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Aula 10 Legislação Tributária p/ AFRFB - 2016 (com videoaulas) Professor: Fábio Dutra 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+:+=∀+Η8+ AULA 10: Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (Parte III) SUMÁRIO PÁGINA Observações sobre a Aula 01 Tópicos do Edital a serem Abordados na Aula 02 Lucro Presumido 03 Lucro Arbitrado 11 Omissão de Receitas 16 Tributação na Fonte 17 Lista das Questões Comentadas em Aula 37 Gabarito das Questões Comentadas em Aula 42 Observações sobre a Aula Olá, amigo, tudo bem? É com enorme satisfação que chegamos à nossa penúltima aula! O curso está na reta final! Se você chegou até aqui, certamente é um vitorioso, pois o conteúdo já estudado é extremamente complexo. É por esse motivo que eu preparei a aula de hoje mais light, para você tomar um fôlego, dar uma revisada e se preparar para a nossa última aula, ocasião em que iremos ver os últimos assuntos do nosso curso, que são os mais complexos! Mas o que está por vir será moleza para você! Afinal, você conseguiu aprender muita coisa até aqui! ☺ Reitero mais uma vez a necessidade de focar os estudos na teoria. A ESAF até hoje não cobrou cálculo em legislação tributária. Se vier a cobrar, você também estará preparado, pois elaborei uma boa questão no final, para avaliar os seus conhecimentos! Tranquilo? Vamos começar! Esta aula será menor, porém muito relevante! 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+8+=∀+Η8+ Tópicos do Edital a serem Abordados na Aula Na aula de hoje, abordaremos os seguintes tópicos do edital: 1.3.7.Omissão de receita. 1.3.12. Lucro presumido. 1.3.13. Lucro arbitrado. 1.3.23. Tributação na fonte. Nas aulas anteriores, estudamos os seguintes tópicos do edital, relativos ao IRPF: 1.3. Tributação das pessoas jurídicas. 1.3.1. Incidência. 1.3.2. Contribuintes. 1.3.3. Responsáveis. 1.3.4. Domicilio Fiscal. 1.3.5. Base de cálculo. 1.3.6. Receitas e rendimentos. 1.3.9. Despesas dedutíveis e indedutíveis. 1.3.10. Remuneração de administradores. 1.3.11.Lucro real. 1.3.18. Gratificações e participações nos lucros1.3.20. Sociedades cooperativas. 1.3.21. Isenções e reduções. 1.3.22. Imunidades 1.3.25.Período de apuração. 1.3.26. Regime de caixa e regime de competência. 1.3.27. Alíquotas e adicional. 1.3.28. Lançamento1.3.30. Livros Fiscais. E então, pronto para começar? Vamos lá! 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+Ι+=∀+Η8+ 1 – LUCRO PRESUMIDO Sabemos que os tributos são calculados pela multiplicação da base de cálculo pela alíquota. Na sistemática do IRPJ, não é diferente: o imposto é calculado pela multiplicação da base de cálculo pela alíquota de 15%, acrescido do respectivo adicional (10%). Isso ocorre em todos os regimes de apuração. Sendo assim, o que diferencia o regime do lucro real, presumido e arbitrado é a forma de determinação da base de cálculo. Nesse sentido, lembre-se de que o art. 219 do RIR salienta que a base de cálculo do imposto (IRPJ), determinada segundo a lei vigente na data de ocorrência do fato gerador, é o lucro real, presumido ou arbitrado, correspondente ao período de apuração. Já estudamos que o lucro real consiste no lucro líquido do período de apuração, ajustado pelas adições, exclusões e compensações legalmente admitidas. Mas e o lucro presumido? Como se calcula a base de cálculo do IRPJ de acordo com esse regime? Como o próprio nome diz, trata-se de uma presunção, isto é, não tomando como parâmetro o lucro da empresa, mas sim algo que se presume ser o seu lucro em determinado período de apuração. O parâmetro dessa presunção é a receita bruta auferida pela pessoa jurídica. Observação: Na aula anterior, foi visto que aquelas pessoas jurídicas optantes pela tributação com base no lucro presumido podem reconhecer suas receitas com base no regime de competência ou de caixa. Imagino que essa última informação tenha feito você se lembrar de algo que estudamos na aula anterior: as estimativas mensais do IRPJ no lucro real anual. O cálculo do lucro presumido é bastante semelhante ao cálculo das estimativas mensais. Antes de demonstrarmos como é efetuado esse cálculo, vamos trabalhar algumas informações importantes sobre o lucro presumido para serem levadas para as provas da ESAF. Primeiramente, cabe relembrar que o IRPJ apurado com base no lucro presumido é devido trimestralmente, sendo que os períodos de apuração se encerram em: 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário. A opção pelo lucro presumido será manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano- calendário. Obviamente, se a pessoa jurídica iniciar suas atividades durante o ano- calendário, a opção se dará com o pagamento do imposto relativo ao período de apuração em que a pessoa jurídica iniciou suas atividades (RIR, art. 517). 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+Η+=∀+Η8+ A opção pelo lucro presumido é irretratável para todo o ano-calendário. É o mesmo raciocínio do que ocorre no lucro real. Por fim, você ainda deve se lembrar que no lucro real vale a regra “alguns devem, todos podem”, correto? No lucro presumido, por sua vez, podemos memorizar que “alguns podem, outros não”. Ora, essa interpretação é decorrente da própria regra do lucro real. Sabemos que alguma empresas se submetem ao lucro real, e, portanto, não podem optar pelo lucro presumido. Portanto, alguns contribuintes podem optar pelo lucro presumido, outros, não. Os que não podem fazer tal opção são justamente aqueles que são obrigados à tributação com base no lucro real. Guarde isso muito bem. ☺ INÉDITA/2015 Podem optar pelo lucro presumido as pessoas jurídicas cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior a R$ 78.000.000,00. Comentário: As pessoas jurídicas cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior a 78 milhões de reais estão obrigadas à tributação com base no lucro real. Portanto, não podem optar pelo lucro presumido. Gabarito: Errada Achou a questão difícil? Vamos dar uma refrescada na memória: Estão sujeitas ao lucro real (Lei 9.718, art. 14): 1.!PJ cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00; (O valor que consta no RIR está desatualizado, pois agora a redação é a da Lei 12.814/2013); 2.!PJ que explore atividades de bancos, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privadaaberta; 3.!PJ que obtiver lucros, rendimentos e ganhos de capital obtidos no exterior; 4.!PJ que goze de benefício fiscal (isenção ou redução de IRPJ); 5.!PJ que tenha optado pela apuração anual do lucro real, mediante pagamento de estimativa mensal (será explicado a seguir); 6.!PJ que explore atividade de assessoria creditícia e mercadológica, administração de contas a pagar e a receber, e compra de direitos 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+ϑ+=∀+Η8+ creditórios (cheques e duplicatas, por exemplo) resultantes de vendas mercantis ou prestação de serviços a prazo. Esta última é denominada factoring ou fomento comercial ou mercantil. 7.!PJ que explore atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio. Feitas todas as considerações acima, estudaremos a seguir o cálculo do lucro presumido. 1.1 – Cálculo do Lucro Presumido Primeiramente, vamos sintetizar o cálculo do lucro presumido em uma fórmula, para depois esmiuçarmos os cada um dos conceitos: A base de cálculo por estimativa mensal do lucro real é calculada do seguinte modo: Observação: Embora pareça idêntica à fórmula utilizada para o cálculo da estimativa mensal, o candidato deve se atentar ao fato de que a receita bruta, no caso do lucro presumido, é trimestral. Além disso, os acréscimos não se confundem com os que foram vistos no cálculo da estimativa. 1.1.1 – Receita Bruta Trimestral O conceito de receita bruta é o mesmo aplicável ao lucro real. Conforme foi dito naquela ocasião, o conceito foi atualizado e previsto na IN RFB 1.515/2014, em seu art. 3°, cuja redação é a seguinte: Art. 3º A receita bruta compreende: I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria; II - o preço da prestação de serviços em geral; III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; e IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não compreendidas nos incisos I a III. § 1º A receita líquida será a receita bruta diminuída de: I - devoluções e vendas canceladas; Base Cálculo = (Receita Bruta Trimestral x %Atividade) + Acréscimos 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+;+=∀+Η8+ II - descontos concedidos incondicionalmente; III - tributos sobre ela incidentes; e IV - valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, das operações vinculadas à receita bruta. O conceito de receita líquida já foi cobrado pela ESAF, em 2012, na prova de Analista-Tributário da RFB. Contudo, a questão acabou sendo anulada. Fique atento! § 2º Na receita bruta não se incluem os tributos não cumulativos cobrados, destacadamente, do comprador ou contratante pelo vendedor dos bens ou pelo prestador dos serviços na condição de mero depositário. § 3º Na receita bruta incluem-se os tributos sobre ela incidentes e os valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976, das operações previstas no caput deste artigo, observado o disposto no § 2º. O que isso quer dizer? Ora, na receita bruta não podemos incluir o IPI e o ICMS, este quando destacado por substituição tributária. Na realidade, são tributos que, por sua natureza, não estão embutidos no montante da receita bruta. Portanto, na hora de resolver uma prova, basta que você os ignore. Observação: O ICMS destacado por substituição tributária ocorre quando a lei determina que o vendedor recolha antecipadamente, na condição de substituto tributário, os tributos incidentes sobre operações posteriores. Por outro lado, o ICMS incidente sobre as vendas da pessoa jurídica devem estar inclusos na receita bruta, bem como os demais tributos sobre ela incidentes, ressalvadas as exceções citadas no parágrafo anterior. Ademais, incluem-se também os valores decorrentes de ajuste a valor presente. Dito tudo isso, precisamos saber o mais importante: para fins de cálculo do lucro presumido, a receita bruta deve ser deduzida das devoluções, das vendas canceladas e dos descontos incondicionais, conforme estabelece o art. 122, I, da IN RFB 1.515/2014. 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+Κ+=∀+Η8+ Para fins de apuração do lucro presumido, a receita bruta deve ser sempre deduzida das: •! Devoluções; •! Vendas Canceladas; e •! Descontos Incondicionais. Observação: Não se preocupe, pois resolveremos algumas questões que nos deixarão “craques” no assunto. 1.1.2 – Percentual de Atividade No que concerne aos percentuais de atividade, basicamente são os mesmos previstos para o cálculo da estimativa mensal. Merece destaque o fato de que a regra geral é a aplicação do percentual de 8% sobre a receita bruta trimestral auferida. DICA DE PROVA: Se a questão não mencionar o segmento da empresa, dizendo apenas se tratar de industrial, atacadista ou comercial, o percentual é de 8%. Senão, vejamos: •! 1,6% sobre a receita bruta auferida na revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural; •! 8% sobre a receita bruta auferida: a) na prestação de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, exames por métodos gráficos, procedimentos endoscópicos, radioterapia, quimioterapia, diálise e oxigenoterapia hiperbárica, desde que a prestadora destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); b) na prestação de serviços de transporte de carga; c) nas atividades imobiliárias relativas a loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda, bem como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda; e d) na atividade de construção por empreitada com emprego de todos os materiais indispensáveis à sua execução, sendo tais materiais incorporados à obra; •! 16% sobre a receita bruta auferida: 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+Λ+=∀+Η8+ a) na prestação dos serviços de transporte; e •! 32% sobre a receita bruta auferida com as atividades de: a) prestação de serviços relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentada; b) intermediação de negócios; c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza; d) construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra ou com emprego parcial de materiais; e) construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento de infraestrutura, no caso de contratos de concessão de serviços públicos, independentemente do emprego parcialou total de materiais; g) prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionada neste parágrafo. Observação: Algumas empresas, tais como os bancos comerciais e outras entidades que exerçam atividades relacionadas, bem como as entidades de previdência privada e as empresas de factoring, são obrigatoriamente tributadas pelo lucro real. Portanto, embora estejam previstas na relação da estimativa mensal, não constarão na lista acima. Além disso, embora o percentual de 32% seja a regra para os prestadores de serviço, a legislação confere tratamento diferenciado aos pequenos prestadores de serviços, assim considerados aqueles com receita bruta anual abaixo de R$ 120 mil. A tributação diferenciada consiste na aplicação do percentual de 16%, em vez de 32%, lembrando-se de que essa regra não se aplica às pessoas jurídicas que prestam serviços hospitalares e de transporte, bem como às sociedades prestadoras de serviços de profissões legalmente regulamentadas. As exceções são basicamente atividades de prestação de serviços, intermediação de negócios, construção, loteamentos e incorporações imobiliárias. 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+Μ+=∀+Η8+ 1.1.3 – Acréscimos Após a multiplicação da receita bruta trimestral pelo percentual previsto para a respectiva atividade da pessoa jurídica, devem ser somadas as seguintes parcelas, para fins de determinação do lucro presumido do período de apuração: •! Os ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas no conceito de receita bruta, auferidos no mesmo período; Observação: Entenda-se como ganho de capital a diferença positiva entre o valor da alienação de bens e direitos e o respectivo valor contábil. Acrescente-se ainda que, na apuração de ganho de capital de pessoa jurídica tributada pelo lucro presumido ou arbitrado, os valores acrescidos em virtude de reavaliação (aumento do seu valor contábil) somente poderão ser computados como parte integrante dos custos de aquisição dos bens e direitos se a empresa comprovar que os valores acrescidos foram computados na determinação da base de cálculo do imposto de renda. Isso quer dizer que a redução do ganho de capital e, consequentemente, do lucro presumido, por aumento do valor contábil do bem, somente se justifica se esse aumento tiver sido tributado em períodos anteriores. •! Os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa e renda variável; •! Os juros sobre o capital próprio auferidos; •! Os valores recuperados, correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no recebimento de créditos, salvo se a pessoa jurídica comprovar não os ter deduzido em período anterior no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro real ou que se refiram a período no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro presumido ou arbitrado; Observação: Além disso, a pessoa jurídica que, até o ano-calendário anterior, houver sido tributada com base no lucro real deverá adicionar à base de cálculo do imposto de renda, correspondente ao primeiro período de apuração no qual houver optado pela tributação com base no lucro presumido, os saldos dos valores cuja tributação havia diferido. Como já foi dito, tais valores são mantidos na Escrituração Contábil Fiscal (ECF). •! O valor resultante de ajustes relativos a preços de transferência; 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+:9+=∀+Η8+ •! As multas ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por pessoa jurídica, ainda que a título de indenização, em virtude de rescisão de contrato. Observação: O imposto retido na fonte será considerado como antecipação do devido em cada período de apuração. Veja que todos esses valores não se incluem no conceito de receita bruta, pois se assim o fosse não haveria razão para acrescentá-los ao cálculo do lucro presumido. 1.2 – Obrigações Acessórias no Lucro Presumido O art. 527 do RIR impôs às pessoas jurídicas optantes pela tributação com base no lucro presumido as seguintes obrigações acessórias: I – Manter escrituração contábil nos termos da legislação comercial; II - Manter Livro Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os estoques existentes no término do ano-calendário; III - Manter em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, todos os livros de escrituração obrigatórios por legislação fiscal específica, bem como os documentos e demais papéis que serviram de base para escrituração comercial e fiscal. Destaque-se que se a pessoa jurídica, no decorrer do ano-calendário, mantiver Livro Caixa, no qual deverá estar escriturado toda a movimentação financeira, inclusive bancária, fica dispensada de manter a escrituração contábil nos termos da legislação comercial. A opção pela tributação com base no lucro presumido não dispensa o contribuinte de apresentar sua escrituração contábil! 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+::+=∀+Η8+ 2 – LUCRO ARBITRADO No regime de tributação com base no lucro arbitrado, a base de cálculo do IRPJ, isto é, o lucro, é apurada por arbitramento. É importante mencionar que, quando se fala em arbitramento do lucro, deve ficar claro que não se confunde com arbitrariedade. Nesse sentido, o professor Eduardo Sabbag1 ensina o seguinte: “É bom salientar que a sistemática existe para se chegar a valor arbitrado, e não a “valor arbitrário”. Este indica excesso, exagero; aquele, aferição, identificação. O primeiro avoca o bom senso; o segundo, afasta-o. O primeiro é ato extremado; o segundo, indevido.” Trata-se, assim, de um regime excepcional, com períodos de apuração trimestrais. O arbitramento normalmente ocorre de ofício pela fiscalização da Receita Federal, quando esta se vê impossibilitada de aceitar ou de apurar o lucro real da pessoa jurídica. No entanto, o arbitramento pode ser efetuado pelo sujeito passivo. Por ora, memorize o seguinte: o arbitramento pode ser efetuado pela Receita Federal de ofício e também pelo contribuinte. Dito isso, vejamos, então, quais são as situações que ensejam o arbitramento do lucro. 2.1 – Hipóteses de Arbitramento De acordo com o art. 130, da IN RFB 1.515/2014, o lucro da pessoa jurídica será arbitrado quando: •! O contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal; •! A escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraude ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para: a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou 1 !∀#∃∃#%&!∋()∗+(,−!!∀#∃∀%&∋(&)∗+(∗,−&.+∗/∃,0+∗−−!./!∋(012,−!3456−!789−!:6;! 11856571696 11856571696 - Rafaela NatáliaCampos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+:8+=∀+Η8+ b) determinar o lucro real. •! O contribuinte, não obrigado à tributação com base no lucro real, deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal, ou o livro Caixa, na hipótese de ter optado pelo lucro presumido; •! O contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido; •! O comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de escriturar e apurar o lucro da sua atividade separadamente do lucro do comitente residente ou domiciliado no exterior; •! O contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, livro Razão ou fichas utilizados para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário; •! O contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade tributária as informações necessárias para gerar o FCONT (Controle Fiscal Contábil de Transição) por meio do Programa Validador e Assinador da Entrada de Dados para o FCONT, no caso de pessoas jurídicas sujeitas ao Regime Tributário de Transição (RTT); •! O contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade tributária a ECF (Escrituração Contábil Fiscal). Observação: Grifamos as palavras-chave, a fim de que o aluno tenha condições de assimilar as situações que ensejam a tributação com base no lucro arbitrado. Veja que, em todos os casos, a tributação ocorre por conta de uma atuação do contribuinte em desconformidade com a legislação tributária. O RTT foi revogado pela Lei 12.973/2014. Com isso, o preenchimento do FCONT, oriundo do RTT, deixa de ser exigido. Atualmente, o contribuinte se sujeita à escrituração e apresentação da ECF, sob pena de se submeter a tributação com base no lucro arbitrado. 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+:Ι+=∀+Η8+ INÉDITA/2015 O contribuinte que optar indevidamente pela tributação com base no lucro real terá o lucro arbitrado, conforme previsão na legislação tributária. Comentário: Ora, se toda pessoa jurídica pode optar pelo lucro real, evidentemente não há opção indevida por esse regime de tributação. O que enseja o arbitramento do lucro é a opção indevida pelo lucro presumido. Gabarito: Errada Nesse ponto do nosso estudo, é relevante destacar que o arbitramento do lucro pode ser efetuado pelo sujeito passivo, desde que alguma das hipóteses acima tenha sido concretamente verificada e que a receita bruta seja conhecida. Estudaremos, a seguir, mais detalhes sobre essa questão de a receita bruta ser ou não conhecida. 2.2 – Cálculo do Lucro Arbitrado O cálculo do lucro arbitrado distingue-se, a depender de a receita bruta auferida pela pessoa jurídica ser ou não conhecida. Vamos estudar cada uma dessas hipóteses. 2.2.1 – Receita Bruta Conhecida Em linhas gerais, o cálculo do lucro arbitrado, quando a receita bruta da pessoa jurídica é conhecida, mostra-se muito semelhante ao cálculo do lucro presumido, com a principal diferença de que os percentuais de cada atividade são acrescidos de 20%. Dessa forma, podemos montar a nossa fórmula para o cálculo do lucro presumido (base de cálculo do IRPJ): A propósito, você se lembra dos percentuais de cada atividade previstos para o cálculo do lucro presumido? Vamos fazer uma recordação, mostrando como ficam após o acréscimo de 20%: Lucro Presumido Lucro Arbitrado 1,6% 1,92% 8% 9,6% 16% 19,2% 32% 38,4% Base Cálculo = (Receita Bruta Trimestral x %Atividade x 1,2) + Acréscimos 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+:Η+=∀+Η8+ Observação: As empresas de factoring podem, em algum momento, se submeter à tributação com base no lucro arbitrado. Se isso ocorrer, o percentual a ser multiplicado pela sua receita bruta é de 38,4% (32% x 1,2). Lembre-se de que estudamos que tais empresas, ao optar pelo lucro real anual, pagam estimativas mensais com base na multiplicação da sua receita bruta pelo percentual de 32%. Além disso, as instituições financeiras, quando tributadas com base no lucro arbitrado, submetem-se ao percentual fixo de 45%. A receita bruta deve ser sempre deduzida das: •! Devoluções; •! Vendas Canceladas; e •! Descontos Incondicionais. No que concerne aos acréscimos, são os mesmos previstos para o cálculo do lucro presumido. Vamos relembrar? •! Os ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas no conceito de receita bruta, auferidos no mesmo período; •! Os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa e renda variável; •! Os juros sobre o capital próprio auferidos; •! Os valores recuperados, correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no recebimento de créditos, salvo se a pessoa jurídica comprovar não os ter deduzido em período anterior no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro real ou que se refiram a período no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro presumido ou arbitrado; Observação: Além disso, a pessoa jurídica que, até o ano-calendário anterior, houver sido tributada com base no lucro real deverá adicionar à base de cálculo do imposto de renda, correspondente ao primeiro período de apuração em que for tributada com base no lucro arbitrado, os saldos dos valores cuja tributação havia diferido. Como já foi dito, tais valores são mantidos na Escrituração Contábil Fiscal (ECF). •! O valor resultante de ajustes relativos a preços de transferência; •! As multas ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por pessoa jurídica, ainda que a título de indenização, em virtude de rescisão de contrato. 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+:ϑ+=∀+Η8+ Vejamos, a partir de agora, como se calcula o lucro arbitrado, na hipótese de a receita bruta ser desconhecida. 2.2.2 – Receita Bruta Desconhecida Lembre-se, em primeiro lugar, de que quando a receita bruta é desconhecida, o contribuinte não pode efetuar o arbitramento do lucro por conta própria. Assim sendo, tal procedimento deve ser efetuado de ofício pelo Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil. De acordo com o art. 535, do RIR, o cálculo do lucro arbitrado deve ser realizado mediante a utilização de uma das seguintes alternativas de cálculo: I - 1,5 do lucro real referente ao último período em que pessoa jurídica manteve escrituração de acordo com as leis comerciais e fiscais, atualizado monetariamente; II - 0,04 da soma dos valores do ativo circulante, realizável a longo prazo e permanente, existentes no último balanço patrimonial conhecido, atualizado monetariamente; III - 0,07 do valor do capital, inclusive a sua correção monetária contabilizada como reserva de capital, constante doúltimo balanço patrimonial conhecido ou registrado nos atos de constituição ou alteração da sociedade, atualizado monetariamente; IV - 0,05 do valor do patrimônio líquido constante do último balanço patrimonial conhecido, atualizado monetariamente; V - 0,4 do valor das compras de mercadorias efetuadas no mês; VI - 0,4 da soma, em cada mês, dos valores da folha de pagamento dos empregados e das compras de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem; VII - 0,8 da soma dos valores devidos no mês a empregados; VIII - 0,9 do valor mensal do aluguel devido. Não, não será necessário decorar tudo isso... Mas você precisa entender que o cálculo de uma das alternativas acima deve ser efetuado sem prejuízo dos acréscimos à base de cálculo. Vamos montar a nossa fórmula, a fim de facilitar a compreensão: Base Cálculo = (Coeficiente x Parâmetro) + Acréscimos 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+:;+=∀+Η8+ Observação: Coeficiente: são os valores negritados nas alternativas de cálculo (1,5; 0,04; 0,07 etc.) Parâmetro: elemento contábil utilizado para determinação da base de cálculo (lucro real, valor do capital, valor das compras no mês etc.) Por último, cabe ressaltar que os acréscimos, em se tratando de receita bruta desconhecida, são os mesmos que compõem a base de cálculo do lucro arbitrado, quando a receita é conhecida. 3 – OMISSÃO DE RECEITAS Sabe-se que em todos os regimes de apuração do IRPJ, o ponto de partida para a determinação do imposto tem início nas receitas auferidas pela pessoa jurídica. Veja bem: Lucro Real " Nesse regime de tributação, o IRPJ é calculado com base no lucro líquido ajustado. Este, por sua vez, consiste no resultado contábil apurado pelo confronto das receitas com as despesas. Lucro Presumido e Arbitrado " Em ambos regimes, a base de cálculo do IRPJ, em regra, é determinada com base na receita bruta auferida pela pessoa jurídica no período de apuração. Com base no exposto, percebe-se a importância da contabilização das receitas para fins de incidência do IRPJ. Portanto, a omissão de receitas deve ser severamente punida pela fiscalização da Receita Federal, já que constitui um meio muito comum de tentar ludibriar o Fisco. Nesse rumo, há fatos que revelam indícios de omissão de receitas. Em tais casos, a legislação prevê a presunção de omissão de receitas, cabendo ao contribuinte provar o contrário. Ou seja, havendo os indícios legalmente previstos, o Auditor-Fiscal pode presumir a omissão de receitas, cabendo o ônus da prova à pessoa jurídica. São hipóteses de omissão de receitas: •! Saldo credor de caixa; •! Falta de escrituração de pagamentos; •! Manutenção no passivo de obrigações já pagas ou cuja exigibilidade não seja comprovada; •! Suprimentos de caixa realizados por administradores ou sócios sem comprovação da efetividade da entrega ou da origem dos recursos; •! Diferenças apuradas nos estoques de matérias-primas e produtos intermediários; •! Depósitos bancários de origem não comprovada. 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+:Κ+=∀+Η8+ A manutenção no passivo de obrigações já pagas caracteriza-se passivo fictício. Guarde isso! Obs.: passivo fictício ocorre quando o passivo registrado na contabilidade é maior do que as obrigações da pessoa jurídica. Sendo assim, determina o art. 288 do RIR que, verificada a omissão de receita, a autoridade tributária determinará o valor do imposto e do adicional a serem lançados de acordo com o regime de tributação a que estiver submetida a pessoa jurídica no período-base a que corresponder a omissão. No caso de pessoa jurídica com atividades diversificadas tributadas com base no lucro presumido ou arbitrado, não sendo possível a identificação da atividade a que se refere a receita omitida, esta será adicionada àquela a que corresponder o percentual mais elevado. Frise-se que cabe ao contribuinte a prova em contrário, demonstrando através de documentação idônea de que não houve omissão de receitas por parte da pessoa jurídica. 4 – TRIBUTAÇÃO NA FONTE O tema tributação na fonte, previsto no Livro III do RIR, envolve muitos assuntos já estudados em nosso curso, pois inclui não só a tributação do IRPJ na fonte, mas também do IRPF. Como são muitos detalhes (mais de 100 artigos do RIR), veremos o que for mais relevante para fins de prova. É muito importante ter em mente que a lógica para entender se estamos tratando de IRPF ou IRPJ é localizar o beneficiário do rendimento: se for pessoa física, trata-se de IRPF; se for pessoa jurídica, IRPJ. Comecemos com os rendimentos de pessoas físicas sujeitos à tabela progressiva. 4.1 – Rendimentos Sujeitos à Tabela Progressiva Devemos saber que a tributação na fonte dos rendimentos sujeitos à tributação progressiva normalmente ocorre a título de antecipação, isto é, é uma forma de ir recolhendo antecipadamente o imposto, cuja apuração será feita apenas com a apresentação da DIRPF, ao realizar o ajuste anual. Lembra-se disso? Vamos prosseguir. De acordo com o § 2°, do art. 620, do RIR, o imposto será calculado sobre os rendimentos efetivamente recebidos em cada mês. Ademais, o 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+:Λ+=∀+Η8+ imposto será retido por ocasião de cada pagamento e se, dentro do mês, houver mais de um pagamento, a qualquer título, pela mesma fonte pagadora, aplicar-se-á a alíquota correspondente à soma dos rendimentos pagos à pessoa física, compensando-se o imposto anteriormente retido no próprio mês. Assim, imagine que o Sr. Tributino tenha recebido R$ 2.500 de uma pessoa jurídica. A retenção na fonte deve ter como base esse valor. Assim, desconsiderando qualquer dedução, o imposto a ser retido seria de R$ 44,70 ((2.500,00 x 7,5%)-142,80). Se, dentro do mesmo mês, a pessoa jurídica efetuar outro pagamento de R$ 2.500,00 ao Sr. Tributino, o cálculo deve ser feito da seguinte forma (considerando a tabela progressiva vigente a partir de abril do ano-calendário de 2015): (2.500+2.500) x 27,5% = 1375,00 – 869,36 = R$ 505,64 (IRPF Apurado) 505,64 – 44,70 = R$ 460,94 (IRPF a ser recolhido) Observação: O valor de R$ 869,36 representa a dedução padrão da tabela progressiva mensal, para os rendimentos sujeitos à alíquota de 27,5%, e o valor de R$ 44,70, representa o imposto já retido quando do primeiro pagamento pela pessoa jurídica. Destaque-se, todavia, que o adiantamento de rendimentos correspondentes a determinado mês não estará sujeito à retenção, desde que os rendimentos sejam integralmente pagos no próprio mês a que se referirem, momento em que serão efetuados o cálculo e a retenção do imposto sobre o total dos rendimentos pagos no mês (RIR, art. 621, caput). INÉDITA/2015 Os rendimentos das pessoas físicas, quando submetidos à tributação pela tabela progressiva, podem sofrer retenção de imposto de renda na fonte. A respeito dessa retenção, julgue o item que se segue: o adiantamento de rendimentos correspondentes a determinadomês não estará sujeito à retenção, ainda que os rendimentos não sejam integralmente pagos no próprio mês a que se referirem. Comentário: Somente não haverá retenção, se os rendimentos forem pagos integralmente no mês que se referirem (RIR, art. 621, caput). Gabarito: Errada 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+:Μ+=∀+Η8+ Feitas as considerações iniciais sobre a retenção na fonte de rendimentos sujeitos à tabela progressiva, vamos ver quais são os casos em que tal retenção deve ocorrer: •! Rendimentos do trabalho assalariado; •! Rendimentos do trabalho não assalariado; Lembre-se do que já aprendemos: Rendimentos de trabalho assalariado " Há retenção na fonte, seja a fonte uma pessoa física ou jurídica. Rendimentos de trabalho sem vínculo empregatício " Há retenção na fonte apenas se a fonte for pessoa jurídica. •! Rendimentos de aluguéis e royalties; •! Os benefícios pagos a pessoas físicas, pelas entidades de previdência privada, inclusive as importâncias correspondentes ao resgate de contribuições; •! Os resgates efetuados pelos quotistas do Fundo de Aposentadoria Programada Individual – FAPI; •! Os rendimentos efetivamente pagos aos sócios ou ao titular da microempresa e empresa de pequeno porte, correspondentes a pro labore, aluguéis ou serviços prestados; •! Os rendimentos pagos aos titulares, sócios, dirigentes, administradores e conselheiros de pessoas jurídicas, a título de remuneração mensal por prestação de serviços, de gratificação ou participação no resultado; •! Os rendimentos pagos a título de décimo terceiro salário; Observação: Lembre-se de que os rendimentos pagos a título de 13° estão submetidos à tributação exclusiva na fonte, não constituindo antecipação do imposto anual. •! Os rendimentos recebidos acumuladamente. Observação: Lembre-se de que os rendimentos recebidos acumuladamente também estão submetidos à tributação exclusiva na fonte, não constituindo antecipação do imposto anual. Ademais, a tabela progressiva neste caso deve ser resultante da multiplicação da quantidade de meses a que se referem os rendimentos pelos valores constantes da tabela 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+89+=∀+Η8+ progressiva mensal correspondente ao mês do recebimento do crédito (IN RFB 1.500/2014, art. 37) 4.2 – Rendimentos de Pessoas Jurídicas Sujeitos a Alíquotas Específicas Trataremos, neste tópico, dos rendimentos de pessoas jurídicas sujeitos a retenção na fonte, pela aplicação de alíquotas específicas. Antes, convém ressaltar um dispositivo no RIR que cuida da escrituração dos rendimentos auferidos com desconto do IR nas fontes pagadoras: Art. 272. Na escrituração dos rendimentos auferidos com desconto do imposto retido pelas fontes pagadoras, serão observadas, nas empresas beneficiadas, as seguintes normas: I - o rendimento percebido será escriturado como receita pela respectiva importância bruta, verificada antes de sofrer o desconto do imposto na fonte; II - o imposto descontado na fonte pagadora será escriturado, na empresa beneficiária do rendimento: a) como despesa ou encargo não dedutível na determinação do lucro real, quando se tratar de incidência exclusiva na fonte; b) como parcela do ativo circulante, nos demais casos. O rendimento será escriturado como receita e entrará na base de cálculo do IRPJ da empresa beneficiada? Ou seja, o rendimento será tributado 02 vezes e o valor retido na fonte não poderá ser deduzido? Não, na verdade não! Vamos entender o porquê? A resposta consta no art. 9º, da IN RFB 1515/2014: Art. 9º Para efeito de pagamento, a pessoa jurídica poderá deduzir, do imposto devido no mês:͒II - o imposto sobre a renda pago ou retido na fonte sobre receitas que integraram a base de cálculo do imposto devido. Ou seja, a princípio pode parecer que há duas incidências, mas, quando apurado o imposto devido naquele período de apuração, é possível subtrair o que já foi retido na fonte. Vejamos, agora, os rendimentos sujeitos a alíquotas específicas: •! Rendimentos de serviços profissionais prestados por pessoas jurídicas 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+8:+=∀+Η8+ Alíquota " 1,5% Dispositivo: As importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, civis ou mercantis, pela prestação de serviços caracterizadamente de natureza profissional. (RIR, art. 647) •! Serviços de limpeza, conservação, segurança, vigilância e locação de mão- de-obra Alíquota " 1% Dispositivo: Rendimentos pagos ou creditados por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas civis ou mercantis pela prestação de serviços de limpeza, conservação, segurança, vigilância e por locação de mão-de-obra. (RIR, art. 649) •! Mediação de negócios, propaganda e publicidade Alíquota " 1,5% Dispositivo: As importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas (RIR, art. 651) •! Pagamentos a cooperativas de trabalho e associações profissionais ou assemelhadas Alíquota "1,5%. Dispositivo: As importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a cooperativas de trabalho, associações de profissionais ou assemelhadas, relativas a serviços pessoais que lhes forem prestados por associados destas ou colocados à disposição (RIR, art. 652). •! Pagamentos efetuados por órgãos públicos federais Alíquota "15%, multiplicado pelo percentual de estimativa mensal, relativo à atividade correspondente ao tipo de bem fornecido ou serviço prestado. Dispositivo: Os pagamentos efetuados por órgãos, autarquias e fundações da administração pública federal a pessoas jurídicas, pelo fornecimento de bens ou prestação de serviços, estão sujeitos à incidência do imposto na fonte. (RIR, art. 653) Observação: 15% x %Atividade x Valor a ser pago, onde %Atividade corresponde àquele aplicável ao cálculo da estimativa mensal do lucro real, relativo à atividade a que se refere o fornecimento de bens ou a prestação de 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+88+=∀+Η8+ serviços. Importâncias pagas a título de prestação de serviços a pessoas jurídicas que explorem atividades de prestação de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber Alíquota " 1,5% Dispositivo: Sujeitam-se ao desconto do imposto de renda, à alíquota de 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), que será deduzido do apurado no encerramento do período de apuração, as importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a título de prestação de serviços a outras pessoas jurídicas que explorem as atividades de prestação de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas apagar e a receber. (Lei 10.833/2003, art. 29) 4.2 – Rendimentos de Participações Societárias Sobre os rendimentos de participações societárias, o candidato deve saber que os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados a partir do mês de janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, não estão sujeitos à incidência do imposto na fonte, nem integram a base de cálculo do imposto do beneficiário, pessoa física ou jurídica, domiciliado no País ou no exterior. Vamos esquematizar porque essa informação é muito importante: Lucros ou Dividendos Calculados sobre Resultados Apurados a partir de Jan/96 Pagos por PJ tributadas com base no lucro real Não há incidência na fonte Não integram base de cálculo do IR do beneficiário (PF ou PJ), ainda que domiciliado no exterior 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+8Ι+=∀+Η8+ Não obstante tal previsão, há outros diversos rendimentos decorrentes de participações societárias que ensejam tributação na fonte. Senão, vejamos: •! Juros sobre o capital próprio Alíquota " 15% Dispositivo: Estão sujeitos ao imposto na fonte, à alíquota de quinze por cento, na data do pagamento ou crédito, os juros calculados sobre as contas do patrimônio líquido. (RIR, art. 668) •! Rendimentos de partes beneficiárias ou de fundador Alíquota " Se pagos a pessoa física, aplica-se tabela progressiva; se pagos a pessoa jurídica, aplica-se a alíquota de 15%. Dispositivo: Estão sujeitos à incidência do imposto na fonte, calculado na forma do art. 620 (tabela progressiva), os interesses e quaisquer outros rendimentos de partes beneficiárias ou de fundador pagos a pessoas físicas. (RIR, art. 669) Os rendimentos de partes beneficiárias ou de fundador pagos ou creditados a pessoas jurídicas estão sujeitos à incidência do imposto na fonte à alíquota de 15%. (RIR, art. 670) 4.3 – Rendimentos Diversos Vejamos, ainda, outras hipóteses em que ocorre tributação na fonte: •! Pagamento a beneficiário não identificado Alíquota " 35% Dispositivo: Está sujeito à incidência do imposto, exclusivamente na fonte, à alíquota de 35%, todo pagamento efetuado pelas pessoas jurídicas a beneficiário não identificado, ressalvado o disposto em normas especiais. (RIR, art. 674) Observação: Se o beneficiário não é identificado, a tributação não pode ocorrer a título de antecipação, pois não sabemos quem é a pessoa que faria o ajuste anual. Portanto, a tributação é exclusiva na fonte. Destaque-se que, em se tratando de remuneração indireta (despesas diversas pagas aos empregados, por exemplo) paga a beneficiário não identificado, também há sujeição à alíquota de 35%, mediante tributação exclusiva na fonte. 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+8Η+=∀+Η8+ •! Prêmios em Loterias Alíquota " 30% Dispositivo: Art. 676. Estão sujeitos à incidência do imposto, à alíquota de 30%, exclusivamente na fonte: I - os lucros decorrentes de prêmios em dinheiro obtidos em loterias, inclusive as instantâneas, mesmo as de finalidade assistencial, ainda que exploradas diretamente pelo Estado, concursos desportivos em geral, compreendidos os de turfe e sorteios de qualquer espécie, exclusive os de antecipação nos títulos de capitalização e os de amortização e resgate das ações das sociedades anônimas; II - os prêmios em concursos de prognósticos desportivos, seja qual for o valor do rateio atribuído a cada ganhador. (RIR, art. 676, I e II) De acordo com o que prevê o art. 11, IX, da IN RFB 1.500/2014, são isentos de IRPF o prêmio em dinheiro obtido em loterias até o limite do valor da 1ª (primeira) faixa da tabela de incidência mensal do IRPF. •! Outros prêmios em bens e serviços Alíquota " 20% Dispositivo: Os prêmios distribuídos sob a forma de bens e serviços, através de concursos e sorteios de qualquer espécie, estão sujeitos à incidência do imposto, à alíquota de 20%, exclusivamente na fonte. (RIR, art. 677) •! Títulos de capitalização Alíquota " 25% Dispositivo: Estão sujeitos à incidência do imposto na fonte, à alíquota de 25%: I - os benefícios líquidos resultantes da amortização antecipada, mediante sorteio, dos títulos de economia denominados capitalização; II - os benefícios atribuídos aos portadores de títulos de capitalização nos lucros da empresa emitente. (RIR, art. 678, I e II) Observação: Se o beneficiário for pessoa jurídica tributada com base no lucro real, presumido ou arbitrado, considera-se o imposto pago como antecipação do devido no final do período de apuração. Por outro lado, se o 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+8ϑ+=∀+Η8+ beneficiário for pessoa física ou jurídica isenta, ocorre tributação exclusiva na fonte. •! Rendimentos de proprietários e criadores de cavalos de corrida Alíquota " 15% Dispositivo: Estão sujeitos à incidência do imposto na fonte, à alíquota de 15%, os prêmios pagos aos proprietários e criadores de cavalos de corrida (RIR, art. 679, caput) Observação: Se o beneficiário for pessoa jurídica tributada com base no lucro real, considera-se o imposto pago como antecipação do devido no final do período de apuração. Nos demais casos, inclusive pessoa física ou jurídica isenta, ocorre tributação exclusiva na fonte. •! Rendimentos pagos a pessoas jurídicas por sentença judicial Alíquota " 5% Dispositivo: Estão sujeitas ao desconto do imposto na fonte, à alíquota de 5%, as importâncias pagas às pessoas jurídicas a título de juros e de indenizações por lucros cessantes, decorrentes de sentença judicial. •! Multas por rescisão de contratos Alíquota " 15% Dispositivo: Estão sujeitas ao imposto na fonte, à alíquota de 15%, as multas ou quaisquer outras vantagens pagas ou creditadas por pessoa jurídica, ainda que a título de indenização, a beneficiária pessoa física ou jurídica, inclusive isenta, em virtude de rescisão de contrato. (RIR, art. 681) Cabe, ainda, citar a retenção de imposto de renda na fonte sobre os rendimentos pagos em decorrência de decisão da Justiça Federal. Essa regra está prevista na Lei 10.833, art. 27: Art. 27. O imposto de renda sobre os rendimentos pagos, em cumprimento de decisão da Justiça Federal, mediante precatório ou requisição de pequeno valor, será retido na fonte pela instituição financeira responsável pelo pagamento e incidirá à alíquota de 3% sobre o montante pago, sem quaisquer deduções, no momento do pagamento ao beneficiário ou seu representante legal. Ainda de acordo com o § 2° do referido artigo, o imposto retido na fonte será: 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+8;+=∀+Η8+ I - considerado antecipação do imposto apurado na declaração de ajuste anual das pessoasfísicas; ou II - deduzido do apurado no encerramento do período de apuração ou na data da extinção, no caso de beneficiário pessoa jurídica. Por fim, fica dispensada a retenção do imposto quando o beneficiário declarar à instituição financeira responsável pelo pagamento que os rendimentos recebidos são isentos ou não tributáveis, ou que, em se tratando de pessoa jurídica, esteja inscrita no Simples Nacional (Lei 10.833, art. 27, § 1°). 4.4 – Rendimentos de Residentes ou Domiciliados no Exterior De acordo com o art. 682, do RIR, estão sujeitos ao imposto na fonte a renda e os proventos de qualquer natureza provenientes de fontes situadas no País, quando percebidos: I - pelas pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior; II - pelos residentes no País que estiverem ausentes no exterior por mais de doze meses, salvo os ausentes no exterior a serviço do País, que recebam rendimentos do trabalho assalariado de autarquias ou repartições do Governo brasileiro situadas no exterior; III - pela pessoa física proveniente do exterior, com visto temporário; IV - pelos contribuintes que continuarem a perceber rendimentos produzidos no País, a partir da data em que for requerida a certidão de quitação do IRPF devido para fins de transferência de domicílio para o exterior. Lembre-se dos conceitos elementares, vistos nas aulas sobre o IRPF: os rendimentos do não residente apenas são tributados quando a sua fonte estiver situada no Brasil. Os residentes ou domiciliados no exterior sujeitam-se às mesmas normas de tributação previstas para os residentes ou domiciliados no País, em relação aos (RIR, art. 684): I - rendimentos decorrentes de aplicações financeiras de renda fixa; II - ganhos líquidos auferidos em operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; III - rendimentos obtidos em aplicações em fundos de renda fixa e de renda variável e em clubes de investimento. 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+8Κ+=∀+Η8+ Nessa linha, os rendimentos, ganhos de capital e demais proventos pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos, por fonte situada no País, a pessoa física ou jurídica residente no exterior, estão sujeitos à incidência na fonte (RIR, art. 685): 1.!à alíquota de 15%, quando não tiverem tributação específica, no caso de: a.! ganhos de capital relativos a investimentos em moeda estrangeira; b.!ganhos de capital auferidos na alienação de bens ou direitos; c.! pensões alimentícias e pecúlios; d.!prêmios conquistados em concursos ou competições; 2.!à alíquota de 25%, no caso de: a.! os rendimentos do trabalho, com ou sem vínculo empregatício, e os da prestação de serviços; b.!os rendimentos decorrentes de qualquer operação, em que o beneficiário seja residente ou domiciliado em país que não tribute a renda ou que a tribute à alíquota máxima inferior a 20%. Caro candidato(a), sabemos que estudar legislação tributária não é uma tarefa fácil. Exige-se muita, mas muita, memorização! O meu papel como professor é tentar facilitar ao máximo a sua vida. Portanto, não vou deixá-lo perdido em meio a tantas informações contidas no tópico 4 desta aula. Boa parte dessas informações, relativas ao IRPF, já foram vistas, quando do estudo do regime de tributação exclusiva na fonte. As demais são inéditas. Contudo, você não precisa sair memorizando tudo não. Não foque em decorar alíquotas, mas foque no rendimento, memorizando quais estão sendo retidos na fonte! Isso é o principal! Bom, chega de teoria por hoje! Vamos exercitar! Questão 01 – ESAF/PGFN/2015 Sobre o Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ, assinale a opção correta. a) Considera-se lucro real a soma do lucro operacional e das participações. ͒ b) Considera-se lucro real a soma dos resultados não operacionais e das participações. ͒ c) Considera-se lucro real o lucro líquido apurado num exercício financeiro. ͒ d) O lucro real não pode ser obtido por arbitramento. ͒ 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+8Λ+=∀+Η8+ e) O lucro arbitrado é uma forma de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do imposto de renda das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano- calendário, à apuração do lucro real. ͒ Comentário: Alternativa A: De acordo com o art. 247, do Decreto 3.000/99 (RIR), lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas na legislação tributária. Alternativa errada. Alternativa B: Da mesma forma, de acordo com o art. 247, do Decreto 3.000/99 (RIR), lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas na legislação tributária. Alternativa errada. Alternativa C: Conforme já comentado nas alternativas anteriores, o lucro real não se confunde com o lucro líquido, pois é ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas na legislação tributária. Alternativa errada. Alternativa D: De fato, o lucro real não pode ser obtido pelo arbitramento, pois o lucro arbitrado não é um mecanismo para apuração do lucro real. Alternativa correta. Alternativa E: O lucro arbitrado é uma forma de tributação para determinação da base de cálculo do imposto de renda das pessoas jurídicas, mas só é utilizado nas hipóteses legalmente previstas, como é o caso do contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido. Alternativa errada. Gabarito: Letra E Questão 02 – ESAF/AFRFB/2014 Caracteriza omissão de receita, e não mera presunção de omissão de receita, constituindo prova suficiente para o lançamento do Imposto de Renda em desfavor da pessoa jurídica: a) falta de emissão de nota fiscal ou documento equivalente por ocasião da efetivação das vendas de mercadorias. b) falta de escrituração de pagamentos efetuados. c) manutenção de obrigações já pagas registradas no passivo. d) divergência entre a quantidade de matéria-prima registrada na entrada e a soma da quantidade de mercadorias registradas na saída com os produtos em estoque. e) diferença de valores no confronto entre a movimentação bancária contabilizada e a receita auferida registrada. 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+8Μ+=∀+Η8+ Comentário: De acordo com o parecer da banca, em resposta aos recursos interpostos contra o gabarito preliminar desta questão, foi solicitada a alternativa em que apresente uma situação que seja prova suficiente para o lançamento do IRPJ, contra a pessoa jurídica. Assim, se não houve emissão de nota fiscal, ocorreu omissão de receita. Analisemos as alternativas: Alternativa A: De acordo com o art. 283, do RIR, caracteriza omissão de receita ou de rendimentos, inclusive ganhos de capital, a falta de emissão de nota fiscal, recibo ou documento equivalente, no momento da efetivação das operações de venda de mercadorias, prestação de serviços, operações de alienação de bens móveis,locação de bens móveis e imóveis ou quaisquer outras transações realizadas com bens ou serviços, bem como a sua emissão com valor inferior ao da operação. Alternativa correta. Alternativa B: O art. 281, II, do RIR, definiu que se caracteriza como omissão no registro de receita, ressalvada ao contribuinte a prova da improcedência da presunção: a falta de escrituração de pagamentos efetuados. Alternativa errada. Alternativa C: O art. 281, III, do RIR, definiu que se caracteriza como omissão no registro de receita, ressalvada ao contribuinte a prova da improcedência da presunção: a manutenção no passivo de obrigações já pagas ou cuja exigibilidade não seja comprovada. Alternativa errada. Alternativa D: Dispõe o art. 286, caput, do RIR, que a omissão de receita poderá, também, ser determinada a partir de levantamento por espécie de quantidade de matérias-primas e produtos intermediários utilizados no processo produtivo da pessoa jurídica. Alternativa errada. Alternativa E: Determina o caput do art. 287, do RIR, que se caracterizam também como omissão de receita os valores creditados em conta de depósito ou de investimento mantida junto a instituição financeira, em relação aos quais o titular, pessoa jurídica, regularmente intimado, não comprove, mediante documentação hábil e idônea, a origem dos recursos utilizados nessas operações. Alternativa errada. Gabarito: Letra A Questão 03 – ESAF/AFRFB/2012 - Adaptada Julgue a assertiva a seguir, de acordo com a sua correspondência com as hipóteses legais que determinam a apuração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) sobre o lucro arbitrado: Quando o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal. 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+Ι9+=∀+Η8+ Comentário: Trata-se de hipótese de arbitramento do lucro, prevista no art. 130, I, da IN RFB 1.515/2014. Questão correta. Questão 04 – ESAF/AFRFB/2012 - Adaptada Julgue a assertiva a seguir, de acordo com a sua correspondência com as hipóteses legais que determinam a apuração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) sobre o lucro arbitrado: Quando a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária. Comentário: Mais uma vez a questão cita uma das hipóteses de arbitramento do lucro, desta feita com base no art. 130, II, “a”, da IN RFB 1.515/2014. Questão correta. Questão 05 – ESAF/AFRFB/2012 - Adaptada Julgue a assertiva a seguir, de acordo com a sua correspondência com as hipóteses legais que determinam a apuração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) sobre o lucro arbitrado: Quando a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para determinar a receita bruta. Comentário: Essa hipótese de arbitramento do lucro (escrituração contendo indícios de fraude, vícios, erros ou deficiências) só justifica quando a escrituração se tornar imprestável para identificar a efetiva movimentação financeira ou para determinar o lucro real, mas não para determinar a receita bruta. Portanto, a questão está errada. Questão 06 – ESAF/AFRFB/2012 - Adaptada Julgue a assertiva a seguir, de acordo com a sua correspondência com as hipóteses legais que determinam a apuração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) sobre o lucro arbitrado: Quando o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido. Comentário: Deveras, o contribuinte que optar indevidamente pelo lucro presumido está sujeito à tributação com base no lucro arbitrado. É o que está consignado no art. 130, IV, da IN RFB 1.515/2014. Questão correta. 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+Ι:+=∀+Η8+ Questão 07 – ESAF/AFRFB/2012 - Adaptada Julgue a assertiva a seguir, de acordo com a sua correspondência com as hipóteses legais que determinam a apuração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) sobre o lucro arbitrado: Quando o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizadas para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário. Comentário: Trata-se de hipótese de arbitramento do lucro, prevista no art. 130, VI, da IN RFB 1.515/2014. Questão correta. Questão 08 – ESAF/ATRFB/2012 Com relação à tributação da pessoa jurídica, pode-se afirmar que a pessoa jurídica pode optar pelo arbitramento, pois se trata de base de cálculo substitutiva em face de dificuldade ocorrida na apuração pelo lucro presumido. Comentário: As hipóteses de arbitramento se restringem àquelas previstas no art. 130, da IN RFB 1.515/2014. Portanto, o contribuinte não pode alegar dificuldade ocorrida na apuração do lucro presumido como justificativa para arbitrar o seu lucro. Questão errada. Questão 09 – ESAF/ATRFB/2012 Com relação à tributação da pessoa jurídica, pode-se afirmar que a opção do contribuinte pela apuração com base no lucro presumido permite ao contribuinte deixar de apresentar ao fisco sua escrituração contábil. Comentário: A pessoa jurídica optante pelo lucro presumido deverá manter escrituração contábil, nos termos do art. 45, I, do RIR. Contudo, a pessoa jurídica pode ser dispensada dessa obrigação acessória, desde que mantenha livro Caixa, no qual deverá estar escriturado toda a movimentação financeira, inclusive bancária. Portanto, perceba que a pessoa jurídica optante pelo lucro presumido até pode deixar de manter escrituração contábil, mas não é a opção que a exime da obrigação, mas sim o fato de manter o livro Caixa. Questão errada. Questão 10 – INÉDITA/2015 A alíquota de IRPJ, para os contribuintes optantes pela tributação com base no lucro presumido, varia conforme o seu ramo de atividade. 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+Ι8+=∀+Η8+ Comentário: Vimos durante a aula que a alíquota do IRPJ é a mesma, seja qual for o regime de tributação a que esteja sujeito o contribuinte. O que pode variar, a depender do ramo de atividade do contribuinte, é o percentual de presunção, a ser aplicado sobre a receita bruta por ele auferida. Questão errada. Questão 11 – INÉDITA/2015 Da mesma forma que alguns contribuintes podem livremente optar pela tributação com base no lucro presumido, há pessoas jurídicas obrigadas por expressa disposição legal à tributação com base nesse regime de apuração do IRPJ. Comentário: Lembre-se de que, para o lucro presumido, vale a seguinte afirmação: “alguns podem, outros não”. Com base nessas palavras, percebemos que ninguém está obrigado a sofrer a tributação com base no lucro presumido. Portanto, a questão está errada.Questão 12 – INÉDITA/2015 É permitido que uma cooperativa de crédito opte pela tributação com base no lucro presumido, desde que suas receitas, no ano-calendário anterior, não sejam superior a R$ 78.000.000. Comentário: As cooperativas de crédito se submetem obrigatoriamente à tributação com base no lucro real, independentemente do montante de receitas auferidas no ano-calendário anterior. Questão errada. Questão 13 – INÉDITA/2015 Assim como ocorre no regime de tributação com base no lucro real, as optantes pelo lucro presumido podem apurar o IRPJ anualmente, desde que efetuem antecipações mensais, por meio de cálculo do imposto por estimativa. Comentário: Apenas o lucro real pode ser apurado anualmente, com estimativas mensais. Os demais regimes de tributação do IRPJ (presumido e arbitrado) possuem períodos de apuração trimestrais. Questão errada. Questão 14 – INÉDITA/2015 O lucro presumido é calculado com base na receita bruta, não se incluindo nesta os tributos não cumulativos cobrados, destacadamente, do comprador ou contratante pelo vendedor dos bens ou pelo prestador dos serviços na condição de mero depositário. 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+ΙΙ+=∀+Η8+ Comentário: Conforme foi dito, o IPI e o ICMS destacado por substituição tributária não devem ser incluídos na receita bruta, para fins de apuração do lucro presumido. Questão correta. Questão 15 – INÉDITA/2015 Os ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas no conceito de receita bruta, auferidos no mesmo período, devem ser acrescidos à base de cálculo IRPJ, no regime de tributação pelo lucro presumido. Comentário: Realmente, os ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas no conceito de receita bruta, devem ser somados à base de cálculo para apuração do lucro presumido. Questão correta. Questão 16 – INÉDITA/2015 Apenas as empresas tributadas com base no lucro presumido, podem, em certas circunstâncias, ter o seu lucro arbitrado. Comentário: Qualquer pessoa jurídica que se enquadre nas hipóteses previstas no art. 130, da IN RFB 1.515/2014, podem sofrer arbitramento em seus lucros. Questão errada. Questão 17 – INÉDITA/2015 A existência de passivo fictício, detectado pela fiscalização da Receita Federal no balanço patrimonial da pessoa jurídica, caracteriza hipótese de omissão de receitas. Comentário: Passivo fictício, conforme foi explicado, ocorre quando o passivo registrado na contabilidade é maior do que as obrigações da pessoa jurídica. Portanto, configura omissão de receitas por haver obrigações já pagas, que ainda não foram baixadas. Questão correta. Questão 18 – ESAF/TRF/2000 - Adaptada Quando o contribuinte não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, a que estiver obrigado, e deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal, será ele tributado obrigatoriamente pelo lucro arbitrado. Comentário: O contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, que não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais ou deixar 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+ΙΗ+=∀+Η8+ de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal, fica submetido à tributação pelo lucro arbitrado (IN RFB 1.515/2014, art. 130, I). Questão correta. Questão 19 – ESAF/TRF/2000 - Adaptada Quando conhecida a receita bruta e desde que ocorridas as hipóteses previstas para o cálculo do tributo pelo lucro arbitrado, o fisco ou o próprio contribuinte poderá calcular o imposto pelo arbitramento do lucro. Comentário: De fato, se a receita bruta for conhecida, e ocorrer alguma das hipóteses que ensejam o arbitramento do lucro, o próprio contribuinte pode efetuar o cálculo do imposto com base nesse regime de tributação. Questão correta. Questão 20 – INÉDITA/2015 Caracterizada a omissão de receitas por parte de pessoa jurídica com atividades diversificadas tributadas com base no lucro presumido ou arbitrado, não sendo possível a identificação da atividade a que se refere a receita omitida, esta será adicionada àquela a que corresponder o percentual menor. Comentário: Se não for possível a identificação da atividade a que se refere a receita omitida, esta será adicionada àquela a que corresponder o percentual maior, e não menor. Questão errada. Questão 21 – ESAF/TRF/2000 - Adaptada Diante das hipóteses estabelecidas no Regulamento do Imposto de Renda como presunção de omissão de receitas por parte das pessoas jurídicas, não cabe prova em contrário do contribuinte. Comentário: É bastante ilógica essa questão, não é mesmo? É claro que o contribuinte possui o direito de contestar a presunção efetuada pelo AFRFB. Questão errada. A respeito da hipotética distribuidora de brinquedos LOGAN Ltda., consideremos as seguintes informações: Receitas totais no ano-calendário X1: R$ 50.000.000,00 No primeiro trimestre de X2, foram apuradas as seguintes informações contábeis: Receita bruta de venda: R$ 10.000.000,00 Custo de Mercadorias Vendidas: R$ 4.500.000,00 Descontos incondicionais: R$ 500.000,00 Descontos condicionais: R$ 150.000,00 Vendas canceladas: R$ 650.000,00 11856571696 11856571696 - Rafaela Natália Campos !∀#∃%&∋()∗+,−∃./01−∃∋+2∋−∋+34546789:;+ </−%∗+=∀+,∀∗−∃∋+∀+>/∀%0?∀%+<∗≅∀Α0∋=∋%+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+7+3/&∋+:9+ Β−∗Χ∆+41.∃∗+Ε/0−∋+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ΦΦΦ∆∀%0−∋0∀#∃∋Γ∗ΑΓ/−%∗%∆Γ∗≅∆.−++++++++++++++++++++++++++++ Β1#∃Α∋+Ιϑ+=∀+Η8+ Receita na venda de bem do ativo imobilizado: R$ 2.000.000,00 Devoluções de mercadorias: R$ 200.000,00 Valor contábil do ativo imobilizado vendido: R$ 1.500.000,00 ICMS sobre vendas: R$ 950.000,00 Despesas administrativas: R$ 1.250.000,00 Com base unicamente nos dados dispostos acima, responda as 03 questões seguintes: Questão 22 – INÉDITA/2015 A empresa LOGAN Ltda. pode optar pela tributação com base no lucro presumido, no ano-calendário de X2. Comentário: Como as receitas da pessoa jurídica no ano-calendário anterior (X1) não foram superiores a 78 milhões, a legislação tributária permite que a empresa opte pela tributação com base no lucro presumido. Questão correta. Questão 23 – INÉDITA/2015 O lucro presumido apurado no primeiro trimestre de X2 é de R$ 692.000,00. Comentário: O lucro presumido deve ser calculado do seguinte modo: 10.000.000,00 (Receita bruta de vendas) (-) 500.000,00 (Descontos incondicionais) (-) 650.000,00 (Vendas canceladas) (-) 200.000,00 (Devoluções de mercadorias) (=) 8.650.000,00 x 8% = 692.000,00 Apuração de Acréscimos: 2.000.000,00 (Receita com venda de bens do ativo imobilizado) (-) 1.500.000,00 (Valor contábil do ativo imobilizado) 500.000,00 " Ganho de capital Lucro Presumido = 692.000 + 500.000 = 1.192.000 Observação: Foi aplicado o percentual geral de presunção, pelo fato de a atividade do contribuinte não se enquadrar nos demais percentuais. Além disso, não se pode confundir descontos condicionais com os descontos incondicionais. Aqueles são despesas financeiras, ao passo que estes são deduções da receita bruta e, portanto, dedutíveis.
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