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concei João Batista Alves Arcanjo . ' oao ...... OooIoIiopela Uairi'pWe Fedal de P "lMaI 1911 . 1OmOU-SC 611' 1 =;UIiw an Ser.Wm"",,,, R-1M cam" .... em f(Ao' .4I*etiÇlt· pelo Cemro ........ icIaocla "d'''JAe ..... - ClAf, Bopx.t, Ct*iritiJi.I. ~o IDO di: 1975. AMm'" dhelWiIo • • _"'nçIol_ • .. oS..,..t DI_ de r dP.,ulu leu"*' roi "....,..,...., ... 110 BrIIiIIb'av6s de aa- de I nwlizwçM. a nempIodol_ de StiM<lfiamGDto RemnIO lIIiaiIcndo pelo INPE cm 1m. peJa Ihú>cnidodo de Ouro ...... em Iw.I; ....... _lnIap loçIo 4aàI de irrtea IS ·ri!'W1\) o 1!NVl ... 1997. mlnillndo peJa CPIM. PanirilMN.I dos Simpósios lkIIikiroI de Sen ••• iMMIo ""'DDllDOIde 1996 c 1998, •• IkJIIlnbllhoI em Coocaesw _Idrode GeoJosla. publICOU _ .... em _. bolelim de cirmlJwçlo nacional. Suo......-.. piIia foi odquiriiIa na W<UÇio I oriemoçio ... _ de IDoapmoçIO de ....... de __ vincnlad" lOS projecos de -"",,10 geol6gico da CPRM, FOTOGEOLOGIA Conceitos, métodos e aplicações João Batista Alves Arcanjo DEOEO - Depafta.Jnento de Geologia CPRM - Serviço Geológico do Bl'lIlIil Salvador. Brasil 201 1 • MINlmRIO DE MINAS E ENERGIA MINISTRO De I!ST .... DO Editoa l oblo SI!CRl!TÁltlo VCECUTIVO Mircio f't:n:ita ZimlDmnlrlJl sKmAllo DE GEOlOGIA MINERAÇAo E TUNSFORMAÇAo MIN~ Cláudio Seliar • COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINEMlSI SERVIÇO GEOLOGtCO DO BRASil (CPRMI5GI) Dd:ETOR _ PtlISIDENTE MarIoeI Barretto di Rocha Neto DlRETOR DIi GlOlDGIA I: .CURSOS MINERAIS Roberto VCIII1ua Sutof DIUroR DE HIDftOGEO.LOGI .... E GnTAo TliRRrTORIAL TlWes de Queiroz Sampeio DlRfTOJI DE RELAÇOIlS INmTUCtDNAJS E DEKNYQlVIMENTO AlltOIlio Carlos a.cel1r NUDe5 DlRETOA Df ADMINISTMÇÃO E flNANÇA5 Eduardo Saata R ..... da SiM FOTOGEOLOGIA Conceitos, métodos e aplicações João Batista Alves Arcanjo DEOEO - Depanamento de Geologia CPRM - Serviço Geológico do Draail Salvador. Brasil 2011 o . Ss o:::_~ PrtId\Itn (i- lo"' ... pdI DlEDKl · Divi.llo 6c: EoS~ 0-1_ CPkM -~ o.oI6aieo 40 &ruil Projeto lJ"lko. dl ..... m·(M e ltvaliuçAo dai IIt.ooI(Oa VaiIer AlYamIp 8arndu " .... A..oo Coaü-.iaa fOcdro_ $11 .. lei" Waria ao. .. A ........ n.y.... Pn.1aeif'G • . "" Jt.ivII AtalDjo. Wo RlliIu Atves. FOlIa ot"" : CGDCCitoJ, má..o.. c ipliuçkl I Joio lJaaim Alvu An:aDjo.. _ Salvadar : CPR.MJSGB. 2011 , 144 p. : JO cm ISBN l. Gtokcia. 1. TItu'o. f._c... Falo ..... 16S7, &cala. I:AO.OOO Folha CntR!· SE.13..z~D·1II Q:I714 (CPl.M) CODEVASFf Ano:\96\ Fotadll4"c..,. MMaim 17I4lCI"RM). EacaIa 1:150.000 Folha ec.nJ . SE.13..z.-D·1II CODIlVASf ' ....,;1901 CDD551 APRESENTAÇÃO Em 1m a NASA lançou o satélite ERTS~lt dando inicio a um programa espacial focado no sensoriamento remoto dol5 rccUI'SOS naturais terrestres, posteriormente denominado LANDSAT. Desde entAo, a tecnologia de sensoriamentn remoto evoluiu muito. gerando imagens cada vez melhores e de maior resolução. as quais fornecem informações detalhacb.s da superflcie da Terra. Como conscqDêocia, o uso dessa rçrramcnlA tomou-se indispens6vel nos levantamentos e no monitoramento dos recursos naturais, com destaque para a cartografia geol6gica, especialmente num pais de dimensões continentais como o Brasil. A crescente complexidade dos problemas geológicos a serem eSlUdados e o avanço tecnológico na obtenção de novos sensores, também tem proporcionado a implantaçao de novos métodos. capazes de fornecer informações decisivas na soluçlo desses problemas. Por outro lado, o uso das fotogl'1lfias aéreas tradicionais (sensores remotos de baixa altitude) nos levantamentos geoló- aicos. tanto na fala etapa inicial como na atuaJjzaçlo gradativa dos mapas no campo. continua sendo uma ferramenta igualmente indispensável na canografla geológica e de vital imponância para a qualidade do produto final (o maPA geológico). A partir destas constatações, o autor discute os principais conceitos utilizados em .sensoriamento remoto c 8:j lécllicu de interprelaçlo fotogeológica, além de estabelecer um roteiro sist.ernArico. com critérios definidos nas etapas da fotointerpre- taçAo. usando principalmente fotos aéreas convencionais. O livro reúne ainda uma coletànea de fotos (Apêndice J) com exemplos de fciçOes geológicas por ele obiervadas c foto-interpretadas, em vários projetos executados pela CPRM - Serviço Geol6gico do Brasil. Dentre as virias contribuiçÕC$ dcsac trabalho, cncontra-sc a apresentaçlo, de forma bastante didática. da t~cnica de georreferenciamcn'o de rOtOgTllllas atroas (Apendice 2), com o objctivo de incentivar a utilizaçio de fotos aéreas nlo apenas do modo analógico convenciona], mas sobretudo em meio diaitaJ. Maoocl Barrcno da. Rocha Ncto Direcor-Praideole CPRM - Serviço GeoI6&ico do Brasil AGRAOEOMENTOS o .ulur agradece à CPRM - Serviço Geológico do Brasil, representado pela sua atual direlo,ia .... utiva, a oportunidade de escrever esse trabalho. concomitante ao desenvolvimentn dos projetos de mapeamento geológico, bem como na publicaçlO d .. selivro e sua divulgação no meio da comunidade geológica. Ao Geólogo Manuel Barrerto da Rocha Neto, Direlo,- Presidente da CPRMlSGB. pelo seu empenho. apoio imediato A publicação dessa obra. Agradecimento especial ao Oeólogo lnâcio de Medeiros Delgado (Cher. do Departamenlo de Geologia) a missão que me roi confiada na elaboração do Manual de Interpretação de Imagens de Sensores Remotos, priroeira ve..to desse trabalho e, ideslindor d .... publicação. Aos geólogos da Superintendê",,;a Regional de Salvador, todos os demais colegas, meu n:conbccimento pela contribuição com idéias, discussões e apoio técnico, tantO nas tan:r .. de escritório como nos trabalhos de campo. Pela digitRção e ronnatação do rererido texto, meus agrade- cimentos a Mabel Pedreira Borges e Vanessa Maria dos Santos Fuezi. pela configuração das ilustraçôes a Isabel Cristina. de Jesus Piblnga • Jocl dos Saotos Nazário. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO AGRADECIMENTOS 1. CONCEITOS BÁSICOS DE SENSORIAMENTO REMOTO ....................... 13 DcflDiÇlO ..................... _ •••... _ ..•.•.•.......• _ ................................ _ •.. : ....................... 13 Radilçlo Utilizad. em SmsoriamenIO ltemoIo_. __ ..•. _. ___ .•. _ ....... _ .......• 1J Prine:ipai lJ Janelas Almo:Iréricas ._ .................... _ ................................................ ,.f 2. SENSORES REMOTOS APlICADOS À GEOLOGIA ................................ 16 Si.letlUll Sm50R!S ....... ........ .. ..... . _ •.••• _ ....... ... .... _ .. ........................... _ ••.•••••••••••• 16 fOloarafias Ab'taJ ....... _ ... __ ._. ____ ....... _ _ ... _ .. _ ... _____ ....... _ .... M ' 17 Imlam' de S.lllile _ ........................................................................ .. _ .......... 18 IrnaJCos de Radar ___ • __ ._ ._ ............ _ .. _._ ... _ _ _ ._ ..... _ •• _ •. _ •• 25 3. INTERPRETAÇÃO FOTOGEOL6GICA .............................................. .. ... 29 Comcrlltrm Gcrtfl •.•••• _ .....•...... _ ........................ _ ••••..... _ ................................ 29 Mflodo Convenciontl ••...............................••.•••................•.....•••...•.. _ ......... _ •...••. 29 Ea..,.. da fotointerprtt.lÇlo ........... __ .............. _. __ ._ .. _._ .. _ .. _ ._ ......... 32 IDk1'pn!'taÇIo de Inv.seu de Rlldar ._ .. _ ._._ .. ___ .___ ...... __ ....... __ ... 33 4. ANÁUSE GEOMORFOlÓGICA ......... . " ... ........ ............. ............... ...... ... 37 CometItáttos Gerai • ..... __ ._._ ........ _ ....... _ .. _. _ _ ..... _._ ... _ ._ ...... _ ...... _ ...... J1 Otaoctes FciÇOCl Morfàestrutuni . ....... _ .•..••...•.......•••.......••.••.. _ ..•.•...... _ ...... _ .• lB 8ac:iu Sedirne11lares .... _._ .... __ .. _ ..• _ _ ._ .. __ .•..•. _ •• _ .......... _ .• __ . __ ._ .• JS CadciaJ Dobradu ....... _ _ ................................. _ .... _ .. _ ... _ .. _._ .. _ .... _. 40 Blocos Falhados ...... _ ................. _ .. _ ..... _. _ ___ . __ ... __ ... _ .. _ ..... _ .. _ 41 Maciçoe: Hom08b1c:of ...... _ ............................................. __ ... _ .............. _ .. 44 Mac:lços VulcJnicos ........... _ ......................... _ ................. _ ............. _ ............. 44 MonhlnhH Complexu ....... _._. __ ........................ _ ..... _._ ... _._ ................ _. 44 Rekvos Arrasatdos (PlanJdes) ............. _ .. ___ .... _._ .......... _ ..... _ .... _ .. _._. 4..f Eltmenlos Morroclimiticos ................ _._._ .. _. __ ._ .. _._._ .. _._ ...... 46 Morfoloeill de Inh'U36cl Cil'C"ulares c Pequenas InlrusOcs .. _._ .. _. __ • ___ 41 5_ ANAuSE ESTRUTU RAL- .. ____ __ .... ... ..... ........................ ......................... . Atitude de camada ..................................... " .. , .................. , ................................ .. 9 Discordinciu ....................................................... _ ............................................ 51 Ordc:nl C Grau cf.N Estruturas _._ ...... _._ .......... _ ............ _ ............... _. ___ ... __ . 53 Cootatos Geológicos .......... _ ........ __ ._ ................. _ .......... _ ............ _ ........ _ ......... 53 Estrut uraJ Cireulare!.lO v,. I Ada. •. __ ..... _ .. _ •...••...........••...•.....•........•.......••. 0.0 •••••••• _ 54 Dobramento SuperpOlStu ....... _ ... _ ......................................... " ............................ !i7 Fraturas ........................ , ................ _ ............. _ ..................................................... 57 Falha • ..... _ ....... _ ........................... _ .......................................... _ .. _. ___ ........... 58 Zoou e CinturOes de Ciulh.lrnento ............ _ ......... _ ........................ _ ............... 65 6. ANALISE DA DRENAGEM .................................................................. 10 CornentiriO$ Gerais ............................................................... _ ............................ 70 . -' . ,....Irnetn .................................. _ ................. _ ...................................................... 73 Grau de Integraçao .................. _ ...... _ ........................................................... _._ 74 Pad~ Erosionais Desenvolvidos Livremente ................................................. 7S Padrõcs l!ro8ionais E5truturalmeate Control.dos ............................ _ ................ 76 Padr6es Deposicionais Bisicos .......................................................................... 11 Propri....t·"'" d. Rede de O~gem. .... _ .. _ ........ _ .. _ ............ _ ............................ 80 Exemplos de lDtefpret8Ç1O Oeológica Attllvés das Formas de: Oteoqc:m ......... 82 , _ IDNAUDADE .. TEXTURA .. VEGETAÇAO .................................... ..... 84 looalidade .................. _ ...................................................................................... _ B.f Textura ....... _ ................. _._ ......... _ .......... _ ......................................................... B4 Vegc:t~ ....... _ .................................... _ .................................... _ ....................... 85 8. IDENTIFICAÇÃO lJTOLOGICA ...... ...................... ................................ /n Áreas Sedimentares ............................................. _............. ................................ 81 Rocbu taneas Plutónicas ...................................................... _ ............................ 88 Roebaa Vulcinicas ........ _ ...... _ .............. _._ ................................... _ .. _ ..... _ ... _ .. 90 Rocha Metamórfic:as .................................................................... _ .................... 90 Alguns hdr6es de Identifieaçlo Litol6gica ...................................................... 9' Caracter1sUcas Fotogcol6gica5 de Algumas Rochu ................................... _ .... 91 • • FORMAÇOES SUPERFIOAlS .......................... .. ............... ...................... 3 Cobenuru Residuais ..................................... _ ...................... _ ........................... 93 Cober1.UfU Transportadas .......................... _ ................................... _ ................. 94 Depósitos Fluviais .................... _ ........................................................................ 94 ColuviOesffalus .................................. _ .......... _._. __ ._ ................ _ .................... 95 Dep6sitOl LitorlneO$ ..................................... _. __ _ ... _ ................. __ ........... _._. 95 10. FOTOINTERPRETAÇÁO APlICADA À GEOLOGlA ECONOMICA •.••••.••• 1'7 C..--:tc:rlsticu FooogeoIÓlk:as de A1auns rrpos de Jazimcntos ................... ___ 91 .......... 10 1 ........... Mineral _________ ~ ________ •.• __ • __ • __ 99 11 . PROCEDIMENTOS FOTOGEOLÓGICOS ... •••••••••••••..•.•••••.. .. .••... .....••.. 101 BIBUOGRAFlA CONSULTADA .•.• _ .. _ .•. _ •.•....•.. .•.•. . ..•..•.•.. .•.••••••.. .•.• •.•. ••• 103 APtNDICE 1 (Cok:tinea de Fotos lntelpcdedu) ...... .................... ... _ ... .. _ .. 109 ~NDICE 2 (Geooiefc:rcoci-mcnto de F~ Aáeat) .. ..... ................. 13' CONCEITOS BÁSICOS DE SENSORlAMENTO REMOTO Sensoriamento Remoto t • lccoologia que pc:rmitc a aquisiçlo de inrormaç6es!õObre objetos sem contato fisico com eles. Essa tecnologia envolve um coojunto de modernos sensores, equipamentos de trans- misslo de dados, aeronaves., espaçooawE, etc. RMlIaç.io Utilizalb em Sen.soriamento Remoto . A energia utilizada em 5e1l5OnameDto remoto t a radiaçio cletro-- mapéti~ a qual se propaga attam de um campo clétrico e outro rnaanttico. fi&ura 1.1. Aguno. 1.1 - Flut"'ç&II dos campos e5ttric:o CE) c ..,.pkia) CM> de uma 0Dda c:k:oom~lka quesc prioplp lU d.iscçlo (Z) com ( ...... iflllCldO de ooda (l).CotwdJ (1963) o sol t a priDcipal ronte de energia elctromagMtica disponlvel para o sensoriamento remoto da superftcic tettcstrc. o qual emite rodiaçlo clelrOmagnética na faixa espectral compreendida entre O.]j.1JD (micr6- metro) • IS""" 6gura L.2. e. EC UtOtlPT1cO • i -~ lO " -• • • • • • • • • I • • • • • I • - • , - -• - • - • • ~ '. o , ' . . ' ' . • • i .!'"-.j • I • • • • , • • • , I , , i , ... ... • n .. .. ,. ~ ITIJOE~ (~) FIgu .... 1.2 - Regiões do espectro óptico ° pico de máxima emissão de radiação solar está entre 0.38J.1.m e O,7J.lm. que compreende a faixa do visivcl do espectro óptico. Em scnsoriamento remoto o que se reginra basicamente é o fluxo ntdianle que deixa a supcrficie terrestre em dircção ao sistema scnsor~ portanto, o que é medido é a radiância do alvo. Consequentemente, o alvo que emite jntensa radiaçlo impressiona o sistema sensor que registra alta reflectância Principais Janelas Atmosféricas Janelas atmosféricas do regiões onde a absorção da radiação pelos constituintes da atmosfçra é pequena e se caracterizam por uma boa transmitincia da radiação eletromagnética. Nessas regiões se concen- tnu:n praticamente as atividades de SensoriamentORemora, tabela 1.1. Quando a radiaçio eletromagnética atravessa um meio sofre dois tipos de alteração: a) espalhamento e b) absorção. A radiaçio eletromagnética é absorvida selelÍvamente pelos vários constituintes da atmosfera: fi20 .. O) ,°2 e CO2• Dentro do visível do espectro ótico o ozônjo é o princ ipal atenuador. Tabela 1 .1 - Principais j mnelas almosféricas ....... '.0 - 1.'2 1,1'. I.'" ' .515- 1.75 ...... 2.40 ~-",16 4..50-5.00 8.00·9.20 .CI,2O- ...... n.oo -u.,ao ' ... Ópllca SENSORES REMOTOS APLICADOS À GEOLOGIA Sistemas Sensores Um mtemo. sensor aplicado • gcologi~ é definido como qualquer eqwpamento capaz de ttansformaralguma formade energia. em um sinal passivei de ser convertido cm informaçlo sobre a 5uperficie tcrrcst.re. Os sistemas sensores podem ser classificados: sen5OA!S te n lIÕs. .. erwg~ IOIar rwfIe6d.. "Iicr~ Os sensores passivos nlo possuem radiaçlo propria. Detectam a radiaçio sola1' reftetida ou a radiaçio emitida pelos corpos da superfície lem:sln: . .Exemplo: rowgraflas aéreas e imagens de satélite. Os sensores .tivos do os que produzem sua própria radiaçio. Exemplo: radar. Os sistemas sensores imageadorcs, 06 qu.ais produzem imagem da supcrfkie da terra, são caracterizados por sua resoluçlo, que é uma medida da babilidade que um sistema sensor possui de dininguir entre respostas que slo semelhantes espc:ctralmente ou próximos espocinlmenlc. A resoluçio pode ser espacial, espectral, radiométrica e temporal A rcsoluçao espacial é a mctlOf" área que o sensor pode discriminar. O LANDSAT (TM) por exemplo. possui resoluçJo espacial de 30m. A resolução espectral é uma medida da largura das faixas espectrais. O TM por exemplo detecta 7 (sete) faixas espectrais. A resoluçilo radiométrica é a quantidade de níveis de cinzo. que o sensor pode discriminar. OTM por exemplo classifica 256 niveisde cinza.. A resolução temporal é a freqOência com que o sensor pode imagear uma érea num dado perfodo de tempo. O TM por exemplo possui reso- lução temporal de 16 dias. Os principais produtos de sensores remotos utilizados na cartografia geológica são: fotografias aéreas. imagens de satélite e de radar. ForogrllmsAére-as O sistema fotográfico. Que foi o primeiro imageador da superfície teuestre .. uti1izado na primeira guerra mundial .. em 1914, utiliza como equipamento a cãmera fotográfica. O filme exerce o papel de detector neste sistcm.a, possuindo scnsibiJKlade espectral nas regiões do visivel e infravermelho pr6x.imo (0.36 a O,90J.Ull). Os filmes slo caracterizados através de sua sensibilidac.1c e resolução. A resoluçJo de um sistema fotográfico está associada as resoluções das lentes e do filmCy como tam~m as perdas de informação. Os filmes podem ser classificados: em pancromálicos (preto e branco), infravermelbos preto e branco, filmes coloridos e filmes j,nfravennelbos coloridos: (falsa-cor). Por tratar-se de uma projeçlo central~ a fotografia aérea apresenta distorçJo radial, crescente a partir do centro da foto. A vantagem da visão estereoscÓPica.. associada a alta resolução. credita • fotografia aérea o melhor sensor utilizado na cartografia geológica. Fatores Que afetam a qualidade das fotografia.'i: - iluminação dauna. - reflectância dos aJvos. - espalhamento. - o ingulo dc clcvaçio do sol. Vantagens das fotografias aéreas: - A forma e a cordas objelos registrados são familiares , permitindo Uma interpretação mais BciJ. _ Detecta radiações na faixa do infravennelho próximo (nilo detec- tável para a visão humana) cooservando as formas geomét'ricas. _ Baixo eust'o para pequenos levantamentos. - Alta resolução espacial. _ Equipamento de fáeil instalação e alto flexibilidade, podendo ser instalado em qualquer upo de aeronave e heUcóptero. - Opera em qualquer altitude e com vários tipos de filmes e lentes. - Possui visão estereoscópica. A clareza que oferece a fotografia aérea, com o exagero do relevo que .se obtém na visão estcreoscópica, permite um claro enfoque dos problemas e uma grande rrecisão no traçado dos elementos. Desvantagens das fotogrnfiM aéreas: - Depende da iluminação solar. - Depende das condições climáticas. - Recobrimento lento para grandes areas e limitação da autonomia da aeronave. - Distorçào radial. - Resoluç!o espectral eD1.re 0,35 e O.90l-'-m. Imagens de Satélíte • LANDSAT As imllgcns colhidas pelo satélite LANDSAT faz parte do programa esu.belecido pela NASA, visando não SÓ, o desenvolvimento das tecno- logias espaciais, mas sobretudo informação mulliespeclral periódica da superfície te,rrestre. O primeiro satélite da série começou a operar cm 1972 c a última atualização ocorreu em 1999 com o lançamento do LANDSAT 7, que ficou inativo em 2003, tabela 2.1. Aturumente o único satêlile em operação é o LANDSAT !5, que leva a bordo o sensor TM, O imageamcnto é realizado através de um simples espelho oscilante, que varre perpendicularmente â direçao de deslocamcnto do satélite. Quando a energia reflelida ou emitida pela superfície atinge os detec- tores, estcs produzem um sinal elétrico (analógico), que posteriormente é enviado para um sistema multiplex (sistema de transmissão simultânea de sinais), que é responsável pela emissão dos dados digitais para as estações terrest'res. » Tabeea 2.1 - Caracte.rislicas dos satélites LANOSA T 5 e 7 Os primeiros satélites da série LANDSAT operavam com quatro bandas do espectro óptico. e. resolução espacial de SOm. OLANDSAT 5 (TM). lançado em 1984, foi projetado para detectar sete bandas do espectro óptico, com poder de resolução espacial de 30m. menos a banda 6 ( tnfravermelho Termal) com 120m, tabela 2.2. O LANDSAT 7 (TM), que- foi capaz dc.ampliar as possibilidades de uso desses produtos. manteve as mesmas resoluções espectral e espacial, e. conseguiu ampliar a resolução espacial da banda 6 (lnfra.vcnnclho Tennal) para 6O:m. além de inserir a banda pancromática que Permite a geração de composições coloridas c:om 15m de resolução. Entre os primeiros satélites da série LANDSAT. a imagem da banda 5, fornecia em geral as melhores informações sobre a geologia. lá no TM, em geral a banda 4 (0,76 - O,90l-lm) é a que fornece melhor infor:- mação geológica. seguida pela banda 7 (2,08 - 2,3:5Jim), a qual realça as rochas com mais reftectância. Vantagens das imagens LANDSAT: - Oferece visão sinótica de grandes áreas. o que favorece estudos regionais. - Fornece informações de rcgjõcs politica ou geográfica e inacessfveis. - Registra em faixas scletivas destinadas a objclos especificas. _ Rápida cobertura de grandes áreas. _ Cobt:rlunt$ múltiplas c repetitivas de uma mesma área., permitindo e,.'Oludo de fenômenos progressivos ou regionais. _ Permite ampl iação e t:r.namento por tttnicas de anAlise digitaL Desvantagens das imagens LANDSAT: - Altamente dependentes das oond~ões climáticas. - Dependentes da iluminação solar. _ Resoluçilo espacial ainda nilo satisfatória. Esse fator tende a melhorar nos futuros sat4!.lites. _ Dificuldade de interpretaçlo cm regiôcs acidentadas em rUDçio do forte sombreamento. ~beIa 2.2 - Bandas espectrais e aplicações do LA NDSAT (TM) , ,--: , ~ , - ~ - - . ~ ~ . ~ ~ . . . ~ ~ . - ~ . . ~. . . 1 0,45 ii 0,52 2S6 Mape.~to de oiquas cOSleiras l&Nll Dfferenciaçlo sobIwg~.to ~ - 0,52 ii 0,60 DeIK(Jo de rad~.\o verde , ~ 256 <-de) reOetida pN ytogetaÇlo Ydiil > , 0.61 ii 0.69 2S6 Ooferf'nÓiIÇlo entre (-- ~d.~tH PMquis..s ~ boomassu. o.~Jo d. ccwpos, 4 0,76.0.90 ". ~em'gu .. Pos3ibÍl~ de detec1ôJo "I di ~ .. Ik Ions ~rrlco. Med~ do contNdo de urnid«le , 1,55 ii 1,75 ,5< de wge~ PosSíbi~ dedetecÇlo de Iirnonia. Prior~dH thmk:as de solos. • ., 10,4 ii 12,5 2S6 rochu, wgetilÇJo e~. Discnrrinal;ao di! mc~ ~"'it.-s 1 "3 2,08.1.35 '56 Mi~ hidroterln.t. gf!OkSgico ~ gel"aI ·1 - lnfu'l'lnleV'lo Pr6ximo ·1 _ Inff1lol'rrnPlho TIII!ONIi °.l _ lnfnlo.I"""'1ho MHõo -. _ Qwar:ticboH de'_ ck Onu • SPOT o sa té lite SPOT, que ê um programa francês, seme lhante ao LANDSAT, foi lançado em 1986 com a finalidade de obter informações sobre a superficie terrestre. Atualmente a plataforma do SPOT está em órbita com tres satélites (2. 4 e 5). o que possibilita a tomada de imagens do mesmo ponto da Terra em intervalos de 2 a 6 dias, tabela 2.3. Upera em dois diferentes modos: o Multiespectral. que permite a aquisição de dados em três faixas do espectro, com resolução espacial de 20m, e o pancromãtico. que alua na faixa espectral entre 0.51- O.73~m. com resolução espacial de 10m, tabela 2A. A possibilidade de visão C'-stereoscópica. obs<:rvaç:tQ off-nadir (apon- tamento din:..::ional). através da visada lateral cfetuada pela câmera , é uma importante ca racterística do SPOT. A banda 3 é a mais indicada para mapeamento geológico. lCIIbela 2.3 - Caracterlsticas dos satélites SPOT 2 , -4 c- S _-2 _o. _Ui .. S - - -M' , .. -- .. ........... _ ... _ .. , ...... - <1& .... o.- - - -- .VfGtTAllON • V!GfTAllON Ulbela 2.4 + Bandas espectrais e aplicações do SPOT r-i'" , - - , , , ' , '- , -• , ii' - " " ',. , .. >."- . ,- , - - - . . Pfl l'IC'OfT\Ático 0,51 - 0,73 Ac~h.WeI em t~,~lhol de topo9r.lf'Iol, utiliu"do, Yis.So estel'COK6piU. I 0,50 - 0,59 Boa pentW~ em coroas de .lgua RKom~Y'I!!I na discnmlnaçao Htol6gica , 0.6O - 0.M em r('Q IÓfS com pouca (Obe!"luta vt'geta l. A. ~ mostr'i-se escura, peJmitinclo bom (ontraste com .ln~as sem V@getitÇáo, u tiliud;t IWI in~pret.a~ dr fl'lÇoes geológIcas e estruturaiS, , 0,79 - 0,89 ApI't'Senta sensibilidade à morfologia do ttrreno. pe1TI'IIt1ndo obter infon n.tÇ6es sobre gtomorfologia, solos e 9oolO9i" , • CBERS O satélite CBERS - I (Chino-Brasil Eartb Resources Satélite) foi desenvolvido através da cooperação entre Brasil e China. com o objetivo principal de utilizo.r as i m ogt.:ruJ desse sensor 00 oonuole do desmatamento e queimadas na Amazônia. monilOramentn de recursos hidricos, áreas agrícolas., crescimento urbano, ocupaçBo do solo e outras aplicações. Lançado em outubro de 1999, a partir do Centro de Lançamento dc Tayan na República Popu lllr da China, o CBERS contempla o desen- volvimento de dois satélites de sensoriamento remoto,levando a bordo, câmcras imageadoras (CCO - Ctmera lmageadora de A lta Resolução, IRMSS - Imageador por Varredura de Média Resolução e WFI- Câmcra Imageadura de Amplo Campo de Visada). usadas para observação da Tem e o receptor para o Sistema Brasi leiro de Colch:t de Dados Ambientais, tabela 2.5, O satélite CBERS- 2, idêntico cm sua constituição tél,.-nica ao CaERS - I. foi lançado em outubro de 2003 com os mesmos objetivos do I. O CBERS - 2B, que é muito semelhante aos CBERS I e 2, o rRMSS foi substituido pela HRC - Cãmera Pancromática de Alta Resolução. TllbellI 2 . 5 - CaraclcnSlic4S dos Imagcadores C BERS - I. 2 t:: 28 • ASTER 7_. cm -1tDm. WFI-I!JDtm. a. 1201an .HRC~21tInt(n •• ). CCD-8.3-. WfI-&QD. 1IMSS-.... HIlC2.1· WFI-"!a .... «J)-.lJi" .-.ss-Z(;"'. HRC. - 110 dias. - - o.ta -O' ..... lTl W .. 0Jn - """'"' ...... $. t .... CXD - ..... - o._fooo_OicuJ - -........ - - - 0..11 f'ttilll .... - Cl.ftt;pn (UdSS ..... 0.77 - 0;:27[;.." Gu6.,.", ... -- .... - 1.1 __ "., ..... dlk • us - t.7!itlmOIlL i ... Iho ...... ..... - 2.35fIm CMlItohUll".iO ...... 10M - 1l.~ Oh" .... ...: ........ fIRC o.so - 0. ..... (pMKiOO_1iIx4 ..... - ...... <m -_ .. 5-1Om _ - 2;>Ia A plataforma orbital Terra. que leva a bordo o sensor ASTER (Advanced Sp3cehone Thennal Emission and Reflection Radiomeler). foi lançada em 18 de dezembro de 1999 como pane do programa EOS (Earth Observing Sysrem) estabelecido pela NASA, com o objel-ivo de adquirir dados que possam aumentar nossos conhecimentos sobre a dinâ- mica atmosférica g lobal, sobrclUdo a interação terra., oceano e atmosfera. Único sensor do satélite Terra capaz de obter imagens de alta reso- lução espacial ( 15 a 90m) do nosso planeta nas regiões dos espectros ~~~ ... - .•. '. ~. r "--Ir- . . ~.......;.....~"'::;"'. __ o • 10. '\I-~""": ~.. • • visível c infravermelho próximo (VNI.R), inrra~rme:lho de ondas curlllS (SWlR) c infravermelho termal (TIR), o ASTER é constituido de três subsistemas de telescópio distintos: VNrR, SWIR e TlR. tabela 2.6. Entre os sensores multiespectrnis mais comuns em investigações geológicas, a melhor discriminaçAo está nas imagens do ASTER. devido a presença de 6 bandas no SWIR. TAbeY 2.6 - C.rac~i!llicAs 00 ASTER Seleçio de Imagens de Sntélite - Para uma eficiente identificação c interprelação das feições geoló- gicas, é importante que as características espaciais:. multiespcctrais e mullitcmpol1lis das imagens de satélite sejam bem conhecidas. - A seleçio das melhores imagens depende ainda do conhecimento pIévio sobre o clima. vegetação, umidade do solo. relevo e geologia da área. A seleção dessas imagens deve obedecer os scguintcs critérios: - Obtençio de imagens com ângulo de dcvoção solar o mais baixo passivei . - Selecionor principalmentc o canal 4 do TM-LANDSAT ou .s do MSSLANDSAT ou 3 do SPOT,ou ainda a .. três bandas (VNIR) do ASTER. - Analisar os nspectos sazonais do clima, com variaçõcs das carac- teristicas do solo. vegetação. umidade do solo e iluminação solar. - Obtenção de imagens com menor cobertura de nuvens. Imagens de Radar O Radar de Visada Lateral (RVL) situa-se na faixa de microondas do espectro-eletromagnético. variando entre comprimentos de onda de 100 cm e Imm e frequência de 0.3 a 50 GHz. tabela 2.7. O maior CQmprimento de onda acarreta maior capacidade de penetração no solo. Denomina-se RVL .pelo fato de cobrir uma faixo. continua no lado da aeronave. ao invés de diretamente abaixo como acontece com as fotografias aéreas verticais. Uma série dcpcqucnos pulsos clctromag- néticos são emitidos pela antena e os sinais da reflexão de retorno são registrados. Pulsaçõcs de energia são enviadas intermitentemente. "e modo que a próxima pulsação será somente emitida após todas as renexões de Uffil!. pulsação anterior n:turnan:m para ii antena. que desLe modo já está apta para receber. A qualidade da antena nos radares imageadores é tao importante quanto a qualidade de um sistema de lentes em uma câmera fotográfica. A qualidade da imagem. bem como a largura da faixa imageada. depende da sensibilidade da antena. Tabela 2.7 - Bandas de radar Q 0,15 - 1,18 40,0 - 26,5 • 1.18-2,40 26,5 - 12,5 X 2.40 - 3.75 12,5 - 8 C 3,15 - 1,50 8.0 - 4,0 S 1,50 - 15 4 .0 - 2.0 l 15.00 - 30 2,0· 1,0 "H' 30,00 - 100 1,0 - • 136 0 .2 - 0.4 Na teoria oAo é possivel gerar uma imagem radar com visada nadir perpendicular. O posicionamento de um determinado alvo na imagem irâ depender de sua distância em relaçJo à antena, e, seu tom depcndcrã da rcflcxlo de retomo. • Radar GEMS ( Radar de Visada Lateral - RVL) O primeiro levantamento geológico realizado com imagens de Radar Hoonteceu no PanamA. em 1968. em uma área com impossibilidade de aquisiçJo de fotognfias a6reas devido à constante presença de nuvens, aliada .t. cobertura de densa floresta e espesso manto de infemperi~mo. fatores que dificultavam a interprelBçio fol'ogcológiciI . As imagens do Radar da GEMS. banda X. que cobrem todo território brasileiro, serviram de ~ para os levantamentos lIe n:;çursos naturais efeluadospelo Projeto RADAMBRASIL, no período de 1971 - 1986. Por tratar-se de um sensor ativo, o radar possui sua própria fonte de radiação (microonda .. ) .. que permite tomadas de imagens à noite.. e em condições atmosféricas allvc:nas. O sistema do Radar GEMS (tabela 2.8) consiste de uma aeronave que carrega uma ant'cna na pane inferior, a qual produz pu lsos de energia na faixa de microondü a um determinado intervalo de tempo. Esse pu l.so é enviado na direçAio perpendicular ao deslocamento da plaworma. e. após ser refletido pela superflcie, retoma à antena, que nc:sse instante encontra-se sincronizada para receber a cnera:ia reftctida pela superficie imageada. 1:Ibe&iI 2.8 - Can;ctcriSlicas do Radar GEMS I T. L - - -,. . ::1-..- Jo ~r - - ~~,. . • RADARSAT - Radar em Espaçonave O RADARSAT-l . desenvolvido pelo Canadâ para monilorar mudanças ambientais e características dos recursos naturais. foi o pdmeiro satélite comercial de Sensoriamento Remoto. Lançado cm novembro de 1995. opera com um único sensor ativo de microondas, com antena de obertum sintética SAR (Radar de Abertura Sintétíca) que alUa na faixa da banda C. Pode ser programado para obter imagens em diferentes modos (7) de aquisição, cada um definido pelo tamanho da área e pela resolução espaciaL Possui 6exibilldade para atender requi- sições específicos. oferecendo imagens com resolução espacial com até 9m _pelo modo fino, tabela 2.9. Tabefa 2.9 - Principais características do RADARSAT - I Vantagens das lmagens de Radar. As vantagens dessas imagens estão em realçarem os aspectos estru- turais, falhas c fraturas, mas sobretudo a visão estereosc6pica através dos strips contiguos. Como opera na faixa de microondas. possui maior poder de pene- tração em regiões com grande densidade de vegetação. O RADARSAT permite obter imagens com escala e resolução espa- cial previamente estabelecidas. Como sensor ativo opera em condiçõcs atmosféricas adversas. Desvantagens das Imagens de Radar: - Discreta discriminaçj:o litol6gica. - Em regiões acidentadas, o fone sombreamcnlo dificulta a inter- pretação geológica. Existem ai_oda outros sensores disponlveis para o mapeamento aeolóaico. por serem recentes, ainda não alcançaram ampla divuJ- gaçlo: • 6 p tico-Multicspcctral O satélite Alos. lançado DO Japão em janeiro de 2006, ca.rrega 3 sensores a bordo: AVNlR-2. PRlSM c PALSAR. Opera na órbita de 692Km com revisita de 46 dw. O A VNtR-2 é um sensor óptico com 4 band.as especbais (visível t: próx.imo) com resoluçAo espacial de 10m. a sensor PR1SM opera na faixa d. Luz visivel com uma banda paneJO- m'tica de n::soluçAo espacial de 2.,5m e o PALSAR que é um radar de abertura sintética com faixa imageada de (250 a 3S0Km), que é especial para imageamento de grandes úeas de ftorestas. INTERPRETAÇÃO FOTOGEOLÓGICA Comentários Ge ... ais Nos últimos anos .. a interpretação geológica de imagens de sensores remotos/fotografias aéreas vem sendo aplicada DOS diferentes cam.pos científicos e técnicos. Consiste na identificação dos diversos elementos geológicos expostos nessas imagens. com o propósito de cartografar c elucidar possiveis problemas geológicos. É uma atividade rotineira fundamental em todos os trabalhos de mapeamento geológico, com uma participaSão definitivà na racionalização na economia e nos resultados técnicos desses trabalhos. O estudo fotogcológico deve acompanhar todas as fases do mapea- mento~ sendo a fotografia aérea utilizada nos trabalhos de campo. Compreende vários temas das geocitncias. envolvendo aspectos geomor- fo16gicos. estrutwuis. estrntígráficos, litológicos e hidTogeológiC06. além dos pac1rõts de drenagem, tonalidade e vegetaçilo. É de ampla aplicação em todos os ramos das geociências que necessitam de mapas para seu estudo em escala macroscópica. Quase todas as feições registradas Das imagens. têm suas collespon- ciências e definições em afloramentos. A interpretação deve ser realizada com a máxima fidelidade aos elementos gcológicos expostos nas imagens. sem ser influenciada por modelos preconcebidos. A experiência doJbtoin- te.tpretc é um fator decisivo. tanto no estabelecimento de critérim a serem adotados na fotointerpretaçãOy como no momento de tomar decisão em sitllaçlo com alta complexidade. O quadro geológico final será fornecido pejo somatório dos e lementos analisados durante n estudo fotogeológieo. Vale ressaltar que a metodologia utilizada na inlt::rprt:la~o Cotoge- ol6gica é extensiva aos outros sensores, LANDSAT, SPQT e R A DA R. É importante considerar a geometria da tomada da imagem, aspectos espectrais e radiométricos para perfeita interpretação. Método Convencional Este método. que foi o primeiro a ser adotado. em especial pela escola americana., se baseia principalmente DOS aspectos do relevo e DOS padrocs de drenagem, combinados com as caracterlsticas da tonalidade e da textura. o u~todo lógico-sistemálico foi utilizado primeiramente na França, • partir das pesquisas desenvolvidas por Guy (1966). Est.6 baseado c:ssencialmente no estabelecimento de conjuntos bomólogos ou zonas homólogas.. que consiste DO estudo das propriedades do relevo e dos elementos texturais e estruturais. Permite que a interpretaçlo seja utilizada como um meio de descoberta aut6DOmo, p<!imitindo analisar a paisagem sem idéias preconcebidas. Consiste de: - foroldtara laldaJ - reconhecimento das diversas feições regIs- tradas nas imagens. - tnçado de toda dreaacem. - lotoa.'lI.e - traçado de todas as lincaç6es positivas e negativas. anilise do relevo. assimetria do relevo. As lineaç6cs positivas sio estruturas rcti1íncas ou cm curvas, que em geral representam os traços das superfícies "5". Formam sua\fe$ ondulaçâcs no relevo orientadas segundo O trend regional. As lioeaçOes negativas em feixe do estruturas retiHneas ou cm curvas., que representam os traços das superflcies "S", OU em alguns casos, fraturas e oul falhas. Constituem suaves depressoo de relevo orientadas segundo o trend regioual. As tineaçôcs negativu em série formam pequenas depressões transversais ou diagonais cm n:1açlo As descritas acima. Geralmente eooespoodem a fraturas eJou r.lhas. An6lisc do n:lcvo - Em ireas composw por relevo escarpado. é conveniente traçar as quebns Oe relevo positivas e negativas. lu quebras de relevo podem ser classificadas segundo o lf8.U de estruturaçi10 em: fortemente estruturadu. moderadamente estruturadas ç fracamente estruturadas. - zoa .. hom6loaa. slo áreas formadas pela repctiçlo dos mesmos elementos texturais c a mesma estrutura. - lnterpreraçlo aeo.6tka ..... - co1oeoçi!o dos eixos de dobras, coalatos. falhas. fraturas e ordenamento da estrati&rafiL As principais caracteristicas de WUIf. zona homóloga são: - DelUldade de elementos texturats e estrnturall_ reflete a densi- dade de encostas e de elementos lineares. Os elementos texturais do rupturas. encostas e micro-relevo, já os estruturais slio as UneaçOes positivas, as lineaçoes negativas em feixe e as lineaçõe5 negativas em série. A densidade de elementos ttxtural e estrutural pode ser. alta, mode- rada. baiXo. e nuJa. - Tipo de e.cesta - reflete a resistência ao intemperismo. A encosta pode set' e;ODvcxa, reta, cÔDC&va e horizontaI.. figuro 3.1. ..... 1 ..... - t .... twe,1aI Figo.a~ 3.1 - Tipos de encostas Quanto a intensidade, que se refere a declividade do tet lello. a encosta pode ser classificada em; alta, médi~ baixa e nula, figura 3.2 . - .- .... Figw-a ]..2 _ lntem:idade da encosta - Grau de trepla é o grau de ordenamento dos elementos estrutu- rais segundo uma tendência, o qual reflete a anisotropia da rocha. Pode sc:rnulo. quando a rocha não possuilineaçôcs positivas e negativas, exemplo: granito isoírÓpico. O grBU de tropia pode ser nulo. baixo. moderado c alto. figura 3..3. - Agura 3 .3 - Classi6caçlo do grau de tropia - Assimetria do relevo reftete o mergulho das camadas e pode ser classificado em simétrico e assimétrico. O relevo assimétrico sugere camada com mergulho moderado, enquanto o relevo simétrico indica camada com mergulho forte a vertical. - Densidade de IlneaÇlo em série reflete o grau de ruptibilidade das rochas. Quanto a densidade de lineação em série, uma zona homóloga pode ser classificada em alta-A, moderada-Mo baixa-B e nula-No - A Tonalidade estA relacionada com a intens idade de umidade do solo, vegetaçlo ou ampla exposiç.lo de área rocbosa. a qual fornece alta reflectância. Pode ainda estar associada ao tcor de quartzo. Uma zona homóloga pode ser classificada segundo a tonalidade, em alta-A. moderada-M, baixa-B e nula-No Uma zona homóloga é classificada como de alta tonalidade quando dominam cores claras. Etapas da Fotointerpretação Para extrair todos os elementos geológicos durante a fotointer- pretaçio. ~ importante seguir quatro etapas: fotolcitura., fotoanálise, identificação de zonas homólogas e interpretação geológica. Seguindo essas etapas, com critérios fundamentados, o fointclprctc analisará a participação de cada elemento geológico DO arcabouço geral da área. sem correr o risco e deixar de visualizar a1gum importante aspecto. FOloleil"rtl • Reconhecimento das principais feições geológicas e cartográficas. Por exemplo: áreas devastadas, zonas de cultivo. estradas e caminhos. áreas urbanas. morros. etc. FOI0,,"61i$' • Traçado de Ioda drenagem, observando o modelado do relevo e o padrlo do traçado com relaçAo sobretudo li estruturo c a litologia. - Traçado de todas as lineaçOes positivas c/ou negativas (superficies "Si e em série (juntas/fraturas) . - Traçado das falhas com a classi6eaçlo das mesmas segundo o movimento. - Traçado das atitudes segundo a assimetria do relevo. - AnAlise do relevo, observando os tipos dt: encostas. grau de tTopia.., densidade de elementos [exturais e estTuturais, tonalidade e vegetaç/lo. /d,,,tiJi~lIç.o d, ZOllllS Ho",610g118 - Nessa fase, são definidas as zonas homólogas. com base nos crité rios estabelecidos acima. e. traçados os eontatos que limitam essas zonas que representam unidades Iito16gicas. /lI/e11lf'daç40 Geo16gicII - Conc1usJo da fOlointerpretaçilo com a colocaçlo dos eixos dt: dobras e imerpn::raçAo esuatignlftca em caso de sequência sedimentar a metassedimentar. Quanto à presença de rocha plutônica, observar a colocaçao em relaçio a encaixante. pré, sin~ ou p6s-tectânica. Portanto, nessa fase tenta-se ordenar os eventos Seoló- gicos observados através das imagens de satélitelfotografias aéreas. Interpreuçao de Imagens de Radar P/Ull que o fotointérprete possa extrair melhor as informações geoló- &icas contidas na imagem de radar. se faz necessário o conhecimento sobre os principios que regem os parâmetros geométricos desse produto. Dentre esses merecem destaque: sombra. encurtamento, fantasma. paraJaxe. A sombra do mdar é de grandc relevância pilnl que o intérprete possa ter a noção de terceira dimensão na análise visual da imagem. A sombra s6 seni produzida cm uma feiç/lo do terreno se o ingulo de depressão (fi) for menor que o ângulo da pendente (a), figura 3.4. I • I ......... C li V ... __ .~ .,---____ .M~.~ ____ ---~~~-=;."=> Figura 3.4 - Relaçto entre o inguJo de dcpcesslo (IJ) e o comprimento d. IiOmbra de radRr. Browden & Pruit (1975). o encurtamento ocorre nas pendentes voltadas para a antena (reflexão frontal a2Uda). que devido a seu posicionamento geométrico .. ter3.o um único retomo mostntdo com tons brancos, figura 3.Se. Pode estar atenuado como na figura 3.5b. O fantasma (layaver) constitui um caso extremo de deslocamento de relevo, o que impossibilita a inlerpretação radargeoló&:ica. É função direta entre a distância da antena.. c a feição imagead •• uma vez que o topo da feição estando mais próximo da anten~ terâseu sinal registrado antes, figura 3.5&. ., figura 3.5 _ Parlmetros de Rad ... (A) layovcr. (B) normal c (C) encurtamento. Drury (1987) A paralaxe é a soma do deslocamento de relevo. Como as fotogra~ fias aéreas. que apresentam wna distorção radial, as imagens de radar provocam um deslocamento das feições positivas em direção a antena. o invcr.w oc;;olTCndo com as negativas. Graças a este parâmetro é posslvel obter-se 8 estereoscopia de Radar. A sensibilidade da antena DOS radares imageadores é tão importante quanto a qualidade de um sistcma de lentes cm Wlllt clmera fotogrâfica. pois dela depende o nível da imagem. bem como 8 largura da faixa imageada. Na teoria nlo é possível gerar uma imagem radar com visada nadir perpendicular. Denomina-se Radar de Visada Lateral pelo fato de cobrir uma faixa continua ao lado da aeronave, ao in~s de diretamenle abaixo como acoDtece com as fotografias aéreas verticais. Uma série de pequenos JRllsos eletromagoéticos são emitidos pela antena e os sinais da reflexão de retomo 510 registrados. Pulsações de cnergia 510 eDviadas intermi- tentemente, de modo que a próxima pulsação será somente emitida após todas as reflexões de uma pulsação anterior retornarem para a antena, que deste modo já está apta para receber. figura 3.6. _ .. ' __ (TI : AAc ~I ;_01 .. ~ -... - .r ____ _ __ Figo~ 1 .6 _ Parimetros do siSlema RVL. Modificado de Drury ( 1986) o posicionamento de um determinado olvo na imagem irá depender de sua distância em relação à antena e sua tonalidade dependerá da reftex40 de relorno. Dois importantes parâmetros do sistema RYL são: ânguln de inci- dência (9) e ângulo de dcprcssio (a). "ar~tros do alvo Permltlvld.de e o falor que fornece. relaç40 entre a radiaçdo que chega DO alvo e a que retoma ao sensor. Alta pennitividade fornece alta reftectAncia.. ou seja, as microondas não penetram cm alvos com alta pe:tmitividade. A água por exemplo inibe as penetnlçlo das microondas. O coeficiente de pennitividade da água é de &-80. Na areia o coeficiente de permitividade é de É 3. \/ NhJeI de dna m6dio (CInZlI , • ..-u. CInZB a.DJ Ângulo de Aspecto (,;) i a relação entre a declividade do terreno e o Angu,lo de visada. lsto acarreta distorções geométricas nas imagens. - As rampas opc:m.as são imagcadu tangcocialmente ou ~ sombras (estio sobreadas) . • Quanto mais acidentado o terreno. mais dil1cil se toma a interpre- tação da rede de drenagem e a determinação de estruturas geológicas. A tonalidade está relacionada essencialmente com o tipo de retomo do sinal. seja ele do tipo especuJar difU50. frontal agudo. frontal obtuso. ANÁLISE GEOMORFOLÓGICA Comentários Gerais A geomorfolugill é a disciplina que estuda as formas da superflcie terTeSln:. analisando os procesSOS que 8$ detenninaram através da lito- Iogi •• estrutura. drenagem e condições climáticas. O el~Dto que mais se destaca em uma imagem terrestre é o rdcvo. seguido pela rede de drenagem. Assim. O entendimento evolutivo das feições morfológicas é um rator prepondclll.Otc na fuluintcrprelaçlo. a qual fornece importantes subsídios para a cartografia geológica <b área. É occessário o.naJisar a morfologia de cada tipo de rocha, cada fratura c cada fciçlo erosiva ou deposicionaJ. porque essas feições produzem modelos próprios. embora nio necc:ssttriamente únicos. Uma mesma rocha pode apresentar feições morfológicas distintu, • depender de sua posição na c:sll"uluR., se está no oücleo. OU no flanco da dobra. A oatureza da mc:h3 ~ fator determina.ote no modelado do relevo, alravé,s de sua composi~o mineralógica, coeslO, tamanho dos grlos eestrutul'll internada mesm84 N. análise geomorfológica, deve~se também levar em consideração as eooctiçôes cJim'ticas. pois um granito no clima scmi-árido possui relevo diferente de um granito no clima úmido" Ê necessário conhecer bem as particularidades do desenvolvimento da paisagem., queDO"Brasil apresenta aspectos muito peculiaru em !iiuas regiões. Em referencia à composiçlo mineral dali rochas. os fatores de resis- tência ou de fraqueza. 510: F.tores de ralsta.da K-feldspato Minerais claros Quartzo Fatoru de rraquc:za Biotita Minerais escuros Segundo Grccnwood (1962). 0$ fatores que f.vurcccm o intempe- riamo mecânico C químico sobre as rochas ígneas e metamórficas cm cU mos '-ridos $lo: laremperilmo Mec.lalco Baixa porosidade GranuJaçlo nlo uniforme Rochas compactas Rochas plutônicas Quo..rtzitos G~ndes Feições Morloestruturals lotemperismo Qalmko Alta por"03idade Granulaçlo uniforme Rocbu nAo eompaçtu Rochas foliadas Calcários As grandes feições mo.rfoestrulurais eslio classificadas em funçAo da disposição da.co camadas rochosas. compondo a denominada "'Geomor- fologia Estrutural". O entendimento prévio sobre. grande feiçlo morfoe' b utural. na qual a área está inserida. permite conduzir os estudos fotogeológicos com mais facilidade. Neste caso, o rotointi!:rprete inicia a intcrpreuaç.3o eom o conhecimento das formas do relevo e estruturas que possivelmente serl.o encontradas. Em 1946. I. G. Gerasimov propôs subdividir todas as foonas de relevo em três grandes categoriu genéticas : • - unidades eeot'c.:tu rabo compreendendo as maiores unidades da su:pcrflcie terrestre (massas continentais, grandes zonas montanhosas, depressOes oceânicas e escudos); b - unidades morfontruturals, designando os elementos do relevo de ordem mhlia,. taü. como RS cadeias de montanhas, maciços. planaltos e depfC.SSÔeS internas dos continentes e oceanos. A Igumas feições morfoestruturais estio exibidas na figura 4.1; c - unidades morfoescutr.rals, relacionadas com a açlo dos sistemas morfogeni!:ticos. Para o estudo fotogeol6gico, os aspectos das grandes feições mono- eSlr'Ulu.rai~ que são as bacias scdimcn.tarc:s, cadeias dobradas. blocos falhados, maciços bomogênc:os. relevo vulcinico. mODtanhas complexa .. e relevos a.rnasado~ sio os mais importantes . • ~s SedimenQres Nas baciu sedimentares, onde as cam.adas são horizontais. se desen- volvem uma paisagem composta por relevo tabular de dimensões e - _MO'_. II. I • • _ • ., -- AguR 4 .1 - Fdçoes morfoestrutwals. (A) I1!levo Jurissico; (8) relevo Ápalacbiano: te) reLevo Dõmico: (D) bloco falhado apresentando platõ. Cue$fa e bog-baek; CE) co.lAo;. (F) euesta: (G) bog. bac,k e (H') crista isoclin.1. altitudes variadas. dependendo da variabilidade composicional. espes- sura e grau dc resistência das rochas. Apresentam áreas planas. com chapadões limitados frequentemente por escarpas denominadas de eues~ figura 4.2. Essas escarpas muiw vezes exibem no topo cama.da:» mais competentes. chamadas de comija. Figura 4.2 - Monologia da bacia scdimenlar. a~lUdo relevo tabular. (A) vale: ~t.clin.l: ( B) testemunho de: çirucira; (C) murro testemunho; (O) morro residual e CE) cornija Cadelas Dobradas • São áreas onde as camadas encontram-se dobradas e intensamente ralhadas, compondo um relevo de cristas e vales, nas quais grande parte dos rios estão controlados por fraturas eIou falhas. As formas de relevo dependem du tipo de dobramento e da aÇao erosiva. Toda evolução topognlfica está determinada pela erosão diferencial. Quando observamos estruturas sincHnal e aoticHeal expressas no relevo, nilo estamos constatando um controle tectônico original na paisagem, mas O resultado da erosão que despojou espessos pacotes de rochas., para revelar camadas resistentes dobradas. conhecidas na literatura geológica como do tipo ApaJachiano. São distinguidos os seguintes relevos de Cadeias Dobradas.: relevo Jurãssico. relevo Apalachiano. relevo Alpino e relevo Dômico. figura 4.1 . Os dois primeiros tipos são caracterizados por sucessivas allernãm.:ias de eristas e vaJes paralelizados, enquanto o tipo Alpino é composto por fbrte5 crisw e vales profundos. JA O relevo tipo Dõmico. ~ uma área soer- p.ida formada por suaves cristas com o magulbo para a partc cxLcma daestrUtura Blocos Falhados Blocos falhados slo rcições morfoestrururais. formadas principal- mente por fenômenos de falhamentos. O falhamento pode: ser analisado cm dik.entes C5C&1as de obscrvaçAo, desde microf.lhas i ralbas regionais t. na maioria das vezes. slo identificadas no campo e registradas nos diversos sensores remotos aplicados' cartografia geológica. As prin- cipais feições: morfológicas associadas li falhamentos silo as seguintes: escarpas de falba. escarpas de linha de falha. grabens e horts . • Reconhecimento de Falhas As caractcrfsticas geomorfol6gicas podem ajudar no reconhecimento das falhas e conlribuir na interpretaçlo correta da história geológica d8 rea.ilo. O falhamento em geral possui expressio topográfica causada por movimenlKÇlo de blocos que inclui elevaÇlo. descida. inclinação ou deslocamento horizontal O tipo de falha está di.retameote relacionado tom o regime tectõruco que ocorreu. É muito raro uma enc06ta de falha representar a superricic de falha- mento. como tambêm o desnfvel corresponder ao deslocamento relativo de blocos (rejeito). pois O trabo1ho da crosIo tende a apLainar o desnivela- OlCnto e mascarar a superflcie da falba, bem como os rcs.ultos produzidos: pela movimentaç:lio dos 1?locos. Slo I'Cconhecidos os scgUlUt.t:s tipos de cscatpras: escarpas de faÍha . escarpas de cuesta. escarpas em retrocesso ~ escarpas de abraslo marinha. • I , - • PriDCipais caracleristicas goomorfológicas de esCarpas de Falha a • Faces trapezoidais nas extremidades dos morros. figura 4 .3. b - Sinuosidade na base do. escarpa. c - Vales agudos em forma de "V"'. com pisos de rocha firme que se estendem até 11 linha de ralha. d • Os gradientes dos rios aumentam a medida que se aproximam da linha de falho.. e • Vales colmatados em frente da escarpa. Existem outras: caractedsticas topogclficas que podem sugcrir a presença de uma falha: 1 _ Frequentes deslizamentos de terra. 2 - Cursos de rios paralelos c relOS queatravessam rochas com virios tipos de estrutUf1LS. 3 - Deslocamento de rios em lnguJo reto. • OepOsitos Correlatos de uma .Falha Esses depósitos 510 contemporâneos da falha.e podem indicar. JO - A idade da falha, uma vez. que alguns materiais podem conter restos paleontológicos. r- A topografia da fossa na época de sua formaçio e a veloci- dade relativa do deslocamento dos blocos, em funç.lo dos tipos de sedimentos. 3- - O clima da regil"o na tpoca. em que foi produzida a fossa tectô- nica, devido a flora fóssil e também dos tipos de sedimentos.. • EvoIuçIo de um Relevo Formado..Por Falha Uma falha extensionaVdegravidadc quando se fonna. imediatamente desenvolveum relevo quct gerado pelo dft. Assim, aparece uma escarpa de falha que a.presenta faces trapezoidais., conforme figura 4 .3. Em uma regiAo composta por rochas sedimentares. contendo blocos monoclinau. associados ;\ falha., o retro<:eSSO geta coollições prupk:.ia.s ao desenvolvimento de cuesta~ figura 4.4. F"tguril 4A - t::voluçlo de um relevo de c:uesta usociado à falha. Se as rocha..~ que afloram em ambos os lo.dos da falha tiverem du~ diferentes. a escarpa só se nivelará em um aplanamcnto geral com altura pouco distinta do nível de base. A Figura 4.SA · Nivclaçlo cm~dcralba Se um novo processo de erosilo atua em uma RSiloy onde a escarpa falha foi nivelada. podem aconrecer duas possibilidades: • --- --- c ti, r------- --- -..--..-............ .... - Figura 4..58 e C - Nivclaçlo cm escacpa de ralha Dessa fonna, em sequênci85 pencplanizada:). o contata por falha ["""unidades litológicas pode estar represenlado por um vale de linha falha, ou através de uma majestosa ~rpa de linha de falha, em u><;"oda eroslo diferencial. figwas 4.58 e C. ".'~-"~-''''''''.' ." ' '-" - ~ Maciços Homog'neos Através da denlUiaçilo de antigas ilrea.. .. omgênicas ou cratônicas. corpos plutônicos slo expostos na superflcie e trabalhados por dife- rentes agentes erosivos. Constitui uma áre.t' elevada , em geral dômica. de aspecto homogl!;nea. realçada em runt.:ilu do contraste composicional. textural e estrutural com as encaixantes, que são mais brandas, Assim. as massas plutônicas ficam individualizadas morrologicamente. o que facilita sua identificação. Partes da serra do Mar e a serra de Friburgo são exemplos desse tipo de relevo. Maciços VukAnicos Estão diretamente relacionados com processos e eventos que permitem a ascençio de material magmático. Sua filiação magmática e a estrutura do edifício vulcânico são normalmente (ormadas por lava e material pimclá. .. tico. Estão caracterizados principalmente pela p~nça de cones vulcânicos. mas as formas dos vulcões podem vedar inclusive durante seu período de atividade. No Brasil existem poucos cones vulcânicos. A atividade vulcânica na Bacia do Paraná que ocorreu de forma tabular~ com derrames boutállicos, propiciou um n:levo composto por extensos chapadões. Mont-anhas CompleJJa5 Esse relevo t p'~veniente da associação de vários fatores, tais como: falhas. camadas dobrados, maciços homogéneos e maciços vulcânicos, R~f~vos Arrasados (PIanlcles) Os relevos arrasados são constituídos pelas planícies costeiras. planicies Ouviais e ped iplanos. - Planícies Costeiras As planícies costeiras são superficies relativamente planas. baixas. localizadas junto ao mar c cuja formação resultou da deposiç1o de sedimentos marinhos e fluviais. As fonoas de relevo podem resultar j L 4 ~ • . ;.A'_~~' .-- i!"~ "'. .,..... . I .. ~. -' ___ -' I' tanto da ação erosiva, como da deposição que caracterizam as costas escarpadas t: as coslas baixas ou planas respeclivium::nle. Na' região Norte. Nordeste e Sudeste do Bra. .. il. a largura da.c;; planícies costeil1:ls é genllmente estreita. curúinada entre o mar e a eSl,;ClTJ'i:I dos dq)ósitos sedimentares do Grupo Barreiras. Alguns aspectus fisiográfil,;os das phmIcies costeiras são descrito a seguir: - a raJHla é um ressalto nlo cobeno pela vegetaçlo. com decHvidade muito acentuada, altura variada e localizada na linha de cantato entre a terra e o mar. A medida que a falésia vai recuando para o continente, amplia-se a superlicie erodida pelas ondas, que é chamada de terraço de .brado. - a restinga. que é considerada na literatura como barreira OU cordão litorâneo, é formada por faixa arenosa alongada e depositada paralela- mente à praia, tendo como ponto de apoio o cabo e saliências do litoral- A restinga da Marambaia DO Rio de Janeiro é um exemplo tipico. - a presença de dunas nessas planícies costeiras. é um aspec.to fisio- gráfico muito encontrado no litoral nordestino. - em vál'"ios locais dessas planíc ies costeiras. os cordões Utorineos estio bem marcados, como na ilha de Tinharé Boipeba e em Mangue Seco na Boh.ia. fotos I e 2 . • "Planícies Fluviais As planícies fluviais slo fonnadas pelas aluviOes e por materiais variados, depositados no canal fluvial ou em suas margens. Os principais aspectos fisiográficos da planície Ouvia) são descritas a seguir: - plaaície de inundaçlo é a faixa do vale fluvial composta por sedimentos aluviais. bordejante ao curso de águ~ que periodicamente é.inundada pelas águas de transbordamento provenientes do rio. - os terraços ftuvlaiJ representam antigas planícies de inundação que foram abandonadas. Morfologicamente surgem como patamares aplainados. de largura variada, limitados por uma suave escarpa no sentido do curso de ãgua.. - os diques mara:1na.ls são salieDcias alongadas. compostas de sedi- mentos quc bordejam os canais fluviais. A elevação mó.xima do dique está nas proximidades do canal. em cuja direção forma margem alta e íngreme. No Brasil, amplas planícies Huviais se desenvolvem BS.iI;.OCiadas ao aporte de sedimentos do Tio Amazonas. na ilha de Marajó e litoral do Amapá na reguo Norte c. associadas às feições deltaicas dos rios PrunaIba. Silo Francisco, Pardo e Jequitinbonha na regiio Nurtlestc. • Pediplano5 Os ped.iplanos constituem extensas Arcas arrasadas. ooele afloram rocbas metam6rficas, normalmente gnaisses. migmatitos e rocbas fgneas intrusivas. O relevo suave estã relacionado a eroslo seletiva ao longo de linhas de fraqueza. associadas à falha", fraturas. dobras ou rochas brandas que formam depressões. No Nordeste do Bra.c;il, onde ocorre o clima scmi+árido, existe o desenvolvimentu de pediplanos compostos por grandes áreas, nas quais estio expostos principalmente gnaisses, mjgmas:itos, granitos e granulitos, além de sequências do lipo greenstone bell Nessas regiões dissecadas do Nordeste do Rrasil sio freqUentes a presença de in.selbergues formados por corpos gnudticos que se destacam na paisagem. Elementos Morfodim.iticos Os elemt:nlOS morfoclimáticos dizem respeito aos pnx;essos e a forma do relevo que estio relacionados ao clima da região. O conjunto das formas de relevo controladas climaticamente estilO sendo sucessivamente sl.Iperimpostas umas às outras. Assim, as formas de relevo de qualquer área mostram as influências de climas que se sucederam. até os atuais. O estudo dos processos morfogenéticos demonstra a importância que a fatar climático assume no condicionamento para a esculturaçio das fonnu de relevo. Dessa forma, os granitóides tal como os gnaisses, podem aprescntar formas variados de relevo, desde topografia montanh~ at~ terrenos arrasados. em função de sua composiçlo mineralógica , organização interno c pelos fatores climiticos.. Os granitos/ortognaisses em clima semi-árido, formam maciços, lajedos, fonnas agudas, scrrilhadas c iosclbergues.. Nas encostas das elevaçoes são frequentes a presença de matações. Enquanto em clima úmido, os granitos silo IjS03/suaves. com foml&S arredoodadas. e, quando fraturados. mostram formas típicas em lmango. Morfologia de Intrusóes Circulares e Pequenas Int ... us6es IntrustMs Orcu/~ru estio incluJdas nesta parte as estruturas dômicas em geral e os cof"»Os .intrusivos. Constituem essencialmente anticlinaislantiíormcs ellptit.:os que na geomorfologia slo tratados por domos estruturais . Existem quatro tipos principais de est ... uturas dOmicas: - domo com núcleo cristalino antigo - domo lacoUtico - domo c ... iptovuleinico - domo de sal Pequenaslntrusóes Os diques sAo pequenas intrusões que formam relevos depl"imido5 OU salientes. dependendo da sua cODstiluiçlo petrográfica. Diques básicos tendcm a constitui ... vales, onde a drenagem se esta- belece tace a erosão diferencial. Bons exemplos sio observados na sem de Jacobina, Chapada Diamantina e IUI serra do Espinhaço na Bahla . Já OS pe&mQtitos que sio rocha.~ mais resistentes aos processos erosivos, exibem proc:.minenlt:S ,,:nstas que se estendem por dezenas de quUÔlDe- tro.o;, como se observam em algumas regiões do Nordeste bnasileiro. Os corpos igncos intrusivos que slo agrupados em menores (dique, sill e plug) c maiores (Jacólito, Jopólito, SIock., diápiro c dique aoelar), apresentam feições morfol6gicas distintAs, A depender da composiçlo mineralógica., estrutura interna, granulllçiu e IlSpcctos climáticos. A fiaura4.6 exibe 8 forma dM corpos ígneas intrusivos menores e maiores e • 4.7 mostra u efeito do corpo fgneo nas rochas encaixantes.Si. PI"" lopóito Figura 4 .6 - Fonna dos corpoll IgDC06 menores c mo.iores. Modificado de Parle, 1983. Agutit 4.7 - Efeito do corpo Igneo nas rochas encaixantes. Modificado de Park. 1983. ANÁLISE ESTRUTURAL A análise estrutural tem porobjetivo principal reconstituir a t::voluÇ"ào tedônica da área, através do estudo das deformaçõe.~ a que foram subme- Jidas as rochas. Na fotogeologia, a observaç!o que é macroscópica, inclui sobretudo os seguintes elementos: atitudes de camadas, discordâncias, ordem e grau das estruturas, contatas, estruturas dobradas, estruturas circulares/ovaladas, dobramento superposto, fraturas, falhas, zonas e cinturões de cisalhamento, lineamentos de superfícies "S", escarpas de falha., sinclinais, anticlinais, grabens e hor.sts. :Atitud@ de Camadas Camadas Horizontais A atitude de camadas horizontais está assinalada por estratos que acompanham as curvas de nível. figura 5.1 e fotos 5 e 6. Essas seqüências quase sempre possuem camadas guias, que podem estar representadas por relevo positivo. relevo negativo, tonalidade contrastante, vegetação ripica, solo específico e padrão de drenagem característico. Na fotoge- ologia do utilizadas como referências na delimitaçAo e caracterização de unidades litoestratigráficas. PIaIO figura 5.1 - Expressão topográfica de camadas horizontais. A camada (A), mais resi!.tenle, forma um platô n" pltrle esquerda dA figura . A flutra camada (B). Ulmbém resistente. constitui suavcs aupcrficics planas (PL).Vcrgaro (1971). camadas inclinadas A a titude das camadas inclinadas está evidenciada pela assimetria do relêvo. figura 5.2. Camada com mergulho suave, possui alta a. .. simetria, já no caso de camada com mergulho de valor muito 31[0 a vert ical. o relevo mostra-se simétrico. Figura 5 .2 - Forma lopográ.fica de perfil assi métrico com iQdicaçllo do sentido do mcrguUlo. Verga.ra (1971) Camadas Dobradas As eSl:ruturas dobradas. que frequentemente estão associadas com fal.hamentos eonrracionais. podem ser deduzidas pela repetição de camadas com mergulhos opostos (fig uro 5.3), cxccto em dobras isocl i- nais. nas quais os estratos mergulham no mesmo sentido. A dobra assi- métrica é reconhecida nns aerofotas pela diferença nas áreas allonrntes dos dois ftancos. O Danco que possui menor valor de mergulho apresenta órea aflorante mais larga. figura 5.4. FigUnl 5.3 - Bloco diagru.ma apresentando dois a.llticl inais CUOl as t;batneLrilS t:JI:poslas. O da esquerda com eixo horizontal c o da direita com caimento indicado. Vergara (1971) , ·"0· ' 0'''- O' - " - - - -- AgUra 5 .4 - Bloco diagrama com a relaçlo da àn:.. Ilnorllut .... m uma dobr. assimétrica. Modificado de Pedreira (1986) Em dobras isoclinais a identificaçAo de antifonncs c sinfonnes é dificil. Neste caso. o local ideaJ parn fazer observações é o "nariz'" da dobra. que pode indicar sua natureza. Nas sequências contendo redobl"ame ntos. estas estruturas são difí- ceis de serem individuaUzadas com clareza nas imagens, c cm alguns casos .. o tro.çodo com precisão das I ineações pode revelar o padrilo de interferêDcia. Discordlnclas A discordánei .. existente cntl"c: duas fonnaçôes distintas nilo é faci I de ser caracterizada em fotogeologia , salvo em alguns casos, quando as feições nas imagens estao bem cvidt:'nlcS. A discordância angular está carac terizada através dos seguintes critérios: 1 - presença de uma sequência lito16gica depositada discordante- mente sobre outra, figura 5.5. 2 - difef'Cnça dc mergulho entre duas fonnaç3es distintas. 3 - convergência da direção das camadas de duas formações. No primeiro caso. a discordáneia apresenta-se de modo claro. mas com relação aos outros dois casos. a discordância pode ser confundida com dobramento ou falhamento. figuras 5.6A e 5.68. A duvida em • • .... a" relação ao dobl1lmenlo requer uma comprovação de campo, para saber se;: as <-:amadas situadas cm ambos os lados da discordância pert'encem ou não à mesma fonnação. F~u~ 5.5 - Oiscordânciullngular, no qU1I1 umo scqüência horizontal c.sta sobreposta à outra mais antiga. com mergulho alto. Vergara (1971) --- - - Agura S.6A - Passivei dúvida entre discordância e uma dobra anticlínaL As camadas I e 2 estilo sobreposlas discordantemente sobre uma seqOência inrc.nor. A s imilaridade fOlogcológic.o entre as comadas I e 2 e II 4 c S. pode deixar transparecer uma dobra anticlinal. Vergara (1971). Figura 5.68 - Dúvida entre uma discordância, uma falha ou 11m:. dobra. Vergara ( 1971). A dúvida entre 8 linho. de discordância e uma falha é analjsada da eeguinte maneira: - A linha de discordância se caracteriza por um traço irregular, adaptado li topografia da área. Se a estrutura (possivel discordãncia) O)Ost", uma Unha reta.., ou uma ampla eu.rvatura, é mais provável que seja uma falha. Se as formações mais antigas aparecem sobrepostas és mais recentes. u contato provavelmente é cfetuado por falha contnleional . Ordem e Grau das Estruturas Entende-se JX1r estrutura, um arranjo ordenado de elementos texrunlis c/ou estruturais. que podem ser: drenagem, relevo ou lineaçõcs. Alinhamento é o traçado ordenado de elementos estruturais duu texturais unidirccionais, que podem ser: lineaçõcs positivas, negativa..ç ou quebras de relevo. Toda estrutura possui um conteúdo, composto por lineaçõcs e drena- gens, e. uma fonna. que pode ser circular, eHptica, etc. A estrutura pode: ser analisada também segundo a ordem de e5tru- tur&çlo e o grau de estruturação. A ordem de estruturação qualifica a complexidade da organização dos elementos., ou a superposição de padrões de organização. Tem-se uma estrutura de I- ordem, quando apenas uma lei define o padrão de ordenamento. Por exemplo, no caço da disposição em linbll reta de elementos texturais c/ou estruturais. O grau de estruturaçio refHe-se a regularidade da organizaçlo dos elementos texturais elou estruturais. Uma fonna é frdcamcnte estruturada, guando os clcmentos texturaisl estruturais estão mal definidos., ou pouco organizados. e. fortemente estruturada. em caso de di.l»"])Osição regular, ordenada. Eotão, quanto maior for a ordem e o grau de estruturação, maior é a confiabi lidade da estrutura fOlointerprelada ser venladeLra. Cantatas Geológicos o método 16gico-sistemático desenvolvido por Guy (1966). estabelece que zonas homólogas de relevo são áreas fonnadas pela repetiçãO dos mesmos elementos texturais e a mesma estrutura . Pelo método convencional dc rotointerpretaçao (escola americana). as zonas de imagem com propriedades texturai!; e/ou estruturais diferentes., também sio separadas por limites defUJidos. O limite dessas estruturas pode coincidir com uma lincação positi~ negativa. quebro de relevo. ou lincação em série. Quando um limite coincide com uma forma linenr, estruturada, tem-se um limite dcfinldo, figulll ~.1A. Quando as propriedades de uma zona hom61oga sio §ub!;lituídas progressivamente pelas propriedades de outra. o limite ~ progressivo OU gradaciooal. fieura 5.18. O limite envoltório acontece quando separamos dois conjuntos de propriedades tcxturais dou estruturais diferentt$. sem que estas proprie- dades estejam bem delineadas em toda zona de conlalu, figura ~ .1C. (A) (8) ~ ~ - -......... - _ ./' ,,--- /,/ ,- .,.., "--/ - ,- / - ,- - - CC) figuQ 5.7 - Limite ~ zonas bomólops:: W limite definido. (B) limite progressivo e (q limite envoltório. Estruturas Circulilres/Ovilladils As estrutUJ1l!\ circulares/ovaladas podem apresentar-se com e sem cxpress!o topográfica (figuras 5.10 e 5.11) ou assinaladas pela rede de drenagem (figura 5.8). As estruturas que:: nlo possuem n::levo sIo real- çadas apenas pelas !locações concêntricas. indicandoprovavelmente dobramentos ou intrusões (figura 5.9). Algumas delas encontram-se complexamente interrelacionadas e quase sempre bordejad.as por zonas decisalhamento, fotos 16. 17 c 18 e figuJ1l5.11A. Em OutTÔS casos, essas estrururas compõem-se de núcleos homogéneos., contendo discretas linca- çõcs na periferia. A geometria das lineaçl\es externas ao núcleo. por vezes Indicam o sentido do movimento durante o processo de cisalhamento, (figura S.IIB), ou a época de colocaçAo de corpo igneo. figura 5.J2. Em rocha gnUlftica pouco deformada, as l.ineaçõcs mostram-se espa- .... as e descontínuas, enquanto em gnaisses. migmatitos. etc. existe uma continuidade e o espaçamento é menor~ Em gnais.ses bandados. a continuidade é perfeita e o espaçamento é bem menor. A diferença entre gnaisses bandados e zona de cisalhamenlo está DO fato desta última apresentar uma grande densidade de lineaçõe.. .. CWJtinuas em uma estreita faixa linear. Os gnaisscs bnndados em geral. ocupam áreas maio~s e as lineações nIo estio densamente ajustadas. y \ \ \~ ,,", ~\ -'Y ,.\'r ~I J '~ .I .. , figura 5.8 - Em (A), estrutura de drenagem com baixa densidad~ disposiçiu anelar, fraCllmenfe estnlturada e de ,- ordem. Em (8). estrutura de drenagem çom média dcnaidade de textura, disposiç.lo anelar, fonemente estruturada e de: 2- urdem. - - ------ -- ") -_::>// ----- --- 1>, Agura 5.9 _ Em (A), estrutura de lineaçlO fortemente estruturada e de ,- urdem. Em (D) estrutura de: I.incaçio fortemente atT'Uturadl ederordem. - -- .. , FI,,,,,. 5.10 - Em (A). esuutura de relevo com mMia densidade de elementos tUturais, disposiçlo retiUnea e irreguJar, fortemente eslnlturada acima, fracamenle esfrll.l.urad. abai"o e de l- onk.ID. Em (8). estrutura de relevo com baixa d~sidade na periferia. c alta no centro. fortemente estrulurad", e de .- ordem. .. , Figurôl 5 . 11 _ Exemplos de estruturas çircularcs.. (A) - Estruturas circulares. colDplelOlJDenlC interrelacionadas, assinaladas pelas linc:llÇÕes c:ono!otric ... Zonas de cisalhameruo limitam H!lH estruturas. (8) - Estrutura circtiliu composta por o núcleo bomogéQeo com discretu lioeaçOes na periferia. I UI ; • . _- ... • III .... dII. ; •• egkwwol IA' RlI CCI F"tgur.ll 5.12 - Corpo inlTU5ivu: (A) pr~lectõnjco. (8) ,in-ICCl6nico e CC) PÓS-tect6DlCO- Modificado de Pedreira (1986). · _ ';~,f: __ ',e', '_' " :', Através do estudo das I ineaçôes. é possível estabelecer a época de ciJlocação de um corpo plutónico com relação às principais defonna- ~~L Na figura 5_31 observa-se o corpo máfico-ultramático da fazenda ~la. nas imcdi.ll.çõe:i ,Jt:: Ipiaú, qUI:: se revt::la Das acrofotos como pas-tectônico, em função da ausência de lineaçôes e pela forma arre- dOndada que trUDça as IineaçOes regionais. (Arcanjo ct aI., 1996). Dobramento Superporlo Em condições favoráveis. onde existe contraste entre as lítologias e escàssez de vegetação, é possivel se detectar a presença de figuras de interferência proveniente-s da superposição de dobramentos, fotos 7 e 20. Em condições ideais. alguns I..:rilérios de superposição de dobrdfilenlos podem ser diagnosticados nas aerofotos~ tais como: redobl'3.mentos. pn::sê:nva de lineamentos pre-existemcs dobrados e cmzamento de lineaçôes, foto 12, ~tura5 Fraturas ou juntas. são planos ou superücies qUI!: dividem as rochas ao longo dos quai .. não houve deslocamentos das pared~ rochosas, São "' ... ·'s proeminentes em rochas competeDtes tais como; arenitos. quart- 2;itos~ granitos. granodioritos. dioritos. diabásios. etc. Os critérios para O reconhecimento de fraturas em fotogeologia são I é)s-scguintc:s: . 11- rios alinhados; b - rio com lnlçadu relo em um certo trecho; c - angularidade no padrão de drenagem; d - vegetaçlo alinhada; e .:- tonalidade escura em linha reta, truncando a rocha; ""f - alinbamento de doli.nas em rocba calcãria; A lUIálise de fraturas tem por objetivo principal: a - estudar os aspectos tectõnicos da região; b - caracterizar o grau de ruptibilidade das rocbaS; c - itlenti6car as unidades litológicas; d - fornecer subsfdios para os mapas hidTogeolOgicos; e - definir controles de mineralizações; Falhas FaJbas sio fraturas ao longo das quais existem deslocamentos mensuráveis a olho nu, observados principalmente quando cxiste um nfvel guia deslocado, figura 5,IJA. IA) (8) (C) F''9'''''~ 5.13 - Em (A). r.Jha; (D) ZOQa de ralha (wna de c;isalhamento rilptll) c: {q zona de: cisalbamc:nto dücril. Zona de Calha c! uma área linear que conti!m muitas Calhas paralelas nu anaslomosadas. figura 5.13B. Zona de cisalhamcnto dúctil é uma região linear na qual as rochas foram submetidas a um forte estiramento e, consequentemente estreitamento das camadas sem haver rompimento. figura ' ,13c' Apresenta grande quantidade de lineaçOes em uma estreita l'aixa.. Os principais critérios para interpretaç.3o de falhas DOS produtos de sensores remotos Slo: a - deslocamento de marcadores (camadas, diques) ao loogo do ir.uro da faJha; b - súbita interrupção de camadas; c - variação DO mergulho de camada.c;: em cada lado da falha; d - rcpetiçlo ou BuseQ(;ia de camadas; e - deslocamento de frabJras 80 longo de um lineamento; f - escarpa de Calha; 2; - escarpa de I i n ha de falha; h - contata brusco. linear, e aDOrmal entre rochas distintas; i - contata reto entre rochas do embasamento com sequências scdi- mt:ntares/metassedimentares que fazem limites de bordo: j - descontinuidade de lineamento de dolinas. . V-."",,- r -. • .~., _., ..... ~. FallNs Elrtens;o,,~;s O" de Gr.vldOKle Falhas extensionais são aquelas em que a componente venical é a mais importante, acarretando como resultado um bloco alto e outro baixo. figuras 5.14 e 5.15 e foto 22. Em rochas homogêneas, Q expressão topográfica é a unica indicação verificada nos produtos de sensores remotos. O plano da falha sã é observado quando existe escarpa. Quando não existe escarpa., a falha fica assinalada apenas pelo traço da mesma sobre o terreno. a qual se caracteriza pela linha reta que: separa litologias diferentes ou pela presença de rios controladrn:i, figura 5.158. A escarpa de Calha é mais frequente em clima árido. do que cm elima úmido. Geralmente a idemificaçao fotogeológica de falhas é mais evidente em áreas sedimentares. do que em outro tipo de terreno. Quando O plano da falha extensional é rransverul à direçao das camadas inclinadas, pode ser confundida com uma falha transcorrente, figura 5.18. ~ figuras 5.14 c 5.15 mostram diferentes estágios da evolução morfo- &ógica atraves dos efeitos erosionais em falha extensional. • FloSJura 5.14 - Etapas na formnçilo de uma escarp:a composta . A - Formaçlo de uma escarpa de falha. B - DcstTuiç40 da escarpa de falha por erus8.u. C - Desenvolvimento de uma escarpa de linha de falha através do avanço da erosllo. 0_ ReativaçJio do falhamento com a produçio d~ UMa escarpa compoSIA,. cuja parte superior é de ori)Sem erosiva e a parte inferior formada pela falba.. .. ,.;.-'~~, . ~ ..... -- -c __ • " ' ,. ':""~""""'~""" .,:', '" .. _- .~ '.' , - ... - ------- .~, . . --------;.~ Ag",,.. 5.15 · In\"CDlo do relevo num. escarpa ck faJha.. Em (A). mostra uma nc::ar.,. de falha com • indicaçlo do. blocos alto c lNIillU. Com o avanço da erosio. aconte« o nivelamento do 10 • coo (R). Neste cuo, o conl:IIO brusco cxi5lcntc CDlfe a. duu ronnaçoes sugere. ralha de gravidade. Em (C). I menor resiSl!oc:ia da cemeda CJ cm rclaçiO a Cl. c com o prossegulmenlo da ttOdo. ptop<)lciona a inverdo rlo I1!:ln-o. V~1U'1I (1971). As figuras 5.16 c 5.17 mostram modelos de morfologia ocasionados por falhas extensionais verticais.
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