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Direito Processual Civil – AJAJ – TRF2 
Aula 00 – Jurisdição 
Prof. Anderson de Oliveira Noronha 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Anderson de O. Noronha 
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 00 
Direito Processual Civil – AJAJ – TRF2 
Da Jurisdição. 
Professor: Anderson de Oliveira Noronha 
Data: 16/10/2016 
Direito Processual Civil – AJAJ – TRF2 
Aula 00 – Jurisdição 
Prof. Anderson de Oliveira Noronha 
 
 
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2 
 
 
 
Aula Conteúdo Programático Data 
00 Jurisdição. Princípios da jurisdição. Características 
principais da jurisdição. Equivalentes jurisdicionais. 
16/out 
01 
Espécies de Jurisdição. Ação. Elementos da ação. Partes. 
Pedido. Causa de pedir. Condições da ação. Interesse de 
agir. Legitimidade. Classificação e critérios identificadores. 
Concurso e cumulação de ações. 
16/out 
02 
Processo. Conceito, Natureza Jurídica. Procedimento. 
Relação jurídica processual. Pressupostos processuais. 
Princípios processuais. Processo e procedimento. Espécies 
de processos e de procedimentos. Preclusão. 
16/out 
03 
Princípios gerais do processo civil. Fontes. Lei processual 
civil. Eficácia. Aplicação. Interpretação. Direito Processual 
Intertemporal. Critérios. Limites da Jurisdição. 
23/out 
04 
Das partes e dos procuradores. Da capacidade processual, 
da legitimação, da representação e da substituição 
processual. Dos Procuradores. A Advocacia Pública. 
Prerrogativas da Fazenda Pública em juízo. Do Ministério 
Público. 
23/out 
05 
Litisconsórcio. Da Intervenção de Terceiros (Assistência. 
Denunciação da Lide. Chamamento ao Processo. Incidente 
de desconsideração da personalidade jurídica. Amicus 
Curiae). Organização Judiciária Federal e Estadual. Da 
Competência interna. Competência. Critérios 
determinadores. Competência originária dos Tribunais 
Superiores. Competência absoluta e relativa. Modificações. 
Meios de declaração de incompetência. Conflitos de 
competência e de atribuições. Conexão e continência. 
23/out 
06 
Do juiz. Dos deveres do juiz. Da responsabilidade do juiz. 
Da parcialidade do juiz (impedimento e suspeição). Dos 
auxiliares da justiça. Escrivão e Chefe de Secretaria. Oficial 
de Justiça. Responsabilidade do Escrivão, do Chefe de 
Secretaria e do Oficial de Justiça. Perito. Depositário e 
Administrador. Intérprete e Tradutor. Conciliadores e 
Mediadores Judiciais. 
30/out 
07 
Dos atos processuais. Forma dos atos processuais. Tempo 
e Lugar dos atos processuais. Prazos. Comunicações dos 
atos processuais. Cartas. Citação. Intimações. Nulidades 
dos atos processuais. Da formação, suspensão e extinção 
do processo. 
30/out 
08 
Procedimento comum. Aspectos Gerais. Fases. Petição 
inicial. Requisitos. Indeferimento da petição inicial e 
improcedência liminar do pedido. Resposta do réu. Impulso 
processual. Prazos e preclusão. Prescrição. Inércia 
processual: contumácia e revelia. Contestação. 
Reconvenção. Das Providências preliminares e do 
06/nov 
Aula 00 – Da Jurisdição 
Direito Processual Civil – AJAJ – TRF2 
Aula 00 – Jurisdição 
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3 
Aula Conteúdo Programático Data 
Saneamento. Julgamento conforme o estado do processo. 
09 
Provas. Audiências. Conciliação e Mediação. Instrução e 
julgamento. Distribuição do ônus da prova. Fatos que 
independem de prova. Depoimento pessoal. Confissão. 
Prova documental. Exibição de documentos ou coisas. 
Prova testemunhal. Prova pericial. Inspeção judicial. Exame 
e valoração da prova. Produção Antecipada de Provas. 
13/nov 
10 
Sentença. Conceito. Classificações. Requisitos. Efeitos. 
Publicação, intimação, correção e integração da sentença. 
Mérito. Questão principal, questões preliminares e 
prejudiciais. Remessa Necessária. Coisa julgada. Conceito. 
Espécies. Limites. Liquidação de Sentença. Espécies. 
Procedimento 
20/nov 
11 
Cumprimento da sentença. Procedimento. Impugnação. 
Processo de Execução. Princípios gerais. Espécies. 
Execução contra a Fazenda Pública. Regime de Precatórios. 
Requisições de Pequeno Valor. Execução de obrigação de 
fazer e de não fazer. Execução por quantia certa. Embargos 
de Terceiros. Exceção de pré-executividade. Remição. 
Suspensão e extinção do processo de execução. 
27/nov 
12 
Meios de impugnação à sentença. Ação rescisória. 
Recursos. Disposições Gerais. Apelação. Agravos. 
Embargos de Declaração. Embargos de Divergência. 
Recurso Ordinário. Recurso Especial. Recurso 
Extraordinário. Recursos nos Tribunais Superiores. 
Reclamação e correição. Repercussão geral. Súmula 
vinculante. Recursos repetitivos. 
04/dez 
13 Da Tutela Provisória: Tutelas de Urgência e de Evidência. 11/dez 
14 Procedimentos Especiais. 18/dez 
 
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CONTEÚDO 
1. Apresentação .......................................................................................................................................... 5 
2. Jurisdição ................................................................................................................................................ 8 
3. Princípios da jurisdição ......................................................................................................................... 11 
4. Características principais da jurisdição ................................................................................................. 16 
5. Equivalentes jurisdicionais.................................................................................................................... 17 
6. QUESTÕES PARA TREINO ...................................................................................................................... 23 
7. GABARITO ............................................................................................................................................. 25 
8. QUESTÕES COMENTADAS .................................................................................................................... 27 
 
 
Direito Processual Civil – AJAJ – TRF2 
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5 
Apresentação 
 
Olá! Tudo bem com você? 
 
Meu nome é Anderson. Por problemas pessoais, a professora Elisa não pôde 
continuar o curso de processo civil, e fui designado a ministrar esta matéria 
para vocês. Deixe que eu me apresente. 
Sou formado em Direito pela Universidade de Brasília - UnB (2006) e em 
Processamento de Dados pela Universidade Católica de Brasília (2000), tendo 
também cursado parcialmente Engenharia Mecânica (UnB) e Engenharia de 
Redes de Comunicação (UnB), além de ser pós-graduado em Ordem Jurídica e 
Ministério Público pela Escola Superior do Ministério Público do Distrito Federal e 
dos Territórios (2007). 
Desde 2009 sou Advogado do Senado Federal (classificado em 1º lugar na 
primeira fase e em 3º colocação ao final), com atuação na área judicial, 
principalmente no Supremo Tribunal Federal. Já no Senado, fui assessor jurídico 
da Comissão de Juristas que elaborou o novo Código de Processo Civil. 
Antes disso fui Analista Legislativo da Câmara dos Deputados (aprovado 
em 5º Lugar, 2000) entre 2002 e 2009. Também exerci o cargo de Técnico 
(nível médio) no MPDFT (aprovado em 7º lugar, 1999) entre 1999 e 2002. 
Entre 1994 e1999 fui professor de informática no Senac e em vários locais. 
 
Quanto a você, meus parabéns por dar um passo a mais no estudo para o cargo 
de Analista Judiciário do Tribunal Regional Federal da 2ª Região. 
O Edital ainda não saiu, mas a banca já foi definida: CONSUPLAN. Deste 
modo, acho que é interessante basear nosso curso em um edital para cargos 
jurídicos já feito por essa banca na vigência do novo CPC: 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL: Novo Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015). 
 
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Das normas processuais civis. Das normas fundamentais e da aplicação das normas 
processuais: Das normas fundamentais do processo civil; Da aplicação das normas processuais. 
Da função jurisdicional: da jurisdição e da ação; dos limites da jurisdição nacional e da 
cooperação internacional; da competência interna: da competência; disposições gerais; da 
modificação da competência; da incompetência; da cooperação nacional. Dos sujeitos do 
processo: das partes e dos procuradores; do litisconsórcio: da intervenção de terceiros; do juiz 
e dos auxiliares da justiça; do Ministério Público. Da Advocacia Pública. Da Defensoria Pública. 
Dos atos processuais. Da forma, do tempo e do lugar dos atos processuais: Da forma dos atos 
processuais; Dos atos em geral; Da prática eletrônica de atos processuais; Dos atos das partes; 
Dos pronunciamentos do juiz; Dos atos do escrivão ou do chefe de secretaria; Do tempo e do 
lugar dos atos processuais; Dos prazos; Da verificação dos prazos e das penalidades; Da 
comunicação dos atos processuais, Disposições gerais; Da citação; Das cartas; Das intimações. 
Das nulidades; Da distribuição e do registro do valor da causa; Da tutela provisória; da tutela 
de urgência; da formação, da suspensão e da extinção do processo; do processo de 
conhecimento e do cumprimento de sentença; Do procedimento comum: Da petição inicial, Dos 
requisitos da petição inicial, Do pedido, Do indeferimento da petição inicial, Da improcedência 
liminar do pedido, Da audiência de conciliação ou de mediação, Da contestação, Da 
reconvenção, Da revelia, Da não incidência dos efeitos da revelia, Do fato impeditivo, 
modificativo ou extintivo do direito do autor, Das alegações do réu, Da extinção do processo, Do 
julgamento antecipado do mérito, Do julgamento antecipado parcial do mérito, Da audiência de 
instrução e julgamento; Das provas ; Da sentença e da coisa julgada; Dos elementos e dos 
efeitos da sentença; Da remessa necessária; Do julgamento das ações relativas às prestações 
de fazer, de não fazer e de entregar coisa; Da coisa julgada; Da liquidação de sentença; Do 
cumprimento da sentença; Dos procedimentos especiais; Do processo de execução da execução 
em geral: Disposições gerais; Das partes; Da competência; Dos requisitos necessários para 
realizar qualquer execução; Do título executivo; Da exigibilidade da obrigação; Da 
responsabilidade patrimonial; Das diversas espécies de execução; Dos embargos à execução da 
suspensão e da extinção do processo de execução; Dos processos nos Tribunais e dos meios de 
impugnação das decisões judiciais da ordem dos processos e dos processos de competência 
originária dos tribunais; dos recursos: Disposições gerais; Da apelação; Do agravo de 
instrumento; Do agravo interno; Dos embargos de declaração; Dos recursos para o Supremo 
Tribunal Federal e para o Superior Tribunal de Justiça; Do recurso ordinário; Do recurso 
extraordinário e do recurso especial; Dos embargos de divergência. 
É praticamente todo o Código de Processo Civil, mas é perfeitamente factível. E 
caso saia o Edital com menos matérias, simplesmente retiraremos o excesso. 
Todas as referências a artigos no curso serão ao Código de Processo Civil de 
2015, em vigor desde 18 de março de 2016. É claro que por ainda estar com 
pouco tempo de aplicação, será inevitável tratarmos de posicionamentos 
jurisprudenciais construídos sob a vigência do CPC/1973. Será exposta a visão 
da doutrina (e a minha) sobre como imaginam que devam ser tratadas as 
questões no CPC/2015 (pode ser utilizado em provas discursivas), ressaltando 
que para a prova objetiva o melhor é, pelo menos inicialmente, ficarmos com o 
texto literal do CPC. 
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Você perceberá também que a minha abordagem é bastante direta e objetiva, 
mas com profundidade, de modo a maximizar o tempo de estudo e evitar 
prolixidade indesejável e blablabla. Afinal, tempo é um dos recursos mais 
importantes. 
Agora, como disse o pensador chinês Lao Tsé, “Uma longa caminhada começa 
com o primeiro passo”. E o nosso primeiro passo, essa Aula Demonstrativa, 
tratará de trazer elementos introdutórios que prepararão o terreno para os 
próximos passos. 
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Jurisdição 
O ser humano é uma espécie que, além de necessidades, tem desejos. 
 
Tudo aquilo que pode vir a satisfazer uma necessidade ou um desejo pode ser 
genericamente chamado de Bem da Vida. 
Os desejos humanos são ilimitados; contudo, os bens da vida são limitados. E 
quando duas pessoas disputam o mesmo bem da vida, surge um Conflito de 
Interesses. 
Tudo isso para dizer que Jurisdição é o Poder estatal de decidir os conflitos de 
interesses. Jurisdição vem do latim juris dictio e significa dizer o direito. Mas 
apenas dizer não é suficiente; o Estado deve ser estruturado e ter a capacidade 
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de interferir na esfera jurídica dos indivíduos para impor as suas decisões 
(juris - satisfação). 
Esta palavra pode ser compreendida em três aspectos distintos. 
Nas sociedades mais rústicas o meio de resolução dos conflitos de interesses 
era a força: o mais forte impunha sua decisão ao mais fraco. Com o avanço e 
sofisticação da organização social, a resolução dos conflitos em formações 
tribais passou a ser feita pela figura de um sábio, ancião etc, alguém em quem 
as partes confiavam e a quem elas respeitavam. 
A partir do momento em que os Estados modernos se organizaram, construindo 
instituições mais sólidas, passou a ser possível a eles exercerem o papel do 
ente que decide as questões e impõe as decisões, hoje chamado de Poder 
Jurisdicional. 
Na segunda acepção, fala-se em Função Jurisdicional como o encargo do 
Estado-juiz de fazer valer o poder jurisdicional. Esta função é atribuída, em 
regra, ao Poder Judiciário, constituindo sua função típica (principal). 
A Atividade Jurisdicional é a prática de atos processuais pelo juiz, 
representante do Estado investido do poder jurisdicional: o Estado-Juiz. 
Em uma frase: Existe um Poder, que determina (e permite o exercício da) a 
Função que se concretiza na Atividade jurisdicional. 
 
Giuseppe Chiovenda foi um jurista italiano que definiu jurisdição como a “a 
atuação da vontade concreta do direito objetivo (material)” naquela época, LEI. 
Outros juristas se debruçaram sobre esta definição, tendo dois grupos se 
formado em torno de duas teorias. 
O primeiro grupo era liderado por Francesco Carnelutti, e dizia que a 
jurisdição, por meio da sentença, fazia atuar a vontadeconcreta da norma 
geral (lei). O outro grupo, capitaneado por Hans Kelsen, defendia que a 
sentença criava uma norma individual com base na norma geral. 
Ambas as teorias eram fruto do paradigma do positivismo acrítico e da ideia da 
supremacia da lei. Hoje, porém, entende-se que a jurisdição cria a norma 
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jurídica do caso concreto aplicando a lei, mas fazendo isto à luz dos direitos 
fundamentais e dos princípios constitucionais de justiça (a supremacia 
agora é da Constituição). 
Com isto em mente, um possível conceito para Jurisdição é trazido por 
Daniel Amorim Assumpção Neves: “Jurisdição é a atuação estatal visando à 
aplicação do direito objetivo ao caso concreto, resolvendo-se com 
definitividade uma situação de crise jurídica e gerando com tal solução 
a pacificação social.” 
Para entender bem onde se situa a Jurisdição, é importante diferenciar a 
Função Jurisdicional das outras funções do Estado. 
A função jurisdicional e a função legislativa têm em comum tratarem da lei. 
Todavia, as atuações se dão em diferentes termos. Na função legislativa, o 
tratamento da lei é visando abranger grande número de pessoas, de forma 
genérica e abstrata. Na função jurisdicional a lei é concretizada nos casos 
específicos e concretos postos à sua frente. 
Também não há que se confundir a função jurisdicional e função administrativa. 
A lei, na função administrativa, funciona como limite de atuação na busca do 
bem comum. Já na função jurisdicional, trata-se de fazer valer a lei, isto é um 
objetivo. Ainda, o Estado-Juiz, que exerce a atividade jurisdicional, é terceiro na 
relação jurídica de direito material (ou seja, dela não faz parte), sendo também 
um sujeito imparcial. Por outro lado, o Estado-Administração é parte na relação 
jurídica de direito material, tem interesse e não é imparcial em sua atuação; 
sendo parte, é parcial. E é essa a razão que permite uma ação contra o Estado, 
julgada pelo próprio Estado. A parte será o Estado-Administração, e o julgador, 
terceiro imparcial, será o Estado-Juiz. 
Por fim, não há caráter substitutivo na administração, enquanto que há na 
jurisdição. Por caráter substitutivo entenda-se “substituição da vontade das 
partes pela vontade da lei”. O Estado-Administração impõe a sua vontade: ele 
decide se vai ou não pagar um fornecedor, se determinado servidor será 
promovido ou não, todos são exemplo de atuação impositiva do Estado-
Administração. 
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O tema das funções típicas e atípicas de cada Poder da República é de direito 
constitucional, mas é bom que neste momento falemos brevemente sobre este 
assunto para fixar o entendimento acerca da jurisdição. 
Função estatal típica é aquela primordial, preponderante de cada Poder, sendo 
as atípicas aquelas exercidas por um poder mas que são típicas de outro, em 
tese. 
No caso Poder Legislativo, sua função típica consiste em fazer as leis e fiscalizar 
o Executivo. Todavia, vê-se pela atribuição do art. 52, I da CR/1988 que cabe 
ao Senado processar e julgar o Presidente da República por crimes de 
responsabilidade (processo de impeachment), tarefa eminentemente afeta à 
Função Jurisdicional do Estado. 
O Poder Executivo atua atipicamente na função jurisdicional ao conduzir 
processos administrativos, sindicâncias, pois sua função típica é administrar o 
Estado em busca do bem comum. 
E o Poder Judiciário não exerce apenas sua função primordial, típica, a função 
jurisdicional; também exerce função legislativa quando edita seus regimentos 
internos, prevendo sua organização, funcionamento etc, e atua na função 
administrativa ao executar concurso público para contratação de juízes, ou ao 
dar início ao procedimento licitatório de aquisição de bens. 
Princípios da jurisdição 
Princípio da Investidura 
Dispõe que as pessoas, os agentes, devem estar concretamente investidos do 
Poder jurisdicional. Daí chamarmos de Estado-juiz. No Brasil, a investidura pode 
se dar após aprovação em concurso público ou por meio de indicação, nas 
hipóteses de aplicação da regra do quinto constitucional (em que 1/5 das vagas 
é preenchida por Advogados) ou da regra da indicação Presidencial para o cargo 
de Ministro do STF. 
Princípio da Territorialidade 
O princípio atua como forma de limitação do exercício legítimo da jurisdição. 
Dentro do território nacional, todo e qualquer juiz tem jurisdição. Contudo, há 
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limitação dentro do território para prática legítima da jurisdição (competência). 
É por isso que há divisão em comarcas ou em seções judiciárias. Também a 
aplicação deste princípio justifica a utilização da carta precatória (falta de 
competência) e da carta rogatória (falta de jurisdição). 
No CPC há exceções ao princípio da territorialidade. Eis alguns: 
Art. 247. A citação será feita pelo correio para qualquer 
comarca do país, exceto: (...) 
 
Art. 255. Nas comarcas contíguas de fácil comunicação e nas que 
se situem na mesma região metropolitana, o oficial de justiça 
poderá efetuar, em qualquer delas, citações, intimações, 
notificações, penhoras e quaisquer outros atos executivos. 
 
Art. 60. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado, 
comarca, seção ou subseção judiciária, a competência territorial 
do juízo prevento estender-se-á sobre a totalidade do imóvel. 
 
Art. 845, § 1º A penhora de imóveis, independentemente de 
onde se localizem, quando apresentada certidão da respectiva 
matrícula, e a penhora de veículos automotores, quando 
apresentada certidão que ateste a sua existência, serão realizadas 
por termo nos autos. 
Princípio da Indelegabilidade 
Não é possível a delegação do exercício da jurisdição a outros poderes ou 
órgãos (indelegabilidade externa), nem a outro órgão jurisdicional 
(indelegabilidade interna). Lembre-se de que função estatal atípica não é 
delegação. 
Mas há exceções: caso das cartas de ordem, em que há delegação para 
produção de provas orais e periciais ao juízo de 1º grau (art. 972 do CPC); e 
da delegação para a prática de atos processuais pelo STF a unidades 
jurisdicionais de grau inferior (art. 102, I, ‘m’ da CR). 
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Observe que nem a carta rogatória nem a carta precatória são hipóteses de 
delegação, pois o juízo deprecante não tem competência para a prática dos 
atos. 
CPC, art. 972. Se os fatos alegados pelas partes dependerem de 
prova, o relator poderá delegar a competência ao órgão que 
proferiu a decisão rescindenda, fixando prazo de 1 (um) a 3 (três) 
meses para a devolução dos autos 
 
CR, art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - 
processar e julgar, originariamente: m) a execução de sentença 
nas causas de sua competência originária, facultada a delegação 
de atribuições para a prática de atos processuais; 
Princípio da Inevitabilidade 
Indo direto ao ponto: ninguém poderá se negar a fazer parte da relação jurídicaprocessual e, uma vez no processo, não poderá evitar os efeitos da jurisdição 
(mesmo contra a vontade estará em um estado de sujeição). 
Princípio da Inafastabilidade 
Este princípio pode ser definido nos termos do art. 5º, XXXV da CR: 
CR, art. 5º, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder 
Judiciário lesão ou ameaça a direito. 
Também está no CPC, no art. 3º: 
Art. 3º Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou 
lesão a direito. 
Deste modo, qualquer questão pode, em tese, ser objeto de apreciação pelo 
Poder Judiciário, não estando nada afastado a priori. 
Perceba que não há obrigação em acionar-se a jurisdição; porém, uma vez 
acionada, o Estado também não pode se recusar a prestar a jurisdição, motivo 
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14 
pelo qual alguns também chamam este aspecto específico de Princípio da 
Indeclinabilidade. 
Mesmo que haja outra forma de resolução do conflito, como as vias 
administrativas ou os equivalentes jurisdicionais, por exemplo, eles não são 
obrigatórios, podendo a questão ser submetida diretamente ao Judiciário. A 
expressão consagrada que reflete tal realidade é “a desnecessidade de 
esgotamento das vias administrativas”. 
A Constituição traz uma exceção: justiça desportiva (art. 217, §1 da CR). 
CR, art. 217, § 1º - O Poder Judiciário só admitirá ações relativas 
à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as 
instâncias da justiça desportiva, regulada em lei. 
Esta nos parece ser a única, pois o outro caso lembrado pela doutrina é aquele 
em que para ingresso de habeas data se exige a recusa do acesso às 
informações; contudo, correto o STJ quando diz que este caso não é exceção à 
inafastabilidade, mas sim falta de interesse de agir. 
Dentro do princípio da inafastabilidade, a moderna doutrina insere o acesso à 
ordem jurídica justa, que se traduz por iniciativas para ampliar o acesso ao 
processo (gratuidade, defensoria pública), para efetivação de tutela jurisdicional 
coletiva com ampla participação, para que se tome a decisão com justiça diante 
de várias possíveis (maximizar direitos fundamentais), que se maximize a 
eficácia da decisão (tutelas de urgência, aumento dos poderes do juiz e 
razoável duração do processo), entre outros. 
Princípio do Juiz natural 
CR, art. 5º, LIII - ninguém será processado nem sentenciado 
senão pela autoridade competente 
A ideia é que o processo seja julgado por um órgão a ser determinado por 
regras já estabelecidas. 
Se desdobra em uma impossibilidade de escolha do julgador pelas partes. 
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Também contempla a proibição de criação de tribunais de exceção, ou seja, não 
poderá haver a designação de um órgão julgador para julgar determinado fato 
ou casos específicos. O processo deve ser julgado por um julgador com amplas 
garantias pessoais e institucionais, com atribuições previamente fixadas e 
conhecidas, mediante regras ser abstratas, objetivas e sem direcionamento. 
CR, art. 5º, XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção 
Por exemplo, veja o art. 286, II do CPC. É uma regra que veda a escolha do 
juízo: 
Art. 286. Serão distribuídas por dependência as causas de 
qualquer natureza: II - quando, tendo sido extinto o processo sem 
resolução de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em 
litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente 
alterados os réus da demanda; 
Aqui evita-se que alguém, sabendo que o juízo para o qual foi distribuída sua 
causa tem posicionamento contrário aos seus interesses, desista do processo ou 
dê causa à sua extinção, para em seguida tentar novamente a sorte na 
distribuição, fugindo do juízo natural da causa. 
Fala-se em um princípio não expresso, decorrente do sistema, que é o Princípio 
do Promotor Natural. Tal princípio consistiria na proibição de escolha do 
acusador (ou melhor, do membro do Ministério Público) para causa específica, 
ou seja, em ser processado por membro do MP com atribuições previamente 
fixadas e conhecidas, à semelhança do que ocorre com o juiz natural. 
Ressalte-se que a indicação para forças-tarefa ou grupos de trabalho por área 
de atividade não violam este princípio, pois os membros do MP já têm 
atribuição para as causas e são designados para temas amplos e sem 
direcionamento pessoal. 
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Características principais da jurisdição 
Caráter substitutivo 
A jurisdição substitui a vontade das partes pela vontade da lei no caso concreto. 
Por exemplo, há um contrato de compra e venda, a parte pagou mas o 
vendedor não quer entregar: a jurisdição pode ser acionada para substituir a 
vontade do vendedor pela vontade da lei, de entregar a coisa. 
Mas essa característica não é essencial. Por exemplo, as ações constitutivas 
necessárias, em que a criação de nova situação jurídica apenas pode se dar 
mediante intervenção do judiciário, não há substitutividade porque as vontades 
não são divergentes Ex. divórcio com filhos pequenos, em que há acordo em 
tudo, se vai a juízo apenas para obter os efeitos jurídicos. 
Lide 
Lide é o conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida 
(Carnelutti). Uma pessoa que um bem da vida e a outra impede por meio da 
resistência. 
Também não é essencial. Na jurisdição voluntária, nas ações constitutivas 
necessárias, em regra não há conflito de interesses; a resistência é da lei, não 
há lide. Também nos processos objetivos de controle concentrado de 
constitucionalidade não há lide mas ninguém negará que há jurisdição. 
Inércia 
Representado pelo brocardo latino ne procedat iudex ex officio (o juiz não age 
de ofício). A movimentação inicial depende da provocação do interessado 
(direito de ação é disponível): 
Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve 
por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. 
 
Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da 
pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou 
em objeto diverso do que lhe foi demandado. 
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Também abarca o princípio da congruência/adstrição, que determina que o 
juízo deve decidir nos limites definidos pelo objeto da demanda (salvo pedidos 
implícitos). 
Perceba que o CPC diz, no art. 2º, só iniciar; após iniciado, a regra é a do 
impulso oficial (salvo exceções legais, como a do 513 §1º). 
513 § 1º O cumprimento da sentença que reconhece o dever de 
pagar quantia, provisório ou definitivo, far-se-á a requerimento do 
exequente. 
Definitividade 
A solução dada pela jurisdição é definitiva e imutável, sendo esta característica 
unicamente da jurisdição. Devem respeito a ela o juiz, as partes, o judiciário, os 
terceiros, os outros poderes... Por exemplo, a coisa julgada material somente 
ocorre em decisões jurisdicionais (apesar de nem toda decisão judicial formar 
coisa julgada material). 
Equivalentes jurisdicionais 
O Estado não tem o monopólio da solução dos conflitos. Há outros modos de 
solução dos conflitos pelas partes, e eles são chamados deequivalentes 
jurisdicionais ou formas alternativas de solução dos conflitos. 
Solução de conflitos é gênero. Jurisdição e Equivalentes Jurisdicionais são 
espécies. 
Não podemos cometer o erro de imaginar que a solução de conflitos no 
processo é jurisdição e a solução fora do processo é equivalente jurisdicional. A 
jurisdição é exercida pelo estado, por meio do processo. Já os equivalentes 
jurisdicionais podem ocorrer dentro ou fora do processo, sem que isso 
modifique sua natureza jurídica. 
A classificação dos equivalentes jurisdicionais não é pacificada, havendo vários 
autores que defendem vários critérios. Por exemplo, alguns usam o critério 
subjetivo para classificar: neste caso, quando a resolução é feita apenas pelos 
titulares do direito material, sem que haja terceiros no procedimento, dizem 
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haver autocomposição dos conflitos; havendo um terceiro no processo, 
heterocomposição. É possível utilizar o critério decisório, que foca em quem 
toma efetivamente a decisão sobre o conflito: por ele, se as partes decidem, 
mesmo que com auxílio de terceiro, há autocomposição; se o terceiro decide, 
heterocomposição. 
Estas classificações são erráticas e o que importa é eleger uma para estudar as 
espécies de equivalentes jurisdicionais. 
 
 
Autotutela 
A primeira forma de equivalente jurisdicional é a Autotutela. Ela se caracteriza 
por dois pontos: haver um sacrifício integral do interesse de uma parte E 
isso ocorrer pelo uso da força. A justificativa para que a ordem jurídica aceite 
o uso da força como na legítima defesa (art. 188, I do CC), no desforço 
imediato no esbulho (1.210 §1º do CC) e na apreensão do bem com penhor 
legal (1467, I do CC) é que o Estado não consegue tutelar adequadamente 
todas as violações ou ameaças a todos os direitos, e que em algumas situações 
(excepcionais) é desejável impedir o perecimento do direito pelo uso da força. 
A autotutela é uma resposta imediata, mas não definitiva; ou seja, pode ser 
revista amplamente pelo Judiciário. 
Formas consensuais de solução de conflitos 
Há formas que não se baseiam na força para resolver o conflito. São fundadas 
na vontade as partes, chamando-se formas consensuais de solução de conflitos. 
O novo CPC tem uma clara inclinação pela valorização das formas alternativas 
de solução dos conflitos. Veja, entre outros, o art. 3º, §2º, que diz que o Estado 
promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos, ou o §3º, 
que chama juízes, advogados, membros do Ministério Público, defensores a 
estimularem a solução consensual, mesmo no curso do processo. 
Como veremos em aulas futuras, a citação do réu agora é para comparecer à 
audiência de conciliação ou de mediação do art. 334. Há uma seção inteira para 
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a atividade dos conciliadores e mediadores (arts. 165-175). Os Tribunais 
deverão criar centros judiciários de solução consensual de conflitos (vinculados 
aos tribunais de 2º grau, que definirão sua composição e organização, 
obedecidas as diretrizes do CNJ), que cuidarão das sessões e audiências de 
conciliação e mediação, assim como dos programas para auxiliar a 
autocomposição. 
Tudo isto e muito mais permite concluir a aposta feita pelo legislador neste tipo 
de solução de conflitos. 
 
Autocomposição 
Pois bem, no campo consensual há a chamada autocomposição, em que as 
partes decidem o conflito. Aqui, no lugar da força, a vontade faz com que haja 
sacrifícios de interesse de três diferentes tipos. 
Aquele que alega ter um direito abdica desse direito: é a chamada renúncia; 
Há a submissão, em que uma parte se submete ao alegado interesse alheio, 
mesmo que sua resistência fosse legítima; 
e pode haver sacrifícios recíprocos, cada um cedendo um pouco, no que 
chamamos transação. 
Estes fenômenos podem ocorrer, como dito, fora do processo ou dentro do 
processo. E um deles, a submissão, tem um nome processual específico: 
Reconhecimento Jurídico do Pedido. 
Havendo qualquer destes fenômenos no processo, o juiz homologará por 
sentença de mérito a autocomposição (art. 487, II, III, V), com formação de 
coisa julgada material. É um caso interessante, em que o conflito foi resolvido 
por autocomposição mas em que houve exercício da jurisdição por causa da 
sentença homologatória. 
Há vários meios pelos quais se pode chegar à autocomposição. 
Um deles é por negociação direta, onde apenas as partes decidem o conflito, 
sem qualquer participação de terceiros. 
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Outras duas formas consensuais de solução dos conflitos são a conciliação e a 
mediação. Ambas têm a presença de um terceiro sem poder de decidir, 
mas que ajuda as partes a chegarem a um acordo. 
O Conciliador atua preferencialmente em casos em que não haja havido vínculo 
anterior entre as partes, em que não há relação continuada (art. 165 §2º). Ex. 
batida de carro, o conflito surge por este vínculo. 
Já o Mediador atua preferencialmente em casos em que houver vínculo anterior, 
relação continuada (família, vizinhos, sócios). Enquanto na conciliação há 
sacrifício de interesse (integral ou recíprocos), na mediação não há sacrifícios, 
mas solução com benefícios mútuos (art. 165, §3º). 
 
E como se pode virar mediador/conciliador? 
Por cadastro no tribunal, desde que capacitado por curso; por concurso público, 
se o tribunal optar por criar estes cargos; por convênio do tribunal com 
entidades privadas; e por escolha das partes (podem escolher 
conciliador/mediador, mesmo não cadastrado no tribunal – art. 168). 
Há dever de confidencialidade, que se estende a todas as informações 
produzidas no curso do procedimento, salvo se as partes expressamente 
deliberarem em contrário (art. 166 §1º). E há um dever de sigilo do 
conciliador/mediador, que os impedem de divulgar e mesmo de depor sobre 
fatos oriundos da conciliação/mediação (art. 166 §2º). 
Para evitar comportamentos de captação de clientes, por exemplo, há um 
impedimento do conciliador/mediador representar, assessorar ou patrocinar 
qualquer parte por prazo de 1 ano (art. 172), e se ele for advogado fica 
impedido de exercer a advocacia no juízo em que atua como 
conciliador/mediador (art. 167 §5º). 
O requisito mínimo para capacitação dos mediadores e conciliadores (art. 167 
§1º) é a aprovação em curso. Se advogados, há impedimento de exercer 
advocacia nos juízos em que atuar como conciliador/mediador (art. 167 §5º). E 
para qualquer um há o impedimento de 1 ano de assessorar, representar ou 
patrocinar qualquer das partes (art. 172). 
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Por fim, há a opção do tribunal criar quadro próprio, a ser preenchido por meio 
de concurso público de provas e títulos. 
Arbitragem 
Aqui as partes submetem o conflito a um terceiro de sua confiança,escolhido por elas, que o decidirá impondo sua decisão. 
É modalidade privativa dos direitos disponíveis, mas pode ser aplicada a 
contratos administrativos uma vez que há distinção entre interesse público 
primário (bem comum, indisponível) e secundário (interesse da administração). 
Ou seja, há casos em que os meios de cumprimento de determinada obrigação 
podem ser objeto de negociação, desde que não prejudiquem o interesse 
público primário. O próprio STJ já vem decidindo no sentido de que “Ao optar 
pela arbitragem o contratante público não está transigindo com o interesse 
público, nem abrindo mão de instrumentos de defesa de interesses públicos, 
Está, sim, escolhendo uma forma mais expedita, ou um meio mais hábil, para a 
defesa do interesse público”. MS 11.308 
Na arbitragem, há afronta ao princípio da inafastabilidade? 
Não, pois se o próprio direito de ação é disponível, dependendo da vontade do 
interessado para se concretizar, também o exercício da jurisdição na solução do 
conflito o será. Por isso pode-se afirmar que a arbitragem tem natureza 
jurídica de equivalente jurisdicional (maioria). Há uma minoria que diz se 
caso de jurisdição privada, mas a discussão não tem quaisquer efeitos práticos. 
Art. 3º Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou 
lesão a direito. 
§ 1º É permitida a arbitragem, na forma da lei. 
Veja que pela dicção do CPC também se pode concluir que a arbitragem não é 
jurisdição, pois se ela fosse não haveria sentido no §1º em permitir uma forma 
que é jurisdicional, causando um conflito lógico com o caput. Reforça isso o art. 
42, abaixo: 
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Art. 42. As causas cíveis serão processadas e decididas pelo juiz 
nos limites de sua competência, ressalvado às partes o direito de 
instituir juízo arbitral, na forma da lei. 
 Chegamos ao fim da nossa primeira aula, do primeiro passo na jornada rumo 
ao TRF-2. 
Obrigado por me confiar a única coisa que nenhum de nós pode ter de volta: o 
tempo. As aulas seguintes seguirão o padrão de serem diretas (em respeito ao 
seu tempo), com conteúdo gradativamente aprofundado e desenvolvimento 
lógico e concatenado. 
Bom estudo e que Deus te ilumine até o nosso próximo encontro! 
 
 
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QUESTÕES PARA TREINO 
 
1. (FCC/TJAL/2015 – Juiz Substituto) Em relação à jurisdição, considere os 
seguintes princípios e características: 
I. As únicas soluções possíveis para a lide são por meio da jurisdição e pelos 
mecanismos alternativos da autocomposição e da arbitragem. 
II. Pelo princípio da indeclinabilidade, a prestação jurisdicional não é 
discricionária e sim obrigatória para o Estado. 
III. Pelo princípio da inevitabilidade, tem-se que a jurisdição é atividade pública 
que cria um estado de sujeição às partes do processo. 
IV. Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o 
interessado a requerer, nos casos e forma legais, é enunciado relativo ao 
princípio da indelegabilidade das atribuições típicas e refere-se à jurisdição 
contenciosa e voluntária. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e IV. 
b) II e III. 
c) I, II e III. 
d) I, II e IV. 
e) III e IV. 
 
 
2. (FCC/TRT-18/2014 – Juiz do Trabalho) É defeso ao Juiz proferir sentença, 
a favor do autor, de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em 
quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado. Esse 
enunciado normativo refere-se ao princípio processual da 
a) obrigatoriedade da jurisdição. 
b) eventualidade. 
c) inércia jurisdicional. 
d) adstrição ou congruência. 
e) reciprocidade decisória. 
 
 
 
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3. (FCC/TRT-22/2010 – Analista Judiciário – Área Judiciária) A 
indeclinabilidade é uma característica 
a) da ação. 
b) da jurisdição. 
c) do processo. 
d) da lide. 
e) do procedimento. 
 
 
 
4. (FCC/TJ-MS/2010 – Juiz de Direito) É princípio informativo do processo 
civil o princípio 
a) dispositivo, significando que o juiz não pode conhecer de matéria a cujo 
respeito a lei exige a iniciativa da parte. 
b) da inércia, significando que o processo se origina por impulso oficial, mas 
se desenvolve por iniciativa da parte. 
c) da congruência, significando que o juiz deve ser coerente na exposição de 
suas razões de decidir. 
d) da eventualidade, significando que as partes devem comparecer em todos 
os atos do processo, manifestando- se eventualmente. 
e) da instrumentalidade das formas, significando que o ato deve ser 
considerado em si mesmo, sem preocupações teleológicas. 
 
 
5. (FCC/DPE-SP/2010 – Agente de Defensoria - Psicólogo) Um meio de 
resolução de controvérsias, referentes a direitos patrimoniais disponíveis, no 
qual ocorre a intervenção de um terceiro independente e imparcial, que recebe 
poderes de uma convenção para decidir por elas, sendo sua decisão equivalente 
a uma sentença judicial é denominado de 
a) Mediação. 
b) Arbitragem. 
c) Conciliação. 
d) Audiência. 
e) Avaliação. 
 
 
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6. (FCC/TJPA/2009 – Analista Judiciário – Área Judiciária) Jurisdição é 
a) a faculdade atribuída ao Poder Executivo de propor e sancionar leis que 
regulamentem situações jurídicas ocorridas na vida em sociedade. 
b) a faculdade outorgada ao Poder Legislativo de regulamentar a vida social, 
estabelecendo, através das leis, as regras jurídicas de observância 
obrigatória. 
c) o poder das autoridades judiciárias regularmente investidas no cargo de 
dizer o direito no caso concreto. 
d) o direito individual público, subjetivo e autônomo, de pleitear, perante o 
Estado a solução de um conflito de interesses. 
e) o instrumento pelo qual o Estado procede à composição da lide, aplicando 
o Direito ao caso concreto, dirimindo os conflitos de interesses. 
 
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GABARITO 
 
1. B 2. D 3. B 4. A 5. B 
6. C 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (FCC/TJAL/2015 – Juiz Substituto) Em relação à jurisdição, considere os 
seguintes princípios e características: 
I. As únicas soluções possíveis para a lide são por meio da jurisdição e pelos 
mecanismos alternativos da autocomposição e da arbitragem. 
II. Pelo princípio da indeclinabilidade, a prestação jurisdicional não é 
discricionária e sim obrigatória para o Estado. 
III. Pelo princípio da inevitabilidade, tem-se que a jurisdição é atividade pública 
que cria um estado de sujeição às partes do processo. 
IV. Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o 
interessado a requerer, nos casos e forma legais, é enunciado relativo ao 
princípio da indelegabilidade das atribuições típicas e refere-se à jurisdição 
contenciosae voluntária. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e IV. 
b) II e III. 
c) I, II e III. 
d) I, II e IV. 
e) III e IV. 
Resposta: B. 
Item I errado. Apenas para exemplificar, a autotutela também põe 
fim à lide e é permitida em alguns casos no nosso ordenamento. 
Item II verdadeiro. Parte da doutrina vê este princípio, com 
exatamente esta descrição. 
Item III verdadeiro. O princípio da inevitabilidade, em um de seus 
aspectos, indica o estado de sujeição das partes ao processo. 
Item IV falso, pois trata do princípio da inércia e não do princípio 
da indelegabilidade. A indelegabilidade diz respeito à não 
transferência das funções jurisdicionais. 
 
 
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2. (FCC/TRT-18/2014 – Juiz do Trabalho) É defeso ao Juiz proferir sentença, 
a favor do autor, de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em 
quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado. Esse 
enunciado normativo refere-se ao princípio processual da 
a) obrigatoriedade da jurisdição. 
b) eventualidade. 
c) inércia jurisdicional. 
d) adstrição ou congruência. 
e) reciprocidade decisória. 
 
Resposta: D. Como vimos acima, o princípio da adstrição ou 
congruência está relacionado ao princípio da inércia, e seu 
conteúdo pode ser descrito exatamente como está no comando da 
questão. 
 
 
3. (FCC/TRT-22/2010 – Analista Judiciário – Área Judiciária) A 
indeclinabilidade é uma característica 
a) da ação. 
b) da jurisdição. 
c) do processo. 
d) da lide. 
e) do procedimento. 
 
Resposta: B. Simples e direta para quem estudou, a 
indeclinabilidade é uma característica da Jurisdição. 
 
 
4. (FCC/TJ-MS/2010 – Juiz de Direito) É princípio informativo do processo 
civil o princípio 
a) dispositivo, significando que o juiz não pode conhecer de matéria a cujo 
respeito a lei exige a iniciativa da parte. 
b) da inércia, significando que o processo se origina por impulso oficial, mas 
se desenvolve por iniciativa da parte. 
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c) da congruência, significando que o juiz deve ser coerente na exposição de 
suas razões de decidir. 
d) da eventualidade, significando que as partes devem comparecer em todos 
os atos do processo, manifestando- se eventualmente. 
e) da instrumentalidade das formas, significando que o ato deve ser 
considerado em si mesmo, sem preocupações teleológicas. 
 
Resposta: A. Na letra B ele troca a ordem, pois o processo se inicia 
por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial. Na letra 
C, congruência ou adstrição está ligado à decidir nos limites em 
que a demanda foi proposta. Os princípios da eventualidade e da 
instrumentalidade das formas veremos em aulas futuras, mas já 
adianto que o da eventualidade está ligado à manifestação do 
demandado na fase de contestação e o da instrumentalidade traz a 
ideia de que a forma não deve ser considerada em si mesmo, mas 
como um meio para se atingir determinado objetivo. 
 
 
5. (FCC/DPE-SP/2010 – Agente de Defensoria - Psicólogo) Um meio de 
resolução de controvérsias, referentes a direitos patrimoniais disponíveis, no 
qual ocorre a intervenção de um terceiro independente e imparcial, que recebe 
poderes de uma convenção para decidir por elas, sendo sua decisão equivalente 
a uma sentença judicial é denominado de 
a) Mediação. 
b) Arbitragem. 
c) Conciliação. 
d) Audiência. 
e) Avaliação. 
 
Resposta: B. A descrição é da arbitragem. Não confundir com 
mediação ou conciliação, que têm participação de um terceiro mas 
sem poder de decisão. 
 
 
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6. (FCC/TJPA/2009 – Analista Judiciário – Área Judiciária) Jurisdição é 
a) a faculdade atribuída ao Poder Executivo de propor e sancionar leis que 
regulamentem situações jurídicas ocorridas na vida em sociedade. 
b) a faculdade outorgada ao Poder Legislativo de regulamentar a vida social, 
estabelecendo, através das leis, as regras jurídicas de observância 
obrigatória. 
c) o poder das autoridades judiciárias regularmente investidas no cargo de 
dizer o direito no caso concreto. 
d) o direito individual público, subjetivo e autônomo, de pleitear, perante o 
Estado a solução de um conflito de interesses. 
e) o instrumento pelo qual o Estado procede à composição da lide, aplicando 
o Direito ao caso concreto, dirimindo os conflitos de interesses. 
 
Resposta: C. Não é faculdade, é poder. E tampouco é instrumento, 
como diz a letra E; ali o que está descrito está mais próximo à 
definição de processo do que de jurisdição. As outras letras nada 
têm a ver com jurisdição, tratando a letra A do poder de iniciativa e 
sanção do Poder Executivo, a letra B do Poder Legiferante, e a letra 
D do direito de ação.

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