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Ciências do Ambiente
Profª. Karla Bethânia Ledesma de Nadai
Introdução ao Estudo da Ciências do Ambiente
A vida no planeta existe há cerca de 3,5 bilhões de anos, porém a apenas duzentos anos é que a vida humana tornou-se mais confortável, devido aos grandes avanços tecnológicos. 
Nestes duzentos anos, a população mundial aumentou oito vezes, enquanto que o consumo de recursos naturais aumentou em escala significativamente maior. O consumo de água, por exemplo, aumentou 35 vezes. 
A história do homem no planeta difere da história dos demais seres vivos pela forma como se apropria dos recursos naturais para satisfazer as suas necessidades. 
O homem cria sistemas cada vez mais elaborados, baseados em tecnologias nem sempre sustentáveis e, quase sempre, às custas da degradação ambiental.
Esta ocorre de forma tão acelerada que os sistemas naturais não conseguem repor tudo no lugar com a mesma presteza. 
A terra, a água e o ar deterioram-se qualitativamente, pondo em evidência o prejuízo biológico experimentado por muitas espécies, incluindo o próprio homem. 
O aumento do efeito estufa, principalmente pelo acúmulo de CO2 atmosférico, é motivado pela queima de combustíveis fósseis e pela eliminação de florestas. 
A destruição da camada de ozônio é um efeito colateral atribuído ao uso de clorofluorcarbonos. 
A perda da biodiversidade é um subproduto de várias atividades humanas, dentre elas o desmatamento para fins agropecuários. 
Constata-se, pois, que as atividades humanas interagem com os sistemas físicos e biológicos do planeta. 
Assim, qualquer esforço para se reverter esse quadro de degradação ambiental, passa pelo conhecimento das Ciências do Meio Ambiente e pelo compromisso de mudança global do nosso comportamento. 
O estudo do meio ambiente e a questão ambiental são tão complexos quanto o próprio planeta. Tanto assim, que a interdisciplinaridade é fundamental para a compreensão do tema, exigindo o esforço de profissionais das mais diversas áreas de atuação. 
Neste sentido, procuramos dar a nossa contribuição na introdução das Ciências do Ambiente para estudantes de Engenharia. 
A Engenharia como a arte de engendrar coisas, o faz apropriando-se de espaços e de recursos do planeta. A antiga ideia de meio ambiente como algo lá fora, levou o engenheiro a produzir muitos estragos. 
A compreensão de que somos parte de todo o engenho e que o desenvolvimento deve ser autossustentável, leva-nos a refletir sobre a forma como administramos o planeta. 
Revolução Industrial
Começou na Inglaterra, meados do século XVIII e expandiu para o mundo no século XIX;
A era da Agricultura foi superada e a máquina superou o trabalho humano;
Êxodo rural.
Essa transformação foi possível devido a uma combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma série de invenções, tais como o motor a vapor. 
O capitalismo tornou-se o sistema econômico vigente.
Revolução Industrial e Poluição
Origem na agricultura:
	Desmatamentos;
	Aumento da produção;
Industrialização:
Lançamento de poluentes no meio ambiente;
Consolidação do capitalismo;
Extração da matéria prima;
Impactos Causados pela 
Produção
Setor Industrial:
Indústria é toda atividade humana que, através do trabalho, transforma matéria-prima em outros produtos. De acordo com a tecnologia empregada na produção e a quantidade de capital necessária, a atividade industrial pode ser artesanal, manufatureira ou fabril.
O processo de produção industrial é também conhecido como setor secundário, em oposição à agricultura (setor primário) e ao comércio e serviços (setor terciário), de acordo com a posição que cada atividade normalmente está na cadeia de produção e consumo. 
Consumo de matéria prima (petróleo, borracha, metais, fibras, madeiras, alimentos, etc);
Emissão de poluentes 
A poluição atmosférica é um dos problemas mais atingem os sentidos da visão e do olfato. 
A poluição do ar é resultado do lançamento de enorme quantidade de gases e materiais particulados na atmosfera. 
Os principais poluentes lançados na atmosfera são:
- Dióxido de enxofre (SO), produto da combustão do enxofre presente nos combustíveis fósseis;
- Monóxido de nitrogênio (NO) e dióxido de nitrogênio (NO), também conhecido como óxidos de azoto (NO), resultante de qualquer combustão que ocorra na presença de ar atmosférico;
- Chumbo (Pb), que costuma ser adicionado a gasolina para aumentar sua octanagem;
Estes poluentes causam na maioria das vezes vertigens e alergias.
A inversão térmica
 Trata-se de um fenômeno natural onde a temperatura próxima ao solo cai abaixo de 4 grau, o ar frio, impossibilitado de elevar-se, fica retido em baixas altitudes. Ocorre, assim, uma estabilização momentânea da circulação atmosférica em escala local, caracterizada por uma inversão das camadas: o ar frio fica embaixo e o ar quente acima.
A ilha de calor
A “ilha de calor” é um fenômeno típico de grandes aglomerações urbanas. Resultado da elevação das temperaturas médias nas zonas centrais da mancha urbana, em comparação com as zonas periféricas ou com as rurais.
O efeito estufa 
Resulta, de um desequilíbrio na composição atmosférica, provocado pela crescente elevação da concentração de certos gases que tem capacidade de absorver calor, como é do caso do metano, dos clorofluorocarbonos, mas principalmente do dióxido de carbono.
Destruição da camada de ozônio
Ela tem um papel fundamental na regulação da vida na terra, ao filtrar a maior parte dos perigosos raios ultravioletas emitidos pelo sol. Sabe-se que esses raios podem causar no homem, entre outros problemas, câncer de pele e perturbações da visão.
As chuvas Ácidas
A combinação de gás carbônico presente na atmosfera produz ácido carbônico que embora fraco, já torna as chuvas normalmente ácidas. Assim, as chuvas ácidas que causam graves problemas, são resultantes da elevação exagerada dos níveis de acidez da atmosfera, em conseqüência do lançamento de poluentes produzidos pelas atividades humanas.
Efluentes sem tratamento
A utilização de água pela indústria pode ocorrer de diversas formas, tais como: incorporação ao produto; lavagens de máquinas, tubulações e pisos; águas de sistemas de resfriamento e geradores de vapor; águas utilizadas diretamente nas etapas do processo industrial ou incorporadas aos produtos; esgotos sanitários dos funcionários. Exceto pelos volumes de águas incorporados aos produtos e pelas perdas por evaporação, as águas tornam-se contaminadas por resíduos do processo industrial ou pelas perdas de energia térmica, originando assim os efluentes líquidos.
Deposito indevido de resíduos sólidos - lixões.
Setor Agropecuário: 
Desmatamento de florestas
Destruição da biodiversidade;
Erosão e empobrecimento dos solos;
Enchente e assoreamento dos rios;
Diminuição das nascentes
Diminuição dos índices pluviométricos;
Elevação das temperaturas;
Desertificação;
Proliferação de pragas e doenças.
Redução ou fim das atividades extrativas vegetais
Poluição com agrotóxicos e fertilizantes
Monocultura leva o surgimento de insetos mais resistentes;
Utilização de mais pesticidas.
Contaminação dos rios, lençol freático, solo, fauna e principalmente do homem.
Salinização do solo
Esterilização do solo
Erosão
Degradação do solo (movimentação do solo, compactação) 
Assoreamento
Utilização da água 
(água de superfície e do subsolo) 1.000 t de água, produz 1 t de grãos;
Queimadas (esterilização do solo MO, emissão de CO2)
Setor Energético:
Impactos ambientais na extração das fontes de energia;
Hidroelétricas;
Termoelétricas;
Produção de combustíveis;
Energia nuclear;
Emissão de poluentes através da queima de energia;
Urbanização:
Aglomeração urbana;
Ocupações desordenadas;
Produção de lixos e resíduos;
Natureza modificada:
Rios canalizados;
Asfaltos;
Vegetação exótica.
Escassez dos Recursos Naturais
Definição de Recursos Naturais: Elementos
da natureza com utilidade para o homem, com o objetivo do desenvolvimento da civilização, sobrevivência e conforto da sociedade em geral. Podem ser renováveis, como a energia do Sol e do vento. Já a água, o solo e as árvores que estão sendo considerados limitados, são chamados de potencialmente renováveis. E ainda não renováveis, como o petróleo e minérios em geral;
Renováveis: elementos naturais que usados da forma correta podem se renovar. Exemplos: animais, vegetação, água. 
Não-renováveis: São aqueles que de maneira alguma não se renovam, ou demoram muito tempo para se produzir. Exemplos: petróleo, ferro, ouro. 
Inesgotáveis: Recursos que não se acabam, como o Sol e o vento. 
O problema de escassez de recursos é um assunto que há muito preocupa os pensadores;
O uso de recursos pelo homem nos últimos anos excedeu em 42,5% a capacidade de renovação da natureza. (Relatório do Fundo Mundial da Natureza, WWF);
Área florestal por pessoa hoje é de 0,56 há/pessoa, em 2050 será de 0,38 há/pessoa;
Estima-se que 11% das 8.615 espécies de aves, 25% dos 4.355 mamíferos, 34% dos peixes conhecidos, sejam extintos nos próximos 20 anos; 
Água – recurso natural renovável, porém limitado – Conferencia Mundial dos Recursos Hídricos; 
Terra produtiva – desertificação, salinização, erosões, compactação;
Combustíveis fosseis – petróleo. Usando o petróleo como exemplo, em termos de reservas físicas, em 1972 a sua exaustão era posta em 35 anos, 18 anos depois em 45 anos (Slade, 1987; World Resource Institute, 1994);

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