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Resumo Imunologia

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Resumo Imunologia 
Resposta Imune Adaptativa – é a resposta imune específica; produção de anticorpos contra 
patógenos em particular ou seus produtos; desenvolve-se durante a vida do indivíduo como 
uma adaptação à infecção por aquele patógeno. Muitas vezes confere a imunidade protetora, 
devido ao estabelecimento da memória imunológica. 
 
Resposta Imune Inata – está sempre imediatamente disponível a combater uma gama de 
patógenos, mas não conduz a uma imunidade duradoura (não tem mecanismos para memória 
imunológica) e não é específica para nenhum patógeno individual. 
 
 As ações da resposta imune inata são imprescindíveis para o desenvolvimento da 
resposta imune adaptativa. 
Proteção contra infecções: 
 1º Reconhecimento Imunológico: células sanguíneas brancas do sistema imune inato 
e linfócitos do sistema imune adaptativo. 
 2º Conter a infecção (funções imune efetoras): Sistema Complemento, Anticorpos, 
ação destrutiva de linfócitos e outras células do sistema imune. 
 3º Regulação imune (autorregulação para impedir que haja ataques contra o próprio 
organismo). 
 4º Produzir Memória Imunológica (garante resposta mais eficaz e imediata caso haja 
reinfecções por determinado patógeno). 
 
Células do Sistema Imune 
 Células-tronco Hematopoieticas dão origem na Medula Óssea a: 
 Progenitores Mieloides – darão origem aos eritrócitos, megacariócitos (que irão 
se fragmentar, formando as plaquetas), monócitos (presentes no sangue; ao fazerem 
diapedese, chama-se macrófagos), basófilos, eosinófilos e neutrófilos. 
 Progenitores Linfoides - darão origem aos Linfócitos B, Linfócitos T, Células 
Natural Killers (NK) e Células Dendríticas Imaturas. 
 
● As Células Dendríticas Imaturas saem da medula óssea para o sangue e destes para os 
tecidos, onde, ao entrarem em contato com um patógeno potencial, tornam-se Células 
Dendríticas Maduras, que migram para os linfonodos. As Células Dendríticas tem o poder de 
fagocitar e processar patógenos, de forma a apresentar antígenos advindos desse 
processamento aos Linfócitos T. Essas células, além de apresentarem antígenos para os 
Linfócitos T, são também capazes de ativar esses linfócitos através de alguns mecanismos, 
configurando sua importância, já que apenas o reconhecimento do antígeno pelo Linfócito T 
não representa sua ativação. Sendo assim, as células dendríticas maduras são o principal elo 
entre a resposta imune inata e resposta imune adaptativa. 
 
● As Células Natural Killer (NK) são geradas a partir do progenitor linfoide, porém não fazem 
parte da resposta imune adaptativa, pois não respondem a tipos específicos de antígenos, 
sendo, portanto, participante da resposta imune inata e que tem grande importância no 
reconhecimento e na morte de células tumorais e células infectadas por parasitas 
intracelulares, como vírus. 
 
● O sistema imune é capaz de reconhecer e proporcionar uma resposta imune em uma ampla 
variedade de patógenos o qual o indivíduo entrará em contato ao longo de sua vida devido à 
grande variedade de receptores de antígenos variáveis presentes nas superfícies dos 
linfócitos. A população de linfócitos expressa uma grande repertório de receptores altamente 
diversos em relação aos seus sítios de ligação do antígeno. Linfócitos naive (ou virgens) são 
linfócitos que nunca foram ativados por antígenos (não tiveram contato com células 
dendríticas) e vivem na circulação linfática. Ao entrarem em contato com antígenos, se 
diferenciam e tornam-se Linfócitos efetores. 
 
● Após o a ligação de um antígeno a um receptor do Linfócito B, esse prolifera (expansão 
clonal) e diferencia-se em Plasmócitos, que são linfócitos B capazes de sintetizar e liberar 
anticorpos específicos (imunoglobolinas ou Ig) contra os patógenos cujo antígeno 
entrou em contato com o linfócito b. 
 
● Os receptores de Linfócitos T possuem reconhecimento e estrutura diferentes dos 
receptores dos Linfócitos B e, portanto, agem de forma diferente. Esses linfócitos são divididos 
em 3 grandes classes de acordo com suas funções: 
 Linfócitos T Citotóxicos: matam células que estão infectadas por parasitas 
intracelulares, como vírus; 
 Linfócitos T Auxiliares: produzem sinais que auxiliam na diferenciação dos 
Linfócitos B que tiveram contato com antígenos em Plasmócitos; também podem ativar 
Macrófagos para que estes tenham maior capacidade fagocítica. 
 Linfócitos T Reguladores: suprimem as respostas de outros Linfócitos e regulam 
a resposta imune. 
 
● Alguns Linfócitos T e B, ao entrarem em contato com antígenos, podem diferenciar-se em 
Células de Memória, que estabelecendo, posteriormente, um novo contato com os antígenos 
específicos, rapidamente tornam-se efetores, produzindo uma resposta adaptativa muito mais 
eficaz e imediata do que a orquestrada no primeiro contato. 
 
● As células leucocitárias conhecidas como primárias são os guias que orquestram a resposta 
imunológica e as células secundárias são as que respondem ao “chamado/ordem” das células 
primárias. Utilizam a circulação sanguínea e a circulação linfática, além de muitas destas 
sofrerem maturações e diferenciações nos tecidos linfoides (ambas as circulações são 
interconectadas: o sistema linfoide desemboca na veia subclávia esquerda, que direciona-se 
ao coração, que é responsável por uma pressão negativa). Todos os “acontecimentos” no 
organismo são drenados para os vasos linfáticos; quando a linfa passa pelos nódulos linfáticos, 
fagócitos irão fagocitar corpos estranhos e apresentam às células primárias para estas 
iniciarem a resposta imunológica. 
 
Organização do Sistema Linfoide 
 Órgãos Linfoides Centrais ou Primários, constituídos pela Medula Óssea (onde 
ocorre a produção de Linfócitos T e B, porém apenas as células B irão sofrer maturação nesse 
local) e o Timo (órgão o qual os Linfócitos T migrarão para sofrerem o processo de 
maturação). 
 Órgãos Linfoides Periféricos ou Secundários, constituídos pelos linfonodos, Baço e 
tecidos linfoides da mucosa, são os locais aonde linfócitos virgens maduros são mantidos e 
as respostas imunes adaptativas são iniciadas. 
 
Patógenos 
 São muito variáveis, apresentando dificuldade ao sistema imune para este padronizar 
respostas imunológicas. Exemplos: bactérias, vírus, fungos, protozoários, parasitas e príons. 
Porém, mesmo que haja grandes variações durante a evolução desses microrganismos, o 
sistema imune ocorre através do reconhecimento de estruturas dos microrganismos que não 
sofrem variações. 
 
Primeira Linha de Defesa 
 Pele (barreira física), Muco (retém poeira e micróbios), Saliva (enzimas antibacteriais), 
Lágrima (enzimas antibacteriais), Ácido Estomacal (oH ácidos responsável pela morte dos 
microrganismos) e Flora Intestinal (competição de nicho com as bactérias patogênicas). 
 
Segunda Linha de Defesa 
Resposta não-específica (Imunidade inata): patógenos invasores são alvos de uma 
resposta imunológica natural inespecífica. Ex.: Macrófagos fagocitam patógenos e migram para 
o sistema linfático. 
Resposta Específica (Imunidade Adaptativa): linfócitos produzem anticorpos capazes 
de alvejar especificamente os patógenos. 
 
IMUNIDADE INATA 
- A infecção ativa uma resposta inflamatória 
 
 Após a passagem pelas barreiras físicas e químicas do organismo, os patógenos 
encontram os macrófagos presentes nos tecidos, que reconhecem os patógenos e o fagocitam, 
ocorrendo processamento destes patógenos em vacúolos intracelulares. Durante esse 
processo, os macrófagos liberam citocinas e quimiocinas, que tem natureza proteica ou 
peptídica e que agem de forma a sinalizar modificações nos tecidos e células adjacentes ao 
local de encontro do fagócito e do patógeno. Essas citocinas agem na musculatura dos vasos 
sanguíneos locais e provocam o afrouxamento das células, permitindo o extravasamento do 
plasma sanguíneo para o tecido e com ele a vinda de diversos tipos celulares e de proteínas(sistema complemento) do sistema imune inato. Essa movimentação de plasma sanguíneo e 
fluido para o tecido é o início do processo de inflamação, que é caracterizada por quatro 
principais sinais: calor, dolor, rubor e tumor (inchaço). Além de extravasamento de plasma e 
células para o tecido, células apresentadoras de antígenos saem do tecido e migram para o 
sangue e dali para o sistema linfoide com o objetivo de apresentar os antígenos para os 
linfócitos, iniciando a resposta imune adaptativa. 
- Células Dendríticas iniciam a Resposta Imune Adaptativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 As células dendríticas imaturas circulam pelos tecidos à procura de patógenos 
potenciais. Essas células são mais especializadas do que macrófagos e neutrófilos, possuindo 
grandes projeções citoplasmáticas e são conhecidas como os mensageiros. Possuem 
receptores que reconhecem lipopolissacarídeos bacterianos (LPS), sendo uma das formas de 
reconhecimento e fagocitação de patógenos, e apresentam um mecanismo de 
macropinocitose, que independe de receptor, englobando e fagocitando partículas virais e 
bacterianas. Após esses processos, a célula dendrítica migra do tecido para o sistema linfático, 
indo ao encontro das células T naive nos órgãos linfoides periféricos, tornando-se maduras e 
altamente ativas. Além da apresentação do antígeno (através das estruturas do MHC), as 
células dendríticas também produzem moléculas coestimuladoras que efetivarão a ligação e a 
ativação completa dos Linfócitos T virgens. Essas moléculas coestimuladoras nas células 
dendríticas são importantíssimas para a resposta imune adaptativa, já que os linfócitos B só 
poderão ser ativados através dos linfócitos T auxiliares, e estes só desempenham suas 
funções ao serem completamente ativados pelas células dendríticas. 
IMUNIDADE INATA vs ADAPTATIVA 
 Os anticorpos (estruturas variáveis quimicamente, reconhecendo tipos específicos de 
patógenos) são proteínas que ligam-se à patógenos através dos antígenos (estruturas 
proteicas, lipídicas ou glicídicas que são organizadas diferentemente das presentes no nosso 
organismo) destes e são sintetizados pelos Linfócitos B. Podem tanto serem liberados pelos 
Plamócitos, ligando-se aos patógenos, como podem estar presentes na superfície de Linfócitos 
T, que reconhecerão os antígenos apresentados pelas células dendríticas, orquestrando a 
resposta imune. Por conseguinte, os Linfócitos T ativam os Linfócitos B. 
 Sem a apresentação de antígenos por células dendríticas, não ocorreria a resposta 
imune adaptativa, e então, as células acessórias (ou secundárias) realizariam as fagocitações 
sem ocorrer uma resposta específica. 
 
Receptores Toll Like (TLR) 
 Esses receptores são os mais importantes por 
reconhecerem uma grande gama de microrganismos e 
representam o elo de ligação entre a fagocitose e a 
expressão gênica para produção de citocinas, pois ao 
ligar-se ao patógeno, os TLR’s sinalizam o tipo de 
resposta que será realizada de acordo com o tipo de 
patógeno reconhecido. Podem estar presentes tanto na 
superfície celular quanto em endossomos, vesículas 
intracelulares de fagócitos que contém partículas de 
patógenos fagocitados. 
Os TLR’s das células dendríticas, ao se ligarem à 
patógenos, induzem uma cascata de sinalização 
intracelular que modifica e diferencia os receptores de 
quimiocinas presentes na superfície das células 
dendríticas. A mudança desses receptores de quimiocinas faz com que essas células passem 
a reconhecer as quimiocinas liberadas pelos órgãos linfoides secundários e a migrar até eles. 
Chama-se de licenciamento o processo de diferenciação das células dendríticas com o intuito 
de migrar para os órgãos linfoides secundários e, principalmente, de estarem preparadas para 
a ativação completa dos Linfócitos T ali presentes. 
 Os anticorpos ligam-se apenas a patógenos específicos extracelulares. A ligação a 
patógenos específicos intracelulares se dá por células natural killers (NK) criadas a partir da 
sinalização das células. As Células NK reconhecem células próprias infectadas. 
 
SISTEMA COMPLEMENTO 
 É composto por proteínas de membrana plasmática e solúveis no sangue que participam 
das defesas inatas (natural) e estão presentes em praticamente todos os fluidos corporais e de 
tecidos. Essas proteínas reagem entre elas para opsonizar os patógenos e induzir uma série 
de respostas inflamatórias que auxiliam no combate à infecção. Inúmeras proteínas do 
complemento são proteases que se autoativam por clivagem proteolítica. Elas são ativadas por 
cadeias enzimáticas, em que uma proteína é ativada e cliva a próxima proteína, ativando-a, e 
assim sucessivamente, amplificando o sinal em uma cascata de reações enzimáticas 
induzidas, que podem ocorrer antes da presença de anticorpos (início da infecção), como 
também na complementação da ação dos anticorpos. O evento principal que induz a ativação 
das proteínas do sistema complemento está presente na superfície do patógeno e, a partir do 
reconhecimento e do início da cascata enzimática, podem ocorrer 3 formas de proteção contra 
a infecção a partir dessa organização proteica: 
 1º As proteínas do Complemento ligam-se covalentemente ao patógeno, opsonizando-o 
e sendo reconhecidas por fagócitos que possuem receptores do complemento, que englobam o 
complexo patógeno-complemento. 
 2º As proteínas do Complemento causam a atração de células fagocíticas para o tecido 
em que o patógeno se encontra e induz a ativação desses fagócitos. 
 3º No fim da cascata das reações do Complemento, as proteínas finais induzem a 
formação de poros na superfície do patógeno, causando a lise e a morte de bactérias, por 
exemplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 As proteínas do Complemento, além de terem papel importante no combate direto à 
infecção, também tem grande significado na indução da resposta imune adaptativa, já que a 
ligação covalente de grande quantidade de proteínas ao patógeno induz o englobamento do 
complexo e, portanto, faz com que células dendríticas, por exemplo, apresentem antígenos aos 
Linfócitos T. Como alguns receptores nos Linfócitos B que ligam-se às proteínas do 
Complemento são utilizados como coestimuladores, a apresentação de antígenos cobertos por 
proteínas do complemento induz um aumento na resposta imune adaptativa. 
 Além da indução da cascata do complemento pela superfície dos patógenos, células 
mortas e lesadas, como por exemplo em isquemias, também ativam o sistema complemento, 
que realiza o descarte dessas células. 
 A primeira proteínas do Sistema Complemento que inicia a Via Clássica é a C1q, uma 
serinoprotease que liga-se ao anticorpo, mudando a sua conformação e iniciando os eventos 
proteolíticos das outras proteínas do complemento. Na Via Alternativa, as proteínas vão se 
ancorando por ligações tio-éster (são covalente e extremamente fortes) à superfície do 
patógeno, e com a ancoragem e ação das últimas proteínas, inicia-se a formação de poros, 
que irão lisar a célula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O processo de ancoragem das proteínas do Complemento e a lise das próprias células 
do nosso organismo não acontece devido a ação de proteínas inibitórias sintetizadas por 
nossas células que evitam que o processo ocorra, regulando o funcionamento do Sistema 
Complemento e, portanto, conferindo a característica de reconhecimento do próprio e do não-
próprio. Qualquer Complemento que se deposite em células próprias é desativado (por 
decaimento) por essas proteínas inibitórias. Uma dessas proteínas que é largamente 
sintetizadas pela maioria das células do nosso organismoé a CD59, que é um inibidor da 
deposição do C9 (última parte da Via Alternativa). 
PROCESSAMENTO ANTIGÊNICO E COMPLEXO PRINCIPAL DE 
HISTOCOMPATIBILIDADE (MHC) 
 Processamento Antigênico é o processo em que há produção de peptídeos a partir de 
um antígeno intacto que envolve a modificação de proteína nativa. Os patógenos podem 
parasitar apenas 2 locais na células: o citoplasma ou as vesículas intracelulares (lisossomos, 
retículos endoplasmáticos, complexo de Golgi, endossomas e outras vesículas). Dependendo 
do local em que a célula é parasitada, diferentes tipos de células T irão atuar para detectar e 
eliminar esses patógenos. No caso de infecção causada por vírus ou bactérias intracelulares 
que permanecem no citosol, a célula infectada apresentará antígenos através do MHC-1, que 
será reconhecido pelos Linfócitos T CD8 (citotóxicos), os quais irão matar as células 
infectadas. Porém, em células infectadas nas quais os patógenos estão alojados em vesículas 
intracelulares, ocorrerá a apresentação do antígeno através do MHC-2, que são identificados 
por Linfócitos T CD4 (helper), que ativam macrófagos para eliminarem parasitas 
intravesiculares, estimulam os Linfócitos B a produzirem anticorpos e atuam na resposta contra 
parasitas. Alguns Linfócitos T podem agir de forma citotóxica, como por exemplo em infecções 
em Linfócitos B causadas por vírus. 
 
COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE Classe I (MHC-1) 
A estrutura do MHC-1 possui apenas 1 subunidade proteica e é o tipo proteico que 
apresenta antígenos advindos do citosol compostos de 8 a 9 aminoácidos e que são 
identificadas por Linfócitos T CD8 (Citotóxicos). O MHC-1 é expresso por todos os tipos 
celulares do nosso organismo. Um fator importante para a exposição do MHC-1 na superfície 
celular é a presença de antígenos, pois estudos sobre células com mutações identificaram que 
a ausência de antígenos refletia na diminuição de MHC-1 na superfície celular. 
 A formação da molécula do MHC-1 ocorre no interior do Retículo Endoplasmático, onde 
estão presentes diversas proteínas Chaperonas, que são responsáveis por impedir o 
enovelamento das proteínas do MHC-1 recém sintetizadas, mantendo a conformação da 
proteína aberta. A chaperona mais importante na formação do MHC-1 é a Calnexina. Já a 
formação dos antígenos que serão apresentados ocorre no citosol da células através dos 
Proteossomas, que são complexos proteolíticos cilíndricos que possuem um centro vazio cuja 
subunidades expostas são proteolíticas. As proteínas a serem degradadas são inseridas no 
centro do proteossoma e são lisadas, liberando peptídeos que serão utilizados na 
apresentação dos antígenos. Esse complexo degrada diversas substâncias e tecidos. O 
encontro entre os antígenos e as moléculas do MHC-1 são proporcionadas pelos TAP 
(Transportadores associados com processamento de antígenos), que são transportadores 
ativos primários associados aos proteossomas e que transportam os peptídeos recém 
formados da lise nos proteossomas para o interior do Retículo Endoplasmático, onde está 
ocorrendo a síntese do MHC-1. As chaperonas apenas liberam o MHC-1 após a ligação do 
peptídeo com alta afinidade no sítio de ligação do peptídeo no MHC-1, pois essa ligação 
dá a estabilidade completa à molécula de MHC-1, possibilitando a integralidade de sua 
conformação, podendo ser liberada para ser exposta à superfície da célula. 
 
COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE Classe II (MHC-2) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A estrutura do MHC-2 possui 2 subunidades proteicas e é o tipo proteico que apresenta 
antígenos de 10 a 13 aminoácidos advindos do meio extracelular ou que já estejam presentes 
em vesículas intracelulares e que são identificadas por Linfócitos T CD4 (Helper). 
 A formação do antígeno para o MHC-2 ocorre nos endossomas, que são vesículas que 
contém partículas que sofreram endocitose. Esses endossomas passam a se acidificar 
conforma adentram o interior celular, eventualmente fusionando-se à lisossomos. Tanto os 
endossomos quanto os lisossomos possuem proteases ácidas (proteases ácidas catepsinas) 
que tem ótimo funcionamento em pH ácido e que degradam antígenos proteicos presentes nas 
vesículas. Eventualmente, podem ocorrer apresentações cruzadas, ou seja, antígenos 
provenientes do citosol são apresentadas por MHC-2 ou antígenos provenientes de vesículas 
são apresentadas por MHC-1. 
 O objetivo do MHC-2 é ligar os antígenos produzidos nas vesículas de macrófagos, 
células dendríticas imaturas, linfócitos B e de outras células apresentadoras de antígenos e 
apresenta-los aos Linfócitos T CD4. Como o MHC-2 também é sintetizado no Retículo 
Endoplasmática, há a necessidade de um mecanismo que impeça a ligação de antígenos 
presentes no retículo. Esse mecanismo de manutenção do MHC-2 enquanto este está sendo 
sintetizado é empregado por uma proteína especializada, conhecida como cadeia invariável 
(Ii), que ocupa o sítio ativo de ligação do antígeno na molécula de MHC-2, o qual também está 
associado à calnexinas. Após a síntese completa do MHC-2, a molécula associada a cadeia 
invariável é dissociada das calnexinas, sendo liberadas em vesículas. Durante o transporte 
celular, catepsinas (proteases ácidas) degradam aos poucos a cadeira invariável, sobrando 
apenas a porção presente no sítio de ligação do antígeno. Em algum momento, a vesícula 
contendo o MHC-2 fusiona-se ao endossoma contendo os antígenos, onde a cadeia invariável 
é dissociada, dando lugar ao antígeno. A vesícula é então exocitada, expressando o MHC-2 
associado ao antígeno. 
 
 A função das moléculas do MHC é ligar fragmentos peptídicos derivados de patógenos, 
exibindo tais fragmentos na superfície celular, para reconhecimento pelas células T adequadas. 
As consequências dessa apresentação são quase sempre deletérias ao patógeno – as células 
infectadas por vírus são mortas, os macrófagos são ativados para destruírem bactérias em 
vesículas intracelulares e as células B são ativadas para produzir moléculas de anticorpos 
capazes de eliminar ou neutralizar patógenos extracelulares. O MHC é poligênico, ou seja, é 
constituído por uma ampla variedade de genes, que confere a cada indivíduo possuir um grupo 
com grande variedade de MHC. E é polimórfico, ou seja, possui altas variações alélicas em 
cada gene na população. 
 
RECEPTORES DAS CÉLULAS 
T (TCR’S) E 
CORRECEPTORES CD4+ E 
CD8+ 
 Devido ao rearranjo e 
expressão dos genes das 
cadeias alfa e beta do TCR, 
conferindo grande variabilidade 
dos TCR’s, os linfócitos T tem a 
capacidade de reconhecimento 
de diversos tipos de MHC e de 
antígenos. Dizemos que os 
TCR’s tem restrição ao MHC, pois estes só conseguem reconhecer e ligar-se aos peptídeos 
associados às moléculas 
glicoproteicas do MHC. Ainda 
mais importante, a seleção que 
ocorre no Timo também confere 
grande importância no 
reconhecimento de uma grande 
gama de MHC’s não-próprios 
unidos à antígenos não-
próprios. 
 Os correceptores CD4 e 
CD8 são receptores presentes 
nos Linfócitos B – ao saírem do 
Timo, cada linfócito B expressa 
um ou outro – que também 
interagem com as moléculas do 
MHC, estabilizando a ligação ao 
MHC e efetivando a ativação do 
Linfócito T, que orquestrará uma 
resposta imune eficaz contra o patógeno. Os correceptores CD4 reconhecem moléculas do 
MHC-2 e os correceptores CD8 reconhecem moléculas do MHC-1. 
 
DESENVOLVIMENTO DAS CÉLULAS T NO TIMO 
 Os progenitores das células/linfócito T migram da Medula Óssea, aonde são formados, 
para o Timo, onde sofrerão processos de diferenciação, maturação e seleção pelas células 
tímicas, bem como de recombinaçãogênica durante a formação dos TCR’s. Após a ocorrência 
de todos os processos, as células T maduras migram do Timo para os Órgãos Linfoides 
secundários, aguardando o contato com células apresentadoras de antígenos para iniciar sua 
função na resposta imune adaptativa. 
 
 O timo é um órgão presente no tórax ântero-superior, logo acima do coração, formado 
por um arcabouço de células epiteliais, que formam uma malha entre os timócitos (células 
progenitoras das células T que receberam a sinalização para a linhagem de célula T). Na área 
cortical do Timo, estão presentes, em grande maioria, timócitos imaturos e macrófagos 
dispersos. No decorrer da internalização do órgão em direção à área medular, temos a 
presença de timócitos maduros, macrófagos e células dendríticas tímicas, explicitando que os 
processos de diferenciação ocorrem do córtex em direção à medula tímica. A presença dos 
macrófagos por todo o tecido tímico é extremamente importante, pois estas células tem a 
função de fagocitar os timócitos que sofrem apoptose diariamente devido à seleção sofrida 
pelas células tímicas, não ocorrendo necrose tecidual. 
Timócitos Duplo-negativos – São os timócitos originados da primeira fase de 
desenvolvimento, que sofreram diferenciação para as células T e proliferam. Esses timócitos já 
tem muitas moléculas específicas expressas na superfície, porém ainda não possui os três 
principais marcadores CD3 (TCR), CD4 (correceptor) e CD8 (correceptor). A ausência do 
CD4 e CD8 ou seja, são CD4 – e CD8 – é o que dá o nome ao timócito duplo-negativo. 
Após diferenciações ocorridas por sinalizações tímicas, alguns timócitos duplo-negativos 
expressam o CD3, mas não expressam CD4 e 
CD8, os quais serão encaminhados para a 
periferia. Porém, a maior parte dos timócitos 
duplo-negativos se diferenciam na linhagem 
alga-beta, expressando o CD3 (o CD3 dessa 
linhagem influenciará a proliferação celular) 
e, principalmente, expressando o CD4 E CD8. A 
partir daí, o timócito passa a ser conhecido como 
timócitos duplo-positivos. 
Durante a próxima fase de diferenciação, 
os timócitos duplo-positivos que reconhecem os 
MHC’s próprios (ou seja, com autoantígenos), 
são selecionados positivamente (sofrem 
sinalização para proliferarem). Porém, 
simultaneamente, esses timócitos duplo-
positivos sofrerão seleção negativa, que ocorre 
para formação dos timócitos unipositivos. 
 1º - Timócitos CD4+ e CD8+ que 
reconhecem e ligam-se com alta afinidade à 
MHC-1 próprio (com autoantígeno) deixam de 
expressar o correceptor CD8 devido a seleção 
negativa. Isso ocorre porque os correceptores 
CD8 reconhecem e ligam-se ao MHC-1 próprio 
no Timo. Caso essa célula T saia do Timo 
expressando o CD8, esta reconhecerá as células 
próprias e iniciará uma resposta autoimune. 
 2º - Timócitos CD4+ e CD8+ que 
reconhecem e ligam-se com alta afinidade à 
MHC-2 próprio (com autoantígeno) deixam de 
expressar o correceptor CD4 devido a seleção 
negativa. Isso ocorre porque os correceptores 
CD4 reconhecem e ligam-se ao MHC-2 próprio 
no Timo. Caso essa célula T saia do Timo 
expressando o CD4, esta reconhecerá as células próprias e iniciará uma resposta autoimune. 
 3º - Timócitos CD4+ e CD8+ que reconhecem e ligam-se com alta afinidade à 
ambos os MHC’s próprios, ou seja, ao MHC-1 e MHC-2 sofre apoptose. 
 O timo também seleciona algumas células T minoritárias que expressam o CD4 mas não 
expressam o CD8, porém tem expressividade de outros receptores em sua superfície, como 
CD25 e CTLA-4, e tem função diferente das Células T CD4 majoritárias. Essas células são 
conhecidas como Células T reguladoras (Linfócito T reg). 
 A seleção negativa realizada pelas células tímicas dá-se devido o Fator AIRE 
(regulador autoimune). O Fator AIRE é um fator que influencia no retorno do estado 
indiferenciado das células, pois controla a ação das histonas, que tem como função enovelar o 
DNA. Sendo assim, o fator AIRE reverte a conformação das histonas (saindo do estado 
enovelado), deixando o DNA aberto e livre para ser transcrito. Essa “indiferenciação” que 
ocorre nas células tímicas possibilita a expressão e obtenção de autoantígenos-específicos 
pertencentes a tecidos ou órgãos específicos do organismo, como a insulina, por exemplo, 
fazendo com que esses autoantígenos sejam expressos nas moléculas do MHC e, portanto, 
auxiliando no processo de autotolerância das células T. 
LINFÓCITOS B 
 Os linfócitos B são formados e diferenciados em células B imaturas na Medula Óssea, 
diferentemente dos Linfócitos T, cujos progenitores migram da Medula Óssea para o Timo, 
onde irão ser diferenciados e selecionados até a formação final dos linfócitos T. As células 
estromais pertencentes à Medula Óssea produz moléculas de adesão ao longo do 
desenvolvimento dos linfócitos B e, após estabelecida a comunicação, essas células estromais 
liberam citocinas e quimiocinas que induzem a diferenciação dos linfócitos B. No decorrer das 
diferenciações ocasionadas pelas células estromais, as células B migram gradativamente dos 
espaços trabeculares para o seio central da Medula Óssea. No fim do processo na Medula, 
forma-se a célula B imatura, que migrará para o Baço, órgão linfoide secundário que será 
responsável pela maturação final das células B. Durante seu desenvolvimento, diversas 
sinalizações celulares induzem recombinações entre os alelos para a formação das cadeias 
das imunoglobulinas de superfície (IgM e IgD). 
As condições finais para a maturação final das células B imaturas que ocorrerá nos 
órgãos linfoides secundários se dá pela avaliação de aurreatividade, assim como acontece 
com os Linfócitos T no Timo (Seleção Negativa). No caso das células B, se os receptores de 
célula B NÃO reconhecem e NÃO ligam-se com alta afinidade aos autoantígenos, essa 
célula B é liberada da Medula Óssea pelo Seio Central, entrando na circulação venosa e 
direcionando-se para o Baço. Caso uma célula B tenha receptores que reconhecem e 
ligam-se com alta afinidade aos autoantígenos, essa célula B NÃO pode sair da Medula 
Óssea, pois causaria possíveis reações autoimunes. As células B autorreativas podem ter 4 
destinos na Medula Óssea: 1º Morte celular por Apoptose ou Deleção Clonal; 2º 
Editoramento do receptor (produção de novo receptor); 3º indução de um estado de 
irresponsividade contra o antígeno e 4º ignorância imunológica (células ignorantes 
imunologicamente podem responder a autoantígenos, porém não o fazem por que o 
autoantígeno está sequestrado, o autoantígeno está em baixas concentrações ou o 
autoantígeno não ativa os receptores da célula B). No último caso, processos inflamatórios e 
de aumento de concentrações de autoantígenos podem induzir respostas imunológicas por 
essas células B ignorantes. 
 
 O encaminhamentos das células B imaturas, assim como das Células T para os Órgãos 
Linfoides Secundários se dá através de quimiocinas liberadas pelas Zonas de Divisão de cada 
órgão, como por exemplo Linfonodos e Baço. Ambos os órgãos possuem locais/zonas 
específicas em que há maior quantidade de células T e células B. Logo, as células de cada 
Zona liberam quimiocinas que sinalizam ao respectivo linfócito, guiando-o para o local 
determinado. 
 Algumas Zonas de Célula B possuem Células Dendríticas Foliculares, que não são 
geradas a partir do progenitor linfoide, não são fagocíticas como as outras células dendríticas e 
não expressam o MHC-2. Essas células estão sempre em contato com as Células B e tem 
afinidade de adesão à complexos Antígeno-Anticorpo-Complemento, os quais não são 
internalizados, permanecendo na superfície e sendo apresentados aos Linfócitos B, que 
reconhecerão o antígeno e produzirão respostaimune. 
 
 
 
IMUNOGLOBULINAS (Ig) 
 As imunoglobulinas são as moléculas de reconhecimento de antígenos, algumas 
presentes na superfície dos Linfócitos B, como as IgM e IgD. Cada Plasmócito (Linfócito B 
diferenciado) tem a capacidade de sintetizar apenas uma imunoglobulina de especificidade 
única, chamada antícorpo. Essas proteínas são capazes de reconhecer diversas espécies de 
antígenos, como proteínas, carboidratos, lipídeos, diferentemente dos TCR’s, receptores dos 
Linfócitos T, que reconhecem apenas tipos proteicos pequenos ligados às moléculas do MHC. 
Os anticorpos desempenham duas principais funções: ligar-se especificamente a um patógeno 
que tenha induzido uma resposta imune e, após a ligação, recrutar células e outras moléculas 
para destruírem o patógeno. 
 Cada imunoglobulina tem formato de Y e é composta por cadeias pesadas e leves. 
Estruturalmente, é composta de 2 porções: a porção variável, local da molécula em que ocorre 
a variabilidade da 
estrutura, permitindo o 
reconhecimento de 
inúmero tipos de 
patógenos, e a porção 
constante, primordial na 
função efetora da 
imunoglobulina. No total, 
estão presente cinco 
tipos dessas moléculas 
no nosso organismo – IgM, IgD, IgG, IgA e IgE – sendo distinguidas através das suas porções 
constantes, cada uma com mecanismos diferentes para a ativação das respostas imunes. As 
Imunoglobulinas do tipo IgM e IgD, presentes na superfície dos Linfócitos B, não tem a função 
efetora devido às suas porções constantes estarem “presas” ao Linfócito B, porém tem papel 
importante no reconhecimento do patógeno, seguido da expansão clonal dos Linfócitos B e de 
sua posterior diferenciação em Plasmócitos, que produzirão outras imunoglobulinas específicas 
contra o patógeno reconhecido. 
 
 
FUNÇÕES T CD4 HELPER E RESPOSTAS DE ANTICORPOS 
 As células T CD4 Helper são as células mais importantes do Sistema Imune, 
principalmente porque esta é responsável pera organização de toda a resposta imune 
adaptativa. Ela regula os dois grandes processos da Resposta Adaptativa: Resposta Humoral 
(caracterizada pela ação dos anticorpos, ou seja, marcado pela presença das células B e por 
patógenos que vivem no meio extracelular) Resposta Citotóxica (caracterizada pela ação dos 
linfócitos T CD8 Citotóxico; ação em resposta a patógenos que vivem dentro das células). 
 Após a seleção negativa no Timo, as células T maduras saem do Timo e alcançam os 
órgãos linfoides secundários, circulando da circulação sanguínea para a circulação linfática e 
assim consecutivamente até encontrar uma célula apresentadora de antígeno. Essas células T 
recirculantes são chamadas de células T naive ou virgens, pois ainda não foram expostas a 
nenhum antígeno. Ao reconhecer e ligar-se ao complexo antígeno:MHC de forma efetiva 
(lembrando que a ligação dos TCR’s aos MHC’s não é suficiente para efetivar a ativação das 
células T, por isso, faz-se necessário a ligação dos correceptores CD4 ou CD8 também à 
molécula do MHC), essas células passam a serem chamadas de células T efetoras, que 
agirão em outras células, as células alvo. 
 
 
 As Células T efetoras podem se proliferar e diferenciar em vários tipos de células T e 
cada uma terá funções específicas nas respostas adaptativas. No caso de Células T CD8+, ao 
entrarem em contanto com o complexo antígeno:MHC-1, essas células T passam a Células T 
efetoras Citotóxicas, as quais reconhecem a células infectadas e causam a morte celular. 
Células T CD4+ podem se diferenciar em outras células efetoras, porém merece destaque 4 
tipos importantes: a célula T efetora CD4 Th1, células T efetora CD4 Th2, células T efetoras 
CD4 Th17 e Células T regulatórias. 
 A ativação de células T naive/virgens ocorre através de 3 sinais. O 1º sinal ocorre 
através da ligação dos TCR’s (receptores de célula t) ao complexo antígeno:MHC. O 2º 
sinal, chamado de sinal coestimulatório¸ ocorre pela ligação de correceptores das células 
T com os das célula apresentadora de antígeno. E o 3º sinal se dá pela liberação de 
citocinas que induzirão proliferação e diferenciação celular em células efetoras. 
 
O Sinal Coestimulatório (Sinal 2) CD40 das células Th CD4+ nas Respostas Humorais

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