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Controle de qualidade físico na Indústria Têxtil

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Controle de qualidade físico na Indústria Têxtil
RESUMO
Considerada a principal fibra têxtil de origem vegetal, o algodão (CO) é composto (quando seco) por 88% a 96% de celulose, além de pequenas porcentagens de outra substancias como a proteína e a pectina, além disso seu comprimento pode variar entre 24mm e 38mm. 
Como seu preço é regulado pela oferta, demanda e classificação de qualidade, determinados procedimentos precisam ser realizados assim que os lotes contendo os fardos de algodão chegam nas fabricas. Esses procedimentos são conhecidos como Testes Físicos que classificam as fibras como boas/ruins de acordo com cada finalidade desejada. 
A qualidade do algodão é determinada principalmente por três fatores, são eles, COR, PUREZA e COMPRIMENTO DAS FIBRAS, classificação obtida através do HVI (High Volume Instrument), aparelho patenteado por uma das principais companhias de controle de qualidade têxtil, onde a cor é medida pelo grau da reflectância (Rd) e de amarelamento, a pureza descreve a presença de corpos estranhos no algodão (folhas, pedras) e o comprimento das fibras é definido como o comprimento médio da metade mais longa das fibras. Além do HVI existem aparelhos como o Regularímetro (regularidade do fio), Dinamômetro (resistência e alongamento do fio), Aspa (título do fio), Seriplano (aparência visual do fio), Torcimetro (torções por metro no fio) e aparelhos que medem o Coeficiente de Atrito do fio que em conjunto garantem a qualidade durante o processo de fiação da fibra de algodão, resultando em produto final de maior qualidade.
DISCUSSÃO 
Problemas que afetam diretamente o funcionamento de uma fiação de algodão estão relacionados principalmente com a presença de fibras curtas. Fibras curtas em sua maioria não são viáveis na indústria têxtil, isso acontece por que durante o processo de fiação o fio com essas fibras precisara sofrer uma torção maior do que o fio de fibras longas justamente para tentar assegurar que essas fibras ficaram mais unidas tentando evitar problemas futuros como a formação de PEELING e consequente quanto mais torções o fio sofrer mais diferenciado será seu toque final e possuirá uma menor resistência. Porém como se trata de uma fibra vegetal que durante seu plantio pode ocorrer diversos problemas que interferem diretamente na característica final dessas fibras, quando trabalha-se com algodão é permitido uma porcentagem de no máximo 7% de fibras curtas durante o processo de fiação, o que pode ser visto e analisado como uma porcentagem ou margem de risco onde essa determinada porcentagem de fibras curtas não iram interferir no produto final nem causar tantos problemas para o bom funcionamento da fábrica. O que tem que ser ressaltado é a importância da uniformidade no tamanho dessas fibras, uma vez que é mais interessante trabalhar com lotes de fibras que variam seu tamanho entre 25-28mm do que lotes onde possuem fibras mais longas mas que variam seu tamanho entre 26-37mm, pois sabe-se que quanto menos uniforme as fibras forem entre si mais problemas como a ruptura do fio, formação de PEELING surgiram durante o processo de fiação dessas fibras, tudo isso prejudicando o bom funcionamento da fábrica gerando prejuízos. Como nem sempre é possível controlar a uniformidade dos lotes é analisado então a elasticidade das fibras desse lote, quanto maior for a elasticidade mais fácil será na hora do processo de fiação, pois quando essas fibras forem estiradas e torcidas a elasticidade ajudará no emaranhamento entre fibras longas e curtas, formando um fio mais uniforme. Outra A característica relevante durante o processo de fiação é a resistência do fio. É expressa geralmente em carga específica de ruptura, comumente chamada pela indústria de tenacidade, ou seja, a carga de ruptura expressa em cN sobre a massa lineíca em tex (comercialmente expressa em g/tex). Pelos padrões de calibração HVI, materiais que tenham pelo menos 28 g/tex, já são considerados razoáveis para fiação. Excelente seria em torno de 30 g/tex.
Para controlar esses diversos fatores que influenciam na hora da fiação das fibras as industriais vem utilizado mecanismos para avaliar se suas exigências são atendidas corretamente, através de novos equipamentos de medição automatizados (HVI, AFIS...), o que facilita e melhora diretamente o funcionamento das fabricas, fazendo com que os produtores valorizem ao máximo suas produções.

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