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Princípios Constitucionais do Processo Civil

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UNIVERSIDADE PAULISTA
Grupo “Dura lex, sed lex”
PRINCÍPIOS CONTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2015
Addab Heber da Silva Santos
Alexandre Luciano dos Santos Fortes
Ana Carolina Damaschi
Antônio Carlos Ribeiro da Silva
Eliseu Elias de Oliveira Costa
Fabíola Costa dos Santos
Laura Carvalho Oliveira
Letícia Maria C. dos Santos
Paloma Almeida Cardoso
Roberta Biana Pontes Alvarenga
PRINCÍPIOS CONTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL
Teoria Geral do Processo Civil
Trabalho das Atividades Práticas Supervisionadas do 4º semestre do curso de Direito da Universidade Paulista – UNIP
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2015
Addab Heber da Silva Santos
Alexandre Luciano dos Santos Fortes
Ana Carolina Damaschi
Antônio Carlos Ribeiro da Silva
Eliseu Elias de Oliveira Costa
Fabíola Costa dos Santos
Laura Carvalho Oliveira
Letícia Maria C. dos Santos
Paloma Almeida Cardoso
Roberta Biana Pontes Alvarenga
PRINCÍPIOS CONTITUCIONAIS DO PROCESSO CIVIL
Teoria Geral do Processo Civil
Trabalho das Atividades Práticas Supervisionadas do 4º semestre do curso de Direito da Universidade Paulista – UNIP
Aprovado em:
______________________________________/____/_____
Prof. Fernando Peixoto de Araújo Neto
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2015
DEDICATÓRIA
Dedicamos esse trabalho ao nosso excelentíssimo professor, por cada orientação e acompanhamento do mesmo.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus por nos proporcionar força nos momentos mais difíceis na realização desse trabalho.
Em segundo lugar, aos nossos pais, amigos, e principalmente ao professor pela dádiva e dedicação de dar o seu melhor, fazer com que cada membro do grupo, no campo de conhecimento, ir em busca de expandir suas ideias, coloca-las em prática e alcançar nosso objetivo.
RESUMO
O presente trabalho dispõe ao longo dos inscritos, os princípios constitucionais do direito processual civil. Deste modo, iniciamos o trabalho dispondo sobre o principio para um ordenamento jurídico e depois, fomos desenvolvendo por assunto relacionado ao tema, acreditamos ao desenvolver o trabalho, que o tema em si é um ponto importante, pois sem uma devida compreensão da Sistemática processual no atuar do judiciário em qualquer uma das posições, assim como advogado, magistrado ou um próprio membro no ministério publico, onde sem estes conhecimentos básicos não poderá atuar de forma plena e adequada, dada a relevância do tema em questão. A própria constituição consagra alguns princípios relevantes do processo civil, onde estes asseguram ao cidadão contra abusos e pressupostos do poder público. Visto que os princípios são um alicerce, sendo usados como fundamento para os dispositivos normativos, conferindo-lhes uma fonte, ou seja, os princípios são a sustentação das normas. Sendo utilizado também como um fim a ser atingido.
Palavras-chave: Princípios. Processo Civil.
ABSTRACT
His work has over the subscribers, the constitutional principles of civil procedural law. Thus , we began work providing for the principle to a legal framework and then we were developing for matters related to the subject, believe in developing the work, that the issue itself is important points, for without a proper understanding of procedural Systematic in the act of judiciary in any of the positions , as well as a lawyer, judge or a member himself in the public ministry, which without this basic knowledge cannot act fully and appropriately, given the importance of the topic in question. The Constitution itself establishes some important principles of civil procedure, where they ensure the citizens against abuse and assumptions of the government. Since the principles are a foundation, being used as the basis for the regulatory provisions, giving them a source, ie, the principles are the support of standards. It is also used as an end to be achieved.
Key-words: Principles. Civil lawsuit.
“Interpretar a lei é revelar o pensamento” 
 (Clóvis Bevilaqua) 
SUMARIO
1 INTRODUÇÃO	9
2 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS PROCESSUAIS	10
2.1 Princípio do devido processo legal	10
2.2 Princípio da igualdade	11
2.3 O principio do contraditório e da ampla defesa	13
2.4 Princípio da publicidade dos atos processuais	14
2.5 Princípio da inafastabilidade do judiciário ou do direito de ação	15
2.6 Princípio das provas ilícitas	16
2.7 Princípio do duplo grau de jurisdição	17
2.8 Princípio do juiz natural	19
2.9 Princípio da motivação das decisões judiciais ou fundamentação das decisões judiciais	20
2.10 Princípio da segurança jurídica	22
2.11 Princípio da celeridade e da brevidade, princípio da tempestividade ou garantia à tutela jurisdicional sem dilações indevidas	23
2.11.1 Princípio da Celeridade e da Brevidade	23
2.11.2 Princípio da Tempestividade ou Garantia á Tutela Jurisdicional sem dilações indevidas	25
2.12 Princípio da Efetividade do Processo	26
3 CONCLUSÃO	28
REFERÊNCIAS	29
1 INTRODUÇÃO
Antes de tudo convém recordarmos o que são princípios, e até entender o porquê atualmente em qualquer ramo do direito ele não é uma prerrogativa apenas do processo civil, mas sim de todo ordenamento jurídico, o princípio é a estrutura e a base, e no mesmo tempo é o que a gente almeja em nosso objetivo, ele é o meio e o fim, e quando se trata de princípios processuais, nós temos que classificá-los e dividi-los em duas grandes correntes, eis que na verdade os princípios é o mandamento nuclear de um sistema, são critérios de aplicação e interpretação para o entendimento das normas do sistema jurídico.
Os princípios informativos que independem da sociedade, seja no brasil ou em qualquer pais, devemos ter em mente os princípios informativos que são eles;
Princípio Jurídico: Qualquer processo deve respeitar as normas previamente estabelecidas.
Princípio Econômico: Qualquer processo que levamos para o judiciário deve obter o melhor resultado para o prejuízo causado.
Princípio Político: A origem está no ser humano, o processo busca a pacificação social com a menor lide possível.
Princípio Lógico: Os atos no processo devem obedecer às normas lógicas.
O segundo grupo de Princípio se divide em duas etapas Constitucionais e Infraconstitucionais, essa escolha do que vai ser considerado constitucional ou infraconstitucional está relacionado com o próprio País.
Os princípios estão a acima das demais normas, e que para chegarmos nesta construção muito tempo de estudos foi preciso, a lei era a fonte primária e fundamental do direito e quando não houvesse a lei o juiz deveria se servir da analogia, dos costumes, alguns juízes chegavam a dizer textualmente que alguns advogados apelavam para o impossível ou para o sobrenatural quando invocavam um princípio, Mas hoje não é isso que sustenta nosso ordenamento jurídico, pelo contrário hoje os princípios são vistos como o mandamento nucleares, como fundamentos, e a partir desse ponto que a legislação é que deve obediência ao princípio.
2 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS PROCESSUAIS
2.1 Princípio do devido processo legal
A expressão devido processo legal adveio do direito anglo-saxão “due process of law” e no direito brasileiro, vem consagrado no artigo 5º, incisos LIV e LV da Constituição Federal, que pedimos vênia para transcrever:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[…] LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampladefesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Nelson Nery Junior em sua obra “Princípios do Processo na Constituição Federal” nos ensina que o princípio do “due process of law” caracteriza-se pelo trinômio vida-liberdade-propriedade:
Genericamente, o princípio do due process of law caracteriza-se pelo trinômio vida-liberdade-propriedade, vale dizer, tem-se o direito de tutela àqueles bens da vida em seu sentido mais amplo e genérico. Tudo que disser respeito à tutela da vida, liberdade ou propriedade está sob a proteção da due process clause. (NERY JUNIOR, 2009. p.79)
Conceituando este princípio, podemos defini-lo como o direito que todos os cidadãos possuem a ter um processo com todas as etapas previstas na legislação, bem como com todas as garantias constitucionais, ressaltando que se o processo não observar estas regras, ele será nulo de pleno direito.
O Princípio do Devido Processo Legal é considerado o princípio fundamental do Processo Civil, já que todos os demais derivam dele e pode ser dividido em duas espécies, substancial e processual:
A) Substancial que leva em consideração o direito material, primando pelo interesse público, ou seja, as leis devem satisfazer ao interesse público.
B) Processual é o princípio empregado no sentido estrito, tratando tanto do processo judicial quanto do processo administrativo. Deve ser assegurado as partes litigantes todos os direitos do processo, tais como: à citação, à ampla defesa, direito a ter um advogado, ao contraditório, a uma sentença fundamentada ao grupo grau de jurisdição, coisa julgada, dentre outros.
O Princípio do Devido Processo Legal já foi objeto de preocupação por parte do Supremo Tribunal Federal, que se manifestou nos seguintes termos:
Recurso Extraordinário – Princípio da legalidade – Devido processo legal. Se de um lado não se pode alçar a dogma a visão pretérita de que a transgressão à Carta, suficiente a impulsionar o extraordinário, há que ser direta e frontal, de outro não se pode tomar as garantias constitucionais previstas nos incisos II e LV do art. 5º da Carta de 1988 como meio hábil, uma vez evocadas, ensejar a análise, pelo STF, de normas estritamente legais, tornando-o uma Corte simplesmente revisora. Caso a caso, deve-se perquirir da ofensa às citadas garantias, mesmo que isso demande a análise dos parâmetros legais revelados no acórdão que se pretende ver reformado. Cumpre ao STF agir com a necessária flexibilidade, no que voltado à guarda do respeito aos citados princípios. (AURELIO, 1993, RTJ 150/921)
Em resumo temos que o Princípio do Devido Processo Legal pode ser considerando o mais importante dos princípios do Processo Civil, assegurando ás partes o mais amplo exercício de seus direitos, obtendo- se um processo justo, obedecendo todas as regras processuais.
2.2 Princípio da igualdade
O princípio da igualdade consiste, basicamente, em que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Assim, como princípio constitucional, é usado como base norteadora para legislações infraconstitucionais.
Do ponto de vista processual, igualdade implica em condições de atuação e armas entre os litigantes, assegurando igualdade de tratamento entra as partes.
Tratando-se do Novo Código Processual Civil, é possível ver expressamente e em diversos artigos, o princípio em questão, com caráter de instrumento para a implementação e efetivação do principio da igualdade. Por exemplo, no CPC:
Art. 26. A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de que o Brasil faz parte e observará:
II - A igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, residentes ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tramitação dos processos, assegurando-se assistência judiciária aos necessitados;
Porém, o conceito de igualdade não é absoluto, como é citado pelo Vicente Greco:
 [...] porquanto dar tratamento igual a desiguais seria o mesmo que dar tratamento desigual a iguais. [...] o processo civil, também repercute o mecanismo de compensações jurídicas em favor daqueles que merecem proteção especial. Não viola, pois, o princípio da igualdade o tratamento diferenciado dado a menores e incapazes que têm assistência do Ministério Público. (GRECO FILHO, 2002, p. 63)
Sendo isso observado, pode-se ver claramente que o principio da igualdade opera em dois planos distintos como explica Alexandre de Moraes (2001). Segundo ele, de um lado, fica a cargo do intérprete, a aplicação da lei de forma igualitária, mas, fazendo a analise das diferenças entre os litigantes, como ocorre com frequência no âmbito trabalhista e no direito do consumidor, levando em consideração os casos concretos. E em outro plano, seria a observação do principio da isonomia por parte do legislador ou do próprio executivo, para a edição e criação de leis e atos normativos, para que não haja a criação de normas que tragam, de forma abusiva, a diferenciação de pessoas que encontram-se em situações idênticas.
Sendo assim, a idéia de tratar igualmente os iguais, e os desiguais de maneira desigual, nada mais é do que uma forma de diminuir o notório abismo que pode-se notar em certas situações. Tratando de tornar a lei mais próxima da realidade presenciada atualmente, tal meio apresenta-se então, como forma de adequação e eficácia na redução das desigualdades.
O princípio da igualdade garante então que a lei não seja usada para perseguições ou como fonte de privilégios, e sim como forma de assegurar normas justas para regular o convívio social.
2.3 O principio do contraditório e da ampla defesa
Este importante princípio alinhado na Constituição Federal de 1988, que também está equiparada a uma expressão em latim “audiaturet altera pars”, que tem como significado “ouça-se também a outra parte”.
Retrata de um resultado do princípio do devido processo legal, logo praticado pelas autoridades para que também possa ser encarado como eficaz completo e válido, ou seja, tem uma obrigação de seguir o que está alinhada na lei. Tendo assegurado o direito de resposta e a aplicação de todos os meios de Direito permitido.
No campo processual, este princípio revela a possibilidade de que os litigantes têm de postular a produção de provas e de integrar-se a sua realização, tendo também a possibilidade de se pronunciar a respeito de seu seguimento, tanto nos processos como procedimentos judiciais, administrativos, associativos ou comerciais, extrajudiciais e de vinculo laboral, resguardando a parte afetada por decisão de órgão superior.
A essência processual do contraditório se identifica com a regra audiat altera pars, que significa que a cada litigante deve ser dado ciência dos atos praticados pelo contendor, para serem contrariados e refutados. (SILVA, 2007. p. 154).
 
O acusado tem a possibilidade adquirida da ampla defesa, beneficiando do direito ao contraditório, proporcionando seu direito de defesa, para trazer ao processo o esclarecimento da verdade.
Pela observação dos aspectos analisados, deve-se concluir que o contraditório é a oportunidade garantida ao réu de defesa contra o que foi atribuído, e a ampla defesa é a posse desta garantia vindo das ferramentas legítima em direito.
2.4 Princípio da publicidade dos atos processuais
Os princípios não derivam de leis e não coloca em vigor ou estabelece alguma regra, os princípios são ideias que servem como base do comportamento da sociedade, para colocar um controle na maneira de agir do ser humano. Os princípios gerais do direito, portanto, servem como fundamentos para dizer à maneira que as leis devem se pautar, seguindo os valores apresentados por estes princípios.
Com base nesse principio pode-se dizer então que:
Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação. (SILVA, 2007, p. 510)
Oprincípio da publicidade é uma garantia basilar de justiça, pois ele permite as partes o conhecimento de todos os atos do processo evitando assim decisões secretas ou qualquer ato que favoreça uma das partes, com este princípio a sociedade pode fiscalizar os atos processuais, porém, só não será possível a publicidade dos atos processuais, nos casos de segredo de justiça de acordo com o Art. 155 do Código de Processo Civil, que traz as hipóteses onde o processo correrá em segredo de justiça, “aqueles que exigirem o interesse público; que dizem respeito ao casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guardas de menores”.
Sabe-se que os atos processuais sendo públicos, faz com que a justiça seja transparente, equitativa, disponível a avaliação da população, o princípio da publicidade dos atos processuais, visa tornar público as decisões do poder judiciário e a garantia do devido processo legal.
Os conhecimentos públicos dos atos processuais, não é só uma garantia da sociedade, mas sim a garantia de todo o sistema de direito, em que envolve o Estado Democrático de Direito que cumpre a condição da democracia, onde não há desigualdade e que visa dar harmonia e segurança ao povo. O princípio da publicidade dos atos processuais é proveitoso do próprio Estado, pois o processo estando em público gera mais credibilidade, levando a uma segurança da decisão proferida. Portanto, a publicidade dos atos processuais é proveitosa não somente para os cidadãos, mas também para o próprio Poder Judiciário.
2.5 Princípio da inafastabilidade do judiciário ou do direito de ação
Podemos dizer que é umas das entradas constitucionais do processo denominado princípio do direito de ação ou como principio da inafastabilidade do judiciário. Estabelecido na realidade como essência da garantia dos direitos subjetivos. O artigo 5º, XXXV, dedica o direito de invocar o poder judiciário como direito publico subjetivo, portanto entende-se que não é somente o direito de ação. Ao colocar o poder judiciário para trabalhar em favor da defesa de direito, é também direito daquele contra quem se age.[1: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciária lesão ou ameaça a direito.]
Este princípio é direcionado tanto ao poder legislativo, como ao poder judiciário, o poder legislativo não pode criar leis que impossibilitam o acesso ao judiciário, como mencionado no capitulo acima, não são os principio que devem observar as leis e sim as leis os princípios.
Fica claro que invocando o poder Judiciário de forma apropriada, todos que das quais o direito tenha sido infringido, pode alcançar a proteção do Judiciário, o poder Judiciário por sua vez considera a ação emitindo um juízo de valor deduzindo se houve ou não violação dos direitos.
Alias quanto a quem violou o direito, ou causou a lesão, se foi pessoa física ou jurídica, órgão publico, não importando quem é o titular, ou seja, todos são titulares de direito. 
Desta maneira o principio da inafastabilidade da jurisdição, tem como garantir que a justiça seja feita com equidade e propriedade, evitando que a individualidade da população seja invadida de maneira inadequada por meios de cidadãos que poderia obter justiça com as próprias mãos.
A instauração do processo por meio da atividade do operador do direito, que passa pela matéria processual, a regimentar a ação, desse modo o ato chamado processo, portanto este fato pode ser realizado sem qualquer impedimento, podendo o autor realizar ação dos atos processuais, até que por fim tenha o apoio ou proteção do poder Judiciário.
Há algumas condições que dizem como devem ser feitos os pedidos encaminhados ao pode judiciário, para que este possa tutelar em razão do presente requerido. O interesse de agir, legitimação para a causa e possibilidade jurídica do pedido que assim estão no teor do artigo 267, inciso VI do CPC, e que se essas condições não forem determinantes o processo poderá não ser atendido e extinto.[2: Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;]
Dessa forma, a falar de princípio da inafastabilidade ou direito de ação “Todos têm acesso à justiça para postular tutela jurisdicional preventiva ou reparatória de um direito individual, coletivo ou difuso.” (NERY, 2002, p. 20).
Por fim, mesmo sabendo que todos tem direito a proteção do judiciário, buscando ser reparado por algum dano ou lesão, deve-se respeitar e cumprir as condições da ação e aquilo que previamente a lei determina referente aos processos. Respeito os prazos prescricionais e decadentes para o cumprimento da atividade do direito de ação, isso não impede a ação, mas a regulamenta.
2.6 Princípio das provas ilícitas
Os princípios constitucionais ao direito probatório no processo civil são: Devido processo legal, contraditório, ampla defesa, proibição da prova ilícita, publicidade e motivação das decisões judiciais.
Tais princípios devem respeitar critérios já estabelecidos dentro de suas classificações e requisitos de admissibilidade para então passarem a serem produzida pelas as partes. 
Em regra, estabelece que as provas devam ser obtidas por meios lícitos, ou seja, são inadmissíveis as provas oriundas ilicitamente ou obtidas por meios de coação, flagrante forjado. A prova ilícita pode atuar em desfavor do processo tendo como consequência sua nulidade.
Segundo a teoria do fruto da árvore envenenada, vem afirmar que uma prova ilícita originária ou inicial, teria o vício de contaminar as demais provas decorrentes no processo, significa que todos os atos decorrentes do processo também seriam nulos.
Para José Frederico prova é: “O elemento instrumental para que as partes influam na convicção do juiz, e o meio de que se serve para averiguar sobre os fatos em que as partes fundamentam suas alegações.” (MARQUES, 2000. p. 330).
Portanto, a finalidade das provas é o convencimento do magistrado no processo, para que a sua decisão seja fundamentada dentro dos critérios da lei, formando assim a sentença. Todavia, não importa quem produziu as provas, tendo em vista que uma vez levada ao processo não pertence mais as partes, mas sim ao processo.
2.7 Princípio do duplo grau de jurisdição
Segundo Nelson Nery Jr. (2002), o Duplo Grau de Jurisdição consiste em estabelecer possibilidade de uma sentença definitiva ser reapreciada por órgão de jurisdição, normalmente de hierarquia superior à daquele que a proferiu, o que se faz de ordinário pela interposição de recurso. Não é necessário que o segundo julgamento seja conferido a órgão diverso ou de categoria hierárquica superior à daquele que realizou o primeiro exame.
Em uma linguagem bem simples, o princípio do duplo grau de jurisdição nada mais é do que a possibilidade ou o direito à revisão de uma decisão judicial, reduzindo-se assim a probabilidade de erro judiciário, ou seja, é a possibilidade dada a parte de não ficar restrita ao pronunciamento jurisdicional de primeiro grau, havendo insatisfação com a decisão proferida, a parte pode utilizar a via recursal para ter seu pedido reavaliado pelo Tribunal “ad quem”. 
Neste sentido pedimos vênia para transcrever as brilhantes palavras de Francesco Carnelutti:
A função da apelação está em submeter a lide e o negócio a um segundo exame que ofereça maiores garantias que o primeiro, já que se serve da experiência deste e realiza um ofício superior; porém este não é um caráter essencial, já que a apelação pode ser feita também perante um juiz de grau igual àquele que pronunciou a sentença impugnada; o essencial é que se trata de um exame reiterado, isto é, de uma revisão de tudo quanto se fez pela primeiravez, e essa reiteração permite evitar os erros e suprir as lacunas em que eventualmente incorreu o exame anterior. (CARNELUTTI,1973, p. 227.)
Importante ressaltar que não importa que o reexame seja feito por órgão jurisdicional colegiado de hierarquia igual ou superior à do prolator da sentença. Trata-se mais precisamente de um duplo exame que, propriamente, de um duplo grau.
Por exemplo, os processos julgados pelo Juizado Especial (Lei nº 9.099/95), preveem a possibilidade de um duplo exame, já que os recursos são julgados no próprio Juizado, por uma turma composta de três Juízes, em exercício no primeiro grau de jurisdição.
É o que nos ensina o artigo 41 da Lei nº 9.099/95.
Art. 41. Da sentença, excetuada a homologatória de conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso para o próprio Juizado.
§ 1º O recurso será julgado por uma turma composta por três Juízes togados, em exercício no primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado.
O Princípio do Duplo Grau de Jurisdição está previsto de maneira implícita no artigo 5, inciso LV da Constituição Federal:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Observa-se que referido artigo não prevê expressamente o princípio do Duplo Grau de Jurisdição, entretanto, menciona o direito ao contraditório e a ampla defesa, com meios e recursos a ela inerentes.
Desta maneira, de forma implícita o princípio do duplo grau de jurisdição está contemplado no artigo 5º, inciso LV da Constituição Federal, visto que, para o efetivo direito a ampla defesa, a parte poderá fazer uso de todos os meios de recursos previstos em nossa legislação, levando uma decisão de primeiro grau a ser reexaminada por um Tribunal superior, ensejando o Duplo Grau de Jurisdição.[3: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;]
O efeito devolutivo dos recursos apresenta-se como característica fundamental deste princípio, justamente porque gera a oportunidade da rever a decisão.
Em resumo, o Princípio do Duplo Grau de Jurisdição tem o objetivo de garantir a retém o objetivo de garantir a realização de um novo julgamento, diminuindo a probabilidade de erros nas decisões judiciais. 
2.8 Princípio do juiz natural
A Constituição Federal subentende diversos princípios que organizam o embasamento do nosso sistema processual, no meio deles ressaltamos o Princípio do Juiz Natural, que tende a ser uma segurança jurídica e também uma garantia constitucional.
Impede a existência de tribunais de exceção, que alguém seja processado ou julgado a não ser pela autoridade competente previamente instituída pela própria constituição da república. A instauração de qualquer juízo ou tribunal especial não previsto na constituição, e, portanto, não elencado dentre os componentes da estrutura judiciaria, terá sua existência, suas decisões e sua funcionamento declarados inconstitucionais por configurarem juízos de exceção.
Os órgãos pertencentes ao Poder Judiciário e que tenha a incumbência de exerce a função típica do poder o exercício da jurisdição está previamente instituído. 
Prevalecendo como a principal característica a princípio, assegurando a todos o direito de ser avaliado por um juiz competente para tal, e tendo perícia legitima no exercício da jurisdição e com privilégios legais para o exercício de sua atividade. À visto disso, alinhado a imparcialidade do juiz em sua função jurisdicional, que o Poder Judiciária procura atender o interesse tanto individual como coletivo em sua forma mais justa.
Antes de afirmada e conformada e imparcialidade do juiz, não pode o magistrado ingressar no exame de questões processuais ou de mérito, sob pena de violar-se a garantia constitucional do juiz natural. (NERY, 2001, p. 23).
Levantando-se em conta o que foi observado, a constituição assegura que o indivíduo não será julgado de forma errônea, transformando sua atividade inconstitucional, mais sendo julgado por um órgão competente afim de ser justo e parcial.
2.9 Princípio da motivação das decisões judiciais ou fundamentação das decisões judiciais
Entende-se que, esse princípio permite a cada uma das partes avaliar a conveniência de recorrer, motivar as decisões, fundamentá-las, explicar as razões de fato, pois o mesmo é uma garantia da sociedade em geral. Como sita Paolo Tonini “a motivação é, assim, um “componente estrutural necessário” das decisões do juiz e constitui uma conquista da nossa civilidade jurídica.” (2002. p. 104)
Observa-se que a fundamentação das decisões judiciais prevista na Constituição é tratada como garantia fundamental inerente ao Estado de Direito, assim os órgãos jurisdicionais do estado tem o dever jurídico da fundamentação de seus pronunciamentos, afastando-se o arbítrio e interferências consideradas estranhas ao sistema legal em vigor, ideologias ou subjetividades do pensar dos juízes.
Como consta no artigo 93, IX. CRFB “Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade”.
Há duas razões no qual justificam a motivação, sendo elas: A Razão Endoprocessual no qual o juiz é obrigado a motivar sua decisão para permitir a impugnação. De outro lado encontra-se a razão Exoprocessual, todavia a motivação traz legitimação política à atividade jurisdicional.
A motivação das decisões judiciais consiste no meio utilizado para dialogar com as partes, assim expondo os fundamentos que o orientou a tomar a decisão frente a demanda instaurada.
Em seu método o juiz deverá deixar claro os argumentos favoráveis a tese escolhida pelo mesmo como correta, logo, demonstrar os pontos em que a argumentação da parte adversária não foi convincente, a valoração da prova pelo julgador compõe parte essencial para a motivação das suas decisões já que constitui elementos para o exercício do contraditório entre as partes. Assim, a motivação das decisões judiciais expõe as razões pelas quais o juiz acolheu a versão dos fatos e as provas de uma parte, e excluiu o da outra.
O procedimento baseia-se de fatos apresentados no processo, a produção de provas e os dispositivos legais que reunidos contribuem para que o julgador possa analisar o caso concreto, conforme a lei. Logo, destaca-se que nascem inúmeras verdades no processo na medida em que o juiz averigua o caso, podemos dizer que é como se fosse um quebra-cabeça no qual a cada instante você encontra uma peça. 
Poderá ocorrer uma decisão sem motivação Judicial, como por exemplo: “Indefiro o pedido, por falta de amparo legal”, nesse caso trata-se de uma tautologia, pois não atendem as exigências da motivação, ou seja, o Magistrado tem que dizer o “POR QUE” atendeu os presentes ou ausentes, os pressupostos para a concessão ou denegação da tutela antecipada. 
Conclui-se que, esse princípio refere-se a importância do processo em bases legais. A fundamentação da sentença é uma grande garantia da justiça quando consegue reproduzir exatamente como o juiz percorreu para chegar a sua determinada decisão, portanto se esta é errada, levará a encontrar-se através dos fundamentos, onde o Magistrado desorientou-se ou o que induziu a um erro.
Um meio para que o juiz profere sua decisão é a comparação dos fatos narrados com a realidade no qual o que se busca é a aproximação máxima e possível da verdade,o princípio da motivação é a limitação para a atuação jurisdicional, fazendo com que os órgãos jurisdicionais fiquem adstritos à aplicação da Lei, ou seja, que este não defina uma causa com base na sua vontade, mas sim com base em normas legais. Os argumentos e fundamentações no decorrer do processo têm como a finalidade de encaixar a mão do demando a luvas do Direito, o encaixe deve ser perfeito para que não crie dúvidas quanto à aplicação do processo em sua materialidade.
2.10 Princípio da segurança jurídica
Com relação a este princípio, podemos inicialmente parafrasear um dos nossos processualistas brasileiros, Humberto Theodoro Jr., que disse “de que ainda reformar as leis, se é pela inobservância delas que o retardamento dos feitos se dá?” (2005, p.31).
Em um contexto prático, o escrivão é o responsável pela organização dos atos em um processo, onde este enumera as folhas dos autos tendo, por conseguinte o princípio da segurança jurídica, dando a garantia de que não sejam juntados ao processo petições e/ou documentos de forma indevida, por exemplo.
A lei tem por premissa básica, proteger a incolumidade (danos) aos autos do processo, e, aliando-se a essa premissa há o princípio da segurança jurídica, onde temos a figura do escrivão a responsabilidade da guarda do processo e o seu conteúdo, em conformidade aos requisitos definidos no art. 144, inc. IV do CPC. Ou seja, por meio do princípio da segurança jurídica, as informações contidas nos autos devem ser a base para uma decisão judicial. Porém, há exceções, como, onde os fatos secundários podem ser usados pelo juiz (ex officio) para fundamentar o seu entendimento e mesmo decisão em relação ao fato constitutivo de direito do autor, onde este é apresentado pela parte.[4: Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;]
Assim, complementando o assunto na continuidade da coisa julgada, sim há relevância em relação ao princípio da segurança jurídica, pois, embora haja permissão por parte da doutrina no combate a sentenças encobertas pela “capa” da coisa julgada, no caso tipo material, mesmo após o decurso de prazo decadencial definido no aforamento da ação rescisória, agindo por meio da “ação de querela nullitatis insanabilis”, por exemplo.
Após o estudo e entendimento dos princípios da segurança jurídica, pode-se observar uma interligação deste com todos os princípios constitucionais, pois há perspectiva de segurança necessária para que o indivíduo possa conduzir a sua vida sem surpresas.
Em relação a esta teórica tranquilidade, não é desconsiderado o impacto econômico das decisões judiciais. Assim, a premissa de estruturar os processos com base nos princípios da segurança jurídica, pode e trarão benefícios do tipo, a distribuição da Justiça e a estabilidade das relações sociais, o que deve ser objeto principal do estado Democrático de Direito, no qual Este necessita ser constantemente perseguido a todo o momento.
Os operadores de Direito devem preocupar-se em relação aos resultados que são levados ao judiciário com enfoque exageradamente políticos e ideológicos.
Ressalte-se que o princípio da segurança jurídica apresenta-se sob duas vertentes distintas: a) objetiva, que é a própria segurança jurídica em si, quando aplicada para garantir, de forma geral, a estabilidade das relações jurídicas aos administradores, indistintamente; e b) subjetiva, também denominada confiança legitima (ou proteção á confiança). (GOMES, 2012. p.458)
Porém, não há como prever que estes novos projetos e institutos possam de alguma forma solucionar todos os problemas relacionados à segurança jurídica e quiçá, a demora recursal, mas ao dissertar sobre o tema leituras e estudos, é possível sim, vislumbrar que medidas já tomadas vêm demonstrando eficiência, não trazendo prejuízos nos julgamentos.
2.11 Princípio da celeridade e da brevidade, princípio da tempestividade ou garantia à tutela jurisdicional sem dilações indevidas
2.11.1 Princípio da Celeridade e da Brevidade
O presente princípio da celeridade processual surgiu com intuito de formalizar uma antiga ação, proposta pela sociedade que busca um desempenho jurisdicional hábil. Este princípio já se encontrava assegurado nas normas da constituição, e junto a ele está previsto punições processuais em caso de apresentação por partes de recursos com intuito protelatório. Com a reforma do judiciário se tornou um princípio constitucional que vigora e é aplicável ao referido poder, o princípio do acesso á jurisdição onde constitui um direito subjetivo do cidadão, constitucionalmente assegurado, garantindo a agilidade das atividades jurisdicionais quando este for recorrido. 
Para alguns doutrinadores, este princípio trás mais do que a velocidade no julgamento, como pode-se verificar:
Processo com razoável duração já não significa necessariamente, um processo veloz, mas um processo que deve andar com certa rapidez, de modo que as partes tenham uma prestação jurisdicional em tempo hábil. (SILVA, 2007. P. 176).
Entende-se então por este direito jurisdicional, que sua prestação tende a ser eficiente, célere e justa por meio da efetiva aplicação do direito
Para o emprego legal, e que houvesse á rapidez do processo a celeridade passou a integrar na Emenda Constitucional n° 45/04, conhecida como a “Reforma do Poder Judiciário”, apresentando em seu texto garantias ao cidadão. Nelas encontramos distribuídas e divididas as modificações estruturais do judiciário e do Ministério Público, alterações de competência, disposições sobre a disciplina jurídica da magistratura e normas de caráter processual. 
Inicialmente seguindo um raciocínio, o grande vilão responsável pela demora no término de uma ação não é o prazo do processo em si, mas sim a demora da pratica dos diversos atos processuais necessários para conduzir o ato, haja vista o exagerado número de ações judiciais e incidentes processuais, que por consequência elevam o número de atos a serem praticados pelo juiz e pela secretaria responsável.
Quanto à divisão dos trabalhos se a mesma for aplicada, o prazo para computar os atos processuais pode ser menor. O novo texto processual altera sua sistemática de atuação, reduzindo a quantidade de processos que seriam apenas julgados pelo poder judiciário com intuito de alcançar a prática de atos em um maior número de ações, fazendo com que desenvolvam até atingir o resultado final.
Seguindo ainda a base desse raciocínio nos comparamos com o princípio da brevidade ou da razoável duração do processo. Este princípio foi incluído no texto constitucional com a aprovação da Emenda n° 45/04.
O direito tem como finalidade assegurar a tutela jurisdicional de maneira célere e efetiva, que tem por característica fundamental no Estado Democrático de direito superar as desigualdades sociais e instaurar um regime democrático, que efetivamente realize justiça social.
2.11.2 Princípio da Tempestividade ou Garantia á Tutela Jurisdicional sem dilações indevidas
A Tempestividade da Prestação jurisdicional representa o ato de realizar com eficiência o presto jurisdicional. Não basta apenas o julgamento, mas que a decisão seja eficaz.
Nas palavras de Barbosa Moreira (1984, p. 3), “toma-se consciência cada vez mais clara da função instrumental do processo e da necessidade de fazê-lo desempenhar de maneira efetiva o papel que lhe toca”.
O uso da palavra tempo pode ser empregado em circunstâncias diversas, mas nesse princípio diz respeito a duração dos processos até o seu final. Desde o surgimento do Processo Público no direito romano, a excessiva duração do processo vem sendo tratada como forma produtora de efeitos negativos á própria demanda, e para as partes que nela se encontram envolvidas. Mas com o processo de mudança tecnológica e digital houve uma revolução muito grande, assim facilitando o trabalho do Estado.Atualmente o mundo vem crescendo e com ele evoluindo a trajetória de informações, dessa forma a noção de tempo se alterou. Se formos analisar o tempo é inimigo do processo, e com essa evolução não tem como prolongar mais o seu período proposto pelo processo por parte do foro competente, apenas para favorecer uma das partes. O juiz precisa ter conhecimento de que algumas propostas são indevidas e não acrescentam em nada no processo, e que a prestação tende a ser fornecida de forma adequada, ou seja, de acordo com os direitos fundamentais.
O processo é um instrumento que tem por fim realizar os direitos e eliminar conflitos, ou seja, se não julgado corretamente evita que a jurisdição realize os seus objetivos.
2.12 Princípio da Efetividade do Processo
O Princípio da Efetividade da Execução Forçada é um desdobramento da aplicação, in executivis, do princípio da efetividade do processo, já e muito estudado pela Doutrina. Este princípio em questão pode ser transcrito e entendido numa frase de efeito já utilizado e em uso no slogan do moderno Direito Processual, onde: “O processo deve dar, quando for praticamente, a quem tenha um direito, tudo aquilo e exatamente aquilo que ele tenha direito de conseguir”. (CHIOVENDA, 1998, P. 67).
Tal afirmativa é considerada em todos os tipos de processo, pois na execução forçada encontra-se um ponto sensível do sistema, onde pode-se identificar com mais sensibilidade uma afinidade no processo jurisdicional para que se atinja os fins a que deles são esperados. 
Onde a prescrição, se reafirma, e faz desaparecer o próprio direito subjetivo, e até seria imperdoável afirmar de que o direito subjetivo sobrevive a prescrição, podemos ser penalizados em afirmar a existência de um direito material incapaz de alguma realização jurisdicional, o que pode contrariar o princípio da efetividade do processo, pois sabe-se que este princípio deve ser capaz em dar a quem tenha um direito tudo aquilo que este tenha o direito em receber. Assim sendo, a prescrição é um procedimento capaz de pôr fim ao direito subjetivo.
O princípio da efetividade do processo ou da jurisdição está fundamentando na expressão inserida no art. 5º, XXXV, onde a lei não excluirá nenhuma lesão ou ameaça a direito da apreciação do Poder Judiciário. O dito “princípio do acesso à justiça”, por vezes, é transcrito como “efetividade da jurisdição”.[5: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciária lesão ou ameaça a direito;]
Vale frisar para que se tenha um bom entendimento do significado do princípio da efetividade do processo, que ainda o princípio do “acesso à justiça” e do “devido processo legal” e aqueles que forem seus contemporâneos, sejam basicamente, à criação de condições efetivas a aprovação do Poder Judiciário.
A obtenção da tutela jurisdicional por meio de um devido envolvimento ao longo do processo, objetivando o reconhecimento do direito (ameaçado ou mesmo lesionado) do indivíduo pelo Poder Judiciário, onde o princípio da efetividade do processo direciona-se especificamente aos resultados práticos no reconhecimento do direito, na exata medida em que este seja, isto é, os resultados da tutela jurisdicional no plano material, externo ao processo.
Pode-se observar que o contraditório e o “devido processo legal” não é gerar ineficácia de direitos identificados na lei e mesmo pelo juiz; é vislumbrar um mecanismo em que ambos os interessados (credor e devedor) possam expor e serem ouvidos na medida de seus direitos.
Assim, nesta razão é comum e até correta uma interligação entre o princípio da efetividade do processo ou da jurisdição ou da inafastabilidade da jurisdição, no que tange a tutela de urgência, e aí são entendidas como cautelares, as tutelas antecipadas e assim por diante. Podem estar corretas, porém o princípio não se esgota com estes institutos, o seu conceito e a sua função.
Mas o “princípio da efetividade do processo” pode e se reserva a isso – ser entendido de forma mais ampla. Por meio deste princípio procura-se reduzir o binômio “direito e processo”, tendo-se o processo como um instrumento de e para a realização concreta do direito material.
Originando-se assim “procedimentos especiais”, ou num entendimento maior, a “tutela diferenciada”, e ainda, o assento constitucional e de direito positivo onde o processualista volta-se a atenções e mesmo preocupações que estão fora do processo; objetivando encontrar pontos que são exteriores ao processo, em um modelo de Estado Social, Democrático e de Direito como é o brasileiro.
Em nada importa no empenho em editar novas leis, se não se trabalhar o fator cultural, assim como também não se resolve o problema cobrando-se de forma ágil somente o Poder Judiciário, onde um número de juízes e servidores fatigados diante de um sem número de litígios postos sem critério à sua apreciação, e ainda, não se implica em dizer e criar óbice ao acesso à Justiça, mas sim, realçar a confiança nestes.
A efetividade da prestação jurisdicional, portanto, não ocorrerá na entrega do bem jurídico em litígio, ou mesmo na entrega de forma inoportuna o que pode tornar-se inútil a prestação, ferindo a garantia constitucional. Enfim, a busca da solução requer reflexões e atitudes e revela o empenho na necessidade da elevação cultural e dos padrões morais da sociedade.
3 CONCLUSÃO
Nos últimos tempos o estudo do processo civil desviou claramente sua atenção para os resultados a serem concretamente alcançados pela prestação jurisdicional. Muito mais do que com os clássicos conceitos tidos como fundamentais ao direito processual, a doutrina tem-se ocupado com medidas que possam redundar em melhoria dos serviços forenses. Trata-se mesmo de uma “garantia de um processo justo”, mais do que de um “processo legal”, colocando em primeiro plano idéias, éticas em lugar do estudo sistemático apenas das formas e solenidades do procedimento. 
Toda uma grande reforma se fez nos últimos anos, nos textos do Código de Processo Civil com o propósito de desburocratizar o procedimento e acelerar o resultado da prestação jurisdicional. Junto a essas ideias é possível encontrar o princípio da oralidade, do caráter público e de interesse geral, onde são de extrema importância para que na jurisdição Civil, suplantam os próprios interesses privados das partes em litígio.
O processo civil passou, então, a ser visto como um instrumento pacífico social e de realização da vontade da lei e apenas secundariamente como remédio tutelar dos interesses particulares. Para dar efetividade a esse direito fundamental faz-se necessário que de um lado as nossas cortes comecem a analisar de forma mais detalhada as escolhas realizadas pelo autor e pelo réu ao longo do processo, e ainda conscientizar aos envolvidos no processo que atrasar o processo, não é só uma “ofensa pessoal”, gerando dano para a outra parte, mas que sim, a ofensa é ao processo, num primeiro momento, mas é uma ofensa à sociedade como um todo, já que para mover esse processo onde o mesmo deveria ter sido encerrado, existe custos e acaba prejudicando os demais processos que devem também ser analisados, mas que esse está atravancando o judiciário.
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