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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. Do processo Penal 2. Aplicação da Lei Processual Penal 3. Da Ação Penal 4. Sujeitos da relação processual 5. Comunicação dos atos processuais 6. Da Sentença 7. Dos Recursos 8. Do processo e julgamento dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Considerações gerais Direito Processual Penal Direito processual penal X Direito penal APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL Lei processual penal no espaço Lei processual penal no tempo Normas híbridas ou mistas Lei de introdução ao código de processo penal (LICPP) Interpretação da lei processual penal 1. (2015 - CESPE - TJ-DFT) Acerca da aplicabilidade da lei processual penal no tempo e no espaço e dos princípios que regem o inquérito policial, julgue o item a seguir. Em relação à aplicação da lei processual penal no espaço, vigora o princípio da territorialidade. ( ) Certo ( ) Errado 2. (2015 - FCC - TJ-RR) A lei processual penal brasileira a) admite interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. b) aplica-se desde logo, em prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. c) retroage no tempo para obrigar a refeitura dos atos processuais, caso seja mais benéfica ao réu. d) não admite definição de prazo de vacatio legis. e) será aplicada nos atos processuais praticados em outro território que não o brasileiro, em casos de extraterritorialidade da lei penal. 3. (2015 - FCC - TJ-PE - Juiz Substituto) Antônio está sendo processado pela prática do delito de furto qualificado. É correto dizer que, caso haja mudança nas normas que regulamentam o procedimento comum ordinário, a) a nova lei se aplica ao processo no estágio em que se encontra, se concluída a fase de instrução. b) a nova lei apenas se aplica se benéfica ao acusado. c) os atos praticados sob a vigência da lei anterior são válidos. d) a nova lei se aplica ao processo no estágio em que se encontra, apenas se ainda não recebida a denúncia contra Antônio. e) os atos praticados sob a vigência da lei anterior precisam ser ratificados, caso contrário não serão considerados válidos. 4. (2014 - FGV - TJ-RJ) A Constituição da República e o Código de Processo Penal prevêem regras e princípios para solucionar conflitos no tema “a lei no tempo”. À lei puramente processual penal aplicam-se os seguintes princípios: a) da irretroatividade da lei prejudicial ao réu e da retroatividade da lei benéfica; b) da aplicação imediata e do tempus regit actum (tempo rege o ato); c) da inalterabilidade e da ultratividade da lei benéfica; d) da ultratividade e da retroatividade da lei benéfica ao réu; e) da retroatividade da lei prejudicial e da ultratividade da lei benéfica. 5. (2014 - FCC - TJ-AP) Em relação à aplicação da lei processual penal no tempo, é correto afirmar: a) Aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. b) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. c) O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, pelo Código de Processo Penal (Decreto- Lei nº 3.689/1941). d) A lei processual penal excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica- se ao processo iniciado durante sua vigência. e) A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito. 6. (2014 - FCC - MPE-AP) A lei processual penal a) não admite aplicação analógica nem interpretação extensiva. b) admite interpretação extensiva, mas não aplicação analógica. c) aplica-se desde logo, invalidando-se os atos praticados sob a vigência da lei anterior menos benéfica. d) não admite suplemento dos princípios gerais do direito. e) admite interpretação extensiva. 7. (2014 - FCC - DPE-CE) Em relação à lei processual penal, é CORRETO afirmar que, em regra, a) admite suplemento dos princípios gerais do direito e aplicação analógica. b) a lei anterior tem ultratividade para beneficiar o acusado. c) admite interpretação extensiva, mas não aplicação analógica. d) os atos realizados sob a vigência da lei anterior devem ser refeitos. e) tem aplicação imediata, mesmo em período de vacatio legis e ainda que menos benéfica. 8. (2014 - CESPE - TJ-CE) Com relação à aplicação da lei processual no tempo, assinale a opção correta. a) Lei processual penal anterior à nova lei continuará a ser aplicada nos processos que se iniciaram sob a sua vigência. b) Nova lei processual penal retroage para alcançar os atos praticados na vigência da lei processual penal anterior. c) Nova lei processual penal tem incidência imediata nos processos já em andamento. d) Atos processuais realizados sob a vigência de lei processual penal anterior à nova lei serão considerados inválidos. e) Nova lei processual penal será aplicada apenas aos processos que se iniciarem após a sua publicação. 9. (2014 - MPE-SC - MPE-SC) São efeitos do princípio tempus regit actum, previsto no Código de Processo Penal: a) os atos processuais realizados sob a égide da lei anterior são considerados válidos; b) as normas processuais têm aplicação imediata, pouco importando se o fato que deu origem ao processo é anterior à sua entrada em vigor. ( ) Certo ( ) Errado 10. (2014 - MPE-SC - MPE-SC) Analise os enunciados das questões abaixo e assinale se ele é Certo ou Errado. Segundo o Código de Processo Penal, a lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica. ( ) Certo ( ) Errado 11. (2012 - CESPE - TJ-AC) Acerca dos princípios aplicáveis ao direito processual penal e da aplicação da lei processual no tempo e no espaço, julgue os itens seguintes. A extraterritorialidade da lei processual penal brasileira ocorrerá apenas nos crimes perpetrados, ainda que no estrangeiro, contra a vida ou a liberdade do presidente da República e contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de estado, de território e de município. ( ) Certo ( ) Errado 12. (2015 - CESPE - DPE-PE) Acerca de aspectos diversos do processo penal brasileiro, o próximo item apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. Alberto e Adriano foram presos em flagrante delito. O juiz que analisou a prisão em flagrante concedeu a Alberto a liberdade provisória mediante o recolhimento de fiança arbitrada em um salário mínimo. Quanto a Adriano, foi-lhe decretada a prisão preventiva. Antes que o autuado Alberto recolhesse o valor da fiança e que a DP impetrasse habeas corpus em favor de Adriano, entrou em vigor lei processual penal nova mais gravosa, que tratou tanto da fiança quanto da prisão preventiva. Nessa situação, a lei processual penal nova que tratou da fiança aplicar- se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. Entretanto, à prisão preventiva aplicar-se-ão os dispositivos que forem mais favoráveis ao interessado. ( ) Certo ( ) Errado AÇÃO PENAL Noções preliminares Conceito Classificação da Ação Penal Ação Penal Pública Ação Penal Privada AÇÃO PENAL Direito público subjetivo, autônomo e abstrato, com previsão constitucional de exigir do Estado-juiz a aplicação do Direito Penal Material ao caso concreto. renata freire Nota Ação penal é o instrumento através do qual a parte provoca o estado juiz para que ele, por intermédio de um processo, se manifeste sobre a pretensão punitiva (jus puniendi). renata freire Nota quem promove é o Ministério Público.nullAção penal pública incondicionada: nessetipo de ação penal o MP pode promover a ação independente do consentimento de quem quer que sejanullAção penal p. condicionada: à representação - se tiver o consentimento do ofendido. condicionada à requisição do ministro da justiça. renata freire Nota quem promove é um ente privado (normalmente a vítima/ofendido) Ação Penal Pública Incondicionada Titularidade e Prazo Princípios Oficialidade Autoritariedade Oficiosidade Obrigatoriedade Indisponibilidade (In)Divisibilidade* Intranscendência AÇÃO PENAL renata freire Nota a regra geral é q as ações públicas sejam incondicionadas. Se quando o legislador falar do tipo penal e silenciar a respeito do tipo de ação será, então, a. p. p. incondicionada.null renata freire Nota se o legislador quiser dizer que o crime é de ação pública condicionada à representação do ofendido ele, quando for falar no tipo penal, ele colocará que o crime em questão só procederá mediante representação. O mesmo acontece se o legislador quiser dizer que o crime é de ação pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça. Se quiser dizer que o crime é de iniciativa privada o legislador também tem que ser expresso dizendo que o crime se procede mediante queixa renata freire Nota o titular da ação penal pública é o órgão oficial do Estado que é o MP renata freire Nota Este princípio diz que à frente deste órgão oficial (MP) promovendo a ação penal pública terá uma autoridade pública. Essa autoridade pública é o Promotor de Justiça (no âmbito federal Procurador da República). renata freire Nota O MP atua de ofício (independentemente de provocação de quem quer que seja). renata freire Nota = princípio da legalidade (diferente do principio da legalidade no d. penal).nullQuer dizer que nos crimes de ação penal pública incondicionada o MP é obrigado denunciar o acusado quando estiver diante da justa causa (é o conjunto probatório mínimo necessário que possibilite a propositura da ação penal) e observar que não há impedimento legal à propositura da ação. O juiz fiscaliza se o MP está respeitando o princípio da obrigatoriedade. renata freire Nota Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.null4ª opção: se o procurador geral observar que ainda há diligências e requisitá-las ao delegado de justiça (doutrina).nullnull renata freire Nota O MP não poderá desistir da ação penal. O processo se inicia quando o juiz recebe e aceita a denúncia, e a partir daí é que se pode falar em indisponibilidade. o pedido de absolvição não é sinônimo de desistência da ação. renata freire Nota p. da divisibilidade: muitos doutrinadores defendem a tese de q da a. p. p .i é indivisível, mas o STF e STJ já se posicionaram dizendo q a ação p. p. i. é divisível. significa a possibilidade de no momento da propositura da ação dividir a acusação formulada sem q essa divisão acarrete qualquer prejuízo a propositura da demanda. nullex: Quando no inquérito enviado ao MP acusa três pessoa como autores do crime, mas o MP entende que só tem provas para oferecer denúncia contra dois, então o MP pode oferecer a denúncia apenas contra dois. renata freire Nota único princípio que é aplicado comunmente à ação publica e à ação privada (todas as ações penais) nullquer dizer que a ação penal não pode transcender, passar, atingir outras pessoas que não tenham responsabilidade criminal pelo fato praticado. Ação Penal Pública Condicionada Condicionada à representação Titularidade da ação penal Representação Natureza jurídica da representação Titularidade do direito de representação Destinatário da representação Prazo Retratação da representação Condicionada à Requisição do Ministro da Justiça AÇÃO PENAL renata freire Nota regramento comum (se aplica a representação e à requisição do M. J.):nullTitularidade continua nas mão de Ministério Público, mas nesse caso, precisa preencher uma obrigação.nullO legislador tem que ser expresso ao falar se o crime é condicionado à representação ou condicionado à requisição do M. J.nulltodos os princípios das ações públicas incondicionadas se aplicam às condicionadas, co exceção de um: o princípio da oficiosidade, porque o MP não poderá atuar de ofício. renata freire Nota art. 39 renata freire Nota a representação deve ser entendida como qualquer manifestação inequívoca de vontade da vítima no sentido de querer (externar a vontade)ver a responsabilidade criminal de seus agressores. Não precisa preencher um rigor formal, um boletim de ocorrência com a assinatura da vítima, por exemplo, já basta para que exista a representação.null renata freire Nota prazo de 6 meses que a vítima tem pra representar contado da data de conhecimento do autor do fato delituoso (da autoria do crime) nulla norma de natureza penal se inclui o dia do início e exclui o dia final, e não prorroga. além disso a norma penal é uma norma que mexe no direito de punir do estado.nulla norma de natureza processual se exclui o primeiro dia e conta o dia final e mexe nos aspectos procedimentais.nullA natureza jurídica da representação é mista, ou seja, tem conteúdo de norma penal e processual. isso porque mexe no direito de punir do estado, pois tem o prazo de 6 meses a partir do conhecimento da autoria do crime, para representar (prazo decadencial, se a vítima não der o consentimento no prazo de 6 meses ela perde o direito para representar) se a vítima não representar no prazo de 6 meses ocorre a decadência, e ocorrendo a decadência gera a extinção da possibilidade do estado punir o sujeito.nullno aspecto processual, a representação é uma condição de procedibilidade, significa dizer que é um condição sem a qual o MP não pode promover a ação.nullQuando uma norma é de conteúdo misto vai prevalecer o aspecto penal, significa dizer que o prazo de 6 meses para representar, o prazo começa a contar no dia do conhecimento da autoria do crime, e se o prazo de 6 meses acabar em dia não útil não prorroga.null renata freire Nota Regra geral: ofendido(vítima).Se a vítima for incapaz (menor ou doente mental) o direito de representação passa para o representante legal. Se o ofendido morreu ou é considerado ausente o direito de representar passa para o CADI (cônjuge, ascendente, descendente, ascendente). renata freire Nota Delegado de polícia, juiz e MP. Pode ser feita oralmente ou por escrito, podendo ser data pessoalmente ou através de um procurador, neste ultimo caso a procuração deve ter poderes especiais (específicos para aquele determinado fim). renata freire Nota a vítima pode ser retratar até o oferecimento da denúncia (art. 25 cpp "a representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia."). Não é necessário rigor formal como regra geral, na Lei Maria da Penha pode-se retratar até o recebimento da denúncia e se a vítima quiser se retratar haverá rigor formal através de uma audiência especialmente designada para esse fim.nullO MP não se vincula (vinculação subjetiva) à representação, o MP não precisa oferecer denúncia contra exatamente as mesmas pessoas que foram mencionadas na representação, por exemplo. renata freire Nota 6 meses, salvo disposição legal em sentido contrário, a contar da data de conhecimento da autoria da infração. renata freire Nota norma de conteúdo eminentemente processual, é uma condição de procedibilidade, sem a qual o MP não pode oferecer a denúncia. Não existe um prazo pré-fixado para o Ministro da Justiça requisitar, ou seja, não tem prazo decadencial.nullNatureza jurídica: condição de procedibilidadee aspecto processual.nulltitularidade: do Ministro da JustiçanullA requisição deve dada tão somente ao MP, se o MP perceber que não tem provas requisita a instauração do inquérito, se o MP perceber que tem provas suficientes ele oferece a denúncia.nullNão existe entendimento doutrinário que prevalece se o Ministro da Justiça pode se retratar da requisição, como não tem no código expressamente dizendo que o Min. da Just. pode se retratar, é mais coerente se entender que o Min. da Just. não pode se retratar.nullprazo: não há prazonullO MP não se vincula aos termos da requisição do Ministro da Justiça. O MP é livre para atuar. Ação Penal Privada Titularidade e Prazo Princípios Oportunidade Disponibilidade Indivisibilidade Intranscendência AÇÃO PENAL renata freire Nota titularidade: quem propõe a ação privada? o ofendido, podendo ser pessoa jurídica. se a vítima for incapaz (menor de idade ou deficiente mental), será o seu representante legal, se não tiver representante ou seus interesses colidirem com o do incapaz o juiz nomeia um curador, se o ofendido morrer, ou ser declarada ausente quem vai propor a ação é o CADI (cônjuge, ascendente, descendente, irmão).nullprazo 6 meses, salvo disposição legal em sentido contrário. renata freire Nota comum à A. P. Pub. e à A. P. Pri., a ação penal só pode recair sobre a pessoa que praticou o crime (a pena não passa da pessoa do condenado, assim como a ação penal não passa da pessoa do condenado) renata freire Nota pode ser chamado de princípio da conveniência (é contrário ao princípio da obrigatoriedade): mesmo existindo justa causa a vítima só promove a denúncia se ela quiser. renata freire Nota o que mais cai em prova. é contrario ao princípio da indisponibilidade.nullmesmo quado a vítima (querelante) promova a queixa, durante o curso do processo ela pode dispor da ação.nullSe fala em disponibilidade quanto já existe o processo, sendo assim, quando o juiz recebe a queixa-crime.nullexistem 3 formas de disponibilidade: nulldesistência: arrependimento, pode promover a queixa e pedir ao juiz a desistência, não consta expressamente no CPP.nullperempção:causa extintiva da punibilidade art. 60 CPP. 5 hipóteses. nullperdão: gera a extinção da punibilidade. é a possibilidade de o querelante chegar no processo manifestar o desejo de perdoar os acusados. o perdão pode ser oferecido a partir do recebimento da queixa. o perdão pode ser processual ou extraprocessual, e pode ser de maneira expressa (quando o querelante expressamente manifesta o desejo de perdoar) ou tácita (quando o querelante adotar no processo ou fora dele um comportamento que seja incompatível com a vontade de processar criminalmente alguém). não se pode dividir o perdão (perdoar um acusado e não o outro). o perdão é um ato bilateral, só vai produzir efeitos se tiver a aceitação da outra parte (a recusa tem que ser feita de maneira expressa). o perdão pode ser oferecido até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. a aceitação é de maneira individual.null renata freire Nota a acusação na ação penal privada não pode ser dividida. o guardião da indivisibilidade é o MP "guardião da indivisibilidade" (o MP atua em todas as fases da ação penal privada como custus legis - fiscal da lei) Espécies de ação penal privada Ação Penal Exclusivamente Privada Ação Penal Personalíssima Ação Penal Subsidiária da Pública (art. 5º, LIX da CF) AÇÃO PENAL renata freire Nota ou propriamente dita. é a regra geral. é a possibilidade de outras pessoas assumam a legitimidade no lugar da vítima nos casos de: incapazes, morte, ausência.nullprazo começa a correr a partir do conhecimento da autoria do fato delituoso. renata freire Nota somente a vítima e mais ninguém pode propor a queixa. se ela se torna incapaz, morre, ou é declarada ausente, a legitimidade não passa para o representante ou o CADE. só há um crime de ação privada personalíssima, que é o crime de induzimento a erro essencial ou ocultação de impedimento (art. 236 CP), que diz respeito ao casamento.nullprazo começa a contar a partir do trânsito em julgado da sentença no âmbito cível que anulou o casamento por impedimento ou erro essencial. renata freire Nota art. 5º, LIX da CF e art. 29 do CPP.nullentendimento do STF: só cabe ação privada subsidiária da pública se no prazo legal o MP não se manifestar, ou seja, ficar inerte (nem denunciar, nem pedir novas diligências nem arquivar).nullO MP não perde a legitimidade da denúncia. mesmo o querelante oferecer a queixa o MP ainda vai figurar no polo ativo. Petição inicial da ação penal Denúncia Queixa-crime Requisitos da petição inicial Prazo Aditamento da queixa pelo Ministério Público Rejeição da denúncia ou queixa Recursos Extinção da punibilidade AÇÃO PENAL 12. (2015 - CESPE - TJ-DFT) Acerca da ação penal e suas espécies, julgue o item seguinte. Em se tratando de crime que se apura mediante ação penal pública incondicionada, havendo manifestação tempestiva do Ministério Público pelo arquivamento do inquérito policial, faculta-se ao ofendido ou ao seu representante legal a oportunidade para a ação penal privada subsidiária da pública. ( ) Certo ( ) Errado 13. (2015 - CESPE - TJ-DFT) Acerca da ação penal e suas espécies, julgue o item seguinte. A legitimação ativa para a ação penal e a definição de sua natureza decorre da lei, sendo, de regra, ação pública, salvo se a lei expressamente a declara privativa do ofendido. ( ) Certo ( ) Errado 14. (2015 - FGV - DPE-RO) Nos crimes de ação penal pública condicionada à representação, essa representação tradicionalmente é classificada pela doutrina como condição especial para o regular exercício do direito de ação. Sobre a representação e sua relação com as ações públicas condicionadas, é correto afirmar que: a) salvo disposição em contrário, o ofendido ou seu representante decairá do direito de representação no prazo de seis meses, contados do dia em que o fato ocorreu; b) a representação do ofendido vincula o Ministério Público, que necessariamente terá que oferecer denúncia; c) a ausência de representação do ofendido não impede o oferecimento de denúncia, podendo a omissão ser suprida a qualquer tempo antes da sentença final; d) como regra, a representação independe de formalidades prescritas em lei, cabendo retratação até o momento de ser proferida a sentença; e) ainda que tenha ocorrido a retratação do direito de representação, o ofendido poderá oferecer nova representação, desde que respeitado o prazo decadencial. 15. (2012 - FCC - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário) Quando a lei penal incriminadora silencia a respeito da ação penal cabível para determinada infração penal, entende-se que a ação penal é: a) pública condicionada à representação do ofendido. b) privada exclusiva. c) pública incondicionada. d) privada personalíssima. e) pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça. 16. (2015 - VUNESP - TJ-SP) Ao Ministério Público compete, de acordo com o art. 257 do CPP, fiscalizar a execução da lei e promover, privativamente, a ação penal a) pública. b) pública incondicionada, e manifestar-se como custos legis, nas ações penais públicas condicionadas. c) privada, quando houver representação da vítima. d) pública condicionada, e manifestar-se como custos legis, nas ações penais públicas incondicionadas. e) pública e, quando houver representação da vítima, promover em seu nome a ação penal privada. 17. (2015 - FCC - TJ-PE - Juiz Substituto) Ana, estudante de 20 anos, relatou à assistência social da universidade pública onde estuda que foi vítima de estupro no campus, não sofrendo lesões. É correto afirmar que: a) pode ocorrer, no caso, perempção e decadência. b) Ana precisa oferecer representação, para que seja instaurado inquérito policial. c) existe legitimidade concorrentede Ana e do Ministério Público, mediante representação, para propositura de ação penal. d) isso é suficiente para que o agressor seja também investigado criminalmente, independentemente de lesão sofrida, porque a assistente social é funcionária pública e, sob pena de prevaricação, deve comunicar o fato à autoridade competente. e) Ana precisa oferecer queixa-crime para apuração dos fatos também em âmbito penal. 18. (2015 - FCC - CNMP) Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será a) pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça. b) privada subsidiária da pública. c) pública condicionada à representação da pessoa jurídica de direito público. d) privada. e) pública. 19. (2014 - FGV - TJ-RJ) As ações penais públicas podem estar sujeitas a uma específica condição da ação conhecida como representação da vítima. Sobre esse tema, é correto afirmar que: a) a representação necessita ser ofertada perante o magistrado; b) a representação ofertada pela vítima vincula o Ministério Público, que terá que oferecer a denúncia; c) a representação não pode ser ofertada oralmente; d) o prazo para exercício do direito de representação é de 03 meses contados da descoberta da autoria do crime; e) o direito de representação poderá ser exercido por procurador com poderes especiais. 20. (2014 - UPENET - PM-PE) A ação penal somente pode ser proposta a quem se imputa a prática da infração penal. Outra pessoa, ainda que tenha obrigações de caráter civil, decorrentes do delito, não pode ser incluída na ação. Isso em função do princípio: a) da obrigatoriedade. b) da indisponibilidade. c) da intranscendência. d) da oficialidade. e) do juiz natural. 21. (2014 - FCC - TJ-AP) Nas ações penais de iniciativa privada, a) salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de representação se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime. b) o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia da prática do crime. c) salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime. d) o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de representação se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia da prática do crime. e) a iniciativa será sempre do Ministério Público, pois é titular constitucional da ação penal. 22. (2014 - FGV - TJ-RJ) No dia 24 de julho de 2014, Márcio e Emerson, em uma discussão do trabalho, ofenderam a honra de Frederico. Configurado o crime de injúria, delito este de ação penal privada, Frederico propôs queixa- crime em desfavor de ambos os colegas de trabalho, em 25.10.2014. A inicial foi recebida pelo magistrado em 28.10.2014. Após as partes conversarem sobre os fatos, a vítima resolveu perdoar Márcio mediante declaração expressa nos autos, sendo por este aceito. Por sua vez, Emerson mostrou- se inconformado e afirmou que não aceitaria o perdão de maneira alguma. Diante disso: 22. (2014 - FCC - TJ-AP) (...) a) Emerson e Márcio terão suas punibilidades extintas, pois o perdão concedido a um dos querelados aproveita aos demais; b) o processo prosseguirá apenas em relação a Emerson, pois a extinção da punibilidade pelo perdão do ofendido depende de aceitação; c) Emerson terá sua punibilidade extinta, pois o perdão independe de aceitação dos querelados; d) o processo prosseguirá em relação a ambos os querelados, pois o perdão somente pode ser concedido até o oferecimento da denúncia; e) o processo prosseguirá apenas em relação a Emerson, pois o perdão concedido a um dos querelados nunca aproveita aos demais agentes. 23. (2014 - FGV - TJ-RJ) NÃO é aplicável às ações penais privadas o seguinte princípio: a) indivisibilidade; b) oportunidade; c) disponibilidade; d) intranscendência; e) obrigatoriedade. 24. (2016 - VUNESP - TJ-RJ) A, casada com B, durante uma discussão de casal, levou um soco, sendo ameaçada de morte. Diante dos gritos e ameaças, os vizinhos acionaram a Polícia que, ao chegar ao local, conduziu todos à Delegacia. A, inicialmente, prestou depoimento na Delegacia e manifestou o desejo de que o marido fosse processado criminalmente pelos crimes de lesão corporal leve e ameaça. Entretanto, encerradas as investigações policiais e remetidos os autos ao Fórum, em sede de audiência preliminar, A informou o Juízo que havia se reconciliado com B, não desejando que o marido fosse processado por ambos os crimes. Diante da nova manifestação de vontade de A, é correto afirmar que o procedimento 24. (2016 - VUNESP - TJ-RJ) (...) a) deverá ser arquivado, vez que a ação penal, seja para o crime de ameaça, seja para o de lesão corporal de natureza leve, é condicionada à representação da vítima, e a retratação de A obsta o prosseguimento do feito. b) terá seguimento quanto ao crime de lesão corporal, visto que a ação penal é pública incondicionada, por ter se dado em âmbito doméstico. Já quanto ao crime de ameaça, a retratação de A obsta o prosseguimento, visto que a ação penal continua condicionada à representação, ainda que praticada em âmbito doméstico. c) terá seguimento, tanto para o crime de ameaça quanto para o crime de lesão corporal, pois em se tratando de crimes ocorridos no âmbito doméstico, a ação penal é pública incondicionada, pouco importando a retratação de A. 24. (2016 - VUNESP - TJ-RJ) (...) d) terá seguimento, tanto para o crime de ameaça quanto para o crime de lesão corporal. Todavia, é possível ao órgão de acusação, desde logo, ofertar a transação penal. e) será arquivado quanto ao crime de ameaça, já que a ação é condicionada à representação da vítima. Quanto ao crime de lesão corporal, ocorrida em âmbito doméstico, o procedimento terá seguimento, por tratar-se de ação penal pública incondicionada. Todavia, é possível ao órgão de acusação, desde logo, ofertar a transação penal. 25. (2016 - CAIP-IMES - Advogado) Observe as afirmativas abaixo sobre a ação penal e responda o que se pede: I- Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. II- Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será privada. III- Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. IV- Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação privada. 25. (2016 - CAIP-IMES - Advogado) É correto, nos termos da legislação processual penal vigente o que se afirma em: a) I, III e IV, apenas. b) I e II, apenas. c) I, II e IV, apenas. d) I, II, III e IV. 26. (2016 - VUNESP - MPE-SP) Nos crimes de ação _________ , esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de __________ do Ministro da Justiça, ou de __________ do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. Assinale a alternativa que, respectivamente, preenche, de modo tecnicamente correto, as lacunas. a) privada … autorização … requisição b) pública … representação … requisição c) privada … requisição… autorização d) pública … requisição … representação e) privada … autorização … representação 27. (2016 - CESPE - DPU) João, aproveitando-se de distração de Marcos, juiz de direito, subtraiu para si uma sacola de roupas usadas a ele pertencentes. Marcos pretendia doá-las a instituição de caridade. João foi perseguido e preso em flagrante delito por policiais que presenciaram o ato. Instaurado e concluído o inquérito policial, o Ministério Público não ofereceu denúncia nem praticou qualquer ato no prazo legal. Considerando a situação hipotética descrita, julgue o item a seguir. Em razão da omissão do Ministério Público, a vítima poderá oferecer ação privada subsidiária da pública. ( ) Certo ( ) Errado 28. (2015 - CESPE - TJ-DFT) Paulo e Jean foram denunciados pela prática do crime de furto de joias, praticado contra Maria, tia sexagenária de Paulo. A subtração foi facilitada pelo fato de Paulo residir com a vítima. Quando da citação, Paulo não foi encontrado no novo endereço que havia fornecido na fase do inquérito, tendo sido o mandado entregue a outro morador, que se comprometeu a entregá-lo ao destinatário. Jean, que retornou para a França, seu país de origem, havia fornecido seu endereço completo ao delegado. A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir. Em razão do parentesco de Paulo e Maria, assim como do fato de ambos residirem juntos, é correto afirmar que se tratou de ação penal pública condicionada à representação da vítima. ( ) Certo ( ) Errado SUJEITOS NO PROCESSO PENAL São diversas as pessoas que intervêm, direta ou indiretamente, no curso do processo, visando à prática de determinados atos. A doutrina classifica da seguinte forma: a) Sujeitos principais (ou essenciais): b) Sujeitos secundários (acessórios ou colaterais): é fundamental para se tenha uma relação jurídica processual regularmente instaurada. Consistem na figura do Juiz, do acusador (Ministério Público ou querelante) e do acusado. são eventuais, podendo intervir ou não no processo, tais como o assistente da acusação e terceiros interessados. renata freire Nota existem duas correntes: null1ª: o que importa é sua participação eventual, podendo participar ou não, sem necessariamente deduzir uma pretensão. (o perito e o intérprete seriam sujeitos acessórios)null2ª: não basta a participação eventual quando o sujeito vier a aparecer na relação processual ele tem que fazer algum pedido, deduzindo alguma pretensão ao órgão judiciário. (peritos e intérpretes não seriam sujeitos acessórios) Juiz Criminal (CPP, art. 251 ao art. 256) Ministério Público (CPP, art. 257 ao art. 258) Acusado e Defensor (CPP, art. 259 ao art. 267) Assistentes (CPP, art. 268 ao art. 273) Funcionários da Justiça (CPP, art. 274) Dos peritos e interpretes (CPP, art. 275 ao art. 281) SUJEITOS NO PROCESSO PENAL renata freire Nota o juiz vai dizer o direito no caso concreto, a principal função do juiz é prolatar a sentença e ao proferir a sentença o juiz vai dizer quem é que tem o direito no caso concreto e como é que o conflito de interesses tem que ser resolvido.nullpoderes dos juízesnullpoderes administrativos ou de polícia: poderes voltados para a manutenção da ordem no processo, tentar manter a ordem no curso dos respectivos atos, podendo para tal fim requisitar a força policial para que os atos jurisdicionais sejam realizados da melhor forma possível. nullpoderes jurisdicionais: poderes voltados para o processo em si, e estes se subdividem em dois tipos: nullpoderes meios: poder como meio necessário para conduzir o processo para a realização da sentença (atos ordenatórios e atos instrutórios)nullpoderes fins: (atos decisórios e atos mandamentais) prolação da sentença (não é só a sentença).nullFunções anômalas: funções que fogem à classificação.nullobservar as hipóteses de suspeição e impedimento. renata freire Nota titular da ação penal pública, também exerce a função de fiscal da execução da lei. é parte imparcial no processo, também há hipóteses de suspeição e impedimento. renata freire Nota Unmarked definida por renata freire renata freire Nota Accepted definida por renata freire renata freire Nota acusado: é o sujeito passivo da relação processual (no direito penal é o suj. ativo). tem que ter capacidade para ser parte:basta ser humano nascido com vida; e para estar em juízo (capacidade processual): pessoal física maior de 18 anos.nullDefensornullprincípio da ampla defesa (autodefesa - defesa do próprio acusado e defesa técnica - do advogado) 29. (2015 - FCC - TRE-SE) (...) Código de Processo Penal, a) ao assistente não é permitido propor meios de prova. b) o despacho que não admitir o assistente é recorrível através de recurso em sentido estrito. c) o corréu não poderá intervir como assistente do Ministério Público. d) o assistente será admitido enquanto não for prolatada a sentença em primeiro grau e receberá a causa no estado em que se achar. e) o Ministério Público não será ouvido previamente sobre a admissão do assistente. 30. (2012 - FCC - TJ-PE - Analista Judiciário) Incumbe ao juiz, como sujeito da relação processual penal, a) extinguir o processo, quando o Ministério Público não lhe der andamento. b) instaurar de ofício o processo, quando houver interesse público. c) instaurar o processo, quando houver representação da vítima. d) exercer o poder de polícia na condução do processo, podendo requisitar a força pública. e) instaurar o processo, quando houver representação do Delegado de Polícia. 31. (2014 - FCC - TJ-AP - Analista Judiciário - Área Judiciária e Administrativa) O intérprete não poderá atuar na ação penal em que a) o juiz tiver conhecimento do idioma do acusado. b) tiver funcionado como intérprete durante a lavratura do auto de prisão em flagrante delito. c) a parte não concordar com a sua nomeação. d) o Ministério Público não for ouvido sobre a sua nomeação. e) tiver prestado depoimento no processo. 32. (2016 - CESPE - TJ-DFT - Juiz) Assinale a opção correta de acordo com o disposto no CPP sobre os assistentes. a) O ofendido ou seu representante legal ou, na falta de um deles, o cônjuge, os ascendentes, os descendentes ou irmãos, poderão intervir como assistentes do MP em ações penais públicas condicionada ou incondicionada. b) Na falta do ofendido ou de seu representante legal, apenas o cônjuge poderá atuar como assistente da acusação, seja a ação penal pública condicionada ou incondicionada. c) O irmão do ofendido, por ser parente colateral, não tem o direito de atuar como assistente da acusação em ação penal pública condicionada ou incondicionada. 32. (2016 - CESPE - TJ-DFT - Juiz) Assinale a opção correta de acordo com o disposto no CPP sobre os assistentes. (...) d) Tratando-se de ação penal pública condicionada à representação, não poderão intervir como assistentes do MP nem o ofendido nem parente seu, pois seu direito foi exercido por meio da própria representação. e) Em se tratando de ação penal pública incondicionada, somente o MP poderá sustentar acusação, não sendo permitida a assistência, sob pena de se caracterizar a vingança privada. 33. (2015 - FGV - TJ-RO - Técnico Judiciário) Flávia foi denunciada pela prática de um crime de extorsão perante a 1ª Vara Criminal da Comarca de Porto Velho. O juiz em atuação nesta Vara, Jorge, contudo, era pai da autoridade policial que conduziu as investigações que resultaram na denúncia, havendo, inclusive, representação deste no processo pela decretação da prisão preventiva. Por sua vez, o promotor de justiça Lucas, que participaria da audiência de instrução e julgamento, mas que não foi o que ofereceu denúncia, era credor de Flávia. Por fim, o serventuário da Justiça Carlos, que atuaria no processo, era amigo íntimo da acusada. Nesse caso, é correto afirmar que: 33. (2015 - FGV - TJ-RO- Técnico Judiciário) (...) a) Jorge está diante de causa de impedimento, enquanto Lucas e Carlos estão diante de causas de suspeição; b) Jorge e Lucas estão diante de causa de impedimento, enquanto Carlos, de suspeição; c) Jorge está diante de causa de impedimento; Lucas, de suspeição; e Carlos poderá atuar normalmente, pois as causas de impedimento/suspeição não se estendem aos serventuários da Justiça; d) Jorge, Lucas e Carlos estão diante de causas de suspeição; e) Jorge e Lucas estão diante de causa de suspeição, enquanto Carlos poderá atuar normalmente, pois as causas de impedimento/suspeição não se estendem aos serventuários da Justiça. 34. (2015 - IESES - TRE-MA - Analista Judiciário) Sujeitos processuais são as pessoas que participam da relação jurídica processual. Quanto a esses sujeitos, pode-se afirmar que: I. O assistente será admitido na ação pública, após ser ouvido o Ministério Público, enquanto não passar em julgado a sentença e receberá o processo no estado em que se achar. II. O Juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que tiver funcionado seu cônjuge ou parente consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive. III. O impedimento ou suspeição do Juiz e do Ministério Público, decorrente de parentesco por afinidade cessará pela dissolução do casamento que lhe tiver dado causa, mesmo sobrevindo descendente. IV. O Juiz antes de nomear o perito deverá consultará o Ministério Público e o defensor do acusado. 34. (2015 - IESES - TRE-MA - Analista Judiciário) Quanto às assertivas anteriores estão corretas: a) Somente I, III e IV. b) Somente I, II e III. c) Somente I e II. d) Todas estão corretas. 35. (2015 - VUNESP - MPE-SP - Analista de Promotoria) Em crime de ação penal pública, membro do Ministério Público, com fundamento no artigo 16 do Código de Processo Penal, formulou pedido de retorno do inquérito policial, para realização de diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia, concretizado, após, pelo mesmo Promotor de Justiça. Revela-se, assim: a) a suspeição do Promotor de Justiça, porque, como sujeito e parte na relação processual, já teve contato com a prova, impondo-se, pela aplicação dos princípios da unidade e da indivisibilidade do Ministério Público, o oferecimento da denúncia por outro membro b) uma situação regular, desde que declinada, na cota de oferecimento, pelo membro do Ministério Público, que não há motivo que ensejaria declaração de suspeição, ex officio, por contato direto com a prova, na primeira fase da persecução penal. 35. (2015 - VUNESP - MPE-SP - Analista de Promotoria) (...) c) uma situação regular, desde que designado, pelo Procurador Geral de Justiça, o mesmo Promotor de Justiça que participou da fase investigatória criminal, para o oferecimento de denúncia, por inteligência do artigo 258 do Código de Processo Penal. d) o impedimento do Promotor de Justiça que participou da fase investigatória criminal, ainda que esta tenha sido conduzida por autoridade policial, para oferecimento da denúncia, nos termos do artigo 258 do Código de Processo Penal, que estabelece como uma de suas hipóteses, a atuação nas duas fases da persecução penal. e) uma situação regular, porque a participação de membro do Ministério Público, na fase investigatória criminal, não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento de denúncia. 36. (2015 - VUNESP - PC-CE) Imagine que durante o curso de processo penal, e tendo como objetivo afastar o juiz da causa, o órgão do Ministério Público ou o defensor do acusado maneje uma queixa crime contra o juiz, a fim de buscar configurar uma inimizade capital. Nessa hipótese, a suspeição (CPP, art. 256) a) não poderá ser declarada e nem reconhecida. b) deverá ser reconhecida, impondo-se multa à parte que provocou a situação. c) deverá ser reconhecida, impondo-se o afastamento do processo e/ou multa à parte que provocou a situação. d) não poderá ser declarada, apenas reconhecida. e) não poderá ser reconhecida, apenas declarada. COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS CITAÇÃO Espécies: Real (pessoal) Ficta (presumida) “é o ato de comunicação processual por meio do qual o acusado toma ciência do recebimento de uma denúncia ou queixa em face de sua pessoa, ao mesmo tempo em que é chamado para se defender”. Citação Real (pessoal) Citação por mandado (CPP, art. 351) Citação por carta precatória (CPP, art. 353) Citação por carta rogatória (CPP, art. 368 e 369) Citação por carta de ordem Citação do militar (CPP, art. 358) Citação do funcionário público (CPP, art. 359) Citação do réu preso (CPP, art. 360) O que ocorre se o acusado for citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado? COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS Requisitos intrínsecos (CPP, art. 352) Art. 352. O mandado de citação indicará: I - o nome do juiz; II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa; III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos; IV - a residência do réu, se for conhecida; V - o fim para que é feita a citação; VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer; VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz. COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS Requisitos extrínsecos (CPP, art. 357) Art. 357. São requisitos da citação por mandado: I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na qual se mencionarão dia e hora da citação; II - declaração do oficial, na certidão, da entrega da contrafé, e sua aceitação ou recusa. COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS Citação Ficta (presumida) Citação por edital (CPP, art. 361) a) Prazo b) Suspensão do processo e da prescrição c) Juizado Especial Criminal d) Art. 366 do CPP e a Lei de Lavagem de Capitais (Lei 9.613/98) COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS CITAÇÃO POR HORA CERTA (CPP, art. 362) CPP, Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. INTIMAÇÃO NOTIFICAÇÃO COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS O art. 370 do Código de Processo Penal estabelece as regras para a ciência de atos ao Ministério Público, ao defensor do réu e ao advogado do querelante e do assistente de acusação. Em linhas gerais, consiste na seguinte normatização: Ministério Público: ciência pessoal (CPP, art. 370, §4º); Defensor nomeado pelo juiz: ciência pessoal (CPP, art. 370, §4º); Defensor constituído pelo réu: ciência mediante publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais na comarca (CPP, art. 370, §1º); Advogado do querelante e do assistente de acusação: ciência mediante publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais na comarca (CPP, art. 370, §1º). COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS 37. (2015 - CESPE - TJ-DFT) Em relação aos prazos processuais, à comunicação dos respectivos atos e aos sujeitos da relação processual, julgue o item que se segue. As intimações do defensor dativo serão feitas pessoalmente, por mandado, ao passo que as intimações do defensor constituído far-se-ão por publicação no órgão incumbido da publicidade dos atos judiciais do respectivo juízo. ( ) Certo ( ) Errado 38. (2015 - CESPE - TJ-DFT) Paulo e Jean foram denunciados pela prática do crime de furto de joias, praticado contra Maria, tia sexagenária de Paulo. A subtração foi facilitada pelo fato de Paulo residir com a vítima. Quando da citação, Paulo não foi encontrado no novo endereço que havia fornecido na fase do inquérito, tendo sido o mandado entregue a outro morador, que se comprometeu a entregá-lo ao destinatário. Jean, queretornou para a França, seu país de origem, havia fornecido seu endereço completo ao delegado. A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir. Jean será citado por carta rogatória na França, segundo as regras processuais de seu país, ficando suspenso o curso do prazo prescricional até o cumprimento da citação. ( ) Certo ( ) Errado 39. (2015 - CESPE - TJ-DFT) Julgue o item subsequente, em relação à prova, ao instituto da interceptação telefônica e à citação por hora certa. Em processo penal, a citação por hora certa do réu que se oculte para não ser citado segue os procedimentos previstos no Código de Processo Civil, de modo que, caso o réu não compareça em juízo nem constitua advogado, ficam suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz, se for o caso, determinar a produção antecipada de provas consideradas urgentes. ( ) Certo ( ) Errado 40. (2015 - FUNIVERSA - PC-DF) A respeito da citação no processo penal, assinale a alternativa correta. a) Como regra, no processo penal, a citação inicial será feita por carta, com aviso de recebimento. b) O CPP não acolhe o instituto da precatória itinerante. c) Diversamente do que ocorre no processo civil, não se admite a citação por hora certa no direito processual penal. d) Se o acusado, citado por edital, não comparecer nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar a prisão preventiva do réu. e) Se o réu, tendo sido citado ou intimado pessoalmente, deixar de comparecer justificadamente a um ato processual, suspender-se-á a ação penal, visto que não se admite o instituto da revelia no processo penal. 41. (2015 - FCC - TJ-RR) Com relação à citação, é correto afirmar que a) se o réu não for localizado para ser citado pessoalmente em processo que tramite pela Vara dos Juizados Especiais Criminais, o juiz de direito deverá suspender o processo e o prazo prescricional nos termos do artigo 366 do Código de Processo Penal. b) será feita, a do funcionário público, por intermédio de seu superior hierárquico. c) se o réu estiver preso, sua requisição por ofício dirigido ao diretor do estabelecimento suprirá a citação pessoal. d) se o réu citado por edital não comparecer e nem constituir advogado, o processo e o curso do prazo prescricional ficarão suspensos, salvo nos casos de crimes de lavagem de ativos. e) se o réu não for encontrado para citação pessoal, será citado por edital, com prazo de 30 dias. 42. (2015 - DPE-PE - DPE-PE) Em relação às citações e intimações no Processo Penal, assinale a alternativa correta: a) Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz processante, poderá ser citado pelos correios. b) Se o acusado for citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato do processo e deixar de comparecer sem motivo justificado, o processo prosseguirá sem a sua presença. c) Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de 30 (trinta) dias. d) A citação do militar será feita pessoalmente, sendo expressamente vedado realizar o ato por intermédio do chefe do respectivo serviço. e) Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, não ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional. 43. (2015 - FGV - TJ-BA) O processo penal seguirá sem a presença do acusado que citado ou intimado: a) pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer com motivo justificado; b) por publicação para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado; c) pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado; d) por publicação para qualquer ato, deixar de dar andamento ao processo; e) pessoalmente para o ato inicial, deixar de comparecer sem motivo justificado. 44. (2014 - VUNESP - TJ-SP) Nos termos do art. 351 do CPP, quando o réu estiver no território sujeito à jurisdição do juiz que houver ordenado a citação, esta se fará por a) mandado. b) meio eletrônico. c) qualquer meio que atinja a finalidade. d) carta com aviso de recebimento (AR) ou telegrama. e) carta simples. 45. (2015 - FCC – MP-PB) Sobre as citações e intimações, nos termos estabelecidos pelo Código de Processo Penal, é INCORRETO afirmar: a) Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgen tese, se for o caso, decretar prisão preventiva. b) O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo. c) Verificando-se que o réu se oculta para não ser citado, a citação far-se-á por edital, com o prazo de 5 dias. d) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimento. e) A intimação do Ministério Público é sempre pessoal. PROCEDIMENTO DOS CRIMES DE RESP DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS Oferecimento da inicial acusatória (denúncia ou queixa-crime) Crimes afiançáveis* Notificação do acusado para responder por escrito Prazo da defesa preliminar Inicial acusatória instruída de inquérito policial? Nomeação do defensor dativo Rejeição da denúncia ou queixa-crime Recebimento da denúncia ou queixa-crime Segue o rito comum PROCEDIMENTO DOS CRIMES DE RESP DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS Oferecimento da denúncia ou queixa Crimes afiançáveis* NOTIFICAÇÃO do acusado, para responder por escrito. Nomeação de defensor dativo (residência desconhecida ou se achar fora da jurisdição do juiz) Inicial acusatória instruída de inquérito policial Prazo de 15 dias (Defesa Preliminar) Rejeição da denúncia ou queixa, com a devida fundamentação Recebimento da denúncia ou queixa Segue o rito comum 46. (2015 - FUNIVERSA - SAPeJUS - GO) Sebastião, funcionário público legalmente investido, exerce funções em órgão de fiscalização e arrecadação de tributos estaduais. Na realização de um trabalho de rotina, Sebastião apresentou-se como fiscal em determinado estabelecimento comercial. Na ocasião, solicitou a apresentação de notas fiscais e livros de entrada e saída de mercadorias. O funcionário público percebeu que os documentos apresentados continham diversas fraudes, mas aceitou a quantia de R$ 1.500,00 para não tomar nenhum tipo de providência. Sebastião foi preso em flagrante por policiais que estavam realizando compras no estabelecimento. Concluso o inquérito policial, fora remetido ao Ministério Público, que ofereceu denúncia em desfavor de Sebastião, acusando-o da prática de ilícito penal. A denúncia foi autuada pelo juiz. 46. (2015 - FUNIVERSA - SAPeJUS - GO) Considerando esse caso hipotético, em obediência ao procedimento legalmente previsto, Sebastião deverá ser a) citado para oferecer resposta à acusação em 10 dias. b) citado para ser interrogado no processo criminal. c) notificado para oferecer defesa preliminar em 15 dias. d) notificado para ser interrogado no processo criminal. e) citado para responder por escrito em 15 dias. 47. (2013 - CESPE - MPU) Considerando que um servidor público tenha sido preso em flagrante pela prática de peculato cometido em desfavor da Caixa Econômica Federal, tendo sido o crime facilitado em razão da função exercida pelo referido servidor. Julgue o item a seguir, com base na legislação processual penal. Por se tratar de crime afiançável, ao servidor é garantido o direito de apresentar resposta preliminar no prazo de quinze dias, logo após a notificação pelo juízo processante,quando, então, o juiz decidirá pelo recebimento ou rejeição da denúncia. ( ) Certo ( ) Errado 48. (2013 - MPE-SC - MPE-SC) Julgue o item a seguir, com base na legislação processual penal. No processo e julgamento dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, o juiz rejeitará a queixa ou denúncia, em despacho fundamentado, se convencido, pela resposta do acusado ou do seu defensor, da falta de provas do crime ou da improcedência da ação. ( ) Certo ( ) Errado 49. (2012 - CESPE - TRE-RJ) Em relação ao processo e julgamento dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, julgue os próximos itens. Ao julgar processos que discutam crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, o juiz deverá rejeitar a denúncia, em despacho fundamentado, se estiver convencido, pela resposta do acusado ou do seu defensor, da inexistência do crime ou da improcedência da ação. ( ) Certo ( ) Errado 50. (2012 - FEC - PC-RJ) De acordo com o Código de Processo Penal, nos crimes de responsabilidade de funcionários públicos, quando afiançáveis, o prazo de resposta do acusado, antes do recebimento da denúncia ou queixa, é de: a) trinta dias. b) cinco dias. c) dez dias. d) vinte dias. e) quinze dias. SENTENÇA Conceito: para o Código de Processo Penal, sentença é tão somente a decisão que julga o mérito principal, ou seja, a decisão judicial que condena ou absolve o acusado. A contrario sensu, as decisões que extinguem o processo sem julgamento do mérito, segundo o CPP, são tratadas como decisões interlocutórias mistas. Decisão interlocutória: é aquela dotada de carga decisória, podendo acarretar (ou não) a extinção do processo, porém sem enfrentamento do mérito principal, ou seja, sem se pronunciar quanto à culpabilidade ou inocência do acusado. SENTENÇA Decisão interlocutória mista: são aquelas que extinguem o processo, sem julgamento de mérito, as que determinam o fim de uma etapa do procedimento, tangenciando o mérito do direito de punir (ex: pronúncia). Ou seja, são aquelas que, julgando ou não o mérito, põem fim ao procedimento ou a uma de suas fases. Decisões suicida, vazia e autofágicas Decisão suicida: é aquela cujo dispositivo (ou conclusão) contraria sua fundamentação, sendo, portanto, considerada nula, a não ser que o vício seja sanado pelo órgão jurisdicional em virtude da interposição de embargos declaratórios. Decisão vazia: aquelas passíveis de anulação por falta de fundamentação. Diante da ausência de motivação do ato jurisdicional, é possível o reconhecimento de sua nulidade absoluta, haja vista o disposto no art. 93, IX da Constituição Federal. Decisão autofágicas: aquelas em que há o reconhecimento da imputação, mas o juiz acaba por declarar extinta a punibilidade, a exemplo do que ocorre com o perdão judicial. SENTENÇA CPP, Art. 381. A sentença conterá: I - os nomes das partes ou, quando não possível, as indicações necessárias para identificá-las; II - a exposição sucinta da acusação e da defesa; III - a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão; IV - a indicação dos artigos de lei aplicados; V - o dispositivo; VI - a data e a assinatura do juiz. SENTENÇA Princípio da correlação entre acusação e sentença Embargos de declaração (CPP, art. 382) Emendatio libelli (CPP, art. 383) Possibilidade de oferecimento da proposta de suspensão condicional do processo (STJ, Súmula nº 337) Mutatio libelli (CPP, art. 384) ESPÉCIES DE SENTENÇA ABSOLUTÓRIA a) Sentença absolutória própria: é aquela que julga improcedente o pedido condenatória formulado pela acusação, importando em reconhecimento pleno da inocência do acusado, da qual não decorre a imposição de medida de segurança. b) Sentença absolutória imprópria: é aquela em que, reconhecendo a prática de conduta típica e ilícita pelo inimputável (CP, art. 26, caput). Impõe-se o art. 386, paragrafo único, III, do CPP e art. 415 do CPP. ESPÉCIES DE SENTENÇA ABSOLUTÓRIA c) Absolvição sumária: espécie de sentença absolutória, já que o fato de se tratar de um julgamento antecipado da demanda não lhe retira a natureza jurídica de sentença, sobretudo se considerarmos que há efetivo julgamento do mérito, reconhecendo o juiz categoricamente, por exemplo, tratar-se de conduta manifestamente atípica. d) Absolvição sumária imprópria: consiste no julgamento antecipado da demanda para fins de absolvição do acusado inimputável do art. 26, caput, do CP. É vedado no procedimento comum (CPP, art. 397, II) e possível no Júri (CPP, art. 415, pú – caso de tese única). ESPÉCIES DE SENTENÇA ABSOLUTÓRIA e) Sentença absolutória anômala: é a decisão que concede o perdão judicial ao acusado. Tal decisão é denominada anômala porque não existe uma verdadeira absolvição, mas sim um pronunciamento que só formal e impropriamente pode ser chamado absolutório, visto que, substancialmente, é de condenação. Prevalece, todavia, o entendimento de que a decisão concessiva do perdão judicial é simplesmente declaratória de extinção da punibilidade. Nesse sentido, aliás, é o teor da súmula nº 18 do STJ. SENTENÇA CONDENATÓRIA Sentença condenatória: é a decisão judicial que atesta a responsabilidade criminal do acusado em virtude do reconhecimento categórico da prática da conduta típica, ilícita e culpável a ele imputada na peça acusatória (ou aditamento), impondo-lhe, em consequência, uma pena privativa de liberdade, restritiva de direitos ou de multa. 51. (2016 - CESPE - DPU) A respeito da sentença condenatória e dos atos jurisdicionais, julgue o próximo item. Na sentença penal condenatória, o juiz deverá fixar o valor máximo para a reparação dos danos, considerando os prejuízos causados ao ofendido em razão da infração. ( ) Certo ( ) Errado 52. (2015 - FCC - TCE-AM) A sentença criminal será publicada a) em mão do escrivão, que lavrará nos autos o respectivo termo, registrando-a em livro especialmente destinado a esse fim. b) no diário oficial do poder judiciário, após seu registro em livro próprio. c) no átrio do edifício do poder judiciário e em jornal de circulação local. d) na presença das partes, registrando-a em livro especialmente destinado a esse fim. e) em jornal de grande circulação onde não houver diário oficial, na presença do réu preso e do advogado. 53. (2015 - FUNIVERSA - PC-DF) Com relação à sentença no processo penal, é correto afirmar que a) o réu não poderá apelar sem que tenha sido recolhido à prisão em caso de sentença penal condenatória em que tenha sido decretada sua prisão preventiva, sob pena de deserção. b) o juiz, ao prolatar sentença penal condenatória, poderá, segundo entendimento do STJ, fixar valor mínimo para a reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido, desde que haja pedido expresso e formal nesse sentido. 53. (2015 - FUNIVERSA - PC-DF) Com relação à sentença no processo penal, é correto afirmar que (...) c) ocorre a mutatio libelli quando o juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou na queixa, atribuir-lhe definição jurídica diversa. d) é vedado ao juiz, em caso de ação penal pública, proferir sentença penal condenatória, caso o Ministério Público tenha requerido a absolvição do réu em face do princípio da correlação ou congruência. e) o juiz que entender, por ocasião da prolação da sentença, que não há prova suficiente para a condenação, deverá converter o feito em diligência para que o inquérito policial seja retomado. 54. (2014 - CEPERJ - FSC) O Juiz, no processo penal, ao proferir sentença condenatória nos termos do Código de Processo Penal fixará: a) indenização penal correspondente aos danos causados pelo autor do delito b) genericamente a condenação para apuração em liquidação de sentença c)valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração d) quantia fixada segundo a equidade de acordo com a possibilidade do acusado e) valor correspondente ao pedido formulado pelo Ministério Público na denúncia RECURSOS Conceito: é o instrumento processual voluntário de impugnação de decisões judiciais, previsto em lei federal, utilizado antes da preclusão e na mesma relação jurídica processual, objetivando a reforma, a invalidação, a integração ou o esclarecimento da decisão judicial impugnada. Voluntariedade: a existência de um recurso possa está condicionada à manifestação da vontade da parte, que demonstra seu interesse de recorrer com a interposição do recurso. RECURSOS Previsão legal: para que um recurso possa ser conhecido, é indispensável a análise do cabimento, compreendido pela doutrina como a previsão legal da existência do recurso. Anterioridade à preclusão: o recurso é interposto antes da formação da preclusão ou da coisa julgada. Recolhimento à prisão para recorrer*: durante anos, o recolhimento à prisão figurava como condição de admissibilidade recursal, caso o acusado condenado não fosse primário ou não tivesse bons antecedentes. 55. (2015 - FCC - TJ-PI) Não caberá recurso em sentido estrito da decisão que a) anular o processo em todo ou em parte. b) rejeitar a denúncia. c) retirar a competência do tribunal do júri. d) negar a ordem de habeas corpus. e) decidir o incidente de insanidade mental. 56. (2015 - FCC - TRE-SE) José é preso em flagrante na cidade de Aracaju e, posteriormente, denunciado pelo Ministério Público por crime de corrupção ativa. Oferecida a denúncia, o Magistrado conclui pela incompetência do juízo para processar e julgar a ação penal, remetendo o feito para a comarca de Nossa Senhora do Socorro. O Promotor de Justiça, inconformado com a decisão, poderá interpor recurso a) em sentido estrito no prazo de 10 dias. b) de apelação no prazo de 5 dias. c) em sentido estrito no prazo de 15 dias. d) de apelação no prazo de 15 dias. e) em sentido estrito no prazo de 5 dias. 57. (2015 - FGV - TJ-RO) Paulo Victor foi denunciado pela prática de um homicídio doloso consumado. Após a instrução da primeira fase do procedimento do Tribunal do Júri, Paulo Victor foi impronunciado, razão pela qual interpôs o Ministério Público o recurso cabível. O juiz de primeiro grau, contudo, denegou esse recurso. Considerando a situação narrada, é correto afirmar que o recurso interposto da decisão de impronúncia e o recurso cabível da decisão do magistrado que denegou esse recurso são, respectivamente: a) recurso em sentido estrito e agravo; b) apelação e recurso em sentido estrito; c) recurso em sentido estrito e apelação; d) apelação e carta agravo; e) recurso em sentido estrito e embargos declaratórios. 58. (2015 - IESES - TRE-MA) Quanto aos recursos é correto afirmar: a) O prazo para interpor apelação criminal é de 5 (cinco) dias a contar da juntada do mandado nos autos. b) Da decisão que não receber a denúncia ou queixa caberá Recurso em Sentido Estrito no prazo de 5 (cinco) dias, enquanto no Juizado Especial (Lei 9.099/95) caberá Apelação Criminal no prazo de 10 (dez) dias. c) No caso de concursos de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivo que sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros. d) A revisão dos processos findos poderá ser requerida pelo próprio réu ou por procurador legalmente habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo conjugue, ascendente, descendente ou colateral até o terceiro grau, inclusive. 59. (2015 - FCC - DPE-MA) Após a devida instrução processual e a apresentação de memoriais, o juiz de direito condena o réu a 5 anos e 4 meses por crime de roubo cometido com arma de fogo. A sentença é publicada no dia 17 de julho, uma sexta-feira, da qual o advogado constituído toma ciência na própria audiência. O réu é intimado no dia 21 de julho, e o mandado juntado aos autos no dia 23, do mesmo mês. A defesa interpõe recurso de apelação no dia 28 de julho. Neste caso, o juiz a) não deverá receber o recurso, por ser intempestivo, tendo o prazo terminado no dia 22 de julho. b) deverá receber o recurso por ser tempestivo, já que o prazo terminaria no dia 29 de julho. c) deverá receber o recurso por ser tempestivo, já que a apelação foi interposta no último dia do prazo. d) não deverá receber o recurso, por ser intempestivo, tendo o prazo terminado no dia 24 de julho. e) não deverá receber o recurso, por ser intempestivo, tendo o prazo terminado no dia 27 de julho. 60. (2015 - FCC - MPE-PB) Lidio é indiciado pelo Delegado de Polícia durante trâmite de Inquérito Policial contra ele instaurado para apuração de crime de corrupção ativa. O Promotor de Justiça, após receber os autos do Inquérito Policial devidamente relatados, apresenta denúncia contra Lidio pelo crime de corrupção ativa. Contudo, o Magistrado competente acaba rejeitando a denúncia apresentada pelo Ministério Público. Neste caso, o Promotor de Justiça, inconformado com a decisão do Magistrado, deverá interpor recurso a) em sentido estrito, no prazo de 5 dias. b) de apelação, no prazo de 10 dias. c) em sentido estrito, no prazo de 10 dias. d) de apelação, no prazo de 15 dias. e) de apelação, no prazo de 20 dias.
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