Buscar

FOTOGEOLOGIA Conceitos, métodos e aplicações

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 145 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 145 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 145 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

concei 
João Batista Alves Arcanjo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. ' 
oao ...... OooIoIiopela 
Uairi'pWe Fedal de 
P "lMaI 1911 . 1OmOU-SC 
611' 1 =;UIiw an Ser.Wm"",,,, 
R-1M cam" .... em 
f(Ao' .4I*etiÇlt· pelo Cemro 
........ icIaocla 
"d'''JAe ..... - ClAf, Bopx.t, 
Ct*iritiJi.I. ~o IDO di: 1975. 
AMm'" dhelWiIo • • 
_"'nçIol_ • 
.. oS..,..t DI_ de 
r dP.,ulu leu"*' roi 
"....,..,...., ... 110 BrIIiIIb'av6s 
de aa- de I nwlizwçM. a 
nempIodol_ de 
StiM<lfiamGDto RemnIO lIIiaiIcndo 
pelo INPE cm 1m. peJa 
Ihú>cnidodo de Ouro ...... em 
Iw.I; ....... _lnIap loçIo 
4aàI de irrtea IS ·ri!'W1\) o 
1!NVl ... 1997. mlnillndo peJa 
CPIM. PanirilMN.I dos Simpósios 
lkIIikiroI de Sen ••• iMMIo 
""'DDllDOIde 1996 c 1998, 
•• IkJIIlnbllhoI em Coocaesw 
_Idrode GeoJosla. publICOU 
_ .... em _. bolelim de 
cirmlJwçlo nacional. Suo......-.. piIia foi 
odquiriiIa na W<UÇio I oriemoçio 
... _ de IDoapmoçIO de 
....... de __ 
vincnlad" lOS projecos de 
-"",,10 geol6gico da CPRM, 
 
FOTOGEOLOGIA 
Conceitos, métodos e aplicações 
João Batista Alves Arcanjo 
DEOEO - Depafta.Jnento de Geologia 
CPRM - Serviço Geológico do Bl'lIlIil 
Salvador. Brasil 
201 1 
• 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MINlmRIO DE MINAS E ENERGIA 
MINISTRO De I!ST .... DO 
Editoa l oblo 
SI!CRl!TÁltlo VCECUTIVO 
Mircio f't:n:ita ZimlDmnlrlJl 
sKmAllo DE GEOlOGIA MINERAÇAo 
E TUNSFORMAÇAo MIN~ 
Cláudio Seliar 
• 
COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINEMlSI 
SERVIÇO GEOLOGtCO DO BRASil (CPRMI5GI) 
Dd:ETOR _ PtlISIDENTE 
MarIoeI Barretto di Rocha Neto 
DlRETOR DIi GlOlDGIA I: .CURSOS MINERAIS 
Roberto VCIII1ua Sutof 
DIUroR DE HIDftOGEO.LOGI .... E GnTAo TliRRrTORIAL 
TlWes de Queiroz Sampeio 
DlRfTOJI DE RELAÇOIlS INmTUCtDNAJS E DEKNYQlVIMENTO 
AlltOIlio Carlos a.cel1r NUDe5 
DlRETOA Df ADMINISTMÇÃO E flNANÇA5 
Eduardo Saata R ..... da SiM 
 
FOTOGEOLOGIA 
Conceitos, métodos e aplicações 
João Batista Alves Arcanjo 
DEOEO - Depanamento de Geologia 
CPRM - Serviço Geológico do Draail 
Salvador. Brasil 
2011 
o 
. Ss o:::_~ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PrtId\Itn (i- lo"' ... pdI 
DlEDKl · Divi.llo 6c: EoS~ 0-1_ CPkM -~ o.oI6aieo 40 &ruil 
Projeto lJ"lko. dl ..... m·(M e ltvaliuçAo dai IIt.ooI(Oa 
VaiIer AlYamIp 8arndu 
" .... A..oo Coaü-.iaa 
fOcdro_ $11 .. 
lei" Waria ao. .. A ........ 
n.y.... Pn.1aeif'G • . "" Jt.ivII 
AtalDjo. Wo RlliIu Atves. 
FOlIa ot"" : CGDCCitoJ, má..o.. c ipliuçkl I 
Joio lJaaim Alvu An:aDjo.. _ Salvadar : CPR.MJSGB. 2011 , 
144 p. : JO cm 
ISBN 
l. Gtokcia. 1. TItu'o. 
f._c... 
Falo ..... 16S7, &cala. I:AO.OOO 
Folha CntR!· SE.13..z~D·1II 
Q:I714 (CPl.M) 
CODEVASFf Ano:\96\ 
Fotadll4"c..,. 
MMaim 17I4lCI"RM). EacaIa 1:150.000 
Folha ec.nJ . SE.13..z.-D·1II 
CODIlVASf ' ....,;1901 
CDD551 
 
APRESENTAÇÃO 
Em 1m a NASA lançou o satélite ERTS~lt dando inicio a um 
programa espacial focado no sensoriamento remoto dol5 rccUI'SOS 
naturais terrestres, posteriormente denominado LANDSAT. 
Desde entAo, a tecnologia de sensoriamentn remoto evoluiu muito. 
gerando imagens cada vez melhores e de maior resolução. as quais 
fornecem informações detalhacb.s da superflcie da Terra. Como 
conscqDêocia, o uso dessa rçrramcnlA tomou-se indispens6vel 
nos levantamentos e no monitoramento dos recursos naturais, 
com destaque para a cartografia geol6gica, especialmente num 
pais de dimensões continentais como o Brasil. 
A crescente complexidade dos problemas geológicos a 
serem eSlUdados e o avanço tecnológico na obtenção de novos 
sensores, também tem proporcionado a implantaçao de novos 
métodos. capazes de fornecer informações decisivas na soluçlo 
desses problemas. 
Por outro lado, o uso das fotogl'1lfias aéreas tradicionais 
(sensores remotos de baixa altitude) nos levantamentos geoló-
aicos. tanto na fala etapa inicial como na atuaJjzaçlo gradativa 
dos mapas no campo. continua sendo uma ferramenta igualmente 
indispensável na canografla geológica e de vital imponância para 
a qualidade do produto final (o maPA geológico). 
A partir destas constatações, o autor discute os principais 
conceitos utilizados em .sensoriamento remoto c 8:j lécllicu de 
interprelaçlo fotogeológica, além de estabelecer um roteiro 
sist.ernArico. com critérios definidos nas etapas da fotointerpre-
taçAo. usando principalmente fotos aéreas convencionais. O livro 
reúne ainda uma coletànea de fotos (Apêndice J) com exemplos 
de fciçOes geológicas por ele obiervadas c foto-interpretadas, 
em vários projetos executados pela CPRM - Serviço Geol6gico 
do Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dentre as virias contribuiçÕC$ dcsac trabalho, cncontra-sc 
a apresentaçlo, de forma bastante didática. da t~cnica de 
georreferenciamcn'o de rOtOgTllllas atroas (Apendice 2), com o 
objctivo de incentivar a utilizaçio de fotos aéreas nlo apenas do 
modo analógico convenciona], mas sobretudo em meio diaitaJ. 
Maoocl Barrcno da. Rocha Ncto 
Direcor-Praideole 
CPRM - Serviço GeoI6&ico do Brasil 
 
AGRAOEOMENTOS 
o .ulur agradece à CPRM - Serviço Geológico do Brasil, 
representado pela sua atual direlo,ia .... utiva, a oportunidade 
de escrever esse trabalho. concomitante ao desenvolvimentn dos 
projetos de mapeamento geológico, bem como na publicaçlO 
d .. selivro e sua divulgação no meio da comunidade geológica. 
Ao Geólogo Manuel Barrerto da Rocha Neto, Direlo,-
Presidente da CPRMlSGB. pelo seu empenho. apoio imediato 
A publicação dessa obra. 
Agradecimento especial ao Oeólogo lnâcio de Medeiros 
Delgado (Cher. do Departamenlo de Geologia) a missão que 
me roi confiada na elaboração do Manual de Interpretação de 
Imagens de Sensores Remotos, priroeira ve..to desse trabalho 
e, ideslindor d .... publicação. 
Aos geólogos da Superintendê",,;a Regional de Salvador, 
todos os demais colegas, meu n:conbccimento pela contribuição 
com idéias, discussões e apoio técnico, tantO nas tan:r .. de 
escritório como nos trabalhos de campo. 
Pela digitRção e ronnatação do rererido texto, meus agrade-
cimentos a Mabel Pedreira Borges e Vanessa Maria dos Santos 
Fuezi. pela configuração das ilustraçôes a Isabel Cristina. de 
Jesus Piblnga • Jocl dos Saotos Nazário. 
 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO 
AGRADECIMENTOS 
1. CONCEITOS BÁSICOS DE SENSORIAMENTO REMOTO ....................... 13 
DcflDiÇlO ..................... _ •••... _ ..•.•.•.......• _ ................................ _ •.. : ....................... 13 
Radilçlo Utilizad. em SmsoriamenIO ltemoIo_. __ ..•. _. ___ .•. _ ....... _ .......• 1J 
Prine:ipai lJ Janelas Almo:Iréricas ._ .................... _ ................................................ ,.f 
2. SENSORES REMOTOS APlICADOS À GEOLOGIA ................................ 16 
Si.letlUll Sm50R!S ....... ........ .. ..... . _ •.••• _ ....... ... .... _ .. ........................... _ ••.•••••••••••• 16 
fOloarafias Ab'taJ ....... _ ... __ ._. ____ ....... _ _ ... _ .. _ ... _____ ....... _ .... M ' 17 
Imlam' de S.lllile _ ........................................................................ .. _ .......... 18 
IrnaJCos de Radar ___ • __ ._ ._ ............ _ .. _._ ... _ _ _ ._ ..... _ •• _ •. _ •• 25 
3. INTERPRETAÇÃO FOTOGEOL6GICA .............................................. .. ... 29 
Comcrlltrm Gcrtfl •.•••• _ .....•...... _ ........................ _ ••••..... _ ................................ 29 
Mflodo Convenciontl ••...............................••.•••................•.....•••...•.. _ ......... _ •...••. 29 
Ea..,.. da fotointerprtt.lÇlo ........... __ .............. _. __ ._ .. _._ .. _ .. _ ._ ......... 32 
IDk1'pn!'taÇIo de Inv.seu de Rlldar ._ .. _ ._._ .. ___ .___ ...... __ ....... __ ... 33 
4. ANÁUSE GEOMORFOlÓGICA ......... . " ... ........ ............. ............... ...... ... 37 
CometItáttos Gerai • ..... __ ._._ ........ _ ....... _ .. _. _ _ ..... _._ ... _ ._ ...... _ ...... _ ...... J1 
Otaoctes FciÇOCl Morfàestrutuni . ....... _ .•..••...•.......•••.......••.••.. _ ..•.•...... _ ...... _ .• lB 
8ac:iu Sedirne11lares .... _._ .... __ .. _ ..• _ _ ._ .. __ .•..•. _ •• _ .......... _ .• __ . __ ._ .• JS 
CadciaJ Dobradu ....... _ _ ................................. _ .... _ .. _ ... _ .. _._ .. _ .... _. 40 
Blocos Falhados ...... _ ................. _ .. _ ..... _. _ ___ . __ ... __ ... _ .. _ ..... _ .. _ 41 
Maciçoe: Hom08b1c:of ...... _ ............................................. __ ... _ .............. _ .. 44 
Mac:lços VulcJnicos ........... _ ......................... _ ................. _ ............. _ ............. 44 
MonhlnhH Complexu ....... _._. __ ........................ _ ..... _._ ... _._ ................ _. 44 
Rekvos Arrasatdos (PlanJdes) ............. _ .. ___ .... _._ .......... _ ..... _ .... _ .. _._. 4..f 
Eltmenlos Morroclimiticos ................ _._._ .. _. __ ._ .. _._._ .. _._ ...... 46 
Morfoloeill de Inh'U36cl Cil'C"ulares c Pequenas InlrusOcs .. _._ .. _. __ • ___ 41 
 
5_ ANAuSE ESTRUTU RAL- .. ____ __ .... ... ..... ........................ ......................... . 
Atitude de camada ..................................... " .. , .................. , ................................ .. 9 
Discordinciu ....................................................... _ ............................................ 51 
Ordc:nl C Grau cf.N Estruturas _._ ...... _._ .......... _ ............ _ ............... _. ___ ... __ . 53 
Cootatos Geológicos .......... _ ........ __ ._ ................. _ .......... _ ............ _ ........ _ ......... 53 
Estrut uraJ Cireulare!.lO v,. I Ada. •. __ ..... _ .. _ •...••...........••...•.....•........•.......••. 0.0 •••••••• _ 54 
Dobramento SuperpOlStu ....... _ ... _ ......................................... " ............................ !i7 
Fraturas ........................ , ................ _ ............. _ ..................................................... 57 
Falha • ..... _ ....... _ ........................... _ .......................................... _ .. _. ___ ........... 58 
Zoou e CinturOes de Ciulh.lrnento ............ _ ......... _ ........................ _ ............... 65 
6. ANALISE DA DRENAGEM .................................................................. 10 
CornentiriO$ Gerais ............................................................... _ ............................ 70 
. -' . 
,....Irnetn .................................. _ ................. _ ...................................................... 73 
Grau de Integraçao .................. _ ...... _ ........................................................... _._ 74 
Pad~ Erosionais Desenvolvidos Livremente ................................................. 7S 
Padrõcs l!ro8ionais E5truturalmeate Control.dos ............................ _ ................ 76 
Padr6es Deposicionais Bisicos .......................................................................... 11 
Propri....t·"'" d. Rede de O~gem. .... _ .. _ ........ _ .. _ ............ _ ............................ 80 
Exemplos de lDtefpret8Ç1O Oeológica Attllvés das Formas de: Oteoqc:m ......... 82 
, _ IDNAUDADE .. TEXTURA .. VEGETAÇAO .................................... ..... 84 
looalidade .................. _ ...................................................................................... _ B.f 
Textura ....... _ ................. _._ ......... _ .......... _ ......................................................... B4 
Vegc:t~ ....... _ .................................... _ .................................... _ ....................... 85 
8. IDENTIFICAÇÃO lJTOLOGICA ...... ...................... ................................ /n 
Áreas Sedimentares ............................................. _............. ................................ 81 
Rocbu taneas Plutónicas ...................................................... _ ............................ 88 
Roebaa Vulcinicas ........ _ ...... _ .............. _._ ................................... _ .. _ ..... _ ... _ .. 90 
Rocha Metamórfic:as .................................................................... _ .................... 90 
Alguns hdr6es de Identifieaçlo Litol6gica ...................................................... 9' 
Caracter1sUcas Fotogcol6gica5 de Algumas Rochu ................................... _ .... 91 
• • FORMAÇOES SUPERFIOAlS .......................... .. ............... ...................... 3 
Cobenuru Residuais ..................................... _ ...................... _ ........................... 93 
Cober1.UfU Transportadas .......................... _ ................................... _ ................. 94 
Depósitos Fluviais .................... _ ........................................................................ 94 
ColuviOesffalus .................................. _ .......... _._. __ ._ ................ _ .................... 95 
Dep6sitOl LitorlneO$ ..................................... _. __ _ ... _ ................. __ ........... _._. 95 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10. FOTOINTERPRETAÇÁO APlICADA À GEOLOGlA ECONOMICA •.••••.••• 1'7 
C..--:tc:rlsticu FooogeoIÓlk:as de A1auns rrpos de Jazimcntos ................... ___ 91 
.......... 10 1 ........... Mineral _________ ~ ________ •.• __ • __ • __ 99 
11 . PROCEDIMENTOS FOTOGEOLÓGICOS ... •••••••••••••..•.•••••.. .. .••... .....••.. 101 
BIBUOGRAFlA CONSULTADA .•.• _ .. _ .•. _ •.•....•.. .•.•. . ..•..•.•.. .•.••••••.. .•.• •.•. ••• 103 
APtNDICE 1 (Cok:tinea de Fotos lntelpcdedu) ...... .................... ... _ ... .. _ .. 109 
~NDICE 2 (Geooiefc:rcoci-mcnto de F~ Aáeat) .. ..... ................. 13' 
 
CONCEITOS BÁSICOS DE SENSORlAMENTO REMOTO 
Sensoriamento Remoto t • lccoologia que pc:rmitc a aquisiçlo de 
inrormaç6es!õObre objetos sem contato fisico com eles. Essa tecnologia 
envolve um coojunto de modernos sensores, equipamentos de trans-
misslo de dados, aeronaves., espaçooawE, etc. 
RMlIaç.io Utilizalb em Sen.soriamento Remoto 
. 
A energia utilizada em 5e1l5OnameDto remoto t a radiaçio cletro--
mapéti~ a qual se propaga attam de um campo clétrico e outro 
rnaanttico. fi&ura 1.1. 
Aguno. 1.1 - Flut"'ç&II dos campos e5ttric:o CE) 
c ..,.pkia) CM> de uma 0Dda c:k:oom~lka quesc prioplp lU d.iscçlo (Z) 
com ( ...... iflllCldO de ooda (l).CotwdJ (1963) 
o sol t a priDcipal ronte de energia elctromagMtica disponlvel para 
o sensoriamento remoto da superftcic tettcstrc. o qual emite rodiaçlo 
clelrOmagnética na faixa espectral compreendida entre O.]j.1JD (micr6-
metro) • IS""" 6gura L.2. 
 
e. EC UtOtlPT1cO 
• i -~ lO 
" -• • • 
• • • 
• • 
• I • • 
• • 
• I • 
-
• 
, 
- -• 
-
• 
-
• • ~ 
'. o , ' . . ' ' . • • i .!'"-.j • I • • • • , • • • , I , , i , 
... ... • n .. .. ,. 
~ ITIJOE~ (~) 
FIgu .... 1.2 - Regiões do espectro óptico 
° pico de máxima emissão de radiação solar está entre 0.38J.1.m e 
O,7J.lm. que compreende a faixa do visivcl do espectro óptico. 
Em scnsoriamento remoto o que se reginra basicamente é o fluxo 
ntdianle que deixa a supcrficie terrestre em dircção ao sistema scnsor~ 
portanto, o que é medido é a radiância do alvo. Consequentemente, 
o alvo que emite jntensa radiaçlo impressiona o sistema sensor que 
registra alta reflectância 
Principais Janelas Atmosféricas 
Janelas atmosféricas do regiões onde a absorção da radiação pelos 
constituintes da atmosfçra é pequena e se caracterizam por uma boa 
transmitincia da radiação eletromagnética. Nessas regiões se concen-
tnu:n praticamente as atividades de SensoriamentORemora, tabela 1.1. 
Quando a radiaçio eletromagnética atravessa um meio sofre dois 
tipos de alteração: a) espalhamento e b) absorção. 
A radiaçio eletromagnética é absorvida selelÍvamente pelos vários 
constituintes da atmosfera: fi20 .. O) ,°2 e CO2• Dentro do visível do 
espectro ótico o ozônjo é o princ ipal atenuador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 1 .1 - Principais j mnelas almosféricas 
....... 
'.0 - 1.'2 
1,1'. I.'" 
' .515- 1.75 
...... 2.40 
~-",16 
4..50-5.00 
8.00·9.20 
.CI,2O- ...... 
n.oo -u.,ao 
' ... Ópllca 
 
SENSORES REMOTOS APLICADOS À GEOLOGIA 
Sistemas Sensores 
Um mtemo. sensor aplicado • gcologi~ é definido como qualquer 
eqwpamento capaz de ttansformaralguma formade energia. em um sinal 
passivei de ser convertido cm informaçlo sobre a 5uperficie tcrrcst.re. 
Os sistemas sensores podem ser classificados: 
sen5OA!S te n lIÕs. 
.. erwg~ IOIar rwfIe6d.. 
"Iicr~ 
Os sensores passivos nlo possuem radiaçlo propria. Detectam a 
radiaçio sola1' reftetida ou a radiaçio emitida pelos corpos da superfície 
lem:sln: . .Exemplo: rowgraflas aéreas e imagens de satélite. 
Os sensores .tivos do os que produzem sua própria radiaçio. 
Exemplo: radar. 
Os sistemas sensores imageadorcs, 06 qu.ais produzem imagem da 
supcrfkie da terra, são caracterizados por sua resoluçlo, que é uma 
medida da babilidade que um sistema sensor possui de dininguir 
entre respostas que slo semelhantes espc:ctralmente ou próximos 
espocinlmenlc. 
A resoluçio pode ser espacial, espectral, radiométrica e temporal 
A rcsoluçao espacial é a mctlOf" área que o sensor pode discriminar. 
O LANDSAT (TM) por exemplo. possui resoluçJo espacial de 30m. 
 
A resolução espectral é uma medida da largura das faixas espectrais. 
O TM por exemplo detecta 7 (sete) faixas espectrais. 
A resoluçilo radiométrica é a quantidade de níveis de cinzo. que o 
sensor pode discriminar. OTM por exemplo classifica 256 niveisde cinza.. 
A resolução temporal é a freqOência com que o sensor pode imagear 
uma érea num dado perfodo de tempo. O TM por exemplo possui reso-
lução temporal de 16 dias. 
Os principais produtos de sensores remotos utilizados na cartografia 
geológica são: fotografias aéreas. imagens de satélite e de radar. 
ForogrllmsAére-as 
O sistema fotográfico. Que foi o primeiro imageador da superfície 
teuestre .. uti1izado na primeira guerra mundial .. em 1914, utiliza como 
equipamento a cãmera fotográfica. 
O filme exerce o papel de detector neste sistcm.a, possuindo scnsibiJKlade 
espectral nas regiões do visivel e infravermelho pr6x.imo (0.36 a O,90J.Ull). 
Os filmes slo caracterizados através de sua sensibilidac.1c e resolução. 
A resoluçJo de um sistema fotográfico está associada as resoluções 
das lentes e do filmCy como tam~m as perdas de informação. 
Os filmes podem ser classificados: em pancromálicos (preto e branco), 
infravermelbos preto e branco, filmes coloridos e filmes j,nfravennelbos 
coloridos: (falsa-cor). 
Por tratar-se de uma projeçlo central~ a fotografia aérea apresenta 
distorçJo radial, crescente a partir do centro da foto. 
A vantagem da visão estereoscÓPica.. associada a alta resolução. credita 
• fotografia aérea o melhor sensor utilizado na cartografia geológica. 
Fatores Que afetam a qualidade das fotografia.'i: 
- iluminação dauna. 
- reflectância dos aJvos. 
- espalhamento. 
- o ingulo dc clcvaçio do sol. 
Vantagens das fotografias aéreas: 
- A forma e a cordas objelos registrados são familiares , permitindo 
Uma interpretação mais BciJ. 
 
_ Detecta radiações na faixa do infravennelho próximo (nilo detec-
tável para a visão humana) cooservando as formas geomét'ricas. 
_ Baixo eust'o para pequenos levantamentos. 
- Alta resolução espacial. 
_ Equipamento de fáeil instalação e alto flexibilidade, podendo ser 
instalado em qualquer upo de aeronave e heUcóptero. 
- Opera em qualquer altitude e com vários tipos de filmes e lentes. 
- Possui visão estereoscópica. A clareza que oferece a fotografia 
aérea, com o exagero do relevo que .se obtém na visão estcreoscópica, 
permite um claro enfoque dos problemas e uma grande rrecisão no 
traçado dos elementos. 
Desvantagens das fotogrnfiM aéreas: 
- Depende da iluminação solar. 
- Depende das condições climáticas. 
- Recobrimento lento para grandes areas e limitação da autonomia 
da aeronave. 
- Distorçào radial. 
- Resoluç!o espectral eD1.re 0,35 e O.90l-'-m. 
Imagens de Satélíte 
• LANDSAT 
As imllgcns colhidas pelo satélite LANDSAT faz parte do programa 
esu.belecido pela NASA, visando não SÓ, o desenvolvimento das tecno-
logias espaciais, mas sobretudo informação mulliespeclral periódica 
da superfície te,rrestre. O primeiro satélite da série começou a operar 
cm 1972 c a última atualização ocorreu em 1999 com o lançamento do 
LANDSAT 7, que ficou inativo em 2003, tabela 2.1. Aturumente o único 
satêlile em operação é o LANDSAT !5, que leva a bordo o sensor TM, 
O imageamcnto é realizado através de um simples espelho oscilante, 
que varre perpendicularmente â direçao de deslocamcnto do satélite. 
Quando a energia reflelida ou emitida pela superfície atinge os detec-
tores, estcs produzem um sinal elétrico (analógico), que posteriormente 
é enviado para um sistema multiplex (sistema de transmissão simultânea 
de sinais), que é responsável pela emissão dos dados digitais para as 
estações terrest'res. 
 
» 
Tabeea 2.1 - Caracte.rislicas dos satélites LANOSA T 5 e 7 
Os primeiros satélites da série LANDSAT operavam com quatro 
bandas do espectro óptico. e. resolução espacial de SOm. 
OLANDSAT 5 (TM). lançado em 1984, foi projetado para detectar 
sete bandas do espectro óptico, com poder de resolução espacial 
de 30m. menos a banda 6 ( tnfravermelho Termal) com 120m, tabela 2.2. 
O LANDSAT 7 (TM), que- foi capaz dc.ampliar as possibilidades de 
uso desses produtos. manteve as mesmas resoluções espectral e espacial, 
e. conseguiu ampliar a resolução espacial da banda 6 (lnfra.vcnnclho 
Tennal) para 6O:m. além de inserir a banda pancromática que Permite a 
geração de composições coloridas c:om 15m de resolução. 
Entre os primeiros satélites da série LANDSAT. a imagem da banda 
5, fornecia em geral as melhores informações sobre a geologia. lá no 
TM, em geral a banda 4 (0,76 - O,90l-lm) é a que fornece melhor infor:-
mação geológica. seguida pela banda 7 (2,08 - 2,3:5Jim), a qual realça 
as rochas com mais reftectância. 
Vantagens das imagens LANDSAT: 
- Oferece visão sinótica de grandes áreas. o que favorece estudos 
regionais. 
- Fornece informações de rcgjõcs politica ou geográfica e inacessfveis. 
- Registra em faixas scletivas destinadas a objclos especificas. 
 
_ Rápida cobertura de grandes áreas. 
_ Cobt:rlunt$ múltiplas c repetitivas de uma mesma área., permitindo 
e,.'Oludo de fenômenos progressivos ou regionais. 
_ Permite ampl iação e t:r.namento por tttnicas de anAlise digitaL 
Desvantagens das imagens LANDSAT: 
- Altamente dependentes das oond~ões climáticas. 
- Dependentes da iluminação solar. 
_ Resoluçilo espacial ainda nilo satisfatória. Esse fator tende a 
melhorar nos futuros sat4!.lites. 
_ Dificuldade de interpretaçlo cm regiôcs acidentadas em rUDçio 
do forte sombreamento. 
~beIa 2.2 - Bandas espectrais e aplicações do LA NDSAT (TM) 
, ,--: , ~ , - ~ 
-
-
. ~ ~ . 
~ 
~ 
. 
. 
. ~ ~ 
. -
~ . . ~. . . 
1 
0,45 ii 0,52 2S6 Mape.~to de oiquas cOSleiras l&Nll Dfferenciaçlo sobIwg~.to 
~ 
-
0,52 ii 0,60 DeIK(Jo de rad~.\o verde , ~ 256 <-de) reOetida pN ytogetaÇlo Ydiil > 
, 0.61 ii 0.69 2S6 Ooferf'nÓiIÇlo entre (-- ~d.~tH 
PMquis..s ~ boomassu. 
o.~Jo d. ccwpos, 
4 0,76.0.90 ". ~em'gu .. Pos3ibÍl~ de detec1ôJo 
"I di ~ .. Ik Ions ~rrlco. 
Med~ do contNdo de urnid«le , 1,55 ii 1,75 ,5< de wge~ PosSíbi~ dedetecÇlo de Iirnonia. 
Prior~dH thmk:as de solos. 
• 
., 10,4 ii 12,5 2S6 rochu, wgetilÇJo e~. 
Discnrrinal;ao di! mc~ ~"'it.-s 
1 "3 2,08.1.35 '56 Mi~ hidroterln.t. gf!OkSgico ~ gel"aI 
·1 - lnfu'l'lnleV'lo Pr6ximo ·1 _ Inff1lol'rrnPlho TIII!ONIi 
°.l _ lnfnlo.I"""'1ho MHõo -. _ Qwar:ticboH de'_ ck Onu 
 
• SPOT 
o sa té lite SPOT, que ê um programa francês, seme lhante ao 
LANDSAT, foi lançado em 1986 com a finalidade de obter informações 
sobre a superficie terrestre. Atualmente a plataforma do SPOT está em 
órbita com tres satélites (2. 4 e 5). o que possibilita a tomada de imagens 
do mesmo ponto da Terra em intervalos de 2 a 6 dias, tabela 2.3. 
Upera em dois diferentes modos: o Multiespectral. que permite a 
aquisição de dados em três faixas do espectro, com resolução espacial de 
20m, e o pancromãtico. que alua na faixa espectral entre 0.51- O.73~m. 
com resolução espacial de 10m, tabela 2A. 
A possibilidade de visão C'-stereoscópica. obs<:rvaç:tQ off-nadir (apon-
tamento din:..::ional). através da visada lateral cfetuada pela câmera , é 
uma importante ca racterística do SPOT. 
A banda 3 é a mais indicada para mapeamento geológico. 
lCIIbela 2.3 - Caracterlsticas dos satélites SPOT 2 , -4 c- S 
_-2 _o. 
_Ui .. S 
- -
-M' , 
.. 
--
.. 
........... 
_ ... _ .. , ...... 
-
<1& .... o.-
- - --
.VfGtTAllON • V!GfTAllON 
 
Ulbela 2.4 + Bandas espectrais e aplicações do SPOT 
r-i'" , - - , , , ' , '- , 
-• , ii' -
" " ',. 
, 
.. >."-
. ,- , 
-
- -
. . 
Pfl l'IC'OfT\Ático 0,51 - 0,73 Ac~h.WeI em t~,~lhol de topo9r.lf'Iol, 
utiliu"do, Yis.So estel'COK6piU. 
I 0,50 - 0,59 Boa pentW~ em coroas de .lgua 
RKom~Y'I!!I na discnmlnaçao Htol6gica 
, 0.6O - 0.M em r('Q IÓfS com pouca (Obe!"luta vt'geta l. A. ~ mostr'i-se escura, peJmitinclo 
bom (ontraste com .ln~as sem V@getitÇáo, 
u tiliud;t IWI in~pret.a~ dr fl'lÇoes 
geológIcas e estruturaiS, 
, 0,79 - 0,89 ApI't'Senta sensibilidade à morfologia 
do ttrreno. pe1TI'IIt1ndo obter infon n.tÇ6es 
sobre gtomorfologia, solos e 9oolO9i" , 
• CBERS 
O satélite CBERS - I (Chino-Brasil Eartb Resources Satélite) foi 
desenvolvido através da cooperação entre Brasil e China. com o objetivo 
principal de utilizo.r as i m ogt.:ruJ desse sensor 00 oonuole do desmatamento 
e queimadas na Amazônia. monilOramentn de recursos hidricos, áreas 
agrícolas., crescimento urbano, ocupaçBo do solo e outras aplicações. 
Lançado em outubro de 1999, a partir do Centro de Lançamento dc 
Tayan na República Popu lllr da China, o CBERS contempla o desen-
volvimento de dois satélites de sensoriamento remoto,levando a bordo, 
câmcras imageadoras (CCO - Ctmera lmageadora de A lta Resolução, 
IRMSS - Imageador por Varredura de Média Resolução e WFI- Câmcra 
Imageadura de Amplo Campo de Visada). usadas para observação 
da Tem e o receptor para o Sistema Brasi leiro de Colch:t de Dados 
Ambientais, tabela 2.5, 
O satélite CBERS- 2, idêntico cm sua constituição tél,.-nica ao CaERS 
- I. foi lançado em outubro de 2003 com os mesmos objetivos do I. 
O CBERS - 2B, que é muito semelhante aos CBERS I e 2, o rRMSS 
foi substituido pela HRC - Cãmera Pancromática de Alta Resolução. 
 
TllbellI 2 . 5 - CaraclcnSlic4S dos Imagcadores C BERS - I. 2 t:: 28 
• ASTER 
7_. 
cm -1tDm. WFI-I!JDtm. a. 1201an 
.HRC~21tInt(n •• ). 
CCD-8.3-. WfI-&QD. 1IMSS-.... HIlC2.1· 
WFI-"!a .... «J)-.lJi" .-.ss-Z(;"'. HRC. - 110 dias. 
-
-
o.ta -O' ..... lTl W .. 
0Jn 
- """'"' ...... $. t .... 
CXD - ..... - o._fooo_OicuJ 
-
-........ -
-
- 0..11 f'ttilll 
.... - Cl.ftt;pn (UdSS ..... 
0.77 - 0;:27[;.." Gu6.,.", ... 
--
.... - 1.1 __ "., ..... dlk • 
us - t.7!itlmOIlL i ... Iho ...... 
..... - 2.35fIm CMlItohUll".iO ...... 
10M - 1l.~ Oh" .... ...: ........ 
fIRC o.so - 0. ..... (pMKiOO_1iIx4 
..... - ...... 
<m -_ 
.. 5-1Om 
_ - 2;>Ia 
A plataforma orbital Terra. que leva a bordo o sensor ASTER 
(Advanced Sp3cehone Thennal Emission and Reflection Radiomeler). 
foi lançada em 18 de dezembro de 1999 como pane do programa EOS 
(Earth Observing Sysrem) estabelecido pela NASA, com o objel-ivo de 
adquirir dados que possam aumentar nossos conhecimentos sobre a dinâ-
mica atmosférica g lobal, sobrclUdo a interação terra., oceano e atmosfera. 
Único sensor do satélite Terra capaz de obter imagens de alta reso-
lução espacial ( 15 a 90m) do nosso planeta nas regiões dos espectros 
 
~~~ ... - .•. '. ~. r "--Ir- . . ~.......;.....~"'::;"'. __ o • 10. '\I-~""": ~.. • • 
visível c infravermelho próximo (VNI.R), inrra~rme:lho de ondas curlllS 
(SWlR) c infravermelho termal (TIR), o ASTER é constituido de três 
subsistemas de telescópio distintos: VNrR, SWIR e TlR. tabela 2.6. 
Entre os sensores multiespectrnis mais comuns em investigações 
geológicas, a melhor discriminaçAo está nas imagens do ASTER. devido 
a presença de 6 bandas no SWIR. 
TAbeY 2.6 - C.rac~i!llicAs 00 ASTER 
Seleçio de Imagens de Sntélite 
- Para uma eficiente identificação c interprelação das feições geoló-
gicas, é importante que as características espaciais:. multiespcctrais e 
mullitcmpol1lis das imagens de satélite sejam bem conhecidas. 
- A seleçio das melhores imagens depende ainda do conhecimento 
pIévio sobre o clima. vegetação, umidade do solo. relevo e geologia da 
área. 
A seleção dessas imagens deve obedecer os scguintcs critérios: 
- Obtençio de imagens com ângulo de dcvoção solar o mais baixo 
passivei . 
- Selecionor principalmentc o canal 4 do TM-LANDSAT ou .s do 
MSSLANDSAT ou 3 do SPOT,ou ainda a .. três bandas (VNIR) do 
ASTER. 
 
- Analisar os nspectos sazonais do clima, com variaçõcs das carac-
teristicas do solo. vegetação. umidade do solo e iluminação solar. 
- Obtenção de imagens com menor cobertura de nuvens. 
Imagens de Radar 
O Radar de Visada Lateral (RVL) situa-se na faixa de microondas 
do espectro-eletromagnético. variando entre comprimentos de onda 
de 100 cm e Imm e frequência de 0.3 a 50 GHz. tabela 2.7. O maior 
CQmprimento de onda acarreta maior capacidade de penetração no solo. 
Denomina-se RVL .pelo fato de cobrir uma faixo. continua no lado 
da aeronave. ao invés de diretamente abaixo como acontece com as 
fotografias aéreas verticais. Uma série dcpcqucnos pulsos clctromag-
néticos são emitidos pela antena e os sinais da reflexão de retorno são 
registrados. Pulsaçõcs de energia são enviadas intermitentemente. 
"e modo que a próxima pulsação será somente emitida após todas as 
renexões de Uffil!. pulsação anterior n:turnan:m para ii antena. que desLe 
modo já está apta para receber. 
A qualidade da antena nos radares imageadores é tao importante 
quanto a qualidade de um sistema de lentes em uma câmera fotográfica. 
A qualidade da imagem. bem como a largura da faixa imageada. depende 
da sensibilidade da antena. 
Tabela 2.7 - Bandas de radar 
Q 0,15 - 1,18 40,0 - 26,5 
• 1.18-2,40 26,5 - 12,5 
X 2.40 - 3.75 12,5 - 8 
C 3,15 - 1,50 8.0 - 4,0 
S 1,50 - 15 4 .0 - 2.0 
l 15.00 - 30 2,0· 1,0 
"H' 30,00 - 100 1,0 -
• 136 0 .2 - 0.4 
 
Na teoria oAo é possivel gerar uma imagem radar com visada nadir 
perpendicular. 
O posicionamento de um determinado alvo na imagem irâ depender 
de sua distância em relaçJo à antena, e, seu tom depcndcrã da rcflcxlo 
de retomo. 
• Radar GEMS ( Radar de Visada Lateral - RVL) 
O primeiro levantamento geológico realizado com imagens de Radar 
Hoonteceu no PanamA. em 1968. em uma área com impossibilidade de 
aquisiçJo de fotognfias a6reas devido à constante presença de nuvens, 
aliada .t. cobertura de densa floresta e espesso manto de infemperi~mo. 
fatores que dificultavam a interprelBçio fol'ogcológiciI . 
As imagens do Radar da GEMS. banda X. que cobrem todo território 
brasileiro, serviram de ~ para os levantamentos lIe n:;çursos naturais 
efeluadospelo Projeto RADAMBRASIL, no período de 1971 - 1986. 
Por tratar-se de um sensor ativo, o radar possui sua própria fonte de 
radiação (microonda .. ) .. que permite tomadas de imagens à noite.. e em 
condições atmosféricas allvc:nas. 
O sistema do Radar GEMS (tabela 2.8) consiste de uma aeronave que 
carrega uma ant'cna na pane inferior, a qual produz pu lsos de energia na 
faixa de microondü a um determinado intervalo de tempo. Esse pu l.so 
é enviado na direçAio perpendicular ao deslocamento da plaworma. e. 
após ser refletido pela superflcie, retoma à antena, que nc:sse instante 
encontra-se sincronizada para receber a cnera:ia reftctida pela superficie 
imageada. 
1:Ibe&iI 2.8 - Can;ctcriSlicas do Radar GEMS 
 
I T. L - - -,. . ::1-..- Jo ~r 
- - ~~,. . 
• RADARSAT - Radar em Espaçonave 
O RADARSAT-l . desenvolvido pelo Canadâ para monilorar 
mudanças ambientais e características dos recursos naturais. foi o 
pdmeiro satélite comercial de Sensoriamento Remoto. Lançado cm 
novembro de 1995. opera com um único sensor ativo de microondas, 
com antena de obertum sintética SAR (Radar de Abertura Sintétíca) que 
alUa na faixa da banda C. Pode ser programado para obter imagens em 
diferentes modos (7) de aquisição, cada um definido pelo tamanho da 
área e pela resolução espaciaL Possui 6exibilldade para atender requi-
sições específicos. oferecendo imagens com resolução espacial com até 
9m _pelo modo fino, tabela 2.9. 
Tabefa 2.9 - Principais características do RADARSAT - I 
Vantagens das lmagens de Radar. 
As vantagens dessas imagens estão em realçarem os aspectos estru-
turais, falhas c fraturas, mas sobretudo a visão estereosc6pica através 
dos strips contiguos. 
Como opera na faixa de microondas. possui maior poder de pene-
tração em regiões com grande densidade de vegetação. 
O RADARSAT permite obter imagens com escala e resolução espa-
cial previamente estabelecidas. 
Como sensor ativo opera em condiçõcs atmosféricas adversas. 
Desvantagens das Imagens de Radar: 
- Discreta discriminaçj:o litol6gica. 
- Em regiões acidentadas, o fone sombreamcnlo dificulta a inter-
pretação geológica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existem ai_oda outros sensores disponlveis para o mapeamento 
aeolóaico. por serem recentes, ainda não alcançaram ampla divuJ-
gaçlo: 
• 6 p tico-Multicspcctral 
O satélite Alos. lançado DO Japão em janeiro de 2006, ca.rrega 3 
sensores a bordo: AVNlR-2. PRlSM c PALSAR. Opera na órbita de 
692Km com revisita de 46 dw. O A VNtR-2 é um sensor óptico com 4 
band.as especbais (visível t: próx.imo) com resoluçAo espacial de 10m. 
a sensor PR1SM opera na faixa d. Luz visivel com uma banda paneJO-
m'tica de n::soluçAo espacial de 2.,5m e o PALSAR que é um radar de 
abertura sintética com faixa imageada de (250 a 3S0Km), que é especial 
para imageamento de grandes úeas de ftorestas. 
 
INTERPRETAÇÃO FOTOGEOLÓGICA 
Comentários Ge ... ais 
Nos últimos anos .. a interpretação geológica de imagens de sensores 
remotos/fotografias aéreas vem sendo aplicada DOS diferentes cam.pos 
científicos e técnicos. Consiste na identificação dos diversos elementos 
geológicos expostos nessas imagens. com o propósito de cartografar 
c elucidar possiveis problemas geológicos. É uma atividade rotineira 
fundamental em todos os trabalhos de mapeamento geológico, com uma 
participaSão definitivà na racionalização na economia e nos resultados 
técnicos desses trabalhos. 
O estudo fotogcológico deve acompanhar todas as fases do mapea-
mento~ sendo a fotografia aérea utilizada nos trabalhos de campo. 
Compreende vários temas das geocitncias. envolvendo aspectos geomor-
fo16gicos. estrutwuis. estrntígráficos, litológicos e hidTogeológiC06. além 
dos pac1rõts de drenagem, tonalidade e vegetaçilo. É de ampla aplicação 
em todos os ramos das geociências que necessitam de mapas para seu 
estudo em escala macroscópica. 
Quase todas as feições registradas Das imagens. têm suas collespon-
ciências e definições em afloramentos. A interpretação deve ser realizada 
com a máxima fidelidade aos elementos gcológicos expostos nas imagens. 
sem ser influenciada por modelos preconcebidos. A experiência doJbtoin-
te.tpretc é um fator decisivo. tanto no estabelecimento de critérim a serem 
adotados na fotointerpretaçãOy como no momento de tomar decisão em 
sitllaçlo com alta complexidade. O quadro geológico final será fornecido 
pejo somatório dos e lementos analisados durante n estudo fotogeológieo. 
Vale ressaltar que a metodologia utilizada na inlt::rprt:la~o Cotoge-
ol6gica é extensiva aos outros sensores, LANDSAT, SPQT e R A DA R. 
É importante considerar a geometria da tomada da imagem, aspectos 
espectrais e radiométricos para perfeita interpretação. 
Método Convencional 
Este método. que foi o primeiro a ser adotado. em especial pela 
escola americana., se baseia principalmente DOS aspectos do relevo e DOS 
 
padrocs de drenagem, combinados com as caracterlsticas da tonalidade 
e da textura. 
o u~todo lógico-sistemálico foi utilizado primeiramente na França, 
• partir das pesquisas desenvolvidas por Guy (1966). Est.6 baseado 
c:ssencialmente no estabelecimento de conjuntos bomólogos ou zonas 
homólogas.. que consiste DO estudo das propriedades do relevo e dos 
elementos texturais e estruturais. Permite que a interpretaçlo seja 
utilizada como um meio de descoberta aut6DOmo, p<!imitindo analisar 
a paisagem sem idéias preconcebidas. 
Consiste de: 
- foroldtara laldaJ - reconhecimento das diversas feições regIs-
tradas nas imagens. 
- tnçado de toda dreaacem. 
- lotoa.'lI.e - traçado de todas as lincaç6es positivas e negativas. 
anilise do relevo. assimetria do relevo. 
As lineaç6cs positivas sio estruturas rcti1íncas ou cm curvas, que 
em geral representam os traços das superfícies "5". Formam sua\fe$ 
ondulaçâcs no relevo orientadas segundo O trend regional. 
As lioeaçOes negativas em feixe do estruturas retiHneas ou cm 
curvas., que representam os traços das superflcies "S", OU em alguns 
casos, fraturas e oul falhas. Constituem suaves depressoo de relevo 
orientadas segundo o trend regioual. 
As tineaçôcs negativu em série formam pequenas depressões 
transversais ou diagonais cm n:1açlo As descritas acima. Geralmente 
eooespoodem a fraturas eJou r.lhas. 
An6lisc do n:lcvo - Em ireas composw por relevo escarpado. é 
conveniente traçar as quebns Oe relevo positivas e negativas. 
lu quebras de relevo podem ser classificadas segundo o lf8.U de 
estruturaçi10 em: fortemente estruturadu. moderadamente estruturadas 
ç fracamente estruturadas. 
- zoa .. hom6loaa. slo áreas formadas pela repctiçlo dos mesmos 
elementos texturais c a mesma estrutura. 
- lnterpreraçlo aeo.6tka ..... - co1oeoçi!o dos eixos de dobras, 
coalatos. falhas. fraturas e ordenamento da estrati&rafiL 
 
As principais caracteristicas de WUIf. zona homóloga são: 
- DelUldade de elementos texturats e estrnturall_ reflete a densi-
dade de encostas e de elementos lineares. 
Os elementos texturais do rupturas. encostas e micro-relevo, já os 
estruturais slio as UneaçOes positivas, as lineaçoes negativas em feixe 
e as lineaçõe5 negativas em série. 
A densidade de elementos ttxtural e estrutural pode ser. alta, mode-
rada. baiXo. e nuJa. 
- Tipo de e.cesta - reflete a resistência ao intemperismo. A encosta 
pode set' e;ODvcxa, reta, cÔDC&va e horizontaI.. figuro 3.1. 
..... 1 ..... 
-
t .... twe,1aI 
Figo.a~ 3.1 - Tipos de encostas 
Quanto a intensidade, que se refere a declividade do tet lello. a encosta 
pode ser classificada em; alta, médi~ baixa e nula, figura 3.2 . 
-
.- .... 
Figw-a ]..2 _ lntem:idade da encosta 
- Grau de trepla é o grau de ordenamento dos elementos estrutu-
rais segundo uma tendência, o qual reflete a anisotropia da rocha. Pode 
sc:rnulo. quando a rocha não possuilineaçôcs positivas e negativas, 
exemplo: granito isoírÓpico. O grBU de tropia pode ser nulo. baixo. 
moderado c alto. figura 3..3. 
 
-
Agura 3 .3 - Classi6caçlo do grau de tropia 
- Assimetria do relevo reftete o mergulho das camadas e pode ser 
classificado em simétrico e assimétrico. O relevo assimétrico sugere 
camada com mergulho moderado, enquanto o relevo simétrico indica 
camada com mergulho forte a vertical. 
- Densidade de IlneaÇlo em série reflete o grau de ruptibilidade das 
rochas. Quanto a densidade de lineação em série, uma zona homóloga 
pode ser classificada em alta-A, moderada-Mo baixa-B e nula-No 
- A Tonalidade estA relacionada com a intens idade de umidade do 
solo, vegetaçlo ou ampla exposiç.lo de área rocbosa. a qual fornece 
alta reflectância. Pode ainda estar associada ao tcor de quartzo. Uma 
zona homóloga pode ser classificada segundo a tonalidade, em alta-A. 
moderada-M, baixa-B e nula-No Uma zona homóloga é classificada 
como de alta tonalidade quando dominam cores claras. 
Etapas da Fotointerpretação 
Para extrair todos os elementos geológicos durante a fotointer-
pretaçio. ~ importante seguir quatro etapas: fotolcitura., fotoanálise, 
identificação de zonas homólogas e interpretação geológica. Seguindo 
essas etapas, com critérios fundamentados, o fointclprctc analisará a 
participação de cada elemento geológico DO arcabouço geral da área. 
sem correr o risco e deixar de visualizar a1gum importante aspecto. 
 
FOloleil"rtl • Reconhecimento das principais feições geológicas e 
cartográficas. Por exemplo: áreas devastadas, zonas de cultivo. estradas 
e caminhos. áreas urbanas. morros. etc. 
FOI0,,"61i$' 
• Traçado de Ioda drenagem, observando o modelado do relevo e 
o padrlo do traçado com relaçAo sobretudo li estruturo c a litologia. 
- Traçado de todas as lineaçOes positivas c/ou negativas (superficies 
"Si e em série (juntas/fraturas) . 
- Traçado das falhas com a classi6eaçlo das mesmas segundo o 
movimento. 
- Traçado das atitudes segundo a assimetria do relevo. 
- AnAlise do relevo, observando os tipos dt: encostas. grau de tTopia.., 
densidade de elementos [exturais e estTuturais, tonalidade e vegetaç/lo. 
/d,,,tiJi~lIç.o d, ZOllllS Ho",610g118 - Nessa fase, são definidas 
as zonas homólogas. com base nos crité rios estabelecidos acima. e. 
traçados os eontatos que limitam essas zonas que representam unidades 
Iito16gicas. 
/lI/e11lf'daç40 Geo16gicII - Conc1usJo da fOlointerpretaçilo com a 
colocaçlo dos eixos dt: dobras e imerpn::raçAo esuatignlftca em caso de 
sequência sedimentar a metassedimentar. Quanto à presença de rocha 
plutônica, observar a colocaçao em relaçio a encaixante. pré, sin~ ou 
p6s-tectânica. Portanto, nessa fase tenta-se ordenar os eventos Seoló-
gicos observados através das imagens de satélitelfotografias aéreas. 
Interpreuçao de Imagens de Radar 
P/Ull que o fotointérprete possa extrair melhor as informações geoló-
&icas contidas na imagem de radar. se faz necessário o conhecimento 
sobre os principios que regem os parâmetros geométricos desse produto. 
Dentre esses merecem destaque: sombra. encurtamento, fantasma. 
paraJaxe. 
A sombra do mdar é de grandc relevância pilnl que o intérprete possa 
ter a noção de terceira dimensão na análise visual da imagem. A sombra 
s6 seni produzida cm uma feiç/lo do terreno se o ingulo de depressão 
(fi) for menor que o ângulo da pendente (a), figura 3.4. 
 
I 
• I 
......... 
C li V 
... __ .~ .,---____ .M~.~ ____ ---~~~-=;."=> 
Figura 3.4 - Relaçto entre o inguJo de dcpcesslo (IJ) 
e o comprimento d. IiOmbra de radRr. Browden & Pruit (1975). 
o encurtamento ocorre nas pendentes voltadas para a antena (reflexão 
frontal a2Uda). que devido a seu posicionamento geométrico .. ter3.o 
um único retomo mostntdo com tons brancos, figura 3.Se. Pode estar 
atenuado como na figura 3.5b. 
O fantasma (layaver) constitui um caso extremo de deslocamento 
de relevo, o que impossibilita a inlerpretação radargeoló&:ica. É função 
direta entre a distância da antena.. c a feição imagead •• uma vez que o 
topo da feição estando mais próximo da anten~ terâseu sinal registrado 
antes, figura 3.5&. 
., 
figura 3.5 _ Parlmetros de Rad ... 
(A) layovcr. (B) normal c (C) encurtamento. Drury (1987) 
 
A paralaxe é a soma do deslocamento de relevo. Como as fotogra~ 
fias aéreas. que apresentam wna distorção radial, as imagens de radar 
provocam um deslocamento das feições positivas em direção a antena. o 
invcr.w oc;;olTCndo com as negativas. Graças a este parâmetro é posslvel 
obter-se 8 estereoscopia de Radar. 
A sensibilidade da antena DOS radares imageadores é tão importante 
quanto a qualidade de um sistcma de lentes cm Wlllt clmera fotogrâfica. 
pois dela depende o nível da imagem. bem como 8 largura da faixa 
imageada. 
Na teoria nlo é possível gerar uma imagem radar com visada nadir 
perpendicular. 
Denomina-se Radar de Visada Lateral pelo fato de cobrir uma faixa 
continua ao lado da aeronave, ao in~s de diretamenle abaixo como 
acoDtece com as fotografias aéreas verticais. Uma série de pequenos 
JRllsos eletromagoéticos são emitidos pela antena e os sinais da reflexão 
de retomo 510 registrados. Pulsações de cnergia 510 eDviadas intermi-
tentemente, de modo que a próxima pulsação será somente emitida após 
todas as reflexões de uma pulsação anterior retornarem para a antena, 
que deste modo já está apta para receber. figura 3.6. 
_ .. ' 
__ (TI : 
AAc ~I ;_01 
.. ~ -... -
.r ____ _ __ 
Figo~ 1 .6 _ Parimetros do siSlema RVL. Modificado de Drury ( 1986) 
 
o posicionamento de um determinado olvo na imagem irá depender 
de sua distância em relação à antena e sua tonalidade dependerá da 
reftex40 de relorno. 
Dois importantes parâmetros do sistema RYL são: ânguln de inci-
dência (9) e ângulo de dcprcssio (a). 
"ar~tros do alvo 
Permltlvld.de e o falor que fornece. relaç40 entre a radiaçdo que 
chega DO alvo e a que retoma ao sensor. Alta pennitividade fornece alta 
reftectAncia.. ou seja, as microondas não penetram cm alvos com alta 
pe:tmitividade. A água por exemplo inibe as penetnlçlo das microondas. 
O coeficiente de pennitividade da água é de &-80. Na areia o coeficiente 
de permitividade é de É 3. 
\/ 
NhJeI de dna m6dio 
(CInZlI , • ..-u. CInZB a.DJ 
Ângulo de Aspecto (,;) i a relação entre a declividade do terreno e 
o Angu,lo de visada. lsto acarreta distorções geométricas nas imagens. 
- As rampas opc:m.as são imagcadu tangcocialmente ou ~ sombras 
(estio sobreadas) . 
• Quanto mais acidentado o terreno. mais dil1cil se toma a interpre-
tação da rede de drenagem e a determinação de estruturas geológicas. 
A tonalidade está relacionada essencialmente com o tipo de retomo 
do sinal. seja ele do tipo especuJar difU50. frontal agudo. frontal obtuso. 
 
ANÁLISE GEOMORFOLÓGICA 
Comentários Gerais 
A geomorfolugill é a disciplina que estuda as formas da superflcie 
terTeSln:. analisando os procesSOS que 8$ detenninaram através da lito-
Iogi •• estrutura. drenagem e condições climáticas. 
O el~Dto que mais se destaca em uma imagem terrestre é o rdcvo. 
seguido pela rede de drenagem. Assim. O entendimento evolutivo das 
feições morfológicas é um rator prepondclll.Otc na fuluintcrprelaçlo. a 
qual fornece importantes subsídios para a cartografia geológica <b área. 
É occessário o.naJisar a morfologia de cada tipo de rocha, cada fratura 
c cada fciçlo erosiva ou deposicionaJ. porque essas feições produzem 
modelos próprios. embora nio necc:ssttriamente únicos. Uma mesma 
rocha pode apresentar feições morfológicas distintu, • depender de 
sua posição na c:sll"uluR., se está no oücleo. OU no flanco da dobra. A 
oatureza da mc:h3 ~ fator determina.ote no modelado do relevo, alravé,s 
de sua composi~o mineralógica, coeslO, tamanho dos grlos eestrutul'll 
internada mesm84 
N. análise geomorfológica, deve~se também levar em consideração 
as eooctiçôes cJim'ticas. pois um granito no clima scmi-árido possui 
relevo diferente de um granito no clima úmido" Ê necessário conhecer 
bem as particularidades do desenvolvimento da paisagem., queDO"Brasil 
apresenta aspectos muito peculiaru em !iiuas regiões. 
Em referencia à composiçlo mineral dali rochas. os fatores de resis-
tência ou de fraqueza. 510: 
F.tores de ralsta.da 
K-feldspato 
Minerais claros 
Quartzo 
Fatoru de rraquc:za 
Biotita 
Minerais escuros 
Segundo Grccnwood (1962). 0$ fatores que f.vurcccm o intempe-
riamo mecânico C químico sobre as rochas ígneas e metamórficas cm 
cU mos '-ridos $lo: 
 
laremperilmo Mec.lalco 
Baixa porosidade 
GranuJaçlo nlo uniforme 
Rochas compactas 
Rochas plutônicas 
Quo..rtzitos 
G~ndes Feições Morloestruturals 
lotemperismo Qalmko 
Alta por"03idade 
Granulaçlo uniforme 
Rocbu nAo eompaçtu 
Rochas foliadas 
Calcários 
As grandes feições mo.rfoestrulurais eslio classificadas em funçAo da 
disposição da.co camadas rochosas. compondo a denominada "'Geomor-
fologia Estrutural". 
O entendimento prévio sobre. grande feiçlo morfoe' b utural. na qual 
a área está inserida. permite conduzir os estudos fotogeológicos com 
mais facilidade. Neste caso, o rotointi!:rprete inicia a intcrpreuaç.3o eom 
o conhecimento das formas do relevo e estruturas que possivelmente 
serl.o encontradas. 
Em 1946. I. G. Gerasimov propôs subdividir todas as foonas de 
relevo em três grandes categoriu genéticas : 
• - unidades eeot'c.:tu rabo compreendendo as maiores unidades da 
su:pcrflcie terrestre (massas continentais, grandes zonas montanhosas, 
depressOes oceânicas e escudos); 
b - unidades morfontruturals, designando os elementos do relevo 
de ordem mhlia,. taü. como RS cadeias de montanhas, maciços. planaltos 
e depfC.SSÔeS internas dos continentes e oceanos. A Igumas feições 
morfoestruturais estio exibidas na figura 4.1; 
c - unidades morfoescutr.rals, relacionadas com a açlo dos sistemas 
morfogeni!:ticos. 
Para o estudo fotogeol6gico, os aspectos das grandes feições mono-
eSlr'Ulu.rai~ que são as bacias scdimcn.tarc:s, cadeias dobradas. blocos 
falhados, maciços bomogênc:os. relevo vulcinico. mODtanhas complexa .. 
e relevos a.rnasado~ sio os mais importantes . 
• ~s SedimenQres 
Nas baciu sedimentares, onde as cam.adas são horizontais. se desen-
volvem uma paisagem composta por relevo tabular de dimensões e 
 
-
_MO'_. 
II. I • • _ • ., 
--
AguR 4 .1 - Fdçoes morfoestrutwals. (A) I1!levo Jurissico; (8) relevo 
Ápalacbiano: te) reLevo Dõmico: (D) bloco falhado apresentando platõ. 
Cue$fa e bog-baek; CE) co.lAo;. (F) euesta: (G) bog. bac,k e (H') crista isoclin.1. 
 
altitudes variadas. dependendo da variabilidade composicional. espes-
sura e grau dc resistência das rochas. Apresentam áreas planas. com 
chapadões limitados frequentemente por escarpas denominadas de 
eues~ figura 4.2. Essas escarpas muiw vezes exibem no topo cama.da:» 
mais competentes. chamadas de comija. 
Figura 4.2 - Monologia da bacia scdimenlar. a~lUdo relevo tabular. 
(A) vale: ~t.clin.l: ( B) testemunho de: çirucira; (C) murro testemunho; 
(O) morro residual e CE) cornija 
Cadelas Dobradas 
• 
São áreas onde as camadas encontram-se dobradas e intensamente 
ralhadas, compondo um relevo de cristas e vales, nas quais grande 
parte dos rios estão controlados por fraturas eIou falhas. As formas 
de relevo dependem du tipo de dobramento e da aÇao erosiva. Toda 
evolução topognlfica está determinada pela erosão diferencial. Quando 
observamos estruturas sincHnal e aoticHeal expressas no relevo, nilo 
estamos constatando um controle tectônico original na paisagem, mas 
O resultado da erosão que despojou espessos pacotes de rochas., para 
revelar camadas resistentes dobradas. conhecidas na literatura geológica 
como do tipo ApaJachiano. 
São distinguidos os seguintes relevos de Cadeias Dobradas.: relevo 
Jurãssico. relevo Apalachiano. relevo Alpino e relevo Dômico. figura 4.1 . 
Os dois primeiros tipos são caracterizados por sucessivas allernãm.:ias 
de eristas e vaJes paralelizados, enquanto o tipo Alpino é composto por 
 
fbrte5 crisw e vales profundos. JA O relevo tipo Dõmico. ~ uma área soer-
p.ida formada por suaves cristas com o magulbo para a partc cxLcma 
daestrUtura 
Blocos Falhados 
Blocos falhados slo rcições morfoestrururais. formadas principal-
mente por fenômenos de falhamentos. O falhamento pode: ser analisado 
cm dik.entes C5C&1as de obscrvaçAo, desde microf.lhas i ralbas regionais 
t. na maioria das vezes. slo identificadas no campo e registradas nos 
diversos sensores remotos aplicados' cartografia geológica. As prin-
cipais feições: morfológicas associadas li falhamentos silo as seguintes: 
escarpas de falba. escarpas de linha de falha. grabens e horts . 
• Reconhecimento de Falhas 
As caractcrfsticas geomorfol6gicas podem ajudar no reconhecimento 
das falhas e conlribuir na interpretaçlo correta da história geológica 
d8 rea.ilo. O falhamento em geral possui expressio topográfica causada 
por movimenlKÇlo de blocos que inclui elevaÇlo. descida. inclinação ou 
deslocamento horizontal O tipo de falha está di.retameote relacionado 
tom o regime tectõruco que ocorreu. 
É muito raro uma enc06ta de falha representar a superricic de falha-
mento. como tambêm o desnfvel corresponder ao deslocamento relativo 
de blocos (rejeito). pois O trabo1ho da crosIo tende a apLainar o desnivela-
OlCnto e mascarar a superflcie da falba, bem como os rcs.ultos produzidos: 
pela movimentaç:lio dos 1?locos. Slo I'Cconhecidos os scgUlUt.t:s tipos de 
cscatpras: escarpas de faÍha . escarpas de cuesta. escarpas em retrocesso 
~ escarpas de abraslo marinha. • I 
, -
• PriDCipais caracleristicas goomorfológicas de esCarpas de Falha 
a • Faces trapezoidais nas extremidades dos morros. figura 4 .3. 
b - Sinuosidade na base do. escarpa. 
c - Vales agudos em forma de "V"'. com pisos de rocha firme que se 
estendem até 11 linha de ralha. 
d • Os gradientes dos rios aumentam a medida que se aproximam 
da linha de falho.. 
e • Vales colmatados em frente da escarpa. 
 
Existem outras: caractedsticas topogclficas que podem sugcrir a 
presença de uma falha: 
1 _ Frequentes deslizamentos de terra. 
2 - Cursos de rios paralelos c relOS queatravessam rochas com virios 
tipos de estrutUf1LS. 
3 - Deslocamento de rios em lnguJo reto. 
• OepOsitos Correlatos de uma .Falha 
Esses depósitos 510 contemporâneos da falha.e podem indicar. 
JO - A idade da falha, uma vez. que alguns materiais podem conter 
restos paleontológicos. 
r- A topografia da fossa na época de sua formaçio e a veloci-
dade relativa do deslocamento dos blocos, em funç.lo dos tipos de 
sedimentos. 
3- - O clima da regil"o na tpoca. em que foi produzida a fossa tectô-
nica, devido a flora fóssil e também dos tipos de sedimentos.. 
• EvoIuçIo de um Relevo Formado..Por Falha 
Uma falha extensionaVdegravidadc quando se fonna. imediatamente 
desenvolveum relevo quct gerado pelo dft. Assim, aparece uma escarpa 
de falha que a.presenta faces trapezoidais., conforme figura 4 .3. 
Em uma regiAo composta por rochas sedimentares. contendo blocos 
monoclinau. associados ;\ falha., o retro<:eSSO geta coollições prupk:.ia.s 
ao desenvolvimento de cuesta~ figura 4.4. 
 
F"tguril 4A - t::voluçlo de um relevo de c:uesta usociado à falha. 
Se as rocha..~ que afloram em ambos os lo.dos da falha tiverem du~ 
diferentes. a escarpa só se nivelará em um aplanamcnto geral com altura 
pouco distinta do nível de base. 
A 
Figura 4.SA · Nivclaçlo 
cm~dcralba 
Se um novo processo de erosilo atua em uma RSiloy onde a escarpa 
falha foi nivelada. podem aconrecer duas possibilidades: 
• 
---
---
c 
ti, r------- ---
-..--..-............ .... -
Figura 4..58 e C - Nivclaçlo cm escacpa de ralha 
Dessa fonna, em sequênci85 pencplanizada:). o contata por falha 
["""unidades litológicas pode estar represenlado por um vale de linha 
falha, ou através de uma majestosa ~rpa de linha de falha, em 
u><;"oda eroslo diferencial. figwas 4.58 e C. 
 
".'~-"~-''''''''.' ." ' 
'-" - ~ 
Maciços Homog'neos 
Através da denlUiaçilo de antigas ilrea.. .. omgênicas ou cratônicas. 
corpos plutônicos slo expostos na superflcie e trabalhados por dife-
rentes agentes erosivos. Constitui uma áre.t' elevada , em geral dômica. 
de aspecto homogl!;nea. realçada em runt.:ilu do contraste composicional. 
textural e estrutural com as encaixantes, que são mais brandas, Assim. 
as massas plutônicas ficam individualizadas morrologicamente. o que 
facilita sua identificação. Partes da serra do Mar e a serra de Friburgo 
são exemplos desse tipo de relevo. 
Maciços VukAnicos 
Estão diretamente relacionados com processos e eventos que 
permitem a ascençio de material magmático. Sua filiação magmática 
e a estrutura do edifício vulcânico são normalmente (ormadas por 
lava e material pimclá. .. tico. Estão caracterizados principalmente pela 
p~nça de cones vulcânicos. mas as formas dos vulcões podem vedar 
inclusive durante seu período de atividade. No Brasil existem poucos 
cones vulcânicos. 
A atividade vulcânica na Bacia do Paraná que ocorreu de forma 
tabular~ com derrames boutállicos, propiciou um n:levo composto por 
extensos chapadões. 
Mont-anhas CompleJJa5 
Esse relevo t p'~veniente da associação de vários fatores, tais como: 
falhas. camadas dobrados, maciços homogéneos e maciços vulcânicos, 
R~f~vos Arrasados (PIanlcles) 
Os relevos arrasados são constituídos pelas planícies costeiras. 
planicies Ouviais e ped iplanos. 
- Planícies Costeiras 
As planícies costeiras são superficies relativamente planas. baixas. 
localizadas junto ao mar c cuja formação resultou da deposiç1o de 
sedimentos marinhos e fluviais. As fonoas de relevo podem resultar 
 
j L 4 ~ • . ;.A'_~~' .-- i!"~ "'. .,..... 
. I .. ~. -' ___ -' I' 
tanto da ação erosiva, como da deposição que caracterizam as costas 
escarpadas t: as coslas baixas ou planas respeclivium::nle. 
Na' região Norte. Nordeste e Sudeste do Bra. .. il. a largura da.c;; planícies 
costeil1:ls é genllmente estreita. curúinada entre o mar e a eSl,;ClTJ'i:I dos 
dq)ósitos sedimentares do Grupo Barreiras. 
Alguns aspectus fisiográfil,;os das phmIcies costeiras são descrito a 
seguir: 
- a raJHla é um ressalto nlo cobeno pela vegetaçlo. com decHvidade 
muito acentuada, altura variada e localizada na linha de cantato entre 
a terra e o mar. A medida que a falésia vai recuando para o continente, 
amplia-se a superlicie erodida pelas ondas, que é chamada de terraço 
de .brado. 
- a restinga. que é considerada na literatura como barreira OU cordão 
litorâneo, é formada por faixa arenosa alongada e depositada paralela-
mente à praia, tendo como ponto de apoio o cabo e saliências do litoral-
A restinga da Marambaia DO Rio de Janeiro é um exemplo tipico. 
- a presença de dunas nessas planícies costeiras. é um aspec.to fisio-
gráfico muito encontrado no litoral nordestino. 
- em vál'"ios locais dessas planíc ies costeiras. os cordões Utorineos 
estio bem marcados, como na ilha de Tinharé Boipeba e em Mangue 
Seco na Boh.ia. fotos I e 2 . 
• "Planícies Fluviais 
As planícies fluviais slo fonnadas pelas aluviOes e por materiais 
variados, depositados no canal fluvial ou em suas margens. Os principais 
aspectos fisiográficos da planície Ouvia) são descritas a seguir: 
- plaaície de inundaçlo é a faixa do vale fluvial composta por 
sedimentos aluviais. bordejante ao curso de águ~ que periodicamente 
é.inundada pelas águas de transbordamento provenientes do rio. 
- os terraços ftuvlaiJ representam antigas planícies de inundação 
que foram abandonadas. Morfologicamente surgem como patamares 
aplainados. de largura variada, limitados por uma suave escarpa no 
sentido do curso de ãgua.. 
- os diques mara:1na.ls são salieDcias alongadas. compostas de sedi-
mentos quc bordejam os canais fluviais. A elevação mó.xima do dique 
está nas proximidades do canal. em cuja direção forma margem alta e 
íngreme. 
 
No Brasil, amplas planícies Huviais se desenvolvem BS.iI;.OCiadas ao 
aporte de sedimentos do Tio Amazonas. na ilha de Marajó e litoral 
do Amapá na reguo Norte c. associadas às feições deltaicas dos rios 
PrunaIba. Silo Francisco, Pardo e Jequitinbonha na regiio Nurtlestc. 
• Pediplano5 
Os ped.iplanos constituem extensas Arcas arrasadas. ooele afloram 
rocbas metam6rficas, normalmente gnaisses. migmatitos e rocbas 
fgneas intrusivas. O relevo suave estã relacionado a eroslo seletiva ao 
longo de linhas de fraqueza. associadas à falha", fraturas. dobras ou 
rochas brandas que formam depressões. No Nordeste do Bra.c;il, onde 
ocorre o clima scmi+árido, existe o desenvolvimentu de pediplanos 
compostos por grandes áreas, nas quais estio expostos principalmente 
gnaisses, mjgmas:itos, granitos e granulitos, além de sequências do lipo 
greenstone bell Nessas regiões dissecadas do Nordeste do Rrasil sio 
freqUentes a presença de in.selbergues formados por corpos gnudticos 
que se destacam na paisagem. 
Elementos Morfodim.iticos 
Os elemt:nlOS morfoclimáticos dizem respeito aos pnx;essos e a forma 
do relevo que estio relacionados ao clima da região. O conjunto das 
formas de relevo controladas climaticamente estilO sendo sucessivamente 
sl.Iperimpostas umas às outras. Assim, as formas de relevo de qualquer 
área mostram as influências de climas que se sucederam. até os atuais. 
O estudo dos processos morfogenéticos demonstra a importância que 
a fatar climático assume no condicionamento para a esculturaçio das 
fonnu de relevo. 
Dessa forma, os granitóides tal como os gnaisses, podem 
aprescntar formas variados de relevo, desde topografia montanh~ 
at~ terrenos arrasados. em função de sua composiçlo mineralógica , 
organização interno c pelos fatores climiticos.. 
Os granitos/ortognaisses em clima semi-árido, formam maciços, 
lajedos, fonnas agudas, scrrilhadas c iosclbergues.. Nas encostas das 
elevaçoes são frequentes a presença de matações. Enquanto em clima 
úmido, os granitos silo IjS03/suaves. com foml&S arredoodadas. e, quando 
fraturados. mostram formas típicas em lmango. 
 
Morfologia de Intrusóes Circulares e Pequenas Int ... us6es 
IntrustMs Orcu/~ru 
estio incluJdas nesta parte as estruturas dômicas em geral e os cof"»Os 
.intrusivos. Constituem essencialmente anticlinaislantiíormcs ellptit.:os 
que na geomorfologia slo tratados por domos estruturais . 
Existem quatro tipos principais de est ... uturas dOmicas: 
- domo com núcleo cristalino antigo 
- domo lacoUtico 
- domo c ... iptovuleinico 
- domo de sal 
Pequenaslntrusóes 
Os diques sAo pequenas intrusões que formam relevos depl"imido5 
OU salientes. dependendo da sua cODstiluiçlo petrográfica. 
Diques básicos tendcm a constitui ... vales, onde a drenagem se esta-
belece tace a erosão diferencial. Bons exemplos sio observados na sem 
de Jacobina, Chapada Diamantina e IUI serra do Espinhaço na Bahla . Já 
OS pe&mQtitos que sio rocha.~ mais resistentes aos processos erosivos, 
exibem proc:.minenlt:S ,,:nstas que se estendem por dezenas de quUÔlDe-
tro.o;, como se observam em algumas regiões do Nordeste bnasileiro. 
Os corpos igncos intrusivos que slo agrupados em menores (dique, 
sill e plug) c maiores (Jacólito, Jopólito, SIock., diápiro c dique aoelar), 
apresentam feições morfol6gicas distintAs, A depender da composiçlo 
mineralógica., estrutura interna, granulllçiu e IlSpcctos climáticos. A 
fiaura4.6 exibe 8 forma dM corpos ígneas intrusivos menores e maiores 
e • 4.7 mostra u efeito do corpo fgneo nas rochas encaixantes.Si. PI"" 
lopóito 
Figura 4 .6 - Fonna dos corpoll IgDC06 menores c mo.iores. Modificado de Parle, 1983. 
Agutit 4.7 - Efeito do corpo Igneo nas rochas encaixantes. Modificado de Park. 1983. 
 
ANÁLISE ESTRUTURAL 
A análise estrutural tem porobjetivo principal reconstituir a t::voluÇ"ào 
tedônica da área, através do estudo das deformaçõe.~ a que foram subme-
Jidas as rochas. Na fotogeologia, a observaç!o que é macroscópica, inclui 
sobretudo os seguintes elementos: atitudes de camadas, discordâncias, 
ordem e grau das estruturas, contatas, estruturas dobradas, estruturas 
circulares/ovaladas, dobramento superposto, fraturas, falhas, zonas e 
cinturões de cisalhamento, lineamentos de superfícies "S", escarpas de 
falha., sinclinais, anticlinais, grabens e hor.sts. 
:Atitud@ de Camadas 
Camadas Horizontais 
A atitude de camadas horizontais está assinalada por estratos que 
acompanham as curvas de nível. figura 5.1 e fotos 5 e 6. Essas seqüências 
quase sempre possuem camadas guias, que podem estar representadas 
por relevo positivo. relevo negativo, tonalidade contrastante, vegetação 
ripica, solo específico e padrão de drenagem característico. Na fotoge-
ologia do utilizadas como referências na delimitaçAo e caracterização 
de unidades litoestratigráficas. 
PIaIO 
figura 5.1 - Expressão topográfica de camadas horizontais. A camada (A), mais 
resi!.tenle, forma um platô n" pltrle esquerda dA figura . A flutra camada (B). 
Ulmbém resistente. constitui suavcs aupcrficics planas (PL).Vcrgaro (1971). 
 
camadas inclinadas 
A a titude das camadas inclinadas está evidenciada pela assimetria do 
relêvo. figura 5.2. Camada com mergulho suave, possui alta a. .. simetria, 
já no caso de camada com mergulho de valor muito 31[0 a vert ical. o 
relevo mostra-se simétrico. 
Figura 5 .2 - Forma lopográ.fica de perfil assi métrico com iQdicaçllo 
do sentido do mcrguUlo. Verga.ra (1971) 
Camadas Dobradas 
As eSl:ruturas dobradas. que frequentemente estão associadas com 
fal.hamentos eonrracionais. podem ser deduzidas pela repetição de 
camadas com mergulhos opostos (fig uro 5.3), cxccto em dobras isocl i-
nais. nas quais os estratos mergulham no mesmo sentido. A dobra assi-
métrica é reconhecida nns aerofotas pela diferença nas áreas allonrntes 
dos dois ftancos. O Danco que possui menor valor de mergulho apresenta 
órea aflorante mais larga. figura 5.4. 
FigUnl 5.3 - Bloco diagru.ma apresentando dois a.llticl inais CUOl as 
t;batneLrilS t:JI:poslas. O da esquerda com eixo horizontal c o da direita 
com caimento indicado. Vergara (1971) 
 
, ·"0· ' 0'''- O' -
" - - -
--
AgUra 5 .4 - Bloco diagrama com a relaçlo da àn:.. Ilnorllut .... m uma dobr. 
assimétrica. Modificado de Pedreira (1986) 
Em dobras isoclinais a identificaçAo de antifonncs c sinfonnes é 
dificil. Neste caso. o local ideaJ parn fazer observações é o "nariz'" da 
dobra. que pode indicar sua natureza. 
Nas sequências contendo redobl"ame ntos. estas estruturas são difí-
ceis de serem individuaUzadas com clareza nas imagens, c cm alguns 
casos .. o tro.çodo com precisão das I ineações pode revelar o padrilo de 
interferêDcia. 
Discordlnclas 
A discordánei .. existente cntl"c: duas fonnaçôes distintas nilo é faci I 
de ser caracterizada em fotogeologia , salvo em alguns casos, quando 
as feições nas imagens estao bem cvidt:'nlcS. 
A discordância angular está carac terizada através dos seguintes 
critérios: 
1 - presença de uma sequência lito16gica depositada discordante-
mente sobre outra, figura 5.5. 
2 - difef'Cnça dc mergulho entre duas fonnaç3es distintas. 
3 - convergência da direção das camadas de duas formações. 
No primeiro caso. a discordáneia apresenta-se de modo claro. mas 
com relação aos outros dois casos. a discordância pode ser confundida 
com dobramento ou falhamento. figuras 5.6A e 5.68. A duvida em 
 
• • .... a" 
relação ao dobl1lmenlo requer uma comprovação de campo, para saber 
se;: as <-:amadas situadas cm ambos os lados da discordância pert'encem 
ou não à mesma fonnação. 
F~u~ 5.5 - Oiscordânciullngular, no qU1I1 umo scqüência horizontal c.sta 
sobreposta à outra mais antiga. com mergulho alto. Vergara (1971) 
---
- -
Agura S.6A - Passivei dúvida entre discordância e uma dobra anticlínaL As 
camadas I e 2 estilo sobreposlas discordantemente sobre uma seqOência 
inrc.nor. A s imilaridade fOlogcológic.o entre as comadas I e 2 e II 4 c S. pode 
deixar transparecer uma dobra anticlinal. Vergara (1971). 
Figura 5.68 - Dúvida entre uma discordância, uma falha ou 11m:. dobra. 
Vergara ( 1971). 
 
A dúvida entre 8 linho. de discordância e uma falha é analjsada da 
eeguinte maneira: 
- A linha de discordância se caracteriza por um traço irregular, 
adaptado li topografia da área. Se a estrutura (possivel discordãncia) 
O)Ost", uma Unha reta.., ou uma ampla eu.rvatura, é mais provável que 
seja uma falha. Se as formações mais antigas aparecem sobrepostas 
és mais recentes. u contato provavelmente é cfetuado por falha 
contnleional . 
Ordem e Grau das Estruturas 
Entende-se JX1r estrutura, um arranjo ordenado de elementos texrunlis 
c/ou estruturais. que podem ser: drenagem, relevo ou lineaçõcs. 
Alinhamento é o traçado ordenado de elementos estruturais duu 
texturais unidirccionais, que podem ser: lineaçõcs positivas, negativa..ç 
ou quebras de relevo. 
Toda estrutura possui um conteúdo, composto por lineaçõcs e drena-
gens, e. uma fonna. que pode ser circular, eHptica, etc. 
A estrutura pode: ser analisada também segundo a ordem de e5tru-
tur&çlo e o grau de estruturação. 
A ordem de estruturação qualifica a complexidade da organização 
dos elementos., ou a superposição de padrões de organização. Tem-se 
uma estrutura de I- ordem, quando apenas uma lei define o padrão 
de ordenamento. Por exemplo, no caço da disposição em linbll reta de 
elementos texturais c/ou estruturais. 
O grau de estruturaçio refHe-se a regularidade da organizaçlo dos 
elementos texturais elou estruturais. Uma fonna é frdcamcnte estruturada, 
guando os clcmentos texturaisl estruturais estão mal definidos., ou pouco 
organizados. e. fortemente estruturada. em caso de di.l»"])Osição regular, 
ordenada. Eotão, quanto maior for a ordem e o grau de estruturação, 
maior é a confiabi lidade da estrutura fOlointerprelada ser venladeLra. 
Cantatas Geológicos 
o método 16gico-sistemático desenvolvido por Guy (1966). estabelece 
que zonas homólogas de relevo são áreas fonnadas pela repetiçãO dos 
mesmos elementos texturais e a mesma estrutura . 
 
Pelo método convencional dc rotointerpretaçao (escola americana). as 
zonas de imagem com propriedades texturai!; e/ou estruturais diferentes., 
também sio separadas por limites defUJidos. O limite dessas estruturas 
pode coincidir com uma lincação positi~ negativa. quebro de relevo. 
ou lincação em série. 
Quando um limite coincide com uma forma linenr, estruturada, 
tem-se um limite dcfinldo, figulll ~.1A. Quando as propriedades de uma 
zona hom61oga sio §ub!;lituídas progressivamente pelas propriedades 
de outra. o limite ~ progressivo OU gradaciooal. fieura 5.18. 
O limite envoltório acontece quando separamos dois conjuntos de 
propriedades tcxturais dou estruturais diferentt$. sem que estas proprie-
dades estejam bem delineadas em toda zona de conlalu, figura ~ .1C. 
(A) (8) 
~ ~ 
- -......... -
_ ./' ,,---
/,/ ,- .,.., 
"--/ - ,-
/ - ,- - -
CC) 
figuQ 5.7 - Limite ~ zonas bomólops:: W limite definido. (B) limite 
progressivo e (q limite envoltório. 
Estruturas Circulilres/Ovilladils 
As estrutUJ1l!\ circulares/ovaladas podem apresentar-se com e sem 
cxpress!o topográfica (figuras 5.10 e 5.11) ou assinaladas pela rede de 
drenagem (figura 5.8). As estruturas que:: nlo possuem n::levo sIo real-
çadas apenas pelas !locações concêntricas. indicandoprovavelmente 
dobramentos ou intrusões (figura 5.9). Algumas delas encontram-se 
complexamente interrelacionadas e quase sempre bordejad.as por zonas 
decisalhamento, fotos 16. 17 c 18 e figuJ1l5.11A. Em OutTÔS casos, essas 
estrururas compõem-se de núcleos homogéneos., contendo discretas linca-
çõcs na periferia. A geometria das lineaçl\es externas ao núcleo. por vezes 
Indicam o sentido do movimento durante o processo de cisalhamento, 
(figura S.IIB), ou a época de colocaçAo de corpo igneo. figura 5.J2. 
 
Em rocha gnUlftica pouco deformada, as l.ineaçõcs mostram-se espa-
.... as e descontínuas, enquanto em gnaisses. migmatitos. etc. existe uma 
continuidade e o espaçamento é menor~ Em gnais.ses bandados. a 
continuidade é perfeita e o espaçamento é bem menor. 
A diferença entre gnaisses bandados e zona de cisalhamenlo está 
DO fato desta última apresentar uma grande densidade de lineaçõe.. .. 
CWJtinuas em uma estreita faixa linear. 
Os gnaisscs bnndados em geral. ocupam áreas maio~s e as lineações 
nIo estio densamente ajustadas. 
y \ \ \~ 
,,", ~\ -'Y ,.\'r 
~I J '~ 
.I 
.. , 
figura 5.8 - Em (A), estrutura de drenagem com baixa densidad~ disposiçiu 
anelar, fraCllmenfe estnlturada e de ,- ordem. Em (8). estrutura de drenagem 
çom média dcnaidade de textura, disposiç.lo anelar, 
fonemente estruturada e de: 2- urdem. 
- -
------
-- ") 
-_::>// 
-----
---
1>, 
Agura 5.9 _ Em (A), estrutura de lineaçlO fortemente estruturada 
e de ,- urdem. Em (D) estrutura de: I.incaçio fortemente atT'Uturadl 
ederordem. 
 
-
--
.. , 
FI,,,,,. 5.10 - Em (A). esuutura de relevo com mMia densidade de elementos 
tUturais, disposiçlo retiUnea e irreguJar, fortemente eslnlturada acima, 
fracamenle esfrll.l.urad. abai"o e de l- onk.ID. Em (8). estrutura de relevo 
com baixa d~sidade na periferia. c alta no centro. 
fortemente estrulurad", e de .- ordem. 
.. , 
Figurôl 5 . 11 _ Exemplos de estruturas çircularcs.. (A) - Estruturas circulares. 
colDplelOlJDenlC interrelacionadas, assinaladas pelas linc:llÇÕes c:ono!otric ... 
Zonas de cisalhameruo limitam H!lH estruturas. (8) - Estrutura circtiliu 
composta por o núcleo bomogéQeo com discretu lioeaçOes na periferia. 
I 
UI ; • 
. _-
... • III .... 
dII. ; •• egkwwol 
IA' RlI CCI 
F"tgur.ll 5.12 - Corpo inlTU5ivu: (A) pr~lectõnjco. (8) ,in-ICCl6nico 
e CC) PÓS-tect6DlCO- Modificado de Pedreira (1986). 
 
· _ ';~,f: __ ',e', '_' " :', 
Através do estudo das I ineaçôes. é possível estabelecer a época de 
ciJlocação de um corpo plutónico com relação às principais defonna-
~~L Na figura 5_31 observa-se o corpo máfico-ultramático da fazenda 
~la. nas imcdi.ll.çõe:i ,Jt:: Ipiaú, qUI:: se revt::la Das acrofotos como 
pas-tectônico, em função da ausência de lineaçôes e pela forma arre-
dOndada que trUDça as IineaçOes regionais. (Arcanjo ct aI., 1996). 
Dobramento Superporlo 
Em condições favoráveis. onde existe contraste entre as lítologias e 
escàssez de vegetação, é possivel se detectar a presença de figuras de 
interferência proveniente-s da superposição de dobramentos, fotos 7 e 20. 
Em condições ideais. alguns I..:rilérios de superposição de dobrdfilenlos 
podem ser diagnosticados nas aerofotos~ tais como: redobl'3.mentos. 
pn::sê:nva de lineamentos pre-existemcs dobrados e cmzamento de 
lineaçôes, foto 12, 
~tura5 
Fraturas ou juntas. são planos ou superücies qUI!: dividem as rochas 
ao longo dos quai .. não houve deslocamentos das pared~ rochosas, São 
"' ... ·'s proeminentes em rochas competeDtes tais como; arenitos. quart-
2;itos~ granitos. granodioritos. dioritos. diabásios. etc. 
Os critérios para O reconhecimento de fraturas em fotogeologia são 
I é)s-scguintc:s: . 
11- rios alinhados; 
b - rio com lnlçadu relo em um certo trecho; 
c - angularidade no padrão de drenagem; 
d - vegetaçlo alinhada; 
e .:- tonalidade escura em linha reta, truncando a rocha; 
""f - alinbamento de doli.nas em rocba calcãria; 
A lUIálise de fraturas tem por objetivo principal: 
a - estudar os aspectos tectõnicos da região; 
b - caracterizar o grau de ruptibilidade das rocbaS; 
c - itlenti6car as unidades litológicas; 
d - fornecer subsfdios para os mapas hidTogeolOgicos; 
e - definir controles de mineralizações; 
 
Falhas 
FaJbas sio fraturas ao longo das quais existem deslocamentos 
mensuráveis a olho nu, observados principalmente quando cxiste um 
nfvel guia deslocado, figura 5,IJA. 
IA) (8) (C) 
F''9'''''~ 5.13 - Em (A). r.Jha; (D) ZOQa de ralha (wna de c;isalhamento rilptll) 
c: {q zona de: cisalbamc:nto dücril. 
Zona de Calha c! uma área linear que conti!m muitas Calhas paralelas 
nu anaslomosadas. figura 5.13B. Zona de cisalhamcnto dúctil é uma 
região linear na qual as rochas foram submetidas a um forte estiramento 
e, consequentemente estreitamento das camadas sem haver rompimento. 
figura ' ,13c' Apresenta grande quantidade de lineaçOes em uma estreita 
l'aixa.. 
Os principais critérios para interpretaç.3o de falhas DOS produtos de 
sensores remotos Slo: 
a - deslocamento de marcadores (camadas, diques) ao loogo do ir.uro 
da faJha; 
b - súbita interrupção de camadas; 
c - variação DO mergulho de camada.c;: em cada lado da falha; 
d - rcpetiçlo ou BuseQ(;ia de camadas; 
e - deslocamento de frabJras 80 longo de um lineamento; 
f - escarpa de Calha; 
2; - escarpa de I i n ha de falha; 
h - contata brusco. linear, e aDOrmal entre rochas distintas; 
i - contata reto entre rochas do embasamento com sequências scdi-
mt:ntares/metassedimentares que fazem limites de bordo: 
j - descontinuidade de lineamento de dolinas. 
 
. V-."",,- r -. • 
.~., _., ..... ~. 
FallNs Elrtens;o,,~;s O" de Gr.vldOKle 
Falhas extensionais são aquelas em que a componente venical é a 
mais importante, acarretando como resultado um bloco alto e outro 
baixo. figuras 5.14 e 5.15 e foto 22. 
Em rochas homogêneas, Q expressão topográfica é a unica indicação 
verificada nos produtos de sensores remotos. O plano da falha sã é 
observado quando existe escarpa. Quando não existe escarpa., a falha 
fica assinalada apenas pelo traço da mesma sobre o terreno. a qual 
se caracteriza pela linha reta que: separa litologias diferentes ou pela 
presença de rios controladrn:i, figura 5.158. 
A escarpa de Calha é mais frequente em clima árido. do que cm 
elima úmido. 
Geralmente a idemificaçao fotogeológica de falhas é mais evidente 
em áreas sedimentares. do que em outro tipo de terreno. 
Quando O plano da falha extensional é rransverul à direçao das 
camadas inclinadas, pode ser confundida com uma falha transcorrente, 
figura 5.18. 
~ figuras 5.14 c 5.15 mostram diferentes estágios da evolução morfo-
&ógica atraves dos efeitos erosionais em falha extensional. 
• 
FloSJura 5.14 - Etapas na formnçilo de uma escarp:a composta . A - Formaçlo 
de uma escarpa de falha. B - DcstTuiç40 da escarpa de falha por erus8.u. C -
Desenvolvimento de uma escarpa de linha de falha através do avanço da erosllo. 
0_ ReativaçJio do falhamento com a produçio d~ UMa escarpa compoSIA,. cuja 
parte superior é de ori)Sem erosiva e a parte inferior formada pela falba.. 
 
.. ,.;.-'~~, 
. ~ ..... -- -c __ • " ' ,. ':""~""""'~""" .,:', '" 
.. _- .~ '.' , 
- ... - ------- .~, . 
. --------;.~ 
Ag",,.. 5.15 · In\"CDlo do relevo 
num. escarpa ck faJha.. Em (A). 
mostra uma nc::ar.,. de falha 
com • indicaçlo do. blocos alto c 
lNIillU. Com o avanço da erosio. 
aconte« o nivelamento do 10 • coo 
(R). Neste cuo, o conl:IIO brusco 
cxi5lcntc CDlfe a. duu ronnaçoes 
sugere. ralha de gravidade. 
Em (C). I menor resiSl!oc:ia da 
cemeda CJ cm rclaçiO a Cl. c 
com o prossegulmenlo da ttOdo. 
ptop<)lciona a inverdo rlo I1!:ln-o. 
V~1U'1I (1971). 
As figuras 5.16 c 5.17 mostram modelos de morfologia ocasionados 
por falhas extensionais verticais.

Outros materiais