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tecnicas de semeadura

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Universidade Tecnológica Federal do Paraná 
 Campus Campo Mourão 
 Coordenação de Alimentos 
 Disciplina de Microbiologia 
 Profa. Márcia R. F. G. Perdoncini 
 
 
AULA PRÁTICA 9 e 10: Técnicas de 
semeaduras de microrganismos 
 
INTRODUÇÃO 
 Ao se inocular um microrganismo em um 
meio de cultura adequado para seu crescimento 
in vitro, esse microrganismo inicia o seu 
desenvolvimento nesse meio. A inoculação 
correta da amostra é um dos passos mais 
importantes na identificação de um patógeno e 
pode ser feita por meio de swabs, ou de outras 
fontes, com uso de alças de inoculação 
devidamente esterilizadas. Os meios devem ser 
sempre examinados antes da inoculação a fim de 
que se verifique a presença de contaminantes já 
existentes na placa. 
 Bactérias são semeadas em meios 
líquidos ou em meios sólidos. Após a inoculação, 
a placa ou o tubo, devidamente rotulado, é 
colocado em uma incubadora a 37°C por 24 a 48 
horas. Quando ocorre o crescimento bacteriano 
em um meio sólido, as bactérias são 
representadas em padrões característicos, 
denominados colônias, grandes grupos de 
células bacterianas. Em meios líquidos, o 
crescimento mostra-se evidente pela existência 
de turvação do líquido. As estrias da semeadura 
são feitas a fim de que se consiga o isolamento 
dos organismos. Como cada espécie possui um 
tipo morfológico colonial diferente, deve ser feita 
a análise quanto à elevação, à forma, ao 
tamanho, às bordas e à pigmentação. Em um 
meio de cultura, um único tipo de colônia 
observado é denominado cultura pura. Se forem 
observados vários tipos, denomina-se cultura 
mista. 
 Há várias técnicas de inoculação de 
microrganismos. Algumas são utilizadas para 
exames qualitativos e outras, para estudos 
quantitativos. 
 
OBJETIVOS 
- Realizar inoculação em meios de cultura 
líquidos, sólidos em placa e inclinados (semi-
sólidos), verificando a presença ou ausência de 
crescimento bacteriano; 
- Realizar semeadura em profundidade; 
- Realizar semeadura em superfície. 
 
MATERIAIS 
• Tubos de solução salina estéril (9,9mL) ; 
• Suspensões bacterianas (Escherichia coli) 
Staphylococcus aureus e mista); 
• Tubos de meio líquido tioglicolato; 
• Tubos com Agar nutriente inclinado; 
• Tubos com Agar semi-sólido (SIM); 
• Placas de EMB ou McConkey. 
 
PROCEDIMENTO 
Prática 
A) Técnica de semeadura em meio líquido- 
tubos de meio líquido tioglicolato; 
• Flambar a alça de inoculação ao rubro e, 
a seguir, deixá-la esfriar perto da chama 
do bico de Bunsen; 
• Tomar o tubo a ser inoculado e identificá-
lo; 
• Tomar o tubo com a cultura bacteriana 
com a mão esquerda e agitá-lo 
levemente; 
• Retirar o tampão de algodão com o dedo 
mínimo da mão direita e flambar a boca 
do tubo; 
• Introduzir a alça até tocar o meio e retirá-
la após coletar uma gota da suspensão; 
• Flambar novamente a boca do tubo e 
recolocar o tampão de algodão; 
• Tomar o tubo com o meio esterilizado com 
a mão esquerda, retirar o tampão de 
algodão com o dedo mínimo da mão 
direita e flambar a boca do tubo; 
• Introduzir a alça carregada de 
microrganismo no interior do tubo, 
levando-a, delicadamente, ao interior do 
meio líquido; 
• Retirar a alça, flambar novamente a boca 
do tubo e recolocar o tampão de algodão; 
• Colocar o tubo na estante, flambar a alça 
e recolocá-la na estante. 
 
B) Técnica de semeadura em meio sólido 
inclinado (esgotamento): tubos com ágar 
nutriente inclinado 
• Flambar a agulha de platina ao rubro e a 
seguir, deixá-la esfriar perto da chama do 
bico de Bunsen; 
• Tomar o tubo a ser inoculado e identificá-
lo; 
• Tomar o tubo com a cultura bacteriana 
com a mão esquerda e agitá-lo 
levemente; 
• Retirar o tampão de algodão com o dedo 
mínimo da mão direita e flambar a boca 
do tubo; 
• Introduzir a agulha até tocar o meio e 
retirá-la após coletar uma gota da 
suspensão; 
• Flambar novamente a boca do tubo e 
recolocar o tampão de algodão; 
• Tomar o tubo com o meio esterilizado com 
a mão esquerda, retirar o tampão de 
algodão com o dedo mínimo da mão 
direita e flambar a boca do tubo; 
• Introduzir a agulha carregada de 
microrganismo no interior do tubo, 
levando-a, delicadamente, ao interior do 
meio inclinado, fazendo estrias na 
superfície do Agar com a agulha; 
• Retirar a agulha, flambar novamente a 
boca do tubo e recolocar o tampão de 
algodão; 
• Colocar o tubo na estante, flambar a alça 
e recolocá-la na estante. 
 
C) Técnica de semeadura em meio semi-
sólido em tubo (repicagem profunda)- 
MEIO SIM 
• Flambar a agulha de platina ao rubro e, a 
seguir, deixá-la esfriar perto da chama do 
bico de Bunsen; 
• Tomar o tubo com a cultura bacteriana 
com a mão esquerda e agitá-lo 
levemente; 
• Retirar o tampão de algodão com o dedo 
mínimo da mão direita e flambar a boca 
do tubo; 
• Introduzir a agulha até tocar o meio e 
retirá-la, após coletar uma gota da 
suspensão; 
• Flambar novamente a boca do tubo e 
recolocar o tampão de algodão; 
• Tomar o tubo com o meio esterilizado com 
a mão esquerda, retirar o tampão de 
algodão com o dedo mínimo da mão 
direita e flambar a boca do tubo; 
• Introduzir a agulha carregada de 
microrganismo no interior do tubo, 
levando-a, delicadamente, ao interior do 
meio semi-sólido; 
• Inocular a cultura de bactérias em meio 
semi-sólido, utilizando a agulha de platina. 
A inoculação deverá ter a profundidade de 
dois terços do meio semi-sólido ao qual se 
aplicará uma, e apenas uma picada; 
• Retirar a agulha, flambar novamente a 
boca do tubo e recolocar o tampão de 
algodão; 
• Colocar o tubo na estante, flambar a alça 
e recolocá-la na estante. 
 
D) Técnica de semeadura em meio sólido em 
placa (esgotamento) – usar cultura mista 
em McConkey 
A técnica de esgotamento em placa 
consiste em depositar sobre um ponto da 
superfície do meio uma parte do material e, 
depois, espalhá-la de maneira a se obter 
quantidades progressivamente menores do 
material. O objetivo é obter colônias isoladas. 
O sucesso da semeadura está em: 
- Não haver um grande número de estrias; 
- Não perfurar o meio; 
- Pegar uma pequena quantidade de 
material para semear. 
 
 
 
 
 
Prática 
E) Técnica de semeadura em placa Pour 
Plate 
A técnica Pour Plate pode ser realizada com 
o objetivo de se obter colônias isoladas (estudo 
qualitativo), ou de se fazer a contagem de 
colônias em placa (estudo quantitativo). A seguir, 
será visto o procedimento para a realização do 
estudo quantitativo, determinando o número de 
UFC (unidades formadoras de colônia) por 
mililitro. 
• Agitar a cultura da bactéria e transferir 
0,1mL para 9,9mL de líquido de diluição 
(1:100); 
• Agitar esse tubo e transferir 0,1mL para 
outro tubo com 9,9mL (1:10.000); 
• A seguir, realizar nova diluição, 
transferindo 0,1mL do último tubo para 
outro com 9,9mL de líquido de diluição 
(1:1.000.000); 
• Após realizar as diluições, fazer o 
plaqueamento ao se agitar e retirar 1mL 
de cada diluição, transferindo-os para 
placas estéreis; 
• Em seguida, colocar de 15 a 20mL de 
Agar fundido em cada uma delas; 
• Submeter as placas a suaves movimentos 
rotatórios (em forma de oito), visando à 
perfeita mistura da cultura com o Agar; 
• Esperar solidificar; 
• Inverter as placas e incubar a 37°C por 
48horas. 
 
F) Técnica de semeadura em placa Spread 
Plate 
• Aproveitar a mesma diluição da 
semeadura em placa Pour Plate; 
• Fazer o plaqueamento ao agitar, e retirar 
0,1mL de cada diluição, transferindo-os 
para a placa com o Agar já solidificado; 
• Com a alça de Drigalski esterilizada, 
espalhar os inóculos para as superfícies 
dos meios de cultura, começando do mais 
diluído para o menos diluído;• Incubar a 37°C por 48horas. 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
1. Quais são as formas de crescimento 
bacteriano? Explique-as. 
2. O que se entende por “colônia” de 
microrganismo? 
3. Como pode ser obtida uma cultura pura 
de bactéria? 
4. Explique a diferença entre as técnicas de 
semeadura em Pour Plate e em Spread 
Plate. 
5. Como se calcula o número de UFC/ml de 
microrganismos inoculados na técnica de 
Pour Plate? 
6. Como se calcula o número de UFC/ml de 
microrganismos inoculados na técnica em 
Spread Plate? 
 
REFERÊNCIAS 
OKURA, M. H. & RENDE, J. C. Microbiologia- 
roteiros de aulas práticas. São Paulo: Tecmedd, 
2008.

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