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CADERNO DIREITO CIVIL 1

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0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris1 
 
 
 
 
DIREITO CIVIL 
Caderno esquematizado – CURSO DELEGADO- GO 
 
 
 
 
 
Professor: Gleyzer 
Monitor: Tamires Rezende 
Organização: Ana Cristina Vasconcelos R. Cavalcante 
 
 
 
 
 
 
Caderno de anotação elaborado pelo monitor a partir da aula 
ministrada em sala, todos as anotações estão sujeitas a alterações e 
correções. 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris2 
 
Ementa da Aula: 
DIREITO CIVIL. FONTES DO DIREITO. LEI. 
AULA 01 
1. FONTES DO DIREITO 
1.1 Jurisprudência 
É um costume do judiciário. Não é vinculativa, salvo súmulas vinculantes. 
Decisões reiteradas de um tribunal sobre determinado assunto. 
Não vincula o Congresso Nacional e o STF. 
1.2 Princípios Gerais do Direito 
São reconhecidos e não criados. Estão acima das normas, pois é a lógica 
da norma. Só se pode interpretar um alei de acordo com esses princípios. 
1.3 Costume 
Ato repetitivo que gera convicção de obrigatoriedade. A prova do 
costume cabe a quem alega a sua existência. Costume = uso + 
convicção de obrigatoriedade. 
O costume não é imposto de cima para baixo. É convicção natural de 
que aquilo é obrigatório. O costume primeiro tem eficácia para depois 
ter validade. 
Normas que surge de baixo para cima. 
Exemplo: porcentagem mínima para o corretor de imóveis de 5%. 
Três formas de extinção do costume: desuso; surgimento de um novo 
costume; positivação. 
Presunção do costume: é juris tantum (relativa). 
Obs.: juris at juri é presunção absoluta. 
1.4 Analogia 
Não é fonte do direito. É um instrumento para suprir lacunas. 
Técnica de interpretação para suprir falta de fonte. 
Ex.: união estável homoafetiva. 
 
2. LEI 
Fonte primária. 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris3 
 
Conceito: norma escrita constitutiva de direito (normas que passaram 
pelo processo legislativo). 
Escala de hierarquia. 
Processo legislativo (nomogênese legal) 
 
 Princípios - 
 
Constituição Federal  
Leis – não existe hierarquia entre leis  
 
 
Artigo 59, CF. 
Art. 59. O processo legislativo compreende a 
elaboração de: 
I - emendas à Constituição; 
II - leis complementares; 
III - leis ordinárias; 
IV - leis delegadas; 
V - medidas provisórias; 
VI - decretos legislativos; 
VII - resoluções. 
Obs.: lei delegada só pode versar sobre o que a medida provisória versa; 
emenda constitucional não passa por sanção presidencial, pois o 
congresso está atuando como poder constituinte derivado (que está 
antes da tripartição de poderes e esta foi criada pelo poder constituinte). 
 
 
 
 
Ementa da Aula: 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris4 
DIREITO CIVIL. LEI. JURISPRUDÊNCIA (FONTE?). DOUTRINA. ANALOGIA. 
EQUIDADE. FONTE NEGOCIAL. LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO 
BRASILEIRO. 
AULA 02 
LEI 
Leis Delegadas – artigo 68, CF. 
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas 
pelo Presidente da República, que deverá 
solicitar a delegação ao Congresso Nacional. 
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos 
de competência exclusiva do Congresso 
Nacional, os de competência privativa da 
Câmara dos Deputados ou do Senado 
Federal, a matéria reservada à lei 
complementar, nem a legislação sobre: 
I - organização do Poder Judiciário e do 
Ministério Público, a carreira e a garantia de 
seus membros; 
II - nacionalidade, cidadania, direitos 
individuais, políticos e eleitorais; 
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias 
e orçamentos. 
§ 2º A delegação ao Presidente da República 
terá a forma de resolução do Congresso 
Nacional, que especificará seu conteúdo e os 
termos de seu exercício. 
§ 3º Se a resolução determinar a apreciação 
do projeto pelo Congresso Nacional, este a 
fará em votação única, vedada qualquer 
emenda. 
 
Medidas Provisórias – artigo 62, CF. 
Relevância e urgência. Instrumento de urgência 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o 
Presidente da República poderá adotar 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris5 
medidas provisórias, com força de lei, 
devendo submetê-las de imediato ao 
Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias 
sobre matéria: 
I - relativa a: 
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, 
partidos políticos e direito eleitoral; 
b) direito penal, processual penal e processual 
civil; 
c) organização do Poder Judiciário e do 
Ministério Público, a carreira e a garantia de 
seus membros; 
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, 
orçamento e créditos adicionais e 
suplementares, ressalvado o previsto no art. 
167, § 3º; 
II - que vise a detenção ou sequestro de bens, 
de poupança popular ou qualquer outro ativo 
financeiro; 
III - reservada a lei complementar; 
IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado 
pelo Congresso Nacional e pendente de 
sanção ou veto do Presidente da República. 
§ 2º Medida provisória que implique instituição 
ou majoração de impostos, exceto os previstos 
nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá 
efeitos no exercício financeiro seguinte se 
houver sido convertida em lei até o último dia 
daquele em que foi editada. 
§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o 
disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, 
desde a edição, se não forem convertidas em 
lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos 
termos do § 7º, uma vez por igual período, 
devendo o Congresso Nacional disciplinar, por 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris6 
decreto legislativo, as relações jurídicas delas 
decorrentes. 
§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á 
da publicação da medida provisória, 
suspendendo-se durante os períodos de 
recesso do Congresso Nacional. 
§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do 
Congresso Nacional sobre o mérito das 
medidas provisórias dependerá de juízo prévio 
sobre o atendimento de seus pressupostos 
constitucionais. 
§ 6º Se a medida provisória não for apreciada 
em até quarenta e cinco dias contados de sua 
publicação, entrará em regime de urgência, 
subsequentemente, em cada uma das Casas 
do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, 
até que se ultime a votação, todas as demais 
deliberações legislativas da Casa em que 
estiver tramitando. 
§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual 
período a vigência de medida provisória que, 
no prazo de sessenta dias, contado de sua 
publicação, não tiver a sua votação 
encerrada nas duas Casas do Congresso 
Nacional. 
§ 8º As medidas provisórias terão sua votação 
iniciada na Câmara dos Deputados. 
§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e 
Senadores examinar as medidas provisórias e 
sobre elas emitir parecer, antes de serem 
apreciadas, em sessão separada, pelo 
plenário de cada uma das Casas do 
Congresso Nacional. 
§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão 
legislativa, de medida provisória que tenha 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris7 
sido rejeitada ou que tenha perdido sua 
eficácia por decurso de prazo. 
§ 11. Não editado o decreto legislativo a que 
se refere o § 3º até sessenta dias após a 
rejeição ou perda de eficácia de medida 
provisória, as relações jurídicas constituídas e 
decorrentes de atos praticados durante sua 
vigência conservar-se-ão por ela regidas.§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão 
alterando o texto original da medida 
provisória, esta manter-se-á integralmente em 
vigor até que seja sancionado ou vetado o 
projeto. 
Obs.: quando o Congresso Nacional não se manifesta ou se manifesta 
contra a Medida Provisória, ela perde seus efeitos. 
3. JURISPRUDÊNCIA ( E FONTE?) 
 Decisões reiteradas de tribunais acerca de um determinado fato. 
 Costume jurisprudencial 
 Decisões subordinadas às leis 
 Princípio da independência da magistratura judicial. 
o Não se vincula a outros juízes ou às suas próprias decisões, 
mas tão somente à Lei e à sua consciência. 
 Interpretação legislativa e lacunas legais. 
o No fechamento de lacunas legais constituiria uma espécie 
de costumes, não uma fonte propriamente dita. 
 Uniformização jurisprudencial e súmulas (enunciados normativos). 
o Súmulas criadas por regimento. 
o Possibilidade de arquivamento ou negar surgimento à 
recurso. 
 Súmula vinculante 
o Aprovação por 2/3 do STF. 
o Gera obrigatoriedade “erga omnes”. 
o Não vincula o Legislativo e os STF. 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris8 
 “Se uma regra é, no fundo, a sua interpretação, isto é, aquilo que 
diz ser o seu significado, não há como negar à jurisprudência a 
categoria de fonte do Direito”. (Miguel Reale). 
 
4. DOUTRINA 
Base de orientação para interpretação do Direito. 
 
5. ANALOGIA 
Instrumento técnico para suprir lacuna, não fonte. 
 
6. EQUIDADE 
(Equilíbrio). Não é fonte do Direito. É ajuste da norma ao caso concreto. 
 
7. FONTE NEGOCIAL 
Negócio jurídico. Pacta sunt servanda (o contrato faz lei entre as partes). 
Relativização da pacta sunt servanda pelo princípio da função social. 
 Requisitos básicos: 
o Manifestação de vontade de pessoas legitimadas a fazê-
lo. 
o Forma de querer que não contrarie a exigida em lei. 
o Objeto lícito. 
o Quando não paridade, pelo menos uma devida proporção 
entre os partícipes da relação jurídica. 
 
8. LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO 
Decreto-lei 4.657/42. 
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. (Redação dada pela 
Lei nº 12.376/10). 
Surgimento de uma lei: 
 Iniciativa -> discussão -> votação -> sanção (ou veto) -> 
promulgação -> publicação -> vacatio legis (período de vacância 
para a eficácia da norma). 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris9 
 Obs.: a lei passa a ser existente e válida a partir da sanção. 
Promulgação é ato burocrático, confirma sua existência e 
validade. Existência gera presunção de validade. A partir de que 
momento a lei passa a ser eficaz? A partir do fim do período da 
vacância ou da publicação quando aquele não existir. 
 Artigo 1º, §§ 3º e 4º, LINDB. 
Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei 
começa a vigorar em todo o país quarenta e 
cinco dias depois de oficialmente publicada. 
§ 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer 
nova publicação de seu texto, destinada a 
correção, o prazo deste artigo e dos 
parágrafos anteriores começará a correr da 
nova publicação. 
§ 4o As correções a texto de lei já em vigor 
consideram-se lei nova. 
 
Ementa da Aula: 
DIREITO CIVIL. LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO. 
AULA 03 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO 
Decreto-lei 4.657/42. 
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. (Redação dada pela 
Lei nº 12.376/10). 
 
Vigor ≠ Vigência 
Vigor é produção de efeitos, tem possibilidade da lei ter vigor sem ter 
vigência (ultratividade da lei). Ex.: enfiteuse, previsto no CC/16. 
Obs.: Revogação: ab-rogação (revogação em sua integralidade), ex.: 
CC/16; derrogação (revogação parcial), ex.: Código Comercial de 1850. 
 
Vigência: 
• Princípio da obrigatoriedade da Lei 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris10 
Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, 
alegando que não a conhece. 
o Existe alguma exceção? Artigo 8º, da Lei de 
contravenções penais. 
Art. 8º No caso de ignorância ou de errada 
compreensão da lei, quando escusáveis, a 
pena pode deixar de ser aplicada. 
• Princípio da continuidade 
o A lei só deixará ter vigência se for modificada ou 
revogada por outra Lei 
o Poderá haver vigência temporária 
o Poderá perder vigência (não recepção por nova 
constituição, controle de constitucionalidade). 
• Revogação de uma Lei 
o Perda da vigência da Lei 
o Supressão por uma nova Lei (ab-rogação e 
derrogação) 
o Proibição da repristinação 
Soluções de antinomias jurídicas 
Nem sempre uma Lei posterior revogará uma Lei anterior por ser contrária 
a essa 
Em caso de conflitos deverão ser observados 3 critérios na seguinte 
ordem: 
i. Hierarquia 
ii. Especialidade 
iii. Cronológico 
 
Princípio da Irretroatividade 
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e 
geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o 
direito adquirido e a coisa julgada. 
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já 
consumado segundo a lei vigente ao tempo 
em que se efetuou. 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris11 
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos 
que o seu titular, ou alguém por ele, possa 
exercer, como aqueles cujo começo do 
exercício tenha termo pré-fixo, ou condição 
pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de 
outrem. 
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado 
a decisão judicial de que já não caiba recurso. 
Vigência da Lei no espaço 
Territorialidade moderada: territorialidade + extraterritorialidade. 
Estatuto pessoal: normas que acompanham o “estrangeiro” onde quer 
esteja. 
Art. 7o A lei do país em que domiciliada a 
pessoa determina as regras sobre o começo e 
o fim da personalidade, o nome, a 
capacidade e os direitos de família. 
 
Norma jurídica imperfeita – artigo 5º, XXXI, CF. 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros 
situados no País será regulada pela lei brasileira 
em benefício do cônjuge ou dos filhos 
brasileiros, sempre que não lhes seja mais 
favorável a lei pessoal do "de cujus"; 
Ementa da Aula: 
DIREITO CIVIL. LEI INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO. 
PERSONALIDADE JURÍDICA. 
AULA 04 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO 
Interpretação da Leis (hermenêutica). 
A finalidade interpretativa da norma é: 
 Revelar o sentido da norma 
 Fiar o seu alcance 
 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris12 
Métodos de interpretação (não excludentes nem exclusivos): 
 Literal ou gramatical 
 Lógico 
 Sistemático 
Análise a partir do ordenamento jurídico no qual a norma se insere, 
a norma não será verificada isoladamente, será relacionada com 
o ordenamento jurídico. 
 Histórico 
 Finalístico ou teleológico 
Análise da norma tomando como parâmetro a sua finalidade 
declarada, adaptando-a às novas exigências sociais, não se 
analisam somente os aspectos históricos, mas também a própria 
finalidade. Artigo 5º, LINDB. 
Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos 
fins sociais a que ela se dirige e às exigências 
do bem comum. 
 
 
9. PERSONALIDADE JURÍDICA 
Somente se atribuem direitos a quem possuir personalidade jurídica 
“Reconhecimento jurídico de que um ente pode ser sujeito de direitos” 
O Direito contemporâneo somente atribui personalidade jurídica às 
pessoas, naturais ou jurídicas. Artigo 1º, CC/02. 
Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e 
deveres na ordem civil.Pessoas Naturais 
 Teoria Natalista. Artigo 2º, CC/02. 
Art. 2o A personalidade civil da pessoa 
começa do nascimento com vida; mas a lei 
põe a salvo, desde a concepção, os direitos 
do nascituro. 
 Toda pessoa tem personalidade, apesar de, nem sempre possuir 
capacidade de fato. 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris13 
 A capacidade pode ser de fato (de exercício) ou de direito (de 
gozo). 
 Capacidade de direito = personalidade. 
 Capacidade de fato = aptidão para exercer seus direitos 
pessoalmente. 
 A capacidade de fato depende de discernimento. 
 O maior de 18 anos presume-se detentor de discernimento. 
 
Interdição 
 A ação de interdição é cabível para reconhecer a incapacidade 
e nomear curador ao incapaz. 
Art. 1.768. A interdição deve ser promovida: 
I - pelos pais ou tutores; 
II - pelo cônjuge, ou por qualquer parente; III 
- pelo Ministério Público. 
Art. 1.769. O Ministério Público só promoverá 
interdição: 
I - em caso de doença mental grave; 
II - se não existir ou não promover a interdição 
alguma das pessoas designadas nos incisos I e 
II do artigo antecedente; 
III - se, existindo, forem incapazes as pessoas 
mencionadas no inciso antecedente. 
 O maior de 16 anos e menor de 18 presume-se de discernimento 
limitado, daí o porquê da necessidade de assistência 
(conjugação de vontades). 
 Apesar de ser presumir discernimento ao maior de 18 anos pode 
ser que em algumas situações haja prova em contrário de tal 
presunção. 
 
Incapacidade absoluta 
Art. 3o São absolutamente incapazes de 
exercer pessoalmente os atos da vida civil os 
menores de 16 (dezesseis) anos. 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris14 
(Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) 
(Vigência) 
 Tem sua vontade substituída (são representados). 
 Falta de representação gera nulidade. 
 Ação declaratória de nulidade. 
Incapacidade relativa 
Art. 4o São incapazes, relativamente a certos 
atos ou à maneira de os exercer: 
(Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) 
(Vigência) 
I - os maiores de dezesseis e menores de 
dezoito anos; 
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
(Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) 
(Vigência) 
 III - aqueles que, por causa transitória ou 
permanente, não puderem exprimir sua 
vontade; (Redação dada pela Lei nº 
13.146, de 2015) (Vigência) 
IV - os pródigo 
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas 
será regulada por legislação especial. 
(Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) 
(Vigência) 
 Somatória de vontades (assistência) 
 Falta de assistência gera anulabilidade 
 Ação anulatória 
Emancipação 
 Antecipação da capacidade plena 
 Voluntária (a partir dos 16 anos) 
 Casamento (independe de idade, mesmo antes da idade núbil) 
 Exercício de cargo público efetivo (sem idade mínima) 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris15 
 Colação de grau em curso superior (sem idade mínima) 
 Economia própria (a partir dos 16 anos) 
 O desfazimento de qualquer dessas situações não retira a 
emancipação 
Fim da personalidade 
Art. 6o A existência da pessoa natural termina 
com a morte; presume-se esta, quanto aos 
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a 
abertura de sucessão definitiva. 
 Extingue a personalidade mas não seus direitos e obrigações 
 Modalidades de morte: 
o Real 
 Comoriência 
o Civil (sanção) 
Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; 
os descendentes do herdeiro excluído 
sucedem, como se ele morto fosse antes da 
abertura da sucessão. 
Questões 
1) Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: PC-PA Prova: Delegado de Polícia 
Civil 
Assinale a resposta correta, de acordo com a Lei de Introdução às 
Normas do Direito Brasileiro. 
 a) A escusa ao cumprimento da lei exige a demonstração de seu 
desconhecimento. 
 b) As obrigações são regidas pela lei do país em que constituídas. 
 c) Perdendo a lei revogadora sua vigência, não se admite a previsão 
legal de repristinação da lei revogada. 
 d) As regras sobre a capacidade e o direito de família são regidas 
pela lei do país onde nascida a pessoa. 
 e) Na omissão da lei, deve o juiz recorrer a livre discricionariedade. 
 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris16 
2) Ano: 2014 Banca: FUMARC Órgão: PC-MG Prova: Investigador de 
Policia 
Sobre Fontes do Direito, é correto o que se afirma, EXCETO em: 
 a) A analogia, interpretação comparativa por aproximação de 
textos legais, também é considerada fonte do direito. 
 b) A doutrina, como interpretação legal feita por especialistas, é 
também entendida como fonte do direito. 
 c) A lei é a única fonte do Direito, posto que contém comandos 
escritos de comportamento. 
 d) O costume, como representação de práticas tradicionais de um 
povo, é fonte do direito. 
 
3) Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: PC-PE Prova: Delegado de Polícia 
Com base nas disposições do Código Civil, assinale a opção correta 
a respeito da capacidade civil. 
 a) Os pródigos, outrora considerados relativamente incapazes, não 
possuem restrições à capacidade civil, de acordo com a atual 
redação do código em questão. 
 b) Indivíduo que, por deficiência mental, tenha o discernimento 
reduzido é considerado relativamente incapaz. 
 c) O indivíduo que não consegue exprimir sua vontade é 
considerado absolutamente incapaz. 
 d) Indivíduos que, por enfermidade ou deficiência mental, não 
tiverem o necessário discernimento para a prática dos atos da vida 
civil são considerados absolutamente incapazes. 
 e) Somente os menores de dezesseis anos de idade são 
considerados absolutamente incapazes pela lei civil. 
Gabarito 
1- b 2- c 3- e 
 
Ementa da Aula: 
DIREITO CIVIL. PERSONALIDADE JURÍDICA. 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris17 
AULA 05 
PERSONALIDADE JURÍDICA 
Fim da personalidade 
 Modalidades de morte: 
o Presumida 
Morte presumida 
• Surge de declaração judicial 
• Sem decretação de ausência 
Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, 
sem decretação de ausência: 
I - se for extremamente provável a morte de 
quem estava em perigo de vida; 
II - se alguém, desaparecido em campanha 
ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois 
anos após o término da guerra. 
Parágrafo único. A declaração da morte 
presumida, nesses casos, somente poderá ser 
requerida depois de esgotadas as buscas e 
averiguações, devendo a sentença fixar a 
data provável do falecimento. 
• Com decretação de ausência 
Art. 6o A existência da pessoa natural termina 
com a morte; presume-se esta, quanto aos 
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a 
abertura de sucessão definitiva. 
• Ausência 
• Pessoa que desaparece sem deixar notícias ou procurador (ou 
quando este não quiser exercer o mandato) 
• Pode ser requerida pelos interessados ou MP 
• Deve ser nomeado um curador 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris18 
Fase de curadoria da ausência 
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu 
domicílio sem dela haver notícia, se não 
houver deixado representante ou procurador 
a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a 
requerimento de qualquer interessado ou do 
Ministério Público, declarará a ausência, e 
nomear-lhe-á curador. 
Art. 23. Também se declararáa ausência, e se 
nomeará curador, quando o ausente deixar 
mandatário que não queira ou não possa 
exercer ou continuar o mandato, ou se os seus 
poderes forem insuficientes. 
Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-
á os poderes e obrigações, conforme as 
circunstâncias, observando, no que for 
aplicável, o disposto a respeito dos tutores e 
curadores. Art. 25. O cônjuge do ausente, 
sempre que não esteja separado 
judicialmente, ou de fato por mais de dois anos 
antes da declaração da ausência, será o seu 
legítimo curador. 
§ 1o Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens 
do ausente incumbe aos pais ou aos 
descendentes, nesta ordem, não havendo 
impedimento que os iniba de exercer o cargo. 
§ 2o Entre os descendentes, os mais próximos 
precedem os mais remotos. 
§ 3o Na falta das pessoas mencionadas, 
compete ao juiz a escolha do curador. 
• Após 1 ano da arrecadação dos bens, ou 3 anos quando houver 
procurador, poderá ser requerida a declaração de ausência 
Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação dos 
bens do ausente, ou, se ele deixou 
 
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representante ou procurador, em se passando 
três anos, poderão os interessados requerer 
que se declare a ausência e se abra 
provisoriamente a sucessão. 
Art. 28. A sentença que determinar a abertura 
da sucessão provisória só produzirá efeito 
cento e oitenta dias depois de publicada pela 
imprensa; mas, logo que passe em julgado, 
proceder-se-á à abertura do testamento, se 
houver, e ao inventário e partilha dos bens, 
como se o ausente fosse falecido. 
§ 1o Findo o prazo a que se refere o art. 26, e 
não havendo interessados na sucessão 
provisória, cumpre ao Ministério Público 
requerê-la ao juízo competente. 
 
Fase da sucessão definitiva 
CC Art. 37. Dez anos depois de passada em 
julgado a sentença que concede a abertura 
da sucessão provisória, poderão os 
interessados requerer a sucessão definitiva e o 
levantamento das cauções prestadas. 
Art. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, 
também, provando-se que o ausente conta 
oitenta anos de idade, e que de cinco datam 
as últimas notícias dele. 
Art. 39. Regressando o ausente nos dez anos 
seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou 
algum de seus descendentes ou ascendentes, 
aquele ou estes haverão só os bens existentes 
no estado em que se acharem, os sub-rogados 
em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e 
demais interessados houverem recebido pelos 
bens alienados depois daquele tempo. 
 
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• Não existindo sucessores haverá a devolução dos bens ao 
município ou DF 
Direitos da Personalidade 
• Direito de proteger a integridade física, moral e intelectual 
• Características: 
• Absolutos 
• Dever de abstenção erga omnes 
• Intransmissíveis 
• Disponibilidade relativa 
• Imprescritíveis 
 
 
 
 
Ementa da Aula: 
DIREITO CIVIL. PERSONALIDADE JURÍDICA. EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE 
JURÍDICA. CLASSIFICAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS. ASSOCIAÇÕES. 
FUNDAÇÕES. SOCIEDADES. 
AULA 06 
PERSONALIDADE JURÍDICA 
Pessoas Jurídicas 
• Pessoas jurídicas são entidades a que a lei confere personalidade, 
capacitando-as a serem sujeitos de direito e obrigações 
• Requisitos para sua criação 
• Vontade humana 
• Observância das condições legais 
• Objetivo lícito 
 
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• Ato constitutivo (estatuto para as associações, escritura pública ou 
testamento para as fundações, contrato social para as sociedades e lei 
para as autarquias) 
• registro 
Início da personalidade 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas 
jurídicas de direito privado com a inscrição do 
ato constitutivo no respectivo registro, 
precedida, quando necessário, de 
autorização ou aprovação do Poder 
Executivo, averbando-se no registro todas as 
alterações por que passar o ato constitutivo. 
• Requisitos do registro 
Art. 46. O registro declarará: 
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo 
de duração e o fundo social, quando houver; 
II - o nome e a individualização dos 
fundadores ou instituidores, e dos diretores; III - 
o modo por que se administra e representa, 
ativa e passivamente, judicial e 
extrajudicialmente; 
IV - se o ato constitutivo é reformável no 
tocante à administração, e de que modo; 
V - se os membros respondem, ou não, 
subsidiariamente, pelas obrigações sociais; VI - 
as condições de extinção da pessoa jurídica e 
o destino do seu patrimônio, nesse caso. 
Desconsideração da personalidade jurídica 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade 
jurídica, caracterizado pelo desvio de 
finalidade, ou pela confusão patrimonial, 
pode o juiz decidir, a requerimento da parte, 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris22 
ou do Ministério Público quando lhe couber 
intervir no processo, que os efeitos de certas e 
determinadas relações de obrigações sejam 
estendidos aos bens particulares dos 
administradores ou sócios da pessoa 
jurídica. 
 
 EXTINÇÃO DA PESSOA JURÍDICA 
Convencional: 
 
 Vencimento do prazo (desde que não haja prorrogação tácita); 
 Prazo indeterminado (maioria absoluta dos sócios); 
 Prazo determinado (deliberação unânime dos sócios); 
 Falta de pluralidade dos sócios. 
Legal: 
 Falência; 
 Morte dos sócios. 
Administrativa: 
 Autorização cassada. 
Judicial: 
 Anulação dos atos constitutivos a pedido de um dos sócios. 
 
Art. 1.033, Código Civil, “Dissolve-se a 
sociedade quando ocorrer: 
I - o vencimento do prazo de duração, salvo 
se, vencido este e sem oposição de sócio, não 
entrar a sociedade em liquidação, caso em 
que se prorrogará por tempo indeterminado; 
II - o consenso unânime dos sócios; 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris23 
III - a deliberação dos sócios, por maioria 
absoluta, na sociedade de prazo 
indeterminado; 
IV - a falta de pluralidade de sócios, não 
reconstituída no prazo de cento e oitenta dias; 
V - a extinção, na forma da lei, de autorização 
para funcionar. 
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no 
inciso IV caso o sócio remanescente, inclusive 
na hipótese de concentração de todas as 
cotas da sociedade sob sua titularidade, 
requeira, no Registro Público de Empresas 
Mercantis, a transformação do registro da 
sociedade para empresário individual ou para 
empresa individual de responsabilidade 
limitada, observado, no que couber, o disposto 
nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS 
 
Art. 41, Código Civil, “São pessoas jurídicas de 
direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações 
públicas; 
V - as demais entidades de caráter público 
criadas por lei. 
Parágrafo único. Salvo disposição em 
contrário, as pessoas jurídicas de direito 
público, a que se tenha dado estrutura de 
direito privado, regem-se, no que couber, 
quanto ao seu funcionamento, pelas normas 
deste Código”. 
 
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Art. 42, Código Civil, “São pessoas jurídicas de 
direito público externo os Estados estrangeiros 
e todas as pessoas que forem regidas pelo 
direito internacional público”. 
 
Art. 44, Código Civil, “São pessoasjurídicas de 
direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações. 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos.) 
VI - as empresas individuais de 
responsabilidade limitada. 
§ 1o São livres a criação, a organização, a 
estruturação interna e o funcionamento das 
organizações religiosas, sendo vedado ao 
poder público negar-lhes reconhecimento ou 
registro dos atos constitutivos e necessários ao 
seu funcionamento. 
§ 2o As disposições concernentes às 
associações aplicam-se subsidiariamente às 
sociedades que são objeto do Livro II da Parte 
Especial deste Código. (Incluído pela Lei nº 
10.825, de 22.12.2003) 
§ 3o Os partidos políticos serão organizados e 
funcionarão conforme o disposto em lei 
específica. 
 
Obs.: Princípio do “par in parem non habet imperium” – não existe 
jurisdição entre os iguais; iguais não podem julgar iguais. 
Obs.2: EIRELI, pessoa jurídica pode constituir? O STJ tem entendido que 
pode sim pessoa jurídica constituir EIRELI com a premissa de que se a lei 
não proíbe, é permitido. 
 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris25 
ASSOCIAÇÕES: 
Sem fins econômicos; 
Pode haver fins econômicos como meio, mas não como fim; 
Não há direitos e obrigações entre os sócios; 
Criado por estatuto social; 
Os associados podem ou não ser classificados em categorias distintas (desde 
que previsto no estatuto); 
O associado só pode ser excluído por justa causa (ampla defesa e 
contraditório). 
Art. 61, Código Civil, “Dissolvida a associação, 
o remanescente do seu patrimônio líquido, 
depois de deduzidas, se for o caso, as quotas 
ou frações ideais referidas no parágrafo único 
do art. 56, será destinado à entidade de fins 
não econômicos designada no estatuto, ou, 
omisso este, por deliberação dos associados, à 
instituição municipal, estadual ou federal, de 
fins idênticos ou semelhantes”. 
 
FUNDAÇÕES 
Decorre da vontade de uma pessoa; 
Resulta de uma afetação patrimonial; 
Pode ser constituída por escrita pública ou testamento; 
Sem fins lucrativos; 
Podem ser particulares ou públicas. 
Art. 62, Código Civil, “Para criar uma 
fundação, o seu instituidor fará, por escritura 
pública ou testamento, dotação especial de 
bens livres, especificando o fim a que se 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris26 
destina, e declarando, se quiser, a maneira de 
administrá-la. 
Parágrafo único. A fundação somente poderá 
constituir-se para fins religiosos, morais, culturais 
ou de assistência”. 
SOCIEDADES 
 
Empresária; 
Art. 982, Código Civil, Salvo as exceções 
expressas, considera-se empresária a 
sociedade que tem por objeto o exercício de 
atividade própria de empresário sujeito a 
registro (art. 967); e, simples, as demais. 
Parágrafo único. Independentemente de seu 
objeto, considera-se empresária a sociedade 
por ações; e, simples, a cooperativa. 
Art. 966, Código Civil, Considera-se empresário 
quem exerce profissionalmente atividade 
econômica organizada para a produção ou a 
circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário 
quem exerce profissão intelectual, de natureza 
científica, literária ou artística, ainda com o 
concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo 
se o exercício da profissão constituir elemento 
de empresa. 
Ementa da Aula: 
DIREITO CIVIL. DOMICÍLIO. BENS 
AULA 07 
DOMICÍLIO 
 
Domicílio voluntário geral: 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris27 
 
Art. 70, Código Civil, “O domicílio da pessoa 
natural é o lugar onde ela estabelece a sua 
residência com ânimo definitivo”. 
 
Domicílio Familiar: 
 
Art. 71, Código Civil, “Se, porém, a pessoa 
natural tiver diversas residências, onde, 
alternadamente, viva, considerar-se-á 
domicílio seu qualquer delas”. 
 
Art. 73, Código Civil, “Ter-se-á por domicílio da 
pessoa natural, que não tenha residência 
habitual, o lugar onde for encontrada”. 
 
Domicílio profissional: 
 
Art. 72, Código Civil, “É também domicílio da 
pessoa natural, quanto às relações 
concernentes à profissão, o lugar onde esta é 
exercida. 
 
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar 
profissão em lugares diversos, cada um deles 
constituirá domicílio para as relações que lhe 
corresponderem”. 
Domicílio necessário: 
 
Art. 76, Código Civil, “Têm domicílio necessário 
o incapaz, o servidor público, o militar, o 
marítimo e o preso. 
 
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o 
do seu representante ou assistente; o do 
servidor público, o lugar em que exercer 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris28 
permanentemente suas funções; o do militar, 
onde servir, e, sendo da Marinha ou da 
Aeronáutica, a sede do comando a que se 
encontrar imediatamente subordinado; o do 
marítimo, onde o navio estiver matriculado; e 
o do preso, o lugar em que cumprir a 
sentença”. 
 
Domicílio voluntário especial: 
 
Art. 78, Código Civil, “Nos contratos escritos, 
poderão os contratantes especificar domicílio 
onde se exercitem e cumpram os direitos e 
obrigações deles resultantes”. 
 
Mudança de domicílio: 
Art. 74, Código Civil, “Muda-se o domicílio, 
transferindo a residência, com a intenção 
manifesta de o mudar. 
Parágrafo único. A prova da intenção resultará 
do que declarar a pessoa às municipalidades 
dos lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se 
tais declarações não fizer, da própria 
mudança, com as circunstâncias que a 
acompanharem”. 
Domicílio das pessoas jurídicas: 
Art. 75, Código Civil, “Quanto às pessoas 
jurídicas, o domicílio é: 
I - da União, o Distrito Federal; 
II - dos Estados e Territórios, as respectivas 
capitais; 
III - do Município, o lugar onde funcione a 
administração municipal; 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris29 
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde 
funcionarem as respectivas diretorias e 
administrações, ou onde elegerem domicílio 
especial no seu estatuto ou atos constitutivos. 
§ 1o Tendo a pessoa jurídica diversos 
estabelecimentos em lugares diferentes, cada 
um deles será considerado domicílio para os 
atos nele praticados. 
§ 2o Se a administração, ou diretoria, tiver a 
sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio 
da pessoa jurídica, no tocante às obrigações 
contraídas por cada uma das suas agências, o 
lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que 
ela corresponder”. 
 
Obs.: Todo mundo tem domicílio mesmo se não tiver residência. 
BENS 
Bens são coisas com valor econômico, material ou imaterial, que podem ser 
objeto de relação jurídica. 
 
Bens imóveis: 
Art. 79, Código Civil, “São bens imóveis o solo e 
tudo quanto se lhe incorporar natural ou 
artificialmente”. 
 
Art. 80, Código Civil, “Consideram-se imóveis 
para os efeitos legais: 
 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que 
os asseguram; 
 
II - o direito à sucessão aberta”. 
 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris30 
Art. 81, Código Civil, “Não perdem o caráter 
de imóveis: 
 
I - as edificações que, separadas do solo, mas 
conservando a sua unidade, forem removidas 
para outro local; 
 
II - os materiais provisoriamente separados de 
um prédio, para nele se reempregarem”. 
Bens móveis: 
 
Art. 82, Código Civil, “São móveis os bens 
suscetíveis de movimento próprio, ou de 
remoção porforça alheia, sem alteração da 
substância ou da destinação econômico-
social”. 
 
Art. 83, Código Civil, “Consideram-se móveis 
para os efeitos legais: 
 
I - as energias que tenham valor econômico; 
 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as 
ações correspondentes; 
 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e 
respectivas ações”. 
 
Art. 84, Código Civil, “Os materiais destinados a 
alguma construção, enquanto não forem 
empregados, conservam sua qualidade de 
móveis; readquirem essa qualidade os 
provenientes da demolição de algum prédio”. 
 
Bens fungíveis: 
 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris31 
Art. 85, Código Civil, “São fungíveis os móveis 
que podem substituir-se por outros da mesma 
espécie, qualidade e quantidade”. 
 
Bens consumíveis: 
Art. 86, Código Civil, “São consumíveis os bens 
móveis cujo uso importa destruição imediata 
da própria substância, sendo também 
considerados tais os destinados à alienação”. 
 
Bens divisíveis: 
Art. 87, Código Civil, “Bens divisíveis são os que 
se podem fracionar sem alteração na sua 
substância, diminuição considerável de valor, 
ou prejuízo do uso a que se destinam”. 
Art. 88, Código Civil, “Os bens naturalmente 
divisíveis podem tornar-se indivisíveis por 
determinação da lei ou por vontade das 
partes”. 
Obs.: uma coisa material ou legalmente indivisível pode ser dividida em partes 
ideais (pro indiviso), mantendo-se as partes em condomínio. 
Obs.: Semoventes - movimento próprio sem alterar a natureza. 
 Principais e acessórios: 
 
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, 
abstrata ou concretamente; acessório, aquele 
cuja existência supõe a do principal. 
 
Produtos: Não são produzidos periodicamente, se esgota e não renova. Ex.: 
ouro. 
Frutos: São produzidos periodicamente; 
Benfeitorias: Acréscimos feitos pelo homem a algo que já existe. 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris32 
Pertenças: Não integram a coisa, se destinam ao uso. Ex.: trator de fazenda. 
Art. 1.209. A posse do imóvel faz presumir, até 
prova contrária, a das coisas móveis que nele 
estiverem. 
O acessório segue o principal. Regra geral não abrange as pertenças. 
Ementa da Aula: 
DIREITO CIVIL. BENS. FATO JURÍDICO. ATOS JURÍDICOS. NEGÓCIOS 
JURÍDICOS. 
AULA 08 
BENS 
Bens públicos 
Pertencem às pessoas jurídicas de Direito Público 
•Uso comum: 
Uso indiscriminado 
•Uso especial: 
Destinados à execução dos serviços públicos 
•Dominicais 
Sem destinação específica. 
Podem ser alienados. 
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a 
usucapião. 
 
FATO JURÍDICO 
Fato jurídico em sentido amplo é gênero. É qualquer acontecimento que 
crie, extingue ou modifique o direito. 
 Fato Jurídico Natural (stricto sensu): propriamente dito. Ex.: força 
maior, caso fortuito. 
 
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 Fato Jurídico Humano: ato jurídico causado por uma ação 
voluntária ou não. 
 
ATOS JURÍDICOS 
Ato jurídico é acontecimento humano que produz efeitos jurídicos. 
 Atos jurídicos voluntários (lícitos): 
o Negócios jurídicos – objetivo de atingir o resultado. 
o Propriamente ditos – independentemente da vontade irá se 
obter o resultado. 
 Atos jurídicos Involuntários (ilícitos). 
 
NEGÓCIOS JURÍDICOS 
Negócio jurídico é fato resultante de manifestação de vontade. 
Pressupostos de existência, validade e eficácia 
i. Existência: 
 Análise dos sujeitos; 
 Deve haver um objeto; 
 Consentimento (manifestação de vontade); 
 Forma. 
ii. Validade: 
 Sujeitos têm que ser capazes (incapacidade absoluta – 
negócio nulo; incapacidade relativa – negócio anulável) e 
legitimidade; 
 Objeto lícito, possível e determinado (ou determinável); 
 Consentimento livre, consciente e sem vícios. 
Obs.: Vícios de consentimento: erro, dolo, coação, lesão, 
estado de perigo. Vícios sociais: simulação, fraude contra 
credores. 
 Forma prevista em lei ou não vedada em lei. Se a forma 
estiver prevista em lei e fizer de forma distinta, o negócio é 
nulo. Ex.: artigo 227, CC. 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris34 
Art. 227. Salvo os casos expressos, a prova 
exclusivamente testemunhal só se admite nos 
negócios jurídicos cujo valor não ultrapasse o 
décuplo do maior salário mínimo vigente no 
País ao tempo em que foram celebrados. 
iii. Eficácia: 
 Termo: futuro e certo (gera direito adquirido); 
 Condição: futuro e incerto (gera expectativa de adquirir o 
direito); 
 Ônus ou encargo (aqui já se tem direito adquirido, já tem o 
exercício do direito, mas tem que cumprir determinado 
ônus para que o negócio jurídico tenha eficácia). 
Obs.: termo ou condição suspensiva (inicial): a partir do 
momento em que foi atingido o termo ou condição começa a 
produzir efeitos; termo ou condição resolutiva (final): atingindo 
o termo ou condição o negócio deixa de produzir efeitos. 
Vícios de consentimento 
 
i. Erro ou ignorância: faz um negócio achando que está fazendo 
outro. Requisitos: erro substancial e escusável. 
ii. Dolo: induzido ao erro, pode ser inclusive feito por terceiros (ex.: 
corretor de imóveis). 
iii. Coação: obrigado (forçado)a realizar um determinado negócio 
jurídico (o consentimento deixa de ser livre), também pode ser 
realizado por terceiros. Obs.: exercício legítimo de direito não é 
coação; temor reverencial não é coação. 
iv. Estado de perigo: modalidade de lesão. O indivíduo ou alguém de 
sua família com risco de morte e a outra parte deve saber da 
existência desse risco e tem que haver prejuízo excessivo. 
v. Lesão: é gênero. Realiza negócio jurídico por inexperiência, a 
outra parte não precisa saber da existência da lesão, prejuízo 
excessivo. 
Vícios sociais 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris35 
Aqui não há vício no consentimento. 
 
QUESTÕES 
1) Ano: 2016Banca: FUNCAB Órgão: PC-PA Prova: Delegado de Polícia 
Civil 
Segundo o regime previsto pelo Código Civil brasileiro para os bens: 
 a) as praias e as ruas são bens públicos de uso especial. 
 b) consideram-se benfeitores todos os acréscimos sobrevindos ao bem, 
independentemente de intervenção do proprietário, possuidor ou 
detentor. 
 c) os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não 
abrangem as pertenças, salvo disposição legal, contratual ou 
circunstâncias do caso. 
 d) constitui universalidade de direito a pluralidade de bens singulares 
que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. 
 e) os bens dominicais são inalienáveis, enquanto conservarem a sua 
qualificação. 
 
2) Ano: 2016Banca: CESPE Órgão: PC-PE Prova: Delegado de Polícia 
A respeito dos elementos acidentais do negócio jurídico, assinale a 
opção correta. 
 a) Situação hipotética: Maria celebrou contrato de doação de bem 
imóvel a João. Na negociação, ficou estipulado que a transferência do 
bem somente se aperfeiçoará quando da morte da doadora. Assertiva: 
Nessa situação, o evento morte funciona como condição. 
 b) O encargo é elemento acidental característico dos negócios jurídicos 
que envolvam liberalidade. Em caso de inexecução do encargo pelo 
beneficiado, não há previsão de mecanismos de coerção direta ou 
indireta por parte do disponente. 
 c) O termo não essencial é aquele que não admite o cumprimento do 
objeto do negócio jurídico após o seu vencimento. 
 d) Denomina-se condição a cláusulaacessória pela qual as partes 
subordinam a eficácia do negócio a acontecimento futuro e incerto. 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris36 
 e) Em caso de nulidade do negócio jurídico, a condição 
voluntariamente declarada pelas partes não será alcançada, 
permanecendo válida. 
3) Ano: 2015Banca: FUNIVERSA Órgão: PC-DF Prova: Delegado de Polícia 
Em relação às pessoas jurídicas, assinale a alternativa correta. 
 a) Não se admite transmissão da qualidade de associado, ainda que o 
estatuto da associação disponha em contrário. 
 b) Em respeito à autonomia privada, as associações não estão 
obrigadas a garantir procedimento que assegure direito de defesa e 
recurso para hipóteses de exclusão de associado, quando presente justa 
causa. 
 c) Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público interno. 
 d) No Código Civil brasileiro, adota-se a teoria da realidade técnica 
para explicar e disciplinar as pessoas jurídicas. 
 e) As associações não podem desenvolver atividade econômica, 
mesmo que não haja finalidade lucrativa. 
 
Gabarito 
1- C 2- d 3- d 
 
Ementa da Aula: 
DIREITO CIVIL. NEGÓCIOS JURÍDICOS. EFEITOS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS. 
AULA 09 
NEGÓCIOS JURÍDICOS 
1.1. Vícios sociais 
i. Fraude contra credores: não há vício de vontade, mas a vontade 
visa prejudicar terceiros credores. 
Acontece quando há insolvência. 
o Transmissão gratuita ou remissão; 
o Transmissão onerosa (conluio); 
o Antecipação de pagamento: artigo 162, CC. 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris37 
Art. 162. O credor quirografário, que receber 
do devedor insolvente o pagamento da dívida 
ainda não vencida, ficará obrigado a repor, 
em proveito do acervo sobre que se tenha de 
efetuar o concurso de credores, aquilo que 
recebeu. 
o Concessão fraudulenta de garantias: artigo 163, CC. 
Art. 163. Presumem-se fraudatórias dos direitos 
dos outros credores as garantias de dívidas 
que o devedor insolvente tiver dado a algum 
credor. 
Ação cabível: Pauliana ou revocatória. 
ii. Simulação: 
o Absoluta: não há qualquer ato jurídico; 
o Relativa; existe um ato jurídico simulado e dissimulado. 
 
1.2. Representação 
Manifestação de vontade do representante no limite dos poderes. 
Pode ser: legal (incapacidade); judicial (Ex.: inventariante); 
convencional (contrato de mandato). 
Contrato consigo mesmo? Em regra é proibido. 
2. EFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO 
Os efeitos podem ser limitados: 
o Termo; 
o Condição: artigo 121, CC. 
Art. 121. Considera-se condição a cláusula 
que, derivando exclusivamente da vontade 
das partes, subordina o efeito do negócio 
jurídico a evento futuro e incerto. 
o Ônus: impõe uma obrigação ao favorecido: artigo 137, CC. 
Art. 137. Considera-se não escrito o encargo 
ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo 
determinante da liberalidade, caso em que se 
invalida o negócio jurídico. 
 
 
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2.1. Invalidade do Negócio Jurídico 
Nulidade e anulabilidade. 
Não é existente. 
Artigo 166, CC. 
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando: 
I - celebrado por pessoa absolutamente 
incapaz; 
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu 
objeto; 
III - o motivo determinante, comum a ambas as 
partes, for ilícito; 
IV - não revestir a forma prescrita em lei; 
V - for preterida alguma solenidade que a lei 
considere essencial para a sua validade; 
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa; 
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou 
proibir-lhe a prática, sem cominar sanção. 
Obs.: natureza declaratório – não tem prazo; natureza constitutiva 
– prazo decadencial; natureza condenatória – prazo prescricional. 
 
Artigo 171, CC. 
Art. 171. Além dos casos expressamente 
declarados na lei, é anulável o negócio 
jurídico: 
I - por incapacidade relativa do agente; 
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, 
estado de perigo, lesão ou fraude contra 
credores. 
Artigo 172, CC. 
Art. 172. O negócio anulável pode ser 
confirmado pelas partes, salvo direito de 
terceiro. 
Artigo 180, CC. 
Art. 180. O menor, entre dezesseis e dezoito 
anos, não pode, para eximir-se de uma 
 
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obrigação, invocar a sua idade se 
dolosamente a ocultou quando inquirido pela 
outra parte, ou se, no ato de obrigar-se, 
declarou-se maior. 
Prescrição somente para anulabilidade um vez que a nulidade 
não se convalida. 
Decadência: artigos 178 e 179, CC 
Art. 178. É de quatro anos o prazo de 
decadência para pleitear-se a anulação do 
negócio jurídico, contado: 
I - no caso de coação, do dia em que ela 
cessar; 
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, 
estado de perigo ou lesão, do dia em que se 
realizou o negócio jurídico; 
III - no de atos de incapazes, do dia em que 
cessar a incapacidade. 
Art. 179. Quando a lei dispuser que 
determinado ato é anulável, sem estabelecer 
prazo para pleitear-se a anulação, será este 
de dois anos, a contar da data da conclusão 
do ato. 
Obs.: prazo prescricional não pode ser modificado nunca. Prazo 
decadencial permite prazos voluntários, mas estes não podem ser 
arguidos de ofício pelo juiz. 
Ementa da Aula: 
DIREITO CIVIL. ATOS ILÍCITOS. PRESCRIÇÃO. DECADÊNCIA. 
AULA 10 
ATOS ILÍCITOS 
Atos em desacordo com o ordenamento jurídico. 
Artigo 186, CC. 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão 
voluntária, negligência ou imprudência, violar 
 
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direito e causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
Dever de indenização 
Artigo 927, CC. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 
187), causar dano a outrem, fica obrigado a 
repará-lo. 
Abuso de Direito também gera ato ilícito. 
Artigo 187, CC. 
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de 
um direito que, ao exercê-lo, excede 
manifestamente os limites impostos pelo seu 
fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos 
bons costumes. 
Artigo 188, parágrafo único, CC. 
Art. 188. Não constituem atos ilícitos: 
I - os praticados em legítima defesa ou no 
exercício regular de um direito reconhecido; 
II - a deterioração ou destruição da coisa 
alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover 
perigo iminente. 
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será 
legítimo somente quando as circunstâncias o 
tornarem absolutamente necessário, não 
excedendo os limites do indispensável para a 
remoção do perigo. 
 
PRESCRIÇÃO 
Perda da pretensão (poder de exigir) do titular do direito. 
Os prazos não podem ser alterados. 
Artigo 192, CC. 
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem 
ser alterados por acordo das partes. 
Prescrição pode ser reconhecida de ofício (artigo 219, §5º, CPC) ou 
alegada pelo beneficiário a qualquer tempo. 
 
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Art. 219. A citação válida torna prevento o 
juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; 
e, ainda quando ordenada por juiz 
incompetente, constitui em mora o devedor e 
interrompe a prescrição. 
§ 5º O juiz pronunciará, de ofício, a prescrição. 
Artigo 193, CC. 
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em 
qualquer grau de jurisdição, pela parte a 
quem aproveita. 
Pode ser renunciada? Pode, desde que não prejudique terceiros e já 
tenha ocorrido a prescrição. Prescrição aquisitiva: ex.: usucapião, adquirir a propriedade por 
decurso de lapso temporal. 
 Prescrição Extintiva. 
Obs.: prazo prescricional não pode ser voluntário. Prazo decadencial 
pode ser voluntário, mas não pode ser reconhecido de ofício pelo juiz. 
 Impedimento da prescrição: não inicia o prazo. 
 Suspensão da prescrição: cessação temporária do prazo. 
 Interrupção da prescrição: inicia o prazo novamente, ocorre uma 
única vez. Artigo 202, CC. 
Art. 202. A interrupção da prescrição, que 
somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: 
I - por despacho do juiz, mesmo incompetente, 
que ordenar a citação, se o interessado a 
promover no prazo e na forma da lei 
processual; 
II - por protesto, nas condições do inciso 
antecedente; 
III - por protesto cambial; 
IV - pela apresentação do título de crédito em 
juízo de inventário ou em concurso de 
credores; 
V - por qualquer ato judicial que constitua em 
mora o devedor; 
 
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VI - por qualquer ato inequívoco, ainda que 
extrajudicial, que importe reconhecimento do 
direito pelo devedor. 
Prazos (prescrição extintiva): artigo 205 e 206, CC. 
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, 
quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. 
Art. 206. Prescreve: 
§ 1o Em um ano: 
I - a pretensão dos hospedeiros ou 
fornecedores de víveres destinados a consumo 
no próprio estabelecimento, para o 
pagamento da hospedagem ou dos 
alimentos; 
II - a pretensão do segurado contra o 
segurador, ou a deste contra aquele, contado 
o prazo: 
a) para o segurado, no caso de seguro de 
responsabilidade civil, da data em que é 
citado para responder à ação de indenização 
proposta pelo terceiro prejudicado, ou da 
data que a este indeniza, com a anuência do 
segurador; 
b) quanto aos demais seguros, da ciência do 
fato gerador da pretensão; 
III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da 
justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos, 
pela percepção de emolumentos, custas e 
honorários; 
IV - a pretensão contra os peritos, pela 
avaliação dos bens que entraram para a 
formação do capital de sociedade anônima, 
contado da publicação da ata da assembleia 
que aprovar o laudo; 
V - a pretensão dos credores não pagos contra 
os sócios ou acionistas e os liquidantes, 
 
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contado o prazo da publicação da ata de 
encerramento da liquidação da sociedade. 
§ 2o Em dois anos, a pretensão para haver 
prestações alimentares, a partir da data em 
que se vencerem. 
§ 3o Em três anos: 
I - a pretensão relativa a aluguéis de prédios 
urbanos ou rústicos; 
II - a pretensão para receber prestações 
vencidas de rendas temporárias ou vitalícias; 
III - a pretensão para haver juros, dividendos ou 
quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em 
períodos não maiores de um ano, com 
capitalização ou sem ela; 
IV - a pretensão de ressarcimento de 
enriquecimento sem causa; 
V - a pretensão de reparação civil; 
VI - a pretensão de restituição dos lucros ou 
dividendos recebidos de má-fé, correndo o 
prazo da data em que foi deliberada a 
distribuição; 
VII - a pretensão contra as pessoas em seguida 
indicadas por violação da lei ou do estatuto, 
contado o prazo: 
a) para os fundadores, da publicação dos atos 
constitutivos da sociedade anônima; 
b) para os administradores, ou fiscais, da 
apresentação, aos sócios, do balanço 
referente ao exercício em que a violação 
tenha sido praticada, ou da reunião ou 
assembleia geral que dela deva tomar 
conhecimento; 
c) para os liquidantes, da primeira assembleia 
semestral posterior à violação; 
 
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VIII - a pretensão para haver o pagamento de 
título de crédito, a contar do vencimento, 
ressalvadas as disposições de lei especial; 
IX - a pretensão do beneficiário contra o 
segurador, e a do terceiro prejudicado, no 
caso de seguro de responsabilidade civil 
obrigatório. 
§ 4o Em quatro anos, a pretensão relativa à 
tutela, a contar da data da aprovação das 
contas. 
§ 5o Em cinco anos: 
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas 
constantes de instrumento público ou 
particular; 
II - a pretensão dos profissionais liberais em 
geral, procuradores judiciais, curadores e 
professores pelos seus honorários, contado o 
prazo da conclusão dos serviços, da cessação 
dos respectivos contratos ou mandato; 
III - a pretensão do vencedor para haver do 
vencido o que despendeu em juízo. 
 
1. DECADÊNCIA 
É a prova do próprio direito. 
Artigos 207, 209, 210 e 211, CC. 
Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, 
não se aplicam à decadência as normas que 
impedem, suspendem ou interrompem a 
prescrição. 
Art. 209. É nula a renúncia à decadência 
fixada em lei. 
Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da 
decadência, quando estabelecida por lei. 
Art. 211. Se a decadência for convencional, a 
parte a quem aproveita pode alegá-la em 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris45 
qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não 
pode suprir a alegação. 
Exemplos de prazos decadenciais: 
Artigo 119, parágrafo único, CC. 
Art. 119. É anulável o negócio concluído pelo 
representante em conflito de interesses com o 
representado, se tal fato era ou devia ser do 
conhecimento de quem com aquele tratou. 
Parágrafo único. É de cento e oitenta dias, a 
contar da conclusão do negócio ou da 
cessação da incapacidade, o prazo de 
decadência para pleitear-se a anulação 
prevista neste artigo. 
Artigos 178 e 179, CC. 
Art. 178. É de quatro anos o prazo de 
decadência para pleitear-se a anulação do 
negócio jurídico, contado: 
I - no caso de coação, do dia em que ela 
cessar; 
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, 
estado de perigo ou lesão, do dia em que se 
realizou o negócio jurídico; 
III - no de atos de incapazes, do dia em que 
cessar a incapacidade. 
Art. 179. Quando a lei dispuser que 
determinado ato é anulável, sem estabelecer 
prazo para pleitear-se a anulação, será este 
de dois anos, a contar da data da conclusão 
do ato. 
Artigos 504 e 505, CC. 
Art. 504. Não pode um condômino em coisa 
indivisível vender a sua parte a estranhos, se 
outro consorte a quiser, tanto por tanto. O 
condômino, a quem não se der conhecimento 
da venda, poderá, depositando o preço, 
haver para si a parte vendida a estranhos, se o 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris46 
requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob 
pena de decadência. 
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode 
reservar-se o direito de recobrá-la no prazo 
máximo de decadência de três anos, 
restituindo o preço recebido e reembolsando 
as despesas do comprador, inclusive as que, 
durante o período de resgate, se efetuaram 
com a sua autorização escrita, ou para a 
realização de benfeitorias necessárias. 
 
 
Ementa da Aula: 
DIREITO CIVIL. PROVAS. ESPÉCIES DE OBRIGAÇÕES. 
AULA 11 
PROVAS 
Artigo 212, CC. 
Art. 212. Salvo o negócio a que se impõe forma 
especial, o fato jurídico pode ser provado 
mediante: 
I - confissão; 
II - documento; 
III - testemunha; 
IV - presunção; 
V - perícia. 
Presunção quando a lei permitir: absoluta ou relativa. 
Confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se originada de erro ou 
coação. 
Prova exclusivamente testemunhal só até 10 salários mínimos.Adimplemento ou pagamento. 
Pagamento é adimplemento direto da obrigação. 
 Adimplemento direto: 
o Cumprimento do foi contratado. 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris47 
o Pagamento. 
 Adimplemento indireto: 
o Cumprimento diverso do que foi contratado. 
o Consignação; 
o Dação em pagamento – só acontece com autorização do 
credor; 
o Novação; 
o Compensação – credores e devedores simultâneos; 
o Confusão – credor e devedor se fundem na mesma 
pessoas; 
o Remissão – perdão da dívida. Obs.: obrigações solidárias e 
indivisíveis, o perdão a um devedor não aproveita aos 
demais. 
 Pagador 
o Recebe o nome de solvens. 
o Nem sempre o pagador é o devedor. 
 Recebedor 
o Accipiens. 
o Quem pode receber? O credor. 
o Representante: legal, judicial ou convencional. 
o Credor putativo: artigo 309, CC. 
Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao 
credor putativo é válido, ainda provado 
depois que não era credor. 
 Quitação: 
o É ato exclusivo do credor. 
o A quitação é o ato pelo qual o credor desobriga o devedor 
após o pagamento. 
o Pode ser dado por instrumento particular. 
 Objeto do pagamento: 
o Artigo 313, CC. 
Art. 313. O credor não é obrigado a receber 
prestação diversa da que lhe é devida, ainda 
que mais valiosa. 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris48 
o Artigo 318, CC. 
Art. 318. São nulas as convenções de 
pagamento em ouro ou em moeda 
estrangeira, bem como para compensar a 
diferença entre o valor desta e o da moeda 
nacional, excetuados os casos previstos na 
legislação especial. 
 Lugar do pagamento: 
o Artigo 327, parágrafo único, CC. 
Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no 
domicílio do devedor, salvo se as partes 
convencionarem diversamente, ou se o 
contrário resultar da lei, da natureza da 
obrigação ou das circunstâncias. 
Parágrafo único. Designados dois ou mais 
lugares, cabe ao credor escolher entre eles. 
o Obrigação querable ou portable: regra geral é querable, 
podendo ser portable em casos convencionados ou 
previstos em lei. 
 Tempo do pagamento: 
o Artigo 331, CC. 
Art. 331. Salvo disposição legal em contrário, 
não tendo sido ajustada época para o 
pagamento, pode o credor exigi-lo 
imediatamente. 
o Artigo 333, parágrafo único, CC. 
Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar 
a dívida antes de vencido o prazo estipulado 
no contrato ou marcado neste Código: 
I - no caso de falência do devedor, ou de 
concurso de credores; 
II - se os bens, hipotecados ou empenhados, 
forem penhorados em execução por outro 
credor; 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris49 
III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, 
as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e 
o devedor, intimado, se negar a reforçá-las. 
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se 
houver, no débito, solidariedade passiva, não 
se reputará vencido quanto aos outros 
devedores solventes. 
ESPÉCIES DE OBRIGAÇÕES 
 Obrigação de dar 
o Conduta humana que tem por objetivo uma coisa. 
 Obrigação de dar coisa certa; 
 Obrigação de restituir (a coisa pertence ao 
credor, apenas sua posse é que foi transferida ao 
devedor, é sempre obrigação de dar coisa 
certa); 
 Obrigação de dar coisa incerta, artigo 244, CC. 
Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero 
e pela quantidade, a escolha pertence ao 
devedor, se o contrário não resultar do título da 
obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, 
nem será obrigado a prestar a melhor. 
 Obrigação de fazer 
o Conduta humana que tem por objeto um serviço. 
 Fungível: quando o serviço puder ser prestado 
por uma terceira pessoa; 
 Infungível: ao credor só interessa que o devedor, 
pelas suas qualidades, faça o serviço. 
 Artigo 247, CC. 
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar 
perdas e danos o devedor que recusar a 
prestação a ele só imposta, ou só por ele 
exequível. 
 Obrigação de não fazer 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris50 
o A mora é estabelecida pelo fato de fazer o que não 
deveria. 
Ementa da Aula: 
DIREITO CIVIL. CLASSIFICAÇÃO OBRIGAÇÕES. RESPONSABILIDADE CIVIL. 
CONTRATOS. 
AULA 12 
CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES 
 Obrigação natural: existe, mas não é exigível. 
 Obrigação alternativa: tem por objeto duas ou mais 
prestações, mas apenas uma será cumprida. 
 Obrigação facultativa: o objeto da prestação é único, mas 
confere ao devedor o direito excepcional de substituí-la por 
outro. A impossibilidade de cumprimento da prestação 
principal extingue a obrigação, resolvendo-se em perdas e 
danos. 
 Obrigação divisível: a obrigação pode ser parcialmente 
cumprida sem prejuízo de sua qualidade e de seu valor. 
 Obrigação indivisível. 
 Obrigação solidária: as obrigações solidárias e indivisíveis têm 
consequências práticas semelhantes. 
 Obrigação líquida: a existência é certa e o valor é conhecido. 
 Obrigação principal: é a obrigação autônoma. 
 Obrigação acessória: depende da obrigação principal. Ex.: 
contrato de fiança. 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Há dois tipos de responsabilidade (extracontratual): 
 Subjetiva – regra geral (teoria da culpa); 
 Objetiva – existe em pontos específicos da lei (teoria do risco). Ex.: 
contrato de transporte (contrato de resultado). 
Obs.: Caso fortuito e força maior excluem a responsabilidade. 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris51 
Na responsabilidade subjetiva tem que analisar: 
 Fato; 
 Dano; 
 Nexo causal; 
 Culpa/dolo. 
Artigo 186, CC. 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão 
voluntária, negligência ou imprudência, violar 
direito e causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
 
Na responsabilidade objetiva analisa somente três elementos: 
 Fato; 
 Dano; 
 Nexo causal. 
Artigo 927, parágrafo único, CC. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 
187), causar dano a outrem, fica obrigado a 
repará-lo. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar 
o dano, independentemente de culpa, nos 
casos especificados em lei, ou quando a 
atividade normalmente desenvolvida pelo 
autor do dano implicar, por sua natureza, risco 
para os direitos de outrem. 
Obs.: Teoria da perda de uma chance: a perda de uma chance é a 
probabilidade real de alguém obter um lucro ou evitar um prejuízo. (Alto 
grau de subjetividade – responsabilidade embutida nas relações de 
consumo). 
 
Casos especificados em lei: 
 Abuso de direito: artigo 187, CC. 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris52 
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de 
um direito que, ao exercê-lo, excede 
manifestamente os limites impostos pelo seu 
fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos 
bons costumes. 
 Contrato de transporte: artigos 734, parágrafo único e 750, CC. 
Art. 734. O transportador responde pelos danos 
causados às pessoas transportadas e suas 
bagagens, salvo motivo de força maior, sendo 
nula qualquer cláusula excludente da 
responsabilidade. 
Parágrafo único. É lícito ao transportador exigir 
a declaração do valor da bagagem a fim de 
fixar o limite da indenização. 
Art. 750. A responsabilidade do transportador, 
limitada ao valor constante do conhecimento, 
começa no momento em que ele, ou seus 
prepostos, recebem a coisa; termina quando é 
entregue ao destinatário, ou depositada em 
juízo, se aquele não forencontrado. 
 Fato do produto: artigo 931, CC. 
Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em 
lei especial, os empresários individuais e as 
empresas respondem independentemente de 
culpa pelos danos causados pelos produtos 
postos em circulação. 
 Por atos de outrem: artigo 932, CC. 
Art. 932. São também responsáveis pela 
reparação civil: 
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem 
sob sua autoridade e em sua companhia; 
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e 
curatelados, que se acharem nas mesmas 
condições; 
III - o empregador ou comitente, por seus 
empregados, serviçais e prepostos, no 
 
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exercício do trabalho que lhes competir, ou 
em razão dele; 
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou 
estabelecimentos onde se albergue por 
dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos 
seus hóspedes, moradores e educandos; 
V - os que gratuitamente houverem 
participado nos produtos do crime, até a 
concorrente quantia. 
 Por fato o animal: artigo 936, CC. 
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal 
ressarcirá o dano por este causado, se não 
provar culpa da vítima ou força maior. 
 Prédio em ruína: artigo 937, CC. 
Art. 937. O dono de edifício ou construção 
responde pelos danos que resultarem de sua 
ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja 
necessidade fosse manifesta. 
 Objeto lançado: artigo 938, CC. 
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte 
dele, responde pelo dano proveniente das 
coisas que dele caírem ou forem lançadas em 
lugar indevido. 
Excluem a responsabilidade objetiva: 
 Culpa ou fato exclusivo da vítima; 
 Culpa ou fato exclusivo de terceiros; 
 Caso fortuito ou força maior. 
 
CONTRATOS 
Conceito: 
Negócio Jurídico onde as partes disciplinam, através de manifestação, 
os efeitos patrimoniais que pretendem atingir, limitado pela função social 
e boa-fé objetiva. 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris54 
Pacta sunt servanda x rebus sic standibus 
Rebus sic standibus: teoria da imprevisão, em que há um desiquilíbrio 
grande por motivo imprevisível, havendo lucro ou prejuízo excessivos – 
extingue sem o cumprimento. 
CORREÇÃO JUROS MULTA 
Manutenção do 
poder aquisitivo do 
dinheiro. 
Moratórios: pena pela 
permanência na 
mora. 
Compensatórios: 
custo pelo uso do 
dinheiro alheio. Não 
tem limite, referência. 
O que limite é o 
mercado. 
É a pena pelo 
descumprimento da 
obrigação. Só pode 
ser aplicada apenas 
uma vez. 
QUESTÕES 
1) Ano: 2016Banca: FUNCAB Órgão: PC-PA Prova: Delegado de Polícia Civil 
Instituído por lei prazo decadencial para o exercício de determinado direito, 
anteriormente não sujeito a decadência, é correto afirmar que este prazo 
decadencial: 
 a) poderá incidir sobre os direitos adquiridos antes da sua vigência, sem com 
isso implicar em retroatividade ou ofensa a direito adquirido. 
 b) ficará suspenso para todos os efeitos, ate que tenham sido exercidos todos 
os direitos adquiridos sob o regime anterior. 
 c) não poderá ser aplicado, naja vista a vedação constitucional à diminuição 
de prazos de decadência. 
 d) não poderá ser aplicado a direitos já constituídos quando da entrada da 
norma em vigor, porquanto já adquirido o direito ao regime jurídico 
decadencial da lei antiga. 
 
0800 600 3893 www.redejuris.com /CursoRedeJuris @rede_juris CursoRedeJuris55 
 e) incidirá apenas sobre os direitos adquiridos nos 10 anos anteriores à sua 
vigência e posteriormente, de modo a garantir a segurança jurídica. 
2) Ano: 2014Banca: FUNCAB Órgão: PC-RO Prova: Delegado de Polícia Civil 
No tocante à invalidade do negócio jurídico, é correto afirmar: 
 a) Nos negócios jurídicos praticados com coação, o prazo de decadência 
para pleitear a anulação é de dois anos, contado do dia em que ela cessou. 
 b) Nos negócios jurídicos quando os instrumentos particulares forem 
antedatados ou pós-datados, não haverá simulação, mas, serão considerados 
nulos. 
 c) Nos negócios jurídicos, quando a lei dispuser que determinado ato é 
anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de 
quatro anos, a contar da data da conclusão do ato. 
 d) Nos negócios jurídicos praticados por incapazes, o prazo de decadência 
para pleitear a anulação é de quatro anos, contado do dia em que cessou a 
incapacidade. 
 e) O negócio jurídico em que for preterida alguma solenidade que a lei 
considere essencial para a sua validade é considerado anulável. 
3) Ano: 2009Banca: FUNIVERSA Órgão: PC-DF Prova: Delegado de Polícia 
A respeito da prova e dos atos ilícitos, assinale a alternativa correta. 
 a) A confissão de quem não é capaz de dispor do direito a que refere o fato 
confessado reputa-se ordinariamente eficaz. 
 b) A ilicitude do ato cometido com abuso de direito é de natureza objetiva, 
aferível independentemente de culpa ou dolo. 
 c) Prova ilegítima é aquela que viola uma norma de direito substancial, 
verificável no momento da colheita. 
 d) A presunção absoluta não dispensa a parte do ônus da prova. 
 e) A indenização fundada em ato ilícito decorrente de culpa extracontratual 
pressupõe a constituição do autor do delito em mora. 
4) Ano: 2014Banca: UESPIÓrgão: PC-PIProva: Delegado de Polícia 
 
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São exemplos de obrigação de fazer infungível. 
I- Celebração de contrato oneroso, no qual a arquiteta Marina, contraiu 
obrigação intuitu personae de decorar o imóvel de Celeste. 
II- Celebração de contrato oneroso de uma banda para tocar em uma festa. 
III- Contrato oneroso com oficina para recuperar o motor de um veículo. 
IV- Celebração de contrato gratuito com fins de realizar inscrição em um 
concurso em cidade diferente do domicílio do mandante. 
 a) Estão corretos os itens II e III. 
 b) Apenas o item I está correto. 
 c) Estão corretos os itens I e II, somente. 
 d) Apenas o item IV é falso. 
 e) Estão corretos os itens II e IV. 
Gabarito 
1- a 
2- d 3- b 4- b 
 
Ementa da Aula: 
DIREITO CIVIL. CONTRATOS: CONCEITO. NATUREZA JURIDICA. CONTRATO 
PRELIMINAR. CLAÚSULA PENAL. VÍCIOS REDIBITÓRIOS. EVICÇÃO. 
AULA 13 
CONTRATOS 
NATUREZA JURÍDICA 
Negócio Jurídico. Declaração de vontade destinada a produzir efeitos 
jurídicos. 
 Voluntarismo: adotado pelo CC – artigo 112. Deve haver 
vontade como elemento essencial para a existência do próprio 
negócio jurídico, contudo, respeitando os requisitos de 
existência, validade e eficácia. 
 
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Art. 112. Nas declarações de vontade se 
atenderá mais à intenção nelas 
consubstanciada do que ao sentido literal da 
linguagem. 
 Objetivismo. 
 
CONTRATO PRELIMINAR 
Não está na fase de negociação. 
Fases do contrato: 
i. Negociação – não obrigatoriedade objetiva. 
ii. Proposta – gera obrigação ao proponente, mas não gera 
obrigação para o oblato (quem recebe a proposta). 
iii. Aceitação – obrigatoriedade para as duas partes, já está 
formado o contrato. 
É um contrato pronto e acabado como outro qualquer, recebe este 
nome (contrato preliminar) em virtude de outro contrato que vem a 
existir. 
Promessa ou pré-contrato. 
É um contrato propriamente dito. 
Obrigação acessória (artigo 462, CC). 
Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto 
à forma, deve conter todos os requisitos 
essenciais ao contrato a ser celebrado 
Compromisso de celebrar posteriormente contrato definitivo

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