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Resumo de Genômica

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Universidade Federal de Goiás
Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública
Bacharelado em Biotecnologia
 
 
 
 
 
 
 
Análises Proteômicas Aplicada à Biotecnologia
 
 
 
 
 
 
Vanessa Sampaio Silva
 
 
 
Goiânia
2017
Resumo
A proteômica é uma ciência que estuda técnicas para a caracterização de proteínas,
tendo como promessa entender os processos celulares e as doenças, bem como,
desenvolver novas terapias. Diferentemente do genoma, o proteoma muda
constantemente, por estímulos externos e durante o desenvolvimento. Além disso, pode
ser considerado um estudo mais complicado do que o do genoma, já que um único gene
pode dar origem a diferentes proteínas.
O proteoma é o estudo da composição de todas as proteínas expressas, já a proteômica é
a análise das alterações quantitativas nos níveis de expressão. Há diferentes tipos de
proteômicas que estudam as proteínas de diferentes formas. Temos a proteômica de
expressão que faz o estudo quantitativo da expressão de proteínas entre amostras que
diferem por alguma variável; proteômica estrutural (ou mapa celular) que permite
mapear a estrutura de complexos de proteínas presente numa organela celular
específica; e há também a proteômica funcional que se estende a muitas técnicas, por
exemplo selecionar um grupo de proteínas a ser estudado e caracterizá-las.
Assim, a proteômica se torna uma ferramenta fundamental na Biotecnologia atual,
sendo indispensável no desenvolvimento de novas tecnologias e produtos para a
melhoria da qualidade de vida humana, podendo ser aplicada na caracterização do perfil
de expressão de proteínas, descoberta de drogas, estudos toxicológicos in-vivo e in-
vitro, avaliação de efeito colateral de drogas, identificação de marcadores em fluidos do
corpo para diagnóstico clínico, dentre outros.
Para o desenvolvimento de tais aplicações, a proteômica utiliza-se de várias
ferramentas, como: técnica de separação analítica, identificação de proteínas
(espectometria de massa), software de busca e banco de dados.
A cromatografia líquida de alta performance (HPLC) é utilizada para separar, purificar,
identificar e quantificar os componentes de misturas muitas vezes bastante complexas.
É uma técnica que apresenta velocidade, poder de resolução, permite o manuseio de
pequenas quantidades de amostra além de apresentar uma técnica simples. A separação
na cromatografia dá-se através da migração da amostra através de uma fase estacionária
por intermédio de um fluido (fase móvel). Após a introdução da amostra no sistema
cromatográfico, os componentes da amostra se distribuem entre as duas fases e viajam
mais lentamente que a fase móvel devido ao efeito retardante da fase estacionária [1].
A eletroforese bidimensional é uma técnica que tem como base o mesmo princípio que
uma eletroforese comum: a separação baseada na migração das moléculas carregadas,
numa solução, em função da aplicação de um campo elétrico. Porém utiliza-se de géis
em forma de tiras de poliacrilamida com gradiente de pH imobilizado. É utilizado para
obtenção de extratos protéicos totais, principalmente em tecidos vegetais e
microorganismos. Sua vantagem em relação a outras tecnologias é a capacidade de
separar com alta resolução um grande número de proteínas de uma amostra complexa e
a possibilidade de se fazer análises de expressão gênica por meio da comparação dos
padrões protéicos. Com isso, conclui-se que é uma técnica qualitativa e quantitativa [2].
A espectrometria de massas é utilizada para identificar compostos desconhecidos,
quantificar materiais conhecidos e elucidar as propriedades químicas e estruturais de
moléculas. Pode ser realizada com quantidades bem pequenas e a concentrações bem
baixas em misturas quimicamente complexas. Seu princípio básico é gerar íons de
compostos inorgânicos ou orgânicos pelo método mais apropriado, separar esses íons
pela sua razão massa/carga (m/z) e detectar qualitativamente a abundância de seus
respectivos m/z. O analito pode ser ionizado termicamente, por campo elétrico ou por
impacto de elétrons, íons ou fótons com alta energia. A separação dos íons é feito de
campos elétricos ou magnéticos aplicados estaticamente ou dinamicamente [3].
Essas e outras técnicas são utilizadas pela proteômica afim de separar proteínas
específicas e estudá-las para diferentes fins, tornando-a uma ciência indispensável para
o nosso dia a dia.
 
Referências
[1] Ayrton Argenton. Conceitos fundamentais de cromatografia a líquido de alto
desempenho hplc. São Paulo: [s.n.], 2010. 146 p.
[2] INFOTECA. Eletroforese bidimensional e análise de proteomas. Disponível em:
<http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/187102/1/cot136.pdf>. Acesso
em: 28 jun. 0017.
[3] UFF. Espectrometria de massas. Disponível em:
<http://www.uff.br/lfqm/images/inorg_avancada_2/1-
massas/1-espectroscopia_massas.pdf>. Acesso em: 28 jun.
0017.

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