – ME” 
“Laticínios Brasil Ltda. – 
EPP” 
Deliberações Sociais e Estrutura Organizacional 
As ME e EPP são desobrigadas da realização de reuniões e 
assembleias em qualquer das situações previstas na legislação civil, as 
quais serão substituídas por deliberação representativa do primeiro número 
inteiro superior à metade do capital social (art. 70). Essa regra, porém, não 
se aplica (art. 70, § 1.º): 
- se houver disposição contratual em contrário; 
- em caso de justa causa que enseje a exclusão de sócio; 
- se um ou mais sócios puserem em risco a continuidade da 
empresa em virtude de atos de inegável gravidade. 
Nesses casos, realizar-se-á a reunião ou a assembleia de acordo com a 
legislação civil (art. 70, § 2.º). 
A Lei dispõe ainda que as ME e EPP ficam dispensadas da pub-
licação de qualquer ato societário (art. 71). 
Eis uma questão de concurso: 
25 - (CESPE/ASSISTENTE DE TI/SEBRAE-BA/2008) As sociedades 
enquadradas como microempresas, nos termos da legislação civil, são 
dispensadas da publicação de qualquer ato societário. 
O item é correto, conforme o art. 71 da LC 123/2006. 
Gabarito: Certo 
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Protesto de Títulos 
Por fim, a LC 123/2006 estabelece que o protesto de título, quando 
o devedor for ME ou EPP, fica sujeito às seguintes condições (art. 73): 
– sobre os emolumentos do tabelião não incidirão quaisquer 
acréscimos a título de taxas, custas e contribuições para o Estado ou 
Distrito Federal, carteira de previdência, fundo de custeio de atos 
gratuitos, fundos especiais do Tribunal de Justiça, bem como de 
associação de classe, ressalvada a cobrança do devedor das despesas 
de correio, condução e publicação de edital para realização da 
intimação; 
– para o pagamento em cartório do título protestado, não poderáser 
exigido cheque de emissão de estabelecimento bancário, mas, feito o 
pagamento por meio de cheque, a quitação dada pelo tabelionato de 
protesto será condicionada à efetiva liquidação do cheque; 
– o cancelamento do registro de protesto, fundado no pagamento do 
título, será feito independentemente de declaração de anuência do 
credor, salvo no caso de impossibilidade de apresentação do original 
protestado pelo devedor; 
– para a aplicação das regras acima, o devedor deverá provar sua 
qualidade de ME ou EPP perante o tabelionato de protestos de títulos, 
mediante documento expedido pela Junta Comercial ou pelo Registro 
Civil das Pessoas Jurídicas, conforme o caso; 
– quando o pagamento do título ocorrer com cheque sem a devida 
provisão de fundos, serão automaticamente suspensos pelos cartórios 
de protesto, pelo prazo de um ano, todos os benefícios acima previstos 
para o devedor ME ou EPP, independentemente de lavratura e registro 
do respectivo protesto. 
 
Vejam esta questão sobre o assunto: 
26 - (CESPE/ASSISTENTE DE TI/SEBRAE-BA/2008) O protesto de título 
de microempresas é sujeito a regras específicas. Desse modo, o 
cancelamento do registro de protesto, fundado no pagamento do 
título, será feito somente com declaração de anuência do credor, salvo 
no caso de impossibilidade de apresentação do original protestado. 
O item é errado porque o cancelamento do registro de protesto, 
fundado no pagamento do título, será feito independentemente de 
declaração de anuência do credor, salvo no caso de impossibilidade de 
apresentação do original protestado pelo devedor (art. 73, III). 
Gabarito: Errado 
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10- EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMIT-
ADA (EIRELI) 
Esse assunto é a grande novidade da legislação no âmbito do Direito 
Empresarial, e por isso mesmo deve ser objeto de atenção no seu estudo. 
Esse novo tipo de empresa passou a fazer parte do ordenamento 
jurídico com o fim de atender uma antiga demanda da sociedade brasileira. 
Antes de entrarmos nos detalhes normativos, vamos entender porque esse 
nova situação pode trazer benefícios para a economia. 
Imagine que Carlos Oliveira queira começar um “negócio”, pois ele tem uma 
veia de empreendedor e quer usar sua formação em administração de 
empresas para ser o administrador de sua própria empresa. Digamos que 
Carlos queira diminuir seus riscos e pensa em formar uma sociedade 
limitada, pois era a única maneira de se ter uma empresa sem que o 
patrimônio do titular não fosse afetado pelas dívidas da empresa, pois a 
responsabilidade dos sócios é limitada ao capital social. Só que Carlos não 
conhece ninguém de confiança para ser seu sócio, ou não acha ninguém 
interessado em formar a sociedade com ele. O que fazer nesses casos? 
As opções de Carlos são as 
seguintes: -não fazer a empresa; 
-ser um empresário individual, sendo que nesse caso, a responsabilidade de 
Carlos será ilimitada, ou seja, seus bens podem servir como meio de 
pagamentos de dívidas da empresa; 
-pedir para algum parente ser seu sócio e com isso conseguir formar uma 
limitada, e geralmente nesse caso Carlos será o proprietário de 99% do 
capital social e o outro sócio será dono de 1%, ou seja, na prática será uma 
empresa individual, pois só Carlos participará efetivamente, enquanto que o 
outro sócio fica só de “fachada”; 
- permanecer na informalidade e exercer a empresa fora das determinações 
legais. 
Esses casos acima refletem como era a realidade brasileira até 2011, pois 
com o advento da Lei 12.441 de 2011 com vigência a partir de janeiro de 
2012, foi criada a figura da Empresa Individual de Responsabilidade 
Limitada. Agora Carlos não precisa mais de um sócio e pode abrir sua 
empresa sem que seu patrimônio pessoal responda de forma ilimitada. 
Carlos pode ser um empresário individual de responsabilidade limitada. 
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Acho que deu para entender porque essa nova lei será tão importante para o 
desenvolvimento econômico do país, pois vai permitir que pessoas possam 
formalizar suas empresas. Essa nova realidade também contribui para o fim 
das sociedades de fachadas ou com laranjas. 
Vamos aos requisitos legais: 
A empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) foi 
criada pela lei 12.411 de 11 de junho de 2011 com vigência para 180 
dias após essa data, ou seja, passou a vigorar em janeiro de 2012. 
A EIRELI foi incluída no rol legal de pessoas jurídicas de direito 
privado. Então, o Código Civil (CC) prevê que as associações, as sociedades, 
as fundações, as organizações religiosas, os partidos políticos e as 
EMPRESAS INDIVIDUAIS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA são 
PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO. (art. 44 do CC) 
A EIRELI será composta por apenas uma pessoa que será dona que 
todo o capital social. O capital social não pode ser inferior a 100 vezes 
o maior salário mínimo vigente no país. Hoje o salário mínimo no Brasil 
é de R$ 622,00, ou seja, o capital social tem que ser pelo menos de R$ 
62.200,00. (art. 980-A) 
Alguns consideram esse valor um pouco alto para a realidade 
brasileira, mas outros consideram que esse valor visa proteger os terceiros 
que negociam com esse tipo de empresa, e argumentam que se não 
houvesse essa previsão, algum “malandro” poderia abrir uma empresa com 
o capital social baixo e como o sócio não responde com seus bens, não 
haveria muitas garantias de pagamento das dívidas, afinal essa é uma das 
importâncias do capital social, dar garantia aos terceiros que negociam com 
a empresa. 
Em relação ao nome empresarial a lei prevê que a empresa pode 
usar FIRMA ou DENOMINAÇÃO, e no final do nome deve vir incluída a 
expressão “EIRELI”. (art. 980-A § 1º). 
Uma pessoa física que resolver exercer esse tipo de empresa só 
poderá ter uma única empresa desse tipo. (art. 980-A § 2º) 
Caso, em um dos outros tipos societários, as quotas sociais sejam 
concentradas nas mãos de um único sócio, esse único sócio pode optar 
pela transformação em EIRELI, independente dos motivos dessa 
concentração. (art. 980-A § 3º e art. 1033 § ú) 
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Aplicam-se às EIRELI as regras atinentes às sociedades limitadas, 
no que couber. (art. 980-A § 6º). 
Já o parágrafo § 5º prevê que poderá ser atribuída à empresa 
individual de responsabilidade limitada constituída para a prestação de 
serviços de qualquer natureza a remuneração decorrente da cessão de 
direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que 
seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional. 
27 - (TRT-MG/JUIZ DO TRABALHO/2013) Relativamente à empresa 
individual de responsabilidade limitada, disciplinada pela Lei nº 
12.441, de 11 de julho de 2011, é incorreto afirmar: 
a) A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída 
por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, 
devidamente integralizado, que não será inferior a 50 (cinquenta) 
vezes o maior salário-mínimo vigente no País. 
b) O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão 
"EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual 
de responsabilidade limitada. 
c) A pessoa natural que constituir empresa individual de 
responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única 
empresa dessa modalidade. 
d) A empresa individual de responsabilidade limitadatambém poderá 
resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária 
num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal 
concentração. 
e) Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade 
limitada constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza 
a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor 
ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da 
pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional. 
Letra A está errada, pois o valor mínimo do capital social da EIRELI é 
de 100 vezes e não 50 vezes o salário mínimo e como a questão pede 
a incorreta, esse é o gabarito da questão. A letra B está de acordo com 
o artigo 980-A § 1º. A letra C está de acordo com o art. 980-A § 2º. A 
letra D também repetem os artigos do Código Civil art. 980-A § 3º e 
art. 1033 § ú. Letra E também correta. 
Gabarito: A 
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28 - (IESES/TITULAR DE REGISTRO/TJ-RO/2012) Quanto à empresa 
individual de responsabilidade limitada é correto afirmar, EXCETO, 
que: 
a) A pessoa natural que constituir empresa individual de re-
sponsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única 
empresa dessa modalidade. 
b) O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da 
expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa 
individual de responsabilidade limitada. 
c) Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, 
no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas. 
d) A empresa individual de responsabilidade limitada deverá ser 
constituída com um capital social máximo de 100 salários mínim-
os. 
Letra A - CORRETA - conforme art. 980-A § 2º do CC. 
Letra B - CORRETA - conforme art. 980-A § 1º do CC. 
Letra C - CORRETA - conforme art. 980-A § 6º do CC. 
Letra D - ERRADA - porque contraria o art. 980-A do CC, o capital 
social mínimo é de 100 vezes o salário mínimo. 
Gabarito: D 
Bom, por hoje é só, pessoal. Com isso, terminamos a parte teórica de 
nosso curso (Ufa!...rs). A aula que vem será destinada exclusivamente à 
revisão de conteúdo, por meio de questões comentadas, todas diferentes 
das vistas até agora neste curso. 
Qualquer dúvida não esqueça o fórum. Estudem muito, sempre e 
certo. 
Que Deus derrame suas ricas bênçãos sobre sua vida. Que Ele, o 
criador, ilumine-te e guie-te por todos os seus caminhos. 
Um grande abraço e bons estudos! 
Luciano Oliveira e Cadu Carrilho 
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10 – RESUMO DESTA AULA 
INSTÂNCIAS DE DECISÃO 
NA LC 123/2006 
Comitê Gestor do Simples Nacional, 
para tratar dos aspectos tributários. 
Fórum Permanente das ME e EPP, para 
tratar dos demais aspectos. 
Comitê para Gestão da Rede Nacional 
para a Simplificação do Registro e da 
Legalização de Empresas e Negócios 
(COGERENASIRELEN), para tratar do 
processo de registro e de legalização de 
empresários e de pessoas jurídicas. 
MICROEMPRESA E 
EMPRESA DE PEQUENO PORTE 
Sociedade empresária, sociedade 
simples ou empresário registrado no 
Registro de Empresas Mercantis ou no 
Registro Civil de Pessoas Jurídicas, 
conforme o caso. 
Microempresas: receita bruta, em cada 
ano-calendário, igual ou inferior a R$ 
360.000. 
Empresas de pequeno porte: receita 
bruta, em cada ano-calendário, superior 
a R$ 360.000 e igual ou inferior a R$ 
3.600.000. 
Início de atividade no próprio ano-
calendário: proporcionalidade da receita 
bruta ao número de meses, inclusive as 
frações. 
MICROEMPREENDEDOR 
INDIVIDUAL (MEI) 
Empresário individual optante pelo 
Simples Nacional que tenha auferido, no 
ano-calendário anterior, receita bruta de 
até R$ 60.000. 
PEQUENO EMPRESÁRIO 
Empresário individual caracterizado 
como ME na forma da LC 123/2006 que 
aufira receita bruta anual de até R$ 
60.000. 
A de cujo capital participe outra pessoa 
jurídica. 
A que participe do capital de outra 
pessoa jurídica. 
A constituída sob a forma de 
cooperativa, salvo as de consumo. 
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PESSOAS JURÍDICAS EXCLUÍDAS 
DO TRATAMENTO JURÍDICO 
DIFERENCIADO 
As sociedades por ações
A que seja filial, sucursal, agência ou 
representação, no país, de pessoa 
jurídica com sede no exterior. 
A resultante ou remanescente de cisão 
ou outra forma de desmembramento de 
pessoa jurídica, ocorrida em um dos 5 
anos-calendário anteriores 
Instituições financeiras 
A de cujo capital participe pessoa física 
inscrita como empresário ou que já seja 
sócia de outra empresa que receba o 
tratamento jurídico diferenciado da LC 
123/2006. (*) 
A de cujo titular ou sócio participe com 
mais de 10% do capital de outra 
empresa não beneficiada pela LC 
123/2006. (*) 
A que cujo sócio ou titular seja 
administrador (ou equiparado) de outra 
pessoa jurídica com fins lucrativos.(*) 
(*) = desde que a receita bruta global ultrapasse o valor de R$ 3.600.000. 
INSCRIÇÃO E BAIXA DA ME E EPP 
Unicidade do processo de registro e de 
legalização. Evitar a duplicidade de 
exigências e garantir a linearidade do 
processo. 
Microempreendedor individual (MEI): 
processo de registro deverá ter 
trâmite especial, opcional para o 
empreendedor. Custos de registro são 
reduzidos a zero. 
Requisitos de segurança sanitária, 
metrologia, controle ambiental e 
prevenção contra incêndios, para fins de 
registro e legalização, deverão ser 
simplificados. 
As vistorias só serão feitas após o início 
da atividade, quando o grau de risco for 
compatível (emissão de alvará de 
funcionamento provisório). 
Registro e baixa ocorrerão 
independentemente de regularidade 
tributária, previdenciária ou trabalhista. 
Arquivamento não exige certidão 
negativa criminal, nem prova de 
regularidade fiscal. 
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FISCALIZAÇÃO ORIENTADORA 
Atividade com grau de risco compatível 
com o procedimento 
Critério de dupla visita para lavratura de 
autos de infração (primeira visita: 
orientação). 
Exceções:
- falta de registro de empregado ou 
anotação da CTPS; 
- reincidência, fraude, resistência ou 
embaraço à fiscalização; 
- processo administrativo fiscal. 
AQUISIÇÕES PÚBLICAS 
Comprovação de regularidade fiscal das 
ME e EPP somente será exigida para 
assinatura do contrato. 
Em caso de empate, as ME e EPP têm 
preferência na contratação. 
É considerado empate:
- propostas iguais ou até 10% 
superiores; 
- propostas até 5% superior ao melhor 
preço (pregão). 
Havendo empate, a ME ou EPP mais 
bem classificada pode apresentar 
proposta de preço inferior, vencendo a 
licitação. Não ocorrendo a contratação, 
segue-se as remanescentes na ordem 
de classificação. 
A Administração pode realizar licitação 
(máx. de 25% do total licitado no ano 
civil): 
- destinada exclusivamente à 
participação de ME e EPP, quando a 
contratação for de valor até R$ 
80.000,00; 
- em que se exija a subcontratação de 
ME ou EPP (máx. de 30% do total 
licitado) (empenhos poderão ser pagos 
diretamente às ME e EPP); 
- em que até 25% do objeto seja para 
contratação de ME e EPP, nas aquisições 
de bens e serviços divisíveis. 
Os benefícios acima não poderão ser 
concedidos se: 
- não houver previsão expressa no 
instrumento convocatório; 
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- não houver um mínimo de 3 ME ou 
EPP; 
- o tratamento diferenciado e 
simplificado não for vantajoso para a 
Administração ou representar prejuízo 
ao conjunto a ser contratado; 
- a licitação for dispensável ou 
inexigível. 
CÉDULA DE CRÉDITO 
MICROEMPRESARIAL 
Título de crédito emitido pelas ME e EPP 
quando o Poder Público não paga 
empenhos liquidados em até trinta dias, 
contados da data de liquidação. 
É regido, subsidiariamente, pela 
legislação prevista para as cédulas de 
crédito comercial. 
ASSOCIATIVISMO 
Negócios de compra e venda de bens e 
serviços por meio de sociedade de 
propósito específico. 
A sociedade de propósito específico será 
composto exclusivamente por ME e EPP 
e será destinado ao aumento da 
competitividade e à inserção em novos 
mercados. 
ESTÍMULO AO CRÉDITO 
E À CAPITALIZAÇÃO 
Melhorar o acesso das ME e EPP aos 
mercados de crédito e de capitais. 
Instituição de Sistema Nacional de 
Garantias de Crédito pelo Poder 
Executivo. 
Os bancos deverão manter linhas de 
crédito específicas para as ME e EPP. 
Os bancos deverão se articular 
com as entidades de apoio às ME e EPP, 
para proporcionar programas de 
treinamento, desenvolvimento gerencial 
e capacitação tecnológica. 
O Bacen poderá disponibilizar dados e 
informações para as instituições 
financeiras do SFN, para ampliar o 
acesso ao crédito para ME e EPP e 
fomentar a competição bancária. 
No apoio creditício às operações de 
comércio exterior das ME e EPP, 
deverão ser utilizados os parâmetros de 
enquadramento do Mercosul. 
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O CODEFAT poderá disponibilizar 
recursos do FAT, por meio de 
cooperativas de crédito de ME e EPP. 
ESTÍMULO À INOVAÇÃO 
As entidades federativas, agências de 
fomento, Instituições Científicas e 
Tecnológicas (ICT), núcleos de inovação 
tecnológica (NIT) e instituições de apoio 
manterão programas específicos de 
apoio à inovação para ME e EPP. 
As pessoas jurídicas acima terão por 
meta a aplicação de, no mínimo, 20% 
dos recursos destinados à inovação nas 
ME e EPP. 
REGRAS CIVIS E EMPRESARIAIS 
Nome empresarial acrescido de 
“Microempresa” ou “Empresa de 
Pequeno Porte” ou suas abreviaturas. É 
facultativa a inclusão do objeto da 
sociedade. 
Deliberação representativa do primeiro 
número inteiro superior à metade do 
capital social, dispensada a realização 
de reunião ou assembleia, exceto: 
 - disposição contratual em contrário; 
- ocorrência de justa causa que enseje a 
exclusão de sócio; 
- risco à continuidade da empresa em 
virtude de ato grave de sócio. 
Dispensa da publicação dos atos 
societários. 
O protesto de título, quando o devedor 
for ME ou EPP, fica sujeito às seguintes 
condições: 
- Não incidirão custas ou taxas; 
- Não poderá ser exigido cheque de 
emissão de estabelecimento bancário 
para o pagamento em cartório do título 
protestado, mas feito isso, a quitação 
dependerá da liquidação do cheque; 
- O cancelamento do registro de 
protesto independerá de anuência do 
credor, salvo impossibilidade de 
apresentação do original protestado pelo 
devedor; 
- ocorrendo pagamento do título com 
cheque sem fundos, serão suspensos, 
por um ano, os benefícios acima. 
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11 – EXERCÍCIOS COMENTADOS NESTA AULA 
1 - (CESPE/ANALISTA TÉCNICO/SEBRAE-BA/2008) A CF, no tocante ao 
tratamento diferenciado que deve ser dispensado às micro e pequenas 
empresas, menciona as três esferas da administração e se refere a três tipos 
de discriminação: eliminação, redução e simplificação de obrigações. 
2 - (ESAF/AUDITOR/TCE-GO/2007) A Constituição Federal permite a edição 
de lei complementar que defina tratamento diferenciado e favorecido para 
microempresas e empresas de pequeno porte. 
3 - (ESAF/PFN/2005-2006) Uma norma geral poderá, a pretexto de definir 
tratamento diferenciado e favorecido para as micro e pequenas empresas, 
instituir regime único de arrecadação de impostos e contribuições dos entes 
federados. 
4 - (ESAF/ADVOGADO/IRB/2004) Cabe à lei complementar estabelecer 
normas gerais em matéria de legislação tributária, inclusive sobre definição 
de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as 
empresas de pequeno porte. 
5 - (FCC/JUIZ/TJ-PE/2013) Enquadram-se como microempresas ou como 
empresas de pequeno porte, preenchidos os requisitos legais, a sociedade 
empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade 
limitada, as cooperativas e as sociedades por ações, desde que de capital 
fechado às Bolsas de Valores. 
6 - (CESPE/DEFENSOR/DPE-TO/2013) A pessoa jurídica que, no último ano 
calendário, tenha apresentado receita bruta de R$ 400.000,00 enquadra-se 
na condição de microempresa, considerando-se receita bruta o produto da 
venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos 
serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia. 
7 - (ESAF/AFPS/2002/ADAPTADA) Microempresa e empresa de pequeno 
porte são sinônimos na legislação do Simples Nacional. 
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8 - (CESPE/ANALISTA TÉCNICO/SEBRAE-BA/ADAPTADA) Considerando que 
uma empresa tenha apresentado, relativamente ao ano-calendário, a 
relação de contas a seguir, é correto afirmar que, pelo critério do limite da 
receita bruta, tal empresa poderá enquadrar-se na condição de 
microempresa. 
CONTA VALOR (EM R$) 
Vendas de bens 380.000 
Descontos comerciais sobre vendas 10.000 
Descontos financeiros a clientes 5.000 
Abatimentos 5.000 
Vendas anuladas 20.000 
9 - (CESPE/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-TO/2013) O desenquadramento da 
pessoa jurídica da condição de microempresa ou empresa de pequeno porte 
não implicará alteração, denúncia ou qualquer restrição em relação a 
contratos por ela anteriormente firmados. 
10 - (CESPE/AUDITOR/TCU/2007/ADAPTADA) O regime diferenciado e 
favorecido instituído pelo Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa 
de Pequeno Porte não se aplica às sociedades por ações, aos bancos 
comerciais e às cooperativas em geral (excetuadas as de consumo). 
11 - (CESPE/TÉCNICO MUNICIPAL DE NÍVEL SUPERIOR/FISCALIZAÇÃO 
TRIBUTÁRIA/VILA VELHA-ES/2007) Considere-se que vários professores de 
língua árabe tenham decidido constituir cooperativa para prestação de 
serviços educacionais. Nesse caso, a cooperativa constituída pelos 
professores não pode gozar dos benefícios do regime diferenciado e 
favorecido conferido às microempresas e empresas de pequeno porte. 
12 - (FCC/AGENTE FISCAL DE RENDAS/SEFAZ-SP/2006/
ADAPTADA) Considere o estabelecimento comercial paulista Alpha B eto, 
que atua no mercado há cerca de 2 anos e se encontra perfeitamente 
enquadrado como microempresa, nos termos da Lei Complementar nº 
123/06. Por hipótese, considere, também, que, para esse estabelecimento, 
ocorreram os seguintes eventos: 
− As vendas cresceram abruptamente e, em agosto de 2008, a receita bruta 
acumulada desde 01/01/08 ultrapassou o limite de R$ 360.000,00. 
− Em novembro de 2008, aproveitando o caixa excedente bem como o fato 
de seu concorrente, localizado na mesma rua, passar por dificuldades 
relacionadas com seu fluxo de caixa, adquire 40% das suas quotas sociais, 
de tal forma que o

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