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RELATO DE CASO ANA

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RELATO DE CASO
Reeducação alimentar: um relato de caso
Ana Lívia Xavier Araújo Maciel¹, Ângela de Oliveira Godoy Ilha².
1 Acadêmica do Curso de Nutrição da Faculdade Estácio de Alagoas (ESTÁCIO/FAL)
2 Nutricionista, Mestre em endocrinologia na USP, Docente e coordenadora de Nutrição na Estácio (FAL).
Resumo
A reeducação alimentar é o processo de mudanças de hábito na alimentação, que consiste em educar novamente o indivíduo quanto sua alimentação, porém de uma forma correta, para que nela contenha todos os nutrientes essenciais ao organismo. Pode-se dizer que a reeducação alimentar é a recuperação de práticas saudáveis, conforme recomendado pela pirâmide alimentar, sendo o profissional de nutrição dono de um papel fundamental em ensinar, incentivar e fazer uma prescrição dietética de qualidade e responsabilidade. O presente estudo relata o caso de uma adolescente eutrófica com o desejo de reeducar sua alimentação, e melhorar seus hábitos alimentares, e consequentemente levar uma vida saudável, evitando uma futura obesidade e doenças crônicas não transmissíveis.
Palavras-chave: Estado nutricional; Hábitos alimentares, Educação alimentar.
Abstract
Food re-education is the process of changing habits in food, which consists in re-educating the individual about their food, but in a correct way, so that it contains all the nutrients essential to the body. It can be said that food re-education is the recovery of healthy practices, as recommended by the food pyramid, and the nutrition professional has a fundamental role in teaching, encouraging and making a dietary prescription of quality and responsibility. The present study reports the case of a eutrophic adolescent with the desire to reeducate her diet, improve her eating habits, and consequently lead a healthy life, avoiding future obesity and chronic non communicable diseases.
Keywords: Nutritional status; Eating habits, Food education.
Introdução
A importância da educação alimentar e nutricional vem em crescente notoriedade, tendo em vista a tática indispensável para combater os atuais desafios nos cenários da saúde e alimentação e nutrição. Porém destaca-se que há uma pequena quantidade de fundamentos de capacitação abstrata, metodológica e produtiva, tanto na bibliografia acadêmica, como nos registros de referência que orientam as organizações politicas no tema. Isto quer dizer: “a educação alimentar e nutricional está em todas as partes, no mesmo momento, e ao mesmo tempo em parte alguma (Santos, 2012).
Uma boa alimentação, para precaução de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), há de apresentar dietas que encontram-se na cobertura da população em geral, e que disponham de uma influência em relação aos mais significativos motivos associados a inúmeras patologias. Incentivar a ingestão de porções pertinentes, conforme recomendado pela pirâmide alimentar brasileira, consegue ser molde de prática permanente. A sugestão da dieta para a sociedade brasileira tem precisamente, outras duas suposições: a recuperação de práticas saudáveis, certos da refeição brasileira e o reconhecimento de comidas ou grupos de comidas da qual a consumação deva ser estimulada, mais do que elaborar restrições. (Sauer, at al, 2010)
Diversos indivíduos encontram-se receosos não apenas em realizar as suas obrigações necessárias de se nutrir, porém tem buscado modelos benéficos e que tenha sustentação de uma alimentação saudável e que sejam capazes, entre outros privilégios diminuir o risco de doenças crônicas não transmissíveis relacionada à síndrome metabólica (Gomes, 2010).
Relato de caso
Paciente, ACSS, sexo feminino, 17 anos, estudante, procedente de Maragogi-AL. Relata praticar exercício físico (3x na semana), com antecedentes familiares: avó diabética. Nega DM, HAS, DCV e dislipidemia. Nega uso de medicamento de uso crônico, nega tabagismo.
1º Consulta 25/09/2017
Dados Antropométricos
Peso Atual:51,2 kg
Peso Ideal:51,6 kg 
Peso Alvo: 51,2kg
Altura: 1,55m
IMC atual: 21,31 kg/m2
Circunferência da Cintura: 74 cm > 88cm
CB = 28 cm 
Exame Físico
Sem alterações de sinais clínicos aparentes
Diagnóstico: Eutrofia 
Anamnese Alimentar
Paciente relata não se alimentar bem, por ter uma empregada doméstica que faz as refeições com bastante óleo, paciente já fez o pedido de retirada do óleo das preparações, porém sem êxito. Faz uma ingestão hídrica (1,5 litros por dia). Paciente relatou consumo variado de alimentos, com restrições de alguns alimentos de alto teor calórico, relata ingestão de álcool de uma vez ao mês (1 lata), relata um hábito intestinal normal (1 vez ao dia), nega aversão e alergia alimentar. Devido essa anamnese, foi prescrita uma dieta variada, junto da lista de substituição.
	
	Alimentos
	Medida Caseira
	Desjejum
	Café
	1 xícara
	Colação
	Uma laranja
	1 unidade 
	
	
	
	
	
	
	
	Arroz integral
Salada
	2 colheres de sobremesa
À vontade
	Almoço
	Feijão com charque
Frango frito
	1 concha
1 bife grande
	Lanche
	Uma banana
Bolacha maragogi
	1 unidade
3 unidades
	
	
	
	
	Café
Inhame
	1 xícara
2 unidades
	Jantar
	Ovo frito
	2 unidades
	
	
	
Quadro 1. Análise Química do Recordatório
	
	Recordatório
	Parâmetro 
	Adequação
	Energia
	1.033,65 kcal
	1.536 kcal 
(51,2 x 30)
	67,29%
	CHO
	40,64%
	55-65%
	73,89%
	PTN
	27,09%
	10-15%
	180,6 %
	LIP
	32,27%
	25-30%
	107,56%
	Fibras
	17,64g
	26g
	67,84%
	Colesterol
	176mg/dL
	200mg
	 88%
	Ferro
	13mg
	18mg
	72,22%
	Cálcio
	288 mg
	1300 mg
	22,15%
	Sódio
	351mg
	351mg
	100%
Diagnóstico Nutricional
Paciente encontra-se eutrófica.
Necessidades Nutricionais:
VET: 51,2 x 30 = 1.536kcal.
De acordo com os dados do recordatório 24hs, ficou constatado que a paciente não se alimenta adequadamente. Realizava 5 refeições, excluindo o desjejum e a ceia, porém mostrando deficiência de nutrientes essenciais ao organismo. Recordatório: Normoglicídico, Hiperproteico, hiperlipídico e Hipocalórico.
2º Consulta 05/10/2017
Paciente retornou para pegar a dieta, não houve alteração nos dados antropométricos. Foi prescrita uma dieta qualitativa, normocalórica, normoglicídica, normoproteica, normolipidíca, fracionada em 06 refeições/dia para que ela possa alimentar-se corretamente de acordo as suas necessidades nutricionais. Houve a retirada do óleo da preparação do frango e ovos, trocados por frango grelhado e ovo cozido, deixando a dieta menos calórica e atendendo o desejo da paciente de excluir o óleo da sua dieta.
Tabela 1. Prescrição Dietética
	
	Alimentos
	Medida Caseira
	
	Café
	1 xícara
	Desjejum
	Leite integral
	1 colher Sopa
	
	Biscoito integral 
	1 unidade 
	Colação
	Mamão
Aveia em flocos
Granola
	1 banda
2 colheres de sopa
1 colher de sopa
	
	Salada Crua
	À vontade
	
	Filé de frango grelhado
	1 unidade P
	Almoço
	Feijão
	1 concha
	
	Arroz integral
Laranja
	2colheres Sopa
1 unidade
	Lanche
	Barra de cereais
Iogurte integral
	1 unidade
1 copo
	
	
	
	
	Café
Inhame
	1 xícara
1 unidades
	Jantar
	Ovo Cozido Clara
	1 unidades
	
	Queijo coalho
	1 fatia
	
	Aveia em flocos
	2 colheres de sopa
	Ceia
	Goiaba
	1 unidade
	
	Leite desnatado em pó
	3 colheres de sopa
	
	
	
Quadro 3. Análise Química da Prescrição Dietética (Tabela 1
	Prescrição Dieta
	Parâmetro
	Adequação
	Energia
	1476,78 kcal
	1.536 kcal (51.2 x 30)
	96,14%
	CHO
	46,57%
	55-65%
	84,67%
	PTN
	23,57%
	10-15%
	157,13%
	LIP
	29,86%
	25-35%
	119,44%
	Fibras
	25,91g
	20-30g
	86,36 %
	Colestesterol
	343,54mg
	200mg
	171,77%
	Ferro
	8,69mg
	18mg
	48,27%
	Cálcio
	1341 mg
	1300mg
	103,15%
	Sódio
	1387mg
	2300mg
	60,30%
Descrição – Análise da Prescrição Dietética
Dieta Prescrita: Hipocalórica, Hiperproteica, Hiperlipídica, Normoglicídica. A baixa de ferro pode aumentar ou diminuirde acordo com a lista de substituição.
Discussão
As práticas alimentares inadequadas formam uma enorme dificuldade. O conhecimento público protege costumes e condutas de alimentação incorreta a respeito da relevância nutritiva, características terapêuticas, instruções ou inibições alimentares (Gomes, 2010).
Com o sistema da globalização são igualmente aprofundados os elementos de perigo que tem ligação com a ingestão de alimentos, evidenciando-se aqueles que tem associação ao manuseio, que sofrem um processamento e ficam em conserva. Esta desconformidade a ingestão pode acontecer pela decomposição dos alimentos por agentes causadores, sejam eles físico, químicos ou biológicos, pela contaminação casual, ou implantação intencional de essências tóxicas ou prejudiciais ao bem-estar e segurança de uma vida saudável, pelo transporte de patológicas ao indivíduo por microorganismos, que em incontáveis oportunidades aproveita o alimento com o propósito de se multiplicar (Proença, 2010).
Ao começar uma assistência nutricional torna-se fundamental os alvos a serem atingidos. E com as voltas do paciente efetivadas é permitido verificar se há um desfecho favorável ou não na atuação nutricional (Gomes, 2010).
Embora devidamente estabelecidas as utilidades da instrução nutricional para o progresso da saúde pessoal ou comunitária impulsiona a adesão de costumes de uma boa alimentação, caracteriza-se um enorme estímulo para os especialistas da saúde. Acredita-se que questões alimentares e nutricionais são complicadas de serem modificadas, visto que além de testar trocar velhas medidas estes são encarados como elementos da biografia particular da linhagem ou do conjunto coletivo do indivíduo (Davanço, At al,2004).
Adolescentes são especificamente manobráveis na sua forma de viver e com certeza poderiam ser premiados com urgência em programas de saúde coletiva. Muitas pesquisas apontam que a preservação de um peso classificado apropriado entre garotas na fase da adolescência faz-se por meio de maus hábitos alimentares, uma vez que silenciem refeições, e que a ingestão de nutrientes como cálcio e ferro é ineficaz nesta classe (Sichieri, et al, 2000).
Para indivíduos na fase adulta, conceitua-se como peso ideal a pessoa correspondente classificado peso índice de massa corporal (IMC: peso em kg/altura² em m) de até 24,9. Para a classe de adolescentes aconselha-se similarmente a aplicação do IMC, porém os pontos de corte cabido, até agora são motivo de debate (Sichieri, et al, 2000).
Conclusão
Conclui-se que a educação e acompanhamento nutricional é fazer um programa alimentar para quem busca qualidade de vida. Com a alimentação saudável, melhora-se também seu estado nutricional. Orientando o paciente e adequando sua alimentação de acordo com suas preferências, mas não podendo esquecer de adequar todas as refeições com os nutrientes essenciais para o organismo, a escolha de um paciente de mudar sua alimentação, é o estilo de vida que ele escolheu viver, por tanto sabe-se que se alimentando bem e praticando exercício físico, evita-se os muitos males da atualidade, como o sobrepeso, obesidade, sedentarismo e várias doenças associadas a má alimentação.
 
 REFERÊNCIAS
 
SANTOS L.A.S. O fazer educação alimentar e nutricional: algumas contribuições para a reflexão. Revista ciência & saúde coletiva, Salvador-BA, 2012.
SAUER P. at al. Análise de qualidade da dieta dos participantes de um programa de reeducação alimentar. Civitas revista de ciências sociais, Rio Grande do Sul, 2010.
Gomes R.C.A. Perfil nutricional dos pacientes atendidos no ambulatório de nutrição da faculdade de ciências e saúde. Revista do núcleo interdisciplinar de pesquisa e extensão do UNIPAM, Patos, MG, 2010.
Davanço G.M. at al. Conhecimentos atitudes e práticas de professores de ciclo básico, expostos e não expostos a curso de educação nutricional. Revista de nutrição, Campinas, SP, 2004.
Proença R.P.C. Alimentação e globalização: algumas reflexões. Ciência e cultura vol. 62, no 4, São Paulo. 2010.
Sichieri R. at al. Recomendações de alimentação e nutrição saudável para a população brasileira. Arq Bras Endocrinol metab vol 44 no3, São Paulo, 2000.

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