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curso 7765 aula 10 v1

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Aula 10
Legislação Tributária p/ AFRFB - 2016 (com videoaulas)
Professor: Fábio Dutra
11856571696 - Rafaela Natália Campos
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AULA 10: Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas 
(Parte III) 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Observações sobre a Aula 01 
Tópicos do Edital a serem Abordados na Aula 02 
Lucro Presumido 03 
Lucro Arbitrado 11 
Omissão de Receitas 16 
Tributação na Fonte 17 
Lista das Questões Comentadas em Aula 37 
Gabarito das Questões Comentadas em Aula 42 
 
Observações sobre a Aula 
 Olá, amigo, tudo bem? 
 É com enorme satisfação que chegamos à nossa penúltima aula! O 
curso está na reta final! Se você chegou até aqui, certamente é um 
vitorioso, pois o conteúdo já estudado é extremamente complexo. 
 É por esse motivo que eu preparei a aula de hoje mais light, para você 
tomar um fôlego, dar uma revisada e se preparar para a nossa última aula, 
ocasião em que iremos ver os últimos assuntos do nosso curso, que são os 
mais complexos! 
 Mas o que está por vir será moleza para você! Afinal, você conseguiu 
aprender muita coisa até aqui! ☺ 
 Reitero mais uma vez a necessidade de focar os estudos na teoria. A 
ESAF até hoje não cobrou cálculo em legislação tributária. Se vier a cobrar, 
você também estará preparado, pois elaborei uma boa questão no final, para 
avaliar os seus conhecimentos! Tranquilo? 
 Vamos começar! Esta aula será menor, porém muito relevante! 
 
 
11856571696
11856571696 - Rafaela Natália Campos
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Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+8+=∀+Η8+
Tópicos do Edital a serem Abordados na Aula 
 
Na aula de hoje, abordaremos os seguintes tópicos do edital: 
1.3.7.Omissão de receita. 1.3.12. Lucro presumido. 1.3.13. Lucro arbitrado. 
1.3.23. Tributação na fonte. 
 
Nas aulas anteriores, estudamos os seguintes tópicos do edital, relativos ao 
IRPF: 
1.3. Tributação das pessoas jurídicas. 1.3.1. Incidência. 1.3.2. Contribuintes. 
1.3.3. Responsáveis. 1.3.4. Domicilio Fiscal. 1.3.5. Base de cálculo. 1.3.6. 
Receitas e rendimentos. 1.3.9. Despesas dedutíveis e indedutíveis. 1.3.10. 
Remuneração de administradores. 1.3.11.Lucro real. 1.3.18. Gratificações e 
participações nos lucros1.3.20. Sociedades cooperativas. 1.3.21. Isenções e 
reduções. 1.3.22. Imunidades 1.3.25.Período de apuração. 1.3.26. Regime de 
caixa e regime de competência. 1.3.27. Alíquotas e adicional. 1.3.28. 
Lançamento1.3.30. Livros Fiscais. 
 
 
E então, pronto para começar? Vamos lá! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11856571696 - Rafaela Natália Campos
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Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+Ι+=∀+Η8+
1 – LUCRO PRESUMIDO 
 Sabemos que os tributos são calculados pela multiplicação da base de 
cálculo pela alíquota. Na sistemática do IRPJ, não é diferente: o imposto é 
calculado pela multiplicação da base de cálculo pela alíquota de 15%, acrescido 
do respectivo adicional (10%). Isso ocorre em todos os regimes de apuração. 
 Sendo assim, o que diferencia o regime do lucro real, presumido e 
arbitrado é a forma de determinação da base de cálculo. Nesse sentido, 
lembre-se de que o art. 219 do RIR salienta que a base de cálculo do 
imposto (IRPJ), determinada segundo a lei vigente na data de ocorrência do 
fato gerador, é o lucro real, presumido ou arbitrado, correspondente ao 
período de apuração. 
 Já estudamos que o lucro real consiste no lucro líquido do período de 
apuração, ajustado pelas adições, exclusões e compensações legalmente 
admitidas. Mas e o lucro presumido? Como se calcula a base de cálculo do IRPJ 
de acordo com esse regime? 
 Como o próprio nome diz, trata-se de uma presunção, isto é, não 
tomando como parâmetro o lucro da empresa, mas sim algo que se presume 
ser o seu lucro em determinado período de apuração. O parâmetro dessa 
presunção é a receita bruta auferida pela pessoa jurídica. 
Observação: Na aula anterior, foi visto que aquelas pessoas jurídicas 
optantes pela tributação com base no lucro presumido podem reconhecer 
suas receitas com base no regime de competência ou de caixa. 
 Imagino que essa última informação tenha feito você se lembrar de algo 
que estudamos na aula anterior: as estimativas mensais do IRPJ no lucro 
real anual. O cálculo do lucro presumido é bastante semelhante ao cálculo 
das estimativas mensais. Antes de demonstrarmos como é efetuado esse 
cálculo, vamos trabalhar algumas informações importantes sobre o lucro 
presumido para serem levadas para as provas da ESAF. 
 Primeiramente, cabe relembrar que o IRPJ apurado com base no lucro 
presumido é devido trimestralmente, sendo que os períodos de apuração se 
encerram em: 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de 
dezembro de cada ano-calendário. A opção pelo lucro presumido será 
manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto 
devido correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-
calendário. 
Obviamente, se a pessoa jurídica iniciar suas atividades durante o ano-
calendário, a opção se dará com o pagamento do imposto relativo ao período 
de apuração em que a pessoa jurídica iniciou suas atividades (RIR, art. 517). 
 
11856571696
11856571696 - Rafaela Natália Campos
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A opção pelo lucro presumido é irretratável para todo o 
ano-calendário. É o mesmo raciocínio do que ocorre no 
lucro real. 
Por fim, você ainda deve se lembrar que no lucro real vale a regra 
“alguns devem, todos podem”, correto? No lucro presumido, por sua vez, 
podemos memorizar que “alguns podem, outros não”. Ora, essa 
interpretação é decorrente da própria regra do lucro real. Sabemos que 
alguma empresas se submetem ao lucro real, e, portanto, não podem optar 
pelo lucro presumido. Portanto, alguns contribuintes podem optar pelo lucro 
presumido, outros, não. Os que não podem fazer tal opção são 
justamente aqueles que são obrigados à tributação com base no lucro 
real. Guarde isso muito bem. ☺ 
 
 
INÉDITA/2015 
Podem optar pelo lucro presumido as pessoas 
jurídicas cuja receita total no ano-calendário anterior 
seja superior a R$ 78.000.000,00. 
Comentário: As pessoas jurídicas cuja receita total 
no ano-calendário anterior seja superior a 78 milhões 
de reais estão obrigadas à tributação com base no 
lucro real. Portanto, não podem optar pelo lucro 
presumido. 
Gabarito: Errada 
Achou a questão difícil? Vamos dar uma refrescada na memória: 
Estão sujeitas ao lucro real (Lei 9.718, art. 14): 
1.!PJ cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao 
limite de R$ 78.000.000,00; (O valor que consta no RIR está 
desatualizado, pois agora a redação é a da Lei 12.814/2013); 
2.!PJ que explore atividades de bancos, sociedades de crédito, 
financiamento e investimento, sociedades corretoras de títulos, 
valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores 
mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de 
crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades 
de previdência privadaaberta; 
3.!PJ que obtiver lucros, rendimentos e ganhos de capital obtidos no 
exterior; 
4.!PJ que goze de benefício fiscal (isenção ou redução de IRPJ); 
5.!PJ que tenha optado pela apuração anual do lucro real, mediante 
pagamento de estimativa mensal (será explicado a seguir); 
6.!PJ que explore atividade de assessoria creditícia e mercadológica, 
administração de contas a pagar e a receber, e compra de direitos 
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creditórios (cheques e duplicatas, por exemplo) resultantes de vendas 
mercantis ou prestação de serviços a prazo. Esta última é denominada 
factoring ou fomento comercial ou mercantil. 
7.!PJ que explore atividades de securitização de créditos imobiliários, 
financeiros e do agronegócio. 
 Feitas todas as considerações acima, estudaremos a seguir o cálculo do 
lucro presumido. 
1.1 – Cálculo do Lucro Presumido 
 Primeiramente, vamos sintetizar o cálculo do lucro presumido em uma 
fórmula, para depois esmiuçarmos os cada um dos conceitos: 
 A base de cálculo por estimativa mensal do lucro real é calculada do 
seguinte modo: 
 
 
Observação: Embora pareça idêntica à fórmula utilizada para o cálculo da 
estimativa mensal, o candidato deve se atentar ao fato de que a receita 
bruta, no caso do lucro presumido, é trimestral. Além disso, os 
acréscimos não se confundem com os que foram vistos no cálculo da 
estimativa. 
1.1.1 – Receita Bruta Trimestral 
 O conceito de receita bruta é o mesmo aplicável ao lucro real. Conforme 
foi dito naquela ocasião, o conceito foi atualizado e previsto na IN RFB 
1.515/2014, em seu art. 3°, cuja redação é a seguinte: 
Art. 3º A receita bruta compreende: 
I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria; 
II - o preço da prestação de serviços em geral; 
III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; e 
IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não 
compreendidas nos incisos I a III. 
§ 1º A receita líquida será a receita bruta diminuída de: 
I - devoluções e vendas canceladas; 
Base Cálculo = (Receita Bruta Trimestral x %Atividade) + Acréscimos 
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11856571696 - Rafaela Natália Campos
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II - descontos concedidos incondicionalmente; 
III - tributos sobre ela incidentes; e 
IV - valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso 
VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, 
das operações vinculadas à receita bruta. 
 
O conceito de receita líquida já foi cobrado pela ESAF, 
em 2012, na prova de Analista-Tributário da RFB. 
Contudo, a questão acabou sendo anulada. Fique atento! 
§ 2º Na receita bruta não se incluem os tributos não cumulativos 
cobrados, destacadamente, do comprador ou contratante pelo 
vendedor dos bens ou pelo prestador dos serviços na condição de mero 
depositário. 
§ 3º Na receita bruta incluem-se os tributos sobre ela incidentes e 
os valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o 
inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976, das 
operações previstas no caput deste artigo, observado o disposto no 
§ 2º. 
O que isso quer dizer? 
 Ora, na receita bruta não podemos incluir o IPI e o ICMS, este 
quando destacado por substituição tributária. Na realidade, são tributos 
que, por sua natureza, não estão embutidos no montante da receita bruta. 
Portanto, na hora de resolver uma prova, basta que você os ignore. 
Observação: O ICMS destacado por substituição tributária ocorre quando a 
lei determina que o vendedor recolha antecipadamente, na condição de 
substituto tributário, os tributos incidentes sobre operações posteriores. 
 Por outro lado, o ICMS incidente sobre as vendas da pessoa jurídica 
devem estar inclusos na receita bruta, bem como os demais tributos sobre ela 
incidentes, ressalvadas as exceções citadas no parágrafo anterior. Ademais, 
incluem-se também os valores decorrentes de ajuste a valor presente. 
 Dito tudo isso, precisamos saber o mais importante: para fins de 
cálculo do lucro presumido, a receita bruta deve ser deduzida das 
devoluções, das vendas canceladas e dos descontos incondicionais, 
conforme estabelece o art. 122, I, da IN RFB 1.515/2014. 
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Para fins de apuração do lucro presumido, a receita 
bruta deve ser sempre deduzida das: 
•! Devoluções; 
•! Vendas Canceladas; e 
•! Descontos Incondicionais. 
 
Observação: Não se preocupe, pois resolveremos algumas questões que nos 
deixarão “craques” no assunto. 
1.1.2 – Percentual de Atividade 
 No que concerne aos percentuais de atividade, basicamente são os 
mesmos previstos para o cálculo da estimativa mensal. Merece destaque o fato 
de que a regra geral é a aplicação do percentual de 8% sobre a receita 
bruta trimestral auferida. 
DICA DE PROVA: Se a questão não mencionar o segmento da empresa, 
dizendo apenas se tratar de industrial, atacadista ou comercial, o percentual é 
de 8%. 
 Senão, vejamos: 
•! 1,6% sobre a receita bruta auferida na revenda, para consumo, de 
combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural; 
•! 8% sobre a receita bruta auferida: 
a) na prestação de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia, 
patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina 
nuclear e análises e patologias clínicas, exames por métodos gráficos, 
procedimentos endoscópicos, radioterapia, quimioterapia, diálise e 
oxigenoterapia hiperbárica, desde que a prestadora destes serviços seja 
organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); 
b) na prestação de serviços de transporte de carga; 
c) nas atividades imobiliárias relativas a loteamento de terrenos, incorporação 
imobiliária, construção de prédios destinados à venda, bem como a venda de 
imóveis construídos ou adquiridos para revenda; e 
d) na atividade de construção por empreitada com emprego de todos os 
materiais indispensáveis à sua execução, sendo tais materiais incorporados à 
obra; 
•! 16% sobre a receita bruta auferida: 
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11856571696 - Rafaela Natália Campos
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a) na prestação dos serviços de transporte; e 
•! 32% sobre a receita bruta auferida com as atividades de: 
a) prestação de serviços relativos ao exercício de profissão legalmente 
regulamentada; 
b) intermediação de negócios; 
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de 
qualquer natureza; 
d) construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de 
obra ou com emprego parcial de materiais; 
e) construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento de 
infraestrutura, no caso de contratos de concessão de serviços públicos, 
independentemente do emprego parcialou total de materiais; 
 g) prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionada neste 
parágrafo. 
Observação: Algumas empresas, tais como os bancos comerciais e outras 
entidades que exerçam atividades relacionadas, bem como as entidades de 
previdência privada e as empresas de factoring, são obrigatoriamente 
tributadas pelo lucro real. Portanto, embora estejam previstas na relação da 
estimativa mensal, não constarão na lista acima. 
Além disso, embora o percentual de 32% seja a regra para os prestadores de 
serviço, a legislação confere tratamento diferenciado aos pequenos 
prestadores de serviços, assim considerados aqueles com receita bruta 
anual abaixo de R$ 120 mil. A tributação diferenciada consiste na aplicação 
do percentual de 16%, em vez de 32%, lembrando-se de que essa regra não 
se aplica às pessoas jurídicas que prestam serviços hospitalares e de 
transporte, bem como às sociedades prestadoras de serviços de 
profissões legalmente regulamentadas. 
 
 
As exceções são basicamente atividades de prestação de 
serviços, intermediação de negócios, construção, 
loteamentos e incorporações imobiliárias. 
 
 
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11856571696 - Rafaela Natália Campos
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1.1.3 – Acréscimos 
 Após a multiplicação da receita bruta trimestral pelo percentual previsto 
para a respectiva atividade da pessoa jurídica, devem ser somadas as 
seguintes parcelas, para fins de determinação do lucro presumido do período 
de apuração: 
•! Os ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos decorrentes de 
receitas não abrangidas no conceito de receita bruta, auferidos no mesmo 
período; 
Observação: Entenda-se como ganho de capital a diferença positiva entre o 
valor da alienação de bens e direitos e o respectivo valor contábil. 
Acrescente-se ainda que, na apuração de ganho de capital de pessoa jurídica 
tributada pelo lucro presumido ou arbitrado, os valores acrescidos em 
virtude de reavaliação (aumento do seu valor contábil) somente poderão 
ser computados como parte integrante dos custos de aquisição dos bens e 
direitos se a empresa comprovar que os valores acrescidos foram 
computados na determinação da base de cálculo do imposto de renda. 
Isso quer dizer que a redução do ganho de capital e, consequentemente, do 
lucro presumido, por aumento do valor contábil do bem, somente se 
justifica se esse aumento tiver sido tributado em períodos anteriores. 
•! Os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de 
renda fixa e renda variável; 
•! Os juros sobre o capital próprio auferidos; 
•! Os valores recuperados, correspondentes a custos e despesas, inclusive 
com perdas no recebimento de créditos, salvo se a pessoa jurídica 
comprovar não os ter deduzido em período anterior no qual tenha se 
submetido ao regime de tributação com base no lucro real ou que se 
refiram a período no qual tenha se submetido ao regime de tributação com 
base no lucro presumido ou arbitrado; 
Observação: Além disso, a pessoa jurídica que, até o ano-calendário 
anterior, houver sido tributada com base no lucro real deverá adicionar à 
base de cálculo do imposto de renda, correspondente ao primeiro período 
de apuração no qual houver optado pela tributação com base no lucro 
presumido, os saldos dos valores cuja tributação havia diferido. Como 
já foi dito, tais valores são mantidos na Escrituração Contábil Fiscal (ECF). 
•! O valor resultante de ajustes relativos a preços de transferência; 
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•! As multas ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por pessoa 
jurídica, ainda que a título de indenização, em virtude de rescisão de 
contrato. 
Observação: O imposto retido na fonte será considerado como 
antecipação do devido em cada período de apuração. 
 Veja que todos esses valores não se incluem no conceito de receita 
bruta, pois se assim o fosse não haveria razão para acrescentá-los ao cálculo 
do lucro presumido. 
1.2 – Obrigações Acessórias no Lucro Presumido 
 O art. 527 do RIR impôs às pessoas jurídicas optantes pela tributação 
com base no lucro presumido as seguintes obrigações acessórias: 
I – Manter escrituração contábil nos termos da legislação comercial; 
II - Manter Livro Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados 
os estoques existentes no término do ano-calendário; 
III - Manter em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo 
decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, todos 
os livros de escrituração obrigatórios por legislação fiscal específica, bem como 
os documentos e demais papéis que serviram de base para escrituração 
comercial e fiscal. 
 Destaque-se que se a pessoa jurídica, no decorrer do ano-calendário, 
mantiver Livro Caixa, no qual deverá estar escriturado toda a movimentação 
financeira, inclusive bancária, fica dispensada de manter a escrituração 
contábil nos termos da legislação comercial. 
 
A opção pela tributação com base no lucro presumido 
não dispensa o contribuinte de apresentar sua 
escrituração contábil! 
 
 
 
 
 
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2 – LUCRO ARBITRADO 
 No regime de tributação com base no lucro arbitrado, a base de cálculo 
do IRPJ, isto é, o lucro, é apurada por arbitramento. É importante mencionar 
que, quando se fala em arbitramento do lucro, deve ficar claro que não se 
confunde com arbitrariedade. 
 Nesse sentido, o professor Eduardo Sabbag1 ensina o seguinte: 
“É bom salientar que a sistemática existe para se chegar a valor 
arbitrado, e não a “valor arbitrário”. Este indica excesso, exagero; 
aquele, aferição, identificação. O primeiro avoca o bom senso; o 
segundo, afasta-o. O primeiro é ato extremado; o segundo, indevido.” 
 Trata-se, assim, de um regime excepcional, com períodos de 
apuração trimestrais. O arbitramento normalmente ocorre de ofício pela 
fiscalização da Receita Federal, quando esta se vê impossibilitada de aceitar ou 
de apurar o lucro real da pessoa jurídica. No entanto, o arbitramento pode 
ser efetuado pelo sujeito passivo. 
 
Por ora, memorize o seguinte: o arbitramento pode ser 
efetuado pela Receita Federal de ofício e também 
pelo contribuinte. 
 Dito isso, vejamos, então, quais são as situações que ensejam o 
arbitramento do lucro. 
2.1 – Hipóteses de Arbitramento 
 De acordo com o art. 130, da IN RFB 1.515/2014, o lucro da pessoa 
jurídica será arbitrado quando: 
•! O contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver 
escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar 
as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal; 
•! A escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes 
indícios de fraude ou contiver vícios, erros ou deficiências que a 
tornem imprestável para: 
a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou 
 
1
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11856571696 - Rafaela NatáliaCampos
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b) determinar o lucro real. 
•! O contribuinte, não obrigado à tributação com base no lucro real, deixar de 
apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da escrituração 
comercial e fiscal, ou o livro Caixa, na hipótese de ter optado pelo lucro 
presumido; 
•! O contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro 
presumido; 
•! O comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de 
escriturar e apurar o lucro da sua atividade separadamente do lucro do 
comitente residente ou domiciliado no exterior; 
•! O contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas 
contábeis recomendadas, livro Razão ou fichas utilizados para resumir e 
totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário; 
•! O contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade 
tributária as informações necessárias para gerar o FCONT (Controle Fiscal 
Contábil de Transição) por meio do Programa Validador e Assinador da 
Entrada de Dados para o FCONT, no caso de pessoas jurídicas sujeitas ao 
Regime Tributário de Transição (RTT); 
•! O contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade 
tributária a ECF (Escrituração Contábil Fiscal). 
Observação: Grifamos as palavras-chave, a fim de que o aluno tenha 
condições de assimilar as situações que ensejam a tributação com base no 
lucro arbitrado. Veja que, em todos os casos, a tributação ocorre por conta de 
uma atuação do contribuinte em desconformidade com a legislação 
tributária. 
O RTT foi revogado pela Lei 12.973/2014. Com isso, o preenchimento do 
FCONT, oriundo do RTT, deixa de ser exigido. Atualmente, o contribuinte 
se sujeita à escrituração e apresentação da ECF, sob pena de se submeter a 
tributação com base no lucro arbitrado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
11856571696
11856571696 - Rafaela Natália Campos
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INÉDITA/2015 
O contribuinte que optar indevidamente pela 
tributação com base no lucro real terá o lucro 
arbitrado, conforme previsão na legislação tributária. 
Comentário: Ora, se toda pessoa jurídica pode optar 
pelo lucro real, evidentemente não há opção indevida 
por esse regime de tributação. O que enseja o 
arbitramento do lucro é a opção indevida pelo lucro 
presumido. 
Gabarito: Errada 
 Nesse ponto do nosso estudo, é relevante destacar que o arbitramento 
do lucro pode ser efetuado pelo sujeito passivo, desde que alguma das 
hipóteses acima tenha sido concretamente verificada e que a receita 
bruta seja conhecida. 
 Estudaremos, a seguir, mais detalhes sobre essa questão de a receita 
bruta ser ou não conhecida. 
2.2 – Cálculo do Lucro Arbitrado 
 O cálculo do lucro arbitrado distingue-se, a depender de a receita 
bruta auferida pela pessoa jurídica ser ou não conhecida. Vamos estudar 
cada uma dessas hipóteses. 
2.2.1 – Receita Bruta Conhecida 
 Em linhas gerais, o cálculo do lucro arbitrado, quando a receita bruta da 
pessoa jurídica é conhecida, mostra-se muito semelhante ao cálculo do lucro 
presumido, com a principal diferença de que os percentuais de cada 
atividade são acrescidos de 20%. Dessa forma, podemos montar a nossa 
fórmula para o cálculo do lucro presumido (base de cálculo do IRPJ): 
 
 
 A propósito, você se lembra dos percentuais de cada atividade previstos 
para o cálculo do lucro presumido? Vamos fazer uma recordação, mostrando 
como ficam após o acréscimo de 20%: 
Lucro Presumido Lucro Arbitrado 
1,6% 1,92% 
8% 9,6% 
16% 19,2% 
32% 38,4% 
 
Base Cálculo = (Receita Bruta Trimestral x %Atividade x 1,2) + Acréscimos 11856571696
11856571696 - Rafaela Natália Campos
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Observação: As empresas de factoring podem, em algum momento, se 
submeter à tributação com base no lucro arbitrado. Se isso ocorrer, o 
percentual a ser multiplicado pela sua receita bruta é de 38,4% (32% x 1,2). 
Lembre-se de que estudamos que tais empresas, ao optar pelo lucro real 
anual, pagam estimativas mensais com base na multiplicação da sua receita 
bruta pelo percentual de 32%. 
Além disso, as instituições financeiras, quando tributadas com base no lucro 
arbitrado, submetem-se ao percentual fixo de 45%. 
 
 
A receita bruta deve ser sempre deduzida das: 
•! Devoluções; 
•! Vendas Canceladas; e 
•! Descontos Incondicionais. 
 No que concerne aos acréscimos, são os mesmos previstos para o cálculo 
do lucro presumido. Vamos relembrar? 
•! Os ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos decorrentes de 
receitas não abrangidas no conceito de receita bruta, auferidos no mesmo 
período; 
•! Os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de 
renda fixa e renda variável; 
•! Os juros sobre o capital próprio auferidos; 
•! Os valores recuperados, correspondentes a custos e despesas, inclusive 
com perdas no recebimento de créditos, salvo se a pessoa jurídica 
comprovar não os ter deduzido em período anterior no qual tenha se 
submetido ao regime de tributação com base no lucro real ou que se 
refiram a período no qual tenha se submetido ao regime de tributação com 
base no lucro presumido ou arbitrado; 
Observação: Além disso, a pessoa jurídica que, até o ano-calendário 
anterior, houver sido tributada com base no lucro real deverá adicionar à 
base de cálculo do imposto de renda, correspondente ao primeiro período 
de apuração em que for tributada com base no lucro arbitrado, os 
saldos dos valores cuja tributação havia diferido. Como já foi dito, tais 
valores são mantidos na Escrituração Contábil Fiscal (ECF). 
•! O valor resultante de ajustes relativos a preços de transferência; 
•! As multas ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por pessoa 
jurídica, ainda que a título de indenização, em virtude de rescisão de 
contrato. 
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11856571696 - Rafaela Natália Campos
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 Vejamos, a partir de agora, como se calcula o lucro arbitrado, na 
hipótese de a receita bruta ser desconhecida. 
2.2.2 – Receita Bruta Desconhecida 
 Lembre-se, em primeiro lugar, de que quando a receita bruta é 
desconhecida, o contribuinte não pode efetuar o arbitramento do lucro por 
conta própria. Assim sendo, tal procedimento deve ser efetuado de ofício 
pelo Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil. 
 De acordo com o art. 535, do RIR, o cálculo do lucro arbitrado deve ser 
realizado mediante a utilização de uma das seguintes alternativas de cálculo: 
I - 1,5 do lucro real referente ao último período em que pessoa jurídica 
manteve escrituração de acordo com as leis comerciais e fiscais, atualizado 
monetariamente; 
II - 0,04 da soma dos valores do ativo circulante, realizável a longo prazo e 
permanente, existentes no último balanço patrimonial conhecido, atualizado 
monetariamente; 
III - 0,07 do valor do capital, inclusive a sua correção monetária contabilizada 
como reserva de capital, constante doúltimo balanço patrimonial conhecido ou 
registrado nos atos de constituição ou alteração da sociedade, atualizado 
monetariamente; 
IV - 0,05 do valor do patrimônio líquido constante do último balanço 
patrimonial conhecido, atualizado monetariamente; 
V - 0,4 do valor das compras de mercadorias efetuadas no mês; 
VI - 0,4 da soma, em cada mês, dos valores da folha de pagamento dos 
empregados e das compras de matérias-primas, produtos intermediários e 
materiais de embalagem; 
VII - 0,8 da soma dos valores devidos no mês a empregados; 
 VIII - 0,9 do valor mensal do aluguel devido. 
 Não, não será necessário decorar tudo isso... Mas você precisa entender 
que o cálculo de uma das alternativas acima deve ser efetuado sem prejuízo 
dos acréscimos à base de cálculo. 
 Vamos montar a nossa fórmula, a fim de facilitar a compreensão: 
 
 
Base Cálculo = (Coeficiente x Parâmetro) + Acréscimos 
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11856571696 - Rafaela Natália Campos
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Observação: 
Coeficiente: são os valores negritados nas alternativas de cálculo (1,5; 0,04; 
0,07 etc.) 
Parâmetro: elemento contábil utilizado para determinação da base de 
cálculo (lucro real, valor do capital, valor das compras no mês etc.) 
 Por último, cabe ressaltar que os acréscimos, em se tratando de receita 
bruta desconhecida, são os mesmos que compõem a base de cálculo do 
lucro arbitrado, quando a receita é conhecida. 
 
3 – OMISSÃO DE RECEITAS 
 Sabe-se que em todos os regimes de apuração do IRPJ, o ponto de 
partida para a determinação do imposto tem início nas receitas auferidas 
pela pessoa jurídica. Veja bem: 
Lucro Real " Nesse regime de tributação, o IRPJ é calculado com base no 
lucro líquido ajustado. Este, por sua vez, consiste no resultado contábil 
apurado pelo confronto das receitas com as despesas. 
Lucro Presumido e Arbitrado " Em ambos regimes, a base de cálculo do 
IRPJ, em regra, é determinada com base na receita bruta auferida pela pessoa 
jurídica no período de apuração. 
 Com base no exposto, percebe-se a importância da contabilização das 
receitas para fins de incidência do IRPJ. Portanto, a omissão de receitas 
deve ser severamente punida pela fiscalização da Receita Federal, já 
que constitui um meio muito comum de tentar ludibriar o Fisco. 
 Nesse rumo, há fatos que revelam indícios de omissão de receitas. 
Em tais casos, a legislação prevê a presunção de omissão de receitas, 
cabendo ao contribuinte provar o contrário. Ou seja, havendo os indícios 
legalmente previstos, o Auditor-Fiscal pode presumir a omissão de receitas, 
cabendo o ônus da prova à pessoa jurídica. 
 São hipóteses de omissão de receitas: 
•! Saldo credor de caixa; 
•! Falta de escrituração de pagamentos; 
•! Manutenção no passivo de obrigações já pagas ou cuja exigibilidade não 
seja comprovada; 
•! Suprimentos de caixa realizados por administradores ou sócios sem 
comprovação da efetividade da entrega ou da origem dos recursos; 
•! Diferenças apuradas nos estoques de matérias-primas e produtos 
intermediários; 
•! Depósitos bancários de origem não comprovada. 
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11856571696 - Rafaela Natália Campos
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A manutenção no passivo de obrigações já pagas 
caracteriza-se passivo fictício. Guarde isso! 
Obs.: passivo fictício ocorre quando o passivo registrado 
na contabilidade é maior do que as obrigações da pessoa 
jurídica. 
 Sendo assim, determina o art. 288 do RIR que, verificada a omissão de 
receita, a autoridade tributária determinará o valor do imposto e do adicional a 
serem lançados de acordo com o regime de tributação a que estiver 
submetida a pessoa jurídica no período-base a que corresponder a 
omissão. 
 No caso de pessoa jurídica com atividades diversificadas tributadas com 
base no lucro presumido ou arbitrado, não sendo possível a identificação da 
atividade a que se refere a receita omitida, esta será adicionada àquela a 
que corresponder o percentual mais elevado. 
 Frise-se que cabe ao contribuinte a prova em contrário, demonstrando 
através de documentação idônea de que não houve omissão de receitas por 
parte da pessoa jurídica. 
 
4 – TRIBUTAÇÃO NA FONTE 
 O tema tributação na fonte, previsto no Livro III do RIR, envolve muitos 
assuntos já estudados em nosso curso, pois inclui não só a tributação do IRPJ 
na fonte, mas também do IRPF. Como são muitos detalhes (mais de 100 
artigos do RIR), veremos o que for mais relevante para fins de prova. 
 É muito importante ter em mente que a lógica para entender se estamos 
tratando de IRPF ou IRPJ é localizar o beneficiário do rendimento: se for 
pessoa física, trata-se de IRPF; se for pessoa jurídica, IRPJ. 
 Comecemos com os rendimentos de pessoas físicas sujeitos à tabela 
progressiva. 
4.1 – Rendimentos Sujeitos à Tabela Progressiva 
 Devemos saber que a tributação na fonte dos rendimentos sujeitos à 
tributação progressiva normalmente ocorre a título de antecipação, isto é, 
é uma forma de ir recolhendo antecipadamente o imposto, cuja apuração 
será feita apenas com a apresentação da DIRPF, ao realizar o ajuste 
anual. Lembra-se disso? Vamos prosseguir. 
 De acordo com o § 2°, do art. 620, do RIR, o imposto será calculado 
sobre os rendimentos efetivamente recebidos em cada mês. Ademais, o 
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11856571696 - Rafaela Natália Campos
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imposto será retido por ocasião de cada pagamento e se, dentro do mês, 
houver mais de um pagamento, a qualquer título, pela mesma fonte 
pagadora, aplicar-se-á a alíquota correspondente à soma dos 
rendimentos pagos à pessoa física, compensando-se o imposto 
anteriormente retido no próprio mês. 
 Assim, imagine que o Sr. Tributino tenha recebido R$ 2.500 de uma 
pessoa jurídica. A retenção na fonte deve ter como base esse valor. Assim, 
desconsiderando qualquer dedução, o imposto a ser retido seria de R$ 44,70 
((2.500,00 x 7,5%)-142,80). Se, dentro do mesmo mês, a pessoa jurídica 
efetuar outro pagamento de R$ 2.500,00 ao Sr. Tributino, o cálculo deve ser 
feito da seguinte forma (considerando a tabela progressiva vigente a partir de 
abril do ano-calendário de 2015): 
(2.500+2.500) x 27,5% = 1375,00 – 869,36 = R$ 505,64 (IRPF Apurado) 
505,64 – 44,70 = R$ 460,94 (IRPF a ser recolhido) 
Observação: O valor de R$ 869,36 representa a dedução padrão da tabela 
progressiva mensal, para os rendimentos sujeitos à alíquota de 27,5%, e o 
valor de R$ 44,70, representa o imposto já retido quando do primeiro 
pagamento pela pessoa jurídica. 
 Destaque-se, todavia, que o adiantamento de rendimentos 
correspondentes a determinado mês não estará sujeito à retenção, 
desde que os rendimentos sejam integralmente pagos no próprio mês 
a que se referirem, momento em que serão efetuados o cálculo e a retenção 
do imposto sobre o total dos rendimentos pagos no mês (RIR, art. 621, caput). 
 
 
 
INÉDITA/2015 
Os rendimentos das pessoas físicas, quando 
submetidos à tributação pela tabela progressiva, 
podem sofrer retenção de imposto de renda na fonte. 
A respeito dessa retenção, julgue o item que se 
segue: o adiantamento de rendimentos 
correspondentes a determinadomês não estará 
sujeito à retenção, ainda que os rendimentos não 
sejam integralmente pagos no próprio mês a que se 
referirem. 
Comentário: Somente não haverá retenção, se os 
rendimentos forem pagos integralmente no mês que 
se referirem (RIR, art. 621, caput). 
Gabarito: Errada 
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11856571696 - Rafaela Natália Campos
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 Feitas as considerações iniciais sobre a retenção na fonte de rendimentos 
sujeitos à tabela progressiva, vamos ver quais são os casos em que tal 
retenção deve ocorrer: 
•! Rendimentos do trabalho assalariado; 
•! Rendimentos do trabalho não assalariado; 
 
Lembre-se do que já aprendemos: 
Rendimentos de trabalho assalariado " Há retenção 
na fonte, seja a fonte uma pessoa física ou jurídica. 
Rendimentos de trabalho sem vínculo empregatício 
" Há retenção na fonte apenas se a fonte for pessoa 
jurídica. 
•! Rendimentos de aluguéis e royalties; 
•! Os benefícios pagos a pessoas físicas, pelas entidades de previdência 
privada, inclusive as importâncias correspondentes ao resgate de 
contribuições; 
•! Os resgates efetuados pelos quotistas do Fundo de Aposentadoria 
Programada Individual – FAPI; 
•! Os rendimentos efetivamente pagos aos sócios ou ao titular da 
microempresa e empresa de pequeno porte, correspondentes a pro labore, 
aluguéis ou serviços prestados; 
•! Os rendimentos pagos aos titulares, sócios, dirigentes, administradores e 
conselheiros de pessoas jurídicas, a título de remuneração mensal por 
prestação de serviços, de gratificação ou participação no resultado; 
•! Os rendimentos pagos a título de décimo terceiro salário; 
Observação: Lembre-se de que os rendimentos pagos a título de 13° estão 
submetidos à tributação exclusiva na fonte, não constituindo antecipação 
do imposto anual. 
•! Os rendimentos recebidos acumuladamente. 
Observação: Lembre-se de que os rendimentos recebidos acumuladamente 
também estão submetidos à tributação exclusiva na fonte, não 
constituindo antecipação do imposto anual. Ademais, a tabela progressiva 
neste caso deve ser resultante da multiplicação da quantidade de meses a 
que se referem os rendimentos pelos valores constantes da tabela 
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11856571696 - Rafaela Natália Campos
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progressiva mensal correspondente ao mês do recebimento do crédito (IN 
RFB 1.500/2014, art. 37) 
4.2 – Rendimentos de Pessoas Jurídicas Sujeitos a Alíquotas 
Específicas 
 Trataremos, neste tópico, dos rendimentos de pessoas jurídicas sujeitos 
a retenção na fonte, pela aplicação de alíquotas específicas. Antes, convém 
ressaltar um dispositivo no RIR que cuida da escrituração dos rendimentos 
auferidos com desconto do IR nas fontes pagadoras: 
Art. 272. Na escrituração dos rendimentos auferidos com desconto do 
imposto retido pelas fontes pagadoras, serão observadas, nas 
empresas beneficiadas, as seguintes normas: 
I - o rendimento percebido será escriturado como receita pela respectiva 
importância bruta, verificada antes de sofrer o desconto do imposto na 
fonte; 
II - o imposto descontado na fonte pagadora será escriturado, na 
empresa beneficiária do rendimento: 
a) como despesa ou encargo não dedutível na determinação do lucro 
real, quando se tratar de incidência exclusiva na fonte; 
b) como parcela do ativo circulante, nos demais casos. 
 
O rendimento será escriturado como receita e entrará na base de 
cálculo do IRPJ da empresa beneficiada? Ou seja, o rendimento será 
tributado 02 vezes e o valor retido na fonte não poderá ser deduzido? 
Não, na verdade não! Vamos entender o porquê? A resposta consta no art. 
9º, da IN RFB 1515/2014: 
Art. 9º Para efeito de pagamento, a pessoa jurídica poderá deduzir, do 
imposto devido no mês:͒II - o imposto sobre a renda pago ou retido na fonte 
sobre receitas que integraram a base de cálculo do imposto devido. 
 
Ou seja, a princípio pode parecer que há duas incidências, mas, quando 
apurado o imposto devido naquele período de apuração, é possível subtrair o 
que já foi retido na fonte. 
Vejamos, agora, os rendimentos sujeitos a alíquotas específicas: 
•! Rendimentos de serviços profissionais prestados por pessoas jurídicas 
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Alíquota " 1,5% 
Dispositivo: As importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a 
outras pessoas jurídicas, civis ou mercantis, pela prestação de serviços 
caracterizadamente de natureza profissional. (RIR, art. 647) 
•! Serviços de limpeza, conservação, segurança, vigilância e locação de mão-
de-obra 
Alíquota " 1% 
Dispositivo: Rendimentos pagos ou creditados por pessoas jurídicas a outras 
pessoas jurídicas civis ou mercantis pela prestação de serviços de limpeza, 
conservação, segurança, vigilância e por locação de mão-de-obra. (RIR, art. 
649) 
 
•! Mediação de negócios, propaganda e publicidade 
Alíquota " 1,5% 
Dispositivo: As importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a 
outras pessoas jurídicas (RIR, art. 651) 
•! Pagamentos a cooperativas de trabalho e associações profissionais ou 
assemelhadas 
Alíquota "1,5%. 
Dispositivo: As importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a 
cooperativas de trabalho, associações de profissionais ou assemelhadas, 
relativas a serviços pessoais que lhes forem prestados por associados destas 
ou colocados à disposição (RIR, art. 652). 
•! Pagamentos efetuados por órgãos públicos federais 
Alíquota "15%, multiplicado pelo percentual de estimativa mensal, relativo à 
atividade correspondente ao tipo de bem fornecido ou serviço prestado. 
Dispositivo: Os pagamentos efetuados por órgãos, autarquias e fundações da 
administração pública federal a pessoas jurídicas, pelo fornecimento de bens 
ou prestação de serviços, estão sujeitos à incidência do imposto na fonte. 
(RIR, art. 653) 
Observação: 15% x %Atividade x Valor a ser pago, onde %Atividade 
corresponde àquele aplicável ao cálculo da estimativa mensal do lucro real, 
relativo à atividade a que se refere o fornecimento de bens ou a prestação de 
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11856571696 - Rafaela Natália Campos
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Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+88+=∀+Η8+
serviços. 
Importâncias pagas a título de prestação de serviços a pessoas jurídicas que 
explorem atividades de prestação de serviços de assessoria creditícia, 
mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a 
pagar e a receber 
Alíquota " 1,5% 
Dispositivo: Sujeitam-se ao desconto do imposto de renda, à alíquota de 
1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), que será deduzido do apurado no 
encerramento do período de apuração, as importâncias pagas ou creditadas 
por pessoas jurídicas a título de prestação de serviços a outras pessoas 
jurídicas que explorem as atividades de prestação de serviços de assessoria 
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de 
contas apagar e a receber. (Lei 10.833/2003, art. 29) 
 
4.2 – Rendimentos de Participações Societárias 
 Sobre os rendimentos de participações societárias, o candidato deve 
saber que os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados 
apurados a partir do mês de janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas 
pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, não estão sujeitos 
à incidência do imposto na fonte, nem integram a base de cálculo do 
imposto do beneficiário, pessoa física ou jurídica, domiciliado no País 
ou no exterior. 
 Vamos esquematizar porque essa informação é muito importante: 
 
 
 
 
 
 
 
Lucros ou Dividendos 
Calculados sobre Resultados 
Apurados a partir de Jan/96 
Pagos por PJ tributadas com 
base no lucro real 
Não há incidência na fonte 
Não integram base de 
cálculo do IR do beneficiário 
(PF ou PJ), ainda que 
domiciliado no exterior 
11856571696
11856571696 - Rafaela Natália Campos
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Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+
 
Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+8Ι+=∀+Η8+
 Não obstante tal previsão, há outros diversos rendimentos decorrentes 
de participações societárias que ensejam tributação na fonte. Senão, 
vejamos: 
•! Juros sobre o capital próprio 
Alíquota " 15% 
Dispositivo: Estão sujeitos ao imposto na fonte, à alíquota de quinze por 
cento, na data do pagamento ou crédito, os juros calculados sobre as contas 
do patrimônio líquido. (RIR, art. 668) 
•! Rendimentos de partes beneficiárias ou de fundador 
Alíquota " Se pagos a pessoa física, aplica-se tabela progressiva; se pagos a 
pessoa jurídica, aplica-se a alíquota de 15%. 
Dispositivo: Estão sujeitos à incidência do imposto na fonte, calculado na 
forma do art. 620 (tabela progressiva), os interesses e quaisquer outros 
rendimentos de partes beneficiárias ou de fundador pagos a pessoas físicas. 
(RIR, art. 669) 
Os rendimentos de partes beneficiárias ou de fundador pagos ou creditados a 
pessoas jurídicas estão sujeitos à incidência do imposto na fonte à alíquota de 
15%. (RIR, art. 670) 
4.3 – Rendimentos Diversos 
 Vejamos, ainda, outras hipóteses em que ocorre tributação na fonte: 
•! Pagamento a beneficiário não identificado 
Alíquota " 35% 
Dispositivo: Está sujeito à incidência do imposto, exclusivamente na fonte, à 
alíquota de 35%, todo pagamento efetuado pelas pessoas jurídicas a 
beneficiário não identificado, ressalvado o disposto em normas especiais. (RIR, 
art. 674) 
Observação: Se o beneficiário não é identificado, a tributação não pode 
ocorrer a título de antecipação, pois não sabemos quem é a pessoa que faria 
o ajuste anual. Portanto, a tributação é exclusiva na fonte. 
 
Destaque-se que, em se tratando de remuneração indireta (despesas diversas 
pagas aos empregados, por exemplo) paga a beneficiário não identificado, 
também há sujeição à alíquota de 35%, mediante tributação exclusiva na 
fonte. 
11856571696
11856571696 - Rafaela Natália Campos
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Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+
 
Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+8Η+=∀+Η8+
•! Prêmios em Loterias 
Alíquota " 30% 
Dispositivo: Art. 676. Estão sujeitos à incidência do imposto, à alíquota de 
30%, exclusivamente na fonte: 
I - os lucros decorrentes de prêmios em dinheiro obtidos em loterias, inclusive 
as instantâneas, mesmo as de finalidade assistencial, ainda que exploradas 
diretamente pelo Estado, concursos desportivos em geral, compreendidos os 
de turfe e sorteios de qualquer espécie, exclusive os de antecipação nos títulos 
de capitalização e os de amortização e resgate das ações das sociedades 
anônimas; 
II - os prêmios em concursos de prognósticos desportivos, seja qual for o 
valor do rateio atribuído a cada ganhador. (RIR, art. 676, I e II) 
 
De acordo com o que prevê o art. 11, IX, da IN RFB 
1.500/2014, são isentos de IRPF o prêmio em dinheiro 
obtido em loterias até o limite do valor da 1ª 
(primeira) faixa da tabela de incidência mensal do 
IRPF. 
•! Outros prêmios em bens e serviços 
Alíquota " 20% 
Dispositivo: Os prêmios distribuídos sob a forma de bens e serviços, através 
de concursos e sorteios de qualquer espécie, estão sujeitos à incidência do 
imposto, à alíquota de 20%, exclusivamente na fonte. (RIR, art. 677) 
•! Títulos de capitalização 
Alíquota " 25% 
Dispositivo: Estão sujeitos à incidência do imposto na fonte, à alíquota de 
25%: 
I - os benefícios líquidos resultantes da amortização antecipada, mediante 
sorteio, dos títulos de economia denominados capitalização; 
II - os benefícios atribuídos aos portadores de títulos de capitalização nos 
lucros da empresa emitente. (RIR, art. 678, I e II) 
Observação: Se o beneficiário for pessoa jurídica tributada com base no 
lucro real, presumido ou arbitrado, considera-se o imposto pago como 
antecipação do devido no final do período de apuração. Por outro lado, se o 
11856571696
11856571696 - Rafaela Natália Campos
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Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+
 
Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+8ϑ+=∀+Η8+
beneficiário for pessoa física ou jurídica isenta, ocorre tributação exclusiva na 
fonte. 
•! Rendimentos de proprietários e criadores de cavalos de corrida 
Alíquota " 15% 
Dispositivo: Estão sujeitos à incidência do imposto na fonte, à alíquota de 
15%, os prêmios pagos aos proprietários e criadores de cavalos de corrida 
(RIR, art. 679, caput) 
Observação: Se o beneficiário for pessoa jurídica tributada com base no 
lucro real, considera-se o imposto pago como antecipação do devido no final 
do período de apuração. Nos demais casos, inclusive pessoa física ou jurídica 
isenta, ocorre tributação exclusiva na fonte. 
•! Rendimentos pagos a pessoas jurídicas por sentença judicial 
Alíquota " 5% 
Dispositivo: Estão sujeitas ao desconto do imposto na fonte, à alíquota de 
5%, as importâncias pagas às pessoas jurídicas a título de juros e de 
indenizações por lucros cessantes, decorrentes de sentença judicial. 
•! Multas por rescisão de contratos 
Alíquota " 15% 
Dispositivo: Estão sujeitas ao imposto na fonte, à alíquota de 15%, as multas 
ou quaisquer outras vantagens pagas ou creditadas por pessoa jurídica, ainda 
que a título de indenização, a beneficiária pessoa física ou jurídica, inclusive 
isenta, em virtude de rescisão de contrato. (RIR, art. 681) 
 Cabe, ainda, citar a retenção de imposto de renda na fonte sobre os 
rendimentos pagos em decorrência de decisão da Justiça Federal. Essa regra 
está prevista na Lei 10.833, art. 27: 
Art. 27. O imposto de renda sobre os rendimentos pagos, em 
cumprimento de decisão da Justiça Federal, mediante precatório ou 
requisição de pequeno valor, será retido na fonte pela instituição 
financeira responsável pelo pagamento e incidirá à alíquota de 
3% sobre o montante pago, sem quaisquer deduções, no momento 
do pagamento ao beneficiário ou seu representante legal. 
 Ainda de acordo com o § 2° do referido artigo, o imposto retido na fonte 
será: 
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11856571696 - Rafaela Natália Campos
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Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+8;+=∀+Η8+
I - considerado antecipação do imposto apurado na declaração de ajuste anual 
das pessoasfísicas; ou 
II - deduzido do apurado no encerramento do período de apuração ou na data 
da extinção, no caso de beneficiário pessoa jurídica. 
 Por fim, fica dispensada a retenção do imposto quando o beneficiário 
declarar à instituição financeira responsável pelo pagamento que os 
rendimentos recebidos são isentos ou não tributáveis, ou que, em se 
tratando de pessoa jurídica, esteja inscrita no Simples Nacional (Lei 
10.833, art. 27, § 1°). 
4.4 – Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior 
 De acordo com o art. 682, do RIR, estão sujeitos ao imposto na fonte 
a renda e os proventos de qualquer natureza provenientes de fontes situadas 
no País, quando percebidos: 
I - pelas pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior; 
II - pelos residentes no País que estiverem ausentes no exterior por mais de 
doze meses, salvo os ausentes no exterior a serviço do País, que recebam 
rendimentos do trabalho assalariado de autarquias ou repartições do Governo 
brasileiro situadas no exterior; 
III - pela pessoa física proveniente do exterior, com visto temporário; 
IV - pelos contribuintes que continuarem a perceber rendimentos produzidos 
no País, a partir da data em que for requerida a certidão de quitação do IRPF 
devido para fins de transferência de domicílio para o exterior. 
 
Lembre-se dos conceitos elementares, vistos nas aulas 
sobre o IRPF: os rendimentos do não residente apenas 
são tributados quando a sua fonte estiver situada no 
Brasil. 
 Os residentes ou domiciliados no exterior sujeitam-se às mesmas 
normas de tributação previstas para os residentes ou domiciliados no 
País, em relação aos (RIR, art. 684): 
I - rendimentos decorrentes de aplicações financeiras de renda fixa; 
II - ganhos líquidos auferidos em operações realizadas em bolsas de valores, 
de mercadorias, de futuros e assemelhadas; 
III - rendimentos obtidos em aplicações em fundos de renda fixa e de renda 
variável e em clubes de investimento. 
11856571696
11856571696 - Rafaela Natália Campos
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Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+8Κ+=∀+Η8+
 Nessa linha, os rendimentos, ganhos de capital e demais proventos 
pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos, por fonte situada no 
País, a pessoa física ou jurídica residente no exterior, estão sujeitos à 
incidência na fonte (RIR, art. 685): 
1.!à alíquota de 15%, quando não tiverem tributação específica, no caso de: 
a.! ganhos de capital relativos a investimentos em moeda estrangeira; 
b.!ganhos de capital auferidos na alienação de bens ou direitos; 
c.! pensões alimentícias e pecúlios; 
d.!prêmios conquistados em concursos ou competições; 
2.!à alíquota de 25%, no caso de: 
a.! os rendimentos do trabalho, com ou sem vínculo empregatício, e os da 
prestação de serviços; 
b.!os rendimentos decorrentes de qualquer operação, em que o beneficiário 
seja residente ou domiciliado em país que não tribute a renda ou que a 
tribute à alíquota máxima inferior a 20%. 
 Caro candidato(a), sabemos que estudar legislação tributária não é uma 
tarefa fácil. Exige-se muita, mas muita, memorização! 
 O meu papel como professor é tentar facilitar ao máximo a sua vida. 
Portanto, não vou deixá-lo perdido em meio a tantas informações contidas no 
tópico 4 desta aula. 
 Boa parte dessas informações, relativas ao IRPF, já foram vistas, quando 
do estudo do regime de tributação exclusiva na fonte. As demais são inéditas. 
Contudo, você não precisa sair memorizando tudo não. Não foque em decorar 
alíquotas, mas foque no rendimento, memorizando quais estão sendo retidos 
na fonte! Isso é o principal! 
 Bom, chega de teoria por hoje! Vamos exercitar! 
 
Questão 01 – ESAF/PGFN/2015 
 
Sobre o Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ, assinale a opção 
correta. 
a) Considera-se lucro real a soma do lucro operacional e das participações. ͒ 
b) Considera-se lucro real a soma dos resultados não operacionais e das 
participações. ͒ 
c) Considera-se lucro real o lucro líquido apurado num exercício financeiro. ͒ 
d) O lucro real não pode ser obtido por arbitramento. ͒ 
11856571696
11856571696 - Rafaela Natália Campos
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Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+
 
Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+8Λ+=∀+Η8+
e) O lucro arbitrado é uma forma de tributação simplificada para determinação 
da base de cálculo do imposto de renda das pessoas jurídicas que não 
estiverem obrigadas, no ano- calendário, à apuração do lucro real. ͒ 
 
Comentário: 
 
Alternativa A: De acordo com o art. 247, do Decreto 3.000/99 (RIR), lucro 
real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões 
ou compensações prescritas ou autorizadas na legislação tributária. Alternativa 
errada. 
 
Alternativa B: Da mesma forma, de acordo com o art. 247, do Decreto 
3.000/99 (RIR), lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado 
pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas na 
legislação tributária. Alternativa errada. 
 
Alternativa C: Conforme já comentado nas alternativas anteriores, o lucro 
real não se confunde com o lucro líquido, pois é ajustado pelas adições, 
exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas na legislação tributária. 
Alternativa errada. 
 
Alternativa D: De fato, o lucro real não pode ser obtido pelo arbitramento, 
pois o lucro arbitrado não é um mecanismo para apuração do lucro real. 
Alternativa correta. 
 
Alternativa E: O lucro arbitrado é uma forma de tributação para determinação 
da base de cálculo do imposto de renda das pessoas jurídicas, mas só é 
utilizado nas hipóteses legalmente previstas, como é o caso do contribuinte 
optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido. Alternativa 
errada. 
 
Gabarito: Letra E 
 
Questão 02 – ESAF/AFRFB/2014 
 
Caracteriza omissão de receita, e não mera presunção de omissão de receita, 
constituindo prova suficiente para o lançamento do Imposto de Renda em 
desfavor da pessoa jurídica: 
a) falta de emissão de nota fiscal ou documento equivalente por ocasião da 
efetivação das vendas de mercadorias. 
b) falta de escrituração de pagamentos efetuados. 
c) manutenção de obrigações já pagas registradas no passivo. 
d) divergência entre a quantidade de matéria-prima registrada na entrada e a 
soma da quantidade de mercadorias registradas na saída com os produtos em 
estoque. 
e) diferença de valores no confronto entre a movimentação bancária 
contabilizada e a receita auferida registrada. 
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11856571696 - Rafaela Natália Campos
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</−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+
Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+
 
Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+8Μ+=∀+Η8+
 
Comentário: De acordo com o parecer da banca, em resposta aos recursos 
interpostos contra o gabarito preliminar desta questão, foi solicitada a 
alternativa em que apresente uma situação que seja prova suficiente para o 
lançamento do IRPJ, contra a pessoa jurídica. Assim, se não houve emissão de 
nota fiscal, ocorreu omissão de receita. Analisemos as alternativas: 
 
Alternativa A: De acordo com o art. 283, do RIR, caracteriza omissão de 
receita ou de rendimentos, inclusive ganhos de capital, a falta de emissão de 
nota fiscal, recibo ou documento equivalente, no momento da efetivação das 
operações de venda de mercadorias, prestação de serviços, operações de 
alienação de bens móveis,locação de bens móveis e imóveis ou quaisquer 
outras transações realizadas com bens ou serviços, bem como a sua emissão 
com valor inferior ao da operação. Alternativa correta. 
 
Alternativa B: O art. 281, II, do RIR, definiu que se caracteriza como omissão 
no registro de receita, ressalvada ao contribuinte a prova da improcedência da 
presunção: a falta de escrituração de pagamentos efetuados. Alternativa 
errada. 
 
Alternativa C: O art. 281, III, do RIR, definiu que se caracteriza como 
omissão no registro de receita, ressalvada ao contribuinte a prova da 
improcedência da presunção: a manutenção no passivo de obrigações já pagas 
ou cuja exigibilidade não seja comprovada. Alternativa errada. 
 
Alternativa D: Dispõe o art. 286, caput, do RIR, que a omissão de receita 
poderá, também, ser determinada a partir de levantamento por espécie de 
quantidade de matérias-primas e produtos intermediários utilizados no 
processo produtivo da pessoa jurídica. Alternativa errada. 
 
Alternativa E: Determina o caput do art. 287, do RIR, que se caracterizam 
também como omissão de receita os valores creditados em conta de depósito 
ou de investimento mantida junto a instituição financeira, em relação aos quais 
o titular, pessoa jurídica, regularmente intimado, não comprove, mediante 
documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas 
operações. Alternativa errada. 
 
Gabarito: Letra A 
 
Questão 03 – ESAF/AFRFB/2012 - Adaptada 
 
Julgue a assertiva a seguir, de acordo com a sua correspondência com as 
hipóteses legais que determinam a apuração do Imposto sobre a Renda da 
Pessoa Jurídica (IRPJ) sobre o lucro arbitrado: Quando o contribuinte, obrigado 
à tributação com base no lucro real, não mantiver escrituração na forma das 
leis comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras 
exigidas pela legislação fiscal. 
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11856571696 - Rafaela Natália Campos
!∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+
</−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+
Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+
 
Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+Ι9+=∀+Η8+
 
Comentário: Trata-se de hipótese de arbitramento do lucro, prevista no art. 
130, I, da IN RFB 1.515/2014. Questão correta. 
 
Questão 04 – ESAF/AFRFB/2012 - Adaptada 
 
Julgue a assertiva a seguir, de acordo com a sua correspondência com as 
hipóteses legais que determinam a apuração do Imposto sobre a Renda da 
Pessoa Jurídica (IRPJ) sobre o lucro arbitrado: Quando a escrituração a que 
estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes ou 
contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para identificar 
a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária. 
 
Comentário: Mais uma vez a questão cita uma das hipóteses de arbitramento 
do lucro, desta feita com base no art. 130, II, “a”, da IN RFB 1.515/2014. 
Questão correta. 
 
Questão 05 – ESAF/AFRFB/2012 - Adaptada 
 
Julgue a assertiva a seguir, de acordo com a sua correspondência com as 
hipóteses legais que determinam a apuração do Imposto sobre a Renda da 
Pessoa Jurídica (IRPJ) sobre o lucro arbitrado: Quando a escrituração a que 
estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes ou 
contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para determinar 
a receita bruta. 
 
Comentário: Essa hipótese de arbitramento do lucro (escrituração contendo 
indícios de fraude, vícios, erros ou deficiências) só justifica quando a 
escrituração se tornar imprestável para identificar a efetiva movimentação 
financeira ou para determinar o lucro real, mas não para determinar a 
receita bruta. Portanto, a questão está errada. 
 
Questão 06 – ESAF/AFRFB/2012 - Adaptada 
 
Julgue a assertiva a seguir, de acordo com a sua correspondência com as 
hipóteses legais que determinam a apuração do Imposto sobre a Renda da 
Pessoa Jurídica (IRPJ) sobre o lucro arbitrado: Quando o contribuinte optar 
indevidamente pela tributação com base no lucro presumido. 
 
Comentário: Deveras, o contribuinte que optar indevidamente pelo lucro 
presumido está sujeito à tributação com base no lucro arbitrado. É o que está 
consignado no art. 130, IV, da IN RFB 1.515/2014. Questão correta. 
 
 
 
 
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11856571696 - Rafaela Natália Campos
!∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+
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Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+
 
Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+Ι:+=∀+Η8+
Questão 07 – ESAF/AFRFB/2012 - Adaptada 
 
Julgue a assertiva a seguir, de acordo com a sua correspondência com as 
hipóteses legais que determinam a apuração do Imposto sobre a Renda da 
Pessoa Jurídica (IRPJ) sobre o lucro arbitrado: Quando o contribuinte não 
mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, Livro 
Razão ou fichas utilizadas para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os 
lançamentos efetuados no Diário. 
 
Comentário: Trata-se de hipótese de arbitramento do lucro, prevista no art. 
130, VI, da IN RFB 1.515/2014. Questão correta. 
 
Questão 08 – ESAF/ATRFB/2012 
 
Com relação à tributação da pessoa jurídica, pode-se afirmar que a pessoa 
jurídica pode optar pelo arbitramento, pois se trata de base de cálculo 
substitutiva em face de dificuldade ocorrida na apuração pelo lucro presumido. 
 
Comentário: As hipóteses de arbitramento se restringem àquelas previstas no 
art. 130, da IN RFB 1.515/2014. Portanto, o contribuinte não pode alegar 
dificuldade ocorrida na apuração do lucro presumido como justificativa para 
arbitrar o seu lucro. Questão errada. 
 
Questão 09 – ESAF/ATRFB/2012 
 
Com relação à tributação da pessoa jurídica, pode-se afirmar que a opção do 
contribuinte pela apuração com base no lucro presumido permite ao 
contribuinte deixar de apresentar ao fisco sua escrituração contábil. 
 
Comentário: A pessoa jurídica optante pelo lucro presumido deverá manter 
escrituração contábil, nos termos do art. 45, I, do RIR. Contudo, a pessoa 
jurídica pode ser dispensada dessa obrigação acessória, desde que mantenha 
livro Caixa, no qual deverá estar escriturado toda a movimentação financeira, 
inclusive bancária. 
 
Portanto, perceba que a pessoa jurídica optante pelo lucro presumido até pode 
deixar de manter escrituração contábil, mas não é a opção que a exime da 
obrigação, mas sim o fato de manter o livro Caixa. Questão errada. 
 
Questão 10 – INÉDITA/2015 
 
A alíquota de IRPJ, para os contribuintes optantes pela tributação com base no 
lucro presumido, varia conforme o seu ramo de atividade. 
 
11856571696
11856571696 - Rafaela Natália Campos
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Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+Ι8+=∀+Η8+
Comentário: Vimos durante a aula que a alíquota do IRPJ é a mesma, seja 
qual for o regime de tributação a que esteja sujeito o contribuinte. O que pode 
variar, a depender do ramo de atividade do contribuinte, é o percentual de 
presunção, a ser aplicado sobre a receita bruta por ele auferida. Questão 
errada. 
 
Questão 11 – INÉDITA/2015 
 
Da mesma forma que alguns contribuintes podem livremente optar pela 
tributação com base no lucro presumido, há pessoas jurídicas obrigadas por 
expressa disposição legal à tributação com base nesse regime de apuração do 
IRPJ. 
 
Comentário: Lembre-se de que, para o lucro presumido, vale a seguinte 
afirmação: “alguns podem, outros não”. Com base nessas palavras, 
percebemos que ninguém está obrigado a sofrer a tributação com base no 
lucro presumido. Portanto, a questão está errada.Questão 12 – INÉDITA/2015 
 
É permitido que uma cooperativa de crédito opte pela tributação com base no 
lucro presumido, desde que suas receitas, no ano-calendário anterior, não 
sejam superior a R$ 78.000.000. 
 
Comentário: As cooperativas de crédito se submetem obrigatoriamente à 
tributação com base no lucro real, independentemente do montante de 
receitas auferidas no ano-calendário anterior. Questão errada. 
 
Questão 13 – INÉDITA/2015 
 
Assim como ocorre no regime de tributação com base no lucro real, as 
optantes pelo lucro presumido podem apurar o IRPJ anualmente, desde que 
efetuem antecipações mensais, por meio de cálculo do imposto por estimativa. 
 
Comentário: Apenas o lucro real pode ser apurado anualmente, com 
estimativas mensais. Os demais regimes de tributação do IRPJ (presumido e 
arbitrado) possuem períodos de apuração trimestrais. Questão errada. 
 
Questão 14 – INÉDITA/2015 
 
O lucro presumido é calculado com base na receita bruta, não se incluindo 
nesta os tributos não cumulativos cobrados, destacadamente, do comprador 
ou contratante pelo vendedor dos bens ou pelo prestador dos serviços na 
condição de mero depositário. 
 
11856571696
11856571696 - Rafaela Natália Campos
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Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+
 
Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+ΙΙ+=∀+Η8+
Comentário: Conforme foi dito, o IPI e o ICMS destacado por substituição 
tributária não devem ser incluídos na receita bruta, para fins de apuração do 
lucro presumido. Questão correta. 
 
Questão 15 – INÉDITA/2015 
 
Os ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos decorrentes de 
receitas não abrangidas no conceito de receita bruta, auferidos no mesmo 
período, devem ser acrescidos à base de cálculo IRPJ, no regime de tributação 
pelo lucro presumido. 
 
Comentário: Realmente, os ganhos de capital, demais receitas e resultados 
positivos decorrentes de receitas não abrangidas no conceito de receita bruta, 
devem ser somados à base de cálculo para apuração do lucro presumido. 
Questão correta. 
 
Questão 16 – INÉDITA/2015 
 
Apenas as empresas tributadas com base no lucro presumido, podem, em 
certas circunstâncias, ter o seu lucro arbitrado. 
 
Comentário: Qualquer pessoa jurídica que se enquadre nas hipóteses 
previstas no art. 130, da IN RFB 1.515/2014, podem sofrer arbitramento em 
seus lucros. Questão errada. 
 
Questão 17 – INÉDITA/2015 
 
A existência de passivo fictício, detectado pela fiscalização da Receita Federal 
no balanço patrimonial da pessoa jurídica, caracteriza hipótese de omissão de 
receitas. 
 
Comentário: Passivo fictício, conforme foi explicado, ocorre quando o passivo 
registrado na contabilidade é maior do que as obrigações da pessoa jurídica. 
Portanto, configura omissão de receitas por haver obrigações já pagas, que 
ainda não foram baixadas. Questão correta. 
 
Questão 18 – ESAF/TRF/2000 - Adaptada 
 
Quando o contribuinte não mantiver escrituração na forma das leis comerciais 
e fiscais, a que estiver obrigado, e deixar de elaborar as demonstrações 
financeiras exigidas pela legislação fiscal, será ele tributado obrigatoriamente 
pelo lucro arbitrado. 
 
Comentário: O contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, 
que não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais ou deixar 
11856571696
11856571696 - Rafaela Natália Campos
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Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+
 
Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+ΙΗ+=∀+Η8+
de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal, fica 
submetido à tributação pelo lucro arbitrado (IN RFB 1.515/2014, art. 130, I). 
Questão correta. 
 
Questão 19 – ESAF/TRF/2000 - Adaptada 
 
Quando conhecida a receita bruta e desde que ocorridas as hipóteses previstas 
para o cálculo do tributo pelo lucro arbitrado, o fisco ou o próprio contribuinte 
poderá calcular o imposto pelo arbitramento do lucro. 
Comentário: De fato, se a receita bruta for conhecida, e ocorrer alguma das 
hipóteses que ensejam o arbitramento do lucro, o próprio contribuinte pode 
efetuar o cálculo do imposto com base nesse regime de tributação. Questão 
correta. 
 
Questão 20 – INÉDITA/2015 
 
Caracterizada a omissão de receitas por parte de pessoa jurídica com 
atividades diversificadas tributadas com base no lucro presumido ou arbitrado, 
não sendo possível a identificação da atividade a que se refere a receita 
omitida, esta será adicionada àquela a que corresponder o percentual menor. 
 
Comentário: Se não for possível a identificação da atividade a que se refere a 
receita omitida, esta será adicionada àquela a que corresponder o percentual 
maior, e não menor. Questão errada. 
 
Questão 21 – ESAF/TRF/2000 - Adaptada 
 
Diante das hipóteses estabelecidas no Regulamento do Imposto de Renda 
como presunção de omissão de receitas por parte das pessoas jurídicas, não 
cabe prova em contrário do contribuinte. 
Comentário: É bastante ilógica essa questão, não é mesmo? É claro que o 
contribuinte possui o direito de contestar a presunção efetuada pelo AFRFB. 
Questão errada. 
 
A respeito da hipotética distribuidora de brinquedos LOGAN Ltda., 
consideremos as seguintes informações: 
Receitas totais no ano-calendário X1: R$ 50.000.000,00 
 
No primeiro trimestre de X2, foram apuradas as seguintes informações 
contábeis: 
 
Receita bruta de venda: R$ 10.000.000,00 
Custo de Mercadorias Vendidas: R$ 4.500.000,00 
Descontos incondicionais: R$ 500.000,00 
Descontos condicionais: R$ 150.000,00 
Vendas canceladas: R$ 650.000,00 
11856571696
11856571696 - Rafaela Natália Campos
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Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+
 
Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+Ιϑ+=∀+Η8+
Receita na venda de bem do ativo imobilizado: R$ 2.000.000,00 
Devoluções de mercadorias: R$ 200.000,00 
Valor contábil do ativo imobilizado vendido: R$ 1.500.000,00 
ICMS sobre vendas: R$ 950.000,00 
Despesas administrativas: R$ 1.250.000,00 
 
Com base unicamente nos dados dispostos acima, responda as 03 questões 
seguintes: 
 
Questão 22 – INÉDITA/2015 
 
A empresa LOGAN Ltda. pode optar pela tributação com base no lucro 
presumido, no ano-calendário de X2. 
Comentário: Como as receitas da pessoa jurídica no ano-calendário anterior 
(X1) não foram superiores a 78 milhões, a legislação tributária permite que a 
empresa opte pela tributação com base no lucro presumido. Questão correta. 
 
Questão 23 – INÉDITA/2015 
 
O lucro presumido apurado no primeiro trimestre de X2 é de R$ 692.000,00. 
 
Comentário: O lucro presumido deve ser calculado do seguinte modo: 
 
 10.000.000,00 (Receita bruta de vendas) 
(-) 500.000,00 (Descontos incondicionais) 
(-) 650.000,00 (Vendas canceladas) 
(-) 200.000,00 (Devoluções de mercadorias) 
(=) 8.650.000,00 x 8% = 692.000,00 
 
Apuração de Acréscimos: 
 
 2.000.000,00 (Receita com venda de bens do ativo imobilizado) 
(-) 1.500.000,00 (Valor contábil do ativo imobilizado) 
 500.000,00 " Ganho de capital 
 
Lucro Presumido = 692.000 + 500.000 = 1.192.000 
 
Observação: Foi aplicado o percentual geral de presunção, pelo fato de a 
atividade do contribuinte não se enquadrar nos demais percentuais. 
 
Além disso, não se pode confundir descontos condicionais com os descontos 
incondicionais. Aqueles são despesas financeiras, ao passo que estes são 
deduções da receita bruta e, portanto, dedutíveis.

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