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Diferenças Gramaticais entre Português e Libras

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EDMUNDO FERREIRA DO NASCIMENTO FILHO
8023074
 AS DIFERENÇAS GRAMATICAIS ENTRE A LÍNGUA PORTUGUESA E A LIBRAS
	Trabalho apresentado ao Centro Universitário Claretiano para a disciplina Língua Brasileira de Sinais, ministrada pela Tutora Prof.ª Ma. Aparecida Helena Ferreira Hachimine
NATAL
2017
Descrição da atividade
Faça uma analogia entre a estrutura da Língua Portuguesa e da Libras, apresentando em um quadro as principais diferenças entre essas duas línguas. Agora, sabendo-se que a maioria dos ouvintes apresenta dificuldade para aprender a Língua de Sinais, responda ao questionamento a seguir com base nos conhecimentos adquiridos sobre a estrutura gramatical da Libras: Para o ouvinte, ao aprender Libras, qual aspecto você julga ser mais difícil: os sinais manuais ou os não manuais, como por exemplo, a interrogação e a negação? Justifique sua resposta. E em relação a aquisição de uma língua e o desenvolvimento da linguagem, complemente seu texto, abordando a importância da Língua de Sinais para o desenvolvimento linguístico, cognitivo e afetivo da criança surda e de como é importante que os ouvintes também aprendam esta língua.
	Estrutura Gramatical
	Língua Portuguesa
	Língua Libras
	
LÍNGUA PREDOMINANTE
	Oral-auditiva.(entoação e intensidade)
	Visual-espaciais(ou	 espaço-visual), ou seja, (expressão facial e corporal), pois	a informação linguística	é recebida pelos	olhos	e produzida pelas	mãos. 
	
FONEMA (som)
	Unidade Mínima sem significado de uma língua e a sua organização interna. E são produzidos de maneira linear (horizontalmente	e no tempo), um	sucessivo ao outro.	
	Léxico reproduzido por meio de sinais, baseada nas interações sociais do indivíduo. Os	 elementos mínimos constituintes da língua	de sinais são processados simultaneamente	e não linearmente	como	ocorre	na língua oral.
	
ALFABETO
	Combinações de letra-som (oralidade), possibilitando o entendimento de qualquer léxico.
	Realizado de forma icônica (dactilologizado);
Auxilia no processo de transcrição da língua de sinais para a LP.
	
SINTAXE
	Preocupa-se com a linearidade do texto.
	Envolve todos os aspectos espaciais, incluindo os classificadores, ou seja, é um tipo de morfema gramatical que é afixado a um morfema lexical ou sinal para mencionar a classe que pertence o referente desse sinal.
	
CONSTRUÇÃO DE UM TEXTO
	Limita-se na transcrição de acordo com as regras.
	Utiliza a estrutura tópico-comentário, realizado através de repetições sistemáticas.
Utiliza referências anafóricas, através de pontos estabelecidos no espaço.
	
ARTIGO
	Apoia-se em fazer a marcação do gênero. Ex: o, a, os, as – um, uma, uns, umas
	Só aparece para seres humanos e animais. Define o item lexical classificado. Ex. homem, mulher.
	
ESTRUTURA DE SENTENÇAS
	Convencionada pela estruturação de SVO
	Essa estruturação sofre alteração OSV ou SOV (o sujeito pode ser marcado por um sinal acompanhado da datilologia)
	
PRONOMES
	Pessoal: Eu, tu, ele (a), nós, vos, eles (as)
	Pessoal: Eu, você (precisa olhar para pessoa) ele/ela, nós – nós 2 – nós 3 – nós 4.
	
PLURAL
	Flexão de número através do acréscimo de (s), nos substantivos, artigos, pronome, verbo.
	Identificado pela repetição de itens lexicais.
Na língua de sinais, um dos problemas encontrados se refere à execução das marcações não manuais. Essas fazem referência à posição de cabeça, movimentação corporal e expressão facial.
Assim, os aprendizes ouvintes de libras apresentam dificuldades na execução da marcação não manual em sentenças interrogativas, geralmente quando associadas a outras formas, como a forma exclamativa e a forma negativa. Embora os demais sinais não manuais sejam realizados de forma, muitas vezes, equivocada, quando essas são de forma simples, como: afirmativa, negativa, exclamativa, não há um comprometimento do significado na sentença. Mas quando associadas a outras formas, o equivoco na execução da expressão facial provoca uma mudança no significado da sentença, passando esta a pertencer à outra classe.
Outra dificuldade está relacionada à expressão facial na marcação de algumas palavras. Um grande exemplo na utilização nas palavras: silencio e parar. A primeira palavra deve ser sinalizada com o dedo indicador sobre a boca, juntamente com a expressão facial calma e serena. Mas se pode perceber que alguns informantes executam o mesmo sinal utilizando um movimento mais rápido e com uma expressão de zanga, alterando, assim, seu significado para “cale a boca!” A segunda palavra deve ser executada com a mão aberta, juntamente com o movimento brusco e com expressão seria; contudo, tem informantes que sinalizam o mesmo sinal com um movimento lento e com uma expressão facial de tranquilidade. Nesse caso, tal palavra passou a significar “calma”. Como podemos observar a marcação não manual, mais especificadamente, a expressão facial, é encarregada de levar, em algumas sentenças e palavras, a carga semântica e sintática.
Portanto, a expressão facial é uma das maiores dificuldades que os ouvintes, mais especificadamente, utentes de língua portuguesa, apresentam no processo de aquisição da libras. Então, cabe reforçar que os ouvintes aprendizes de libras devem desenvolver de forma mais apurada o visual, pois este possui um papel fundamental para o desenvolvimento da língua Brasileira de Sinais. Assim, a libras conta com uma série de componentes não manuais, que em algumas vezes, podem definir ou diferenciar significados entre sinais.
A importância da Língua de Sinais para o desenvolvimento linguístico, cognitivo e afetivo da criança surda e de como é importante que os ouvintes também aprendam esta língua. É o aprendizado do dialeto como elemento essencial para o desenvolvimento do Ser Pensante - o homem, tanto para um ouvinte quanto para criança surda.
Dessa maneira, por meio do dialeto, que é o mais completo sistema de signos da cultura humana e através dele organizamos e expressamos nossos pensamentos. Sem ele não seriamos Seres Pensantes sociais, históricos ou culturais. Ou seja, todo Ser Pensante se constitui como Ser Pensante pelas relações que estabelece com os outros. Desde o nosso nascimento somos socialmente dependentes dos outros. Somos seres ontologicamente sociais, construímos a nossa história só e exclusivamente com a participação de outros Seres Pensantes.
Desse modo, a sapiência ocorre através da interação do sujeito com o meio em que está inserido. O desenvolvimento continua a ocorrer durante toda a vida do indivíduo, pois mantemos nossas relações. Essa interação possibilitará a criança surda e o ouvinte o seu desenvolvimento social, cognitivo, cultural. Assim, possibilitando a criança surda e o ouvinte à língua de sinais para as interações, já que sabemos que a língua é imprescindível para o desenvolvimento e a formulação do pensamento. 
Ser surdo é saber que pode falar com as mãos e aprender uma língua oral-auditiva através dessa é conviver com pessoas que, em um universo de barulhos, deparam-se com pessoas que estão percebendo o mundo, principalmente pela visão, e isso faz com que eles sejam diferentes e não necessariamente deficientes. (FELIPE, 2007, p. 110)
Dessa forma, a importância da língua de sinais para a criança surda e do ouvinte quanto à formação do seu pensamento, como também para a formação da sua identidade, pois mediante suas relações sociais e o acesso aos conceitos de sua comunidade, poderá alcançar a formação de uma maneira de pensar, de agir e de ver o mundo, característicos da cultura da comunidade surda.
	Assim, convívio com a língua de sinais para criança surda e para o ouvinte desde cedo ajuda no aprendizado do dialeto no período adequado para a elaboração do pensamento, assim não prejudicando também o seu desenvolvimento, mas a participação dos ouvintes no processo de aprendizagem da língua de sinais, e a interação com as crianças surdas ou deidade adultos, eles poderão se desenvolver satisfatoriamente no convivo do dia - a - dia.
Portanto, no momento em que oferece aos surdos, condições de edificarem-se nos conhecimentos através de sua língua natural e também na língua oficial do país, proporciona-se a eles, uma Educação Bilíngue. Para que esta educação corra de uma forma natural e com verdadeiro aproveitamento, faz-se urgente a organização e a interação da Comunidade Surda, atuando abertamente com seus pares surdos e ouvintes. Concluímos que a língua de sinais é a língua natural das comunidades surda e é adquirida por quaisquer sujeitos, quando estes interagem, dialogam com surdos fluentes em língua de sinais, socializam-se como iguais. 
REFERÊNCIAS
	
FELIPE, Tanya A. LIBRAS em contexto: Curso básico: Livro do estudante. 8ª ed. Rio de Janeiro: WalPrint, 2007.
PEDROSO, Cristina Cinto Araújo; ROCHA, Juliana Cardoso de Melo. Língua Brasileira de Sinais. Batatais. Claretiano, 2013.
SALLES, Heloísa Maria Moreira Lima. Ensino de Língua Portuguesa para Surdos: Caminhos para Prática Pedagógica. Vol 1.e 2 ed Brasília: MEC, SEESP, 2007.
SANTANA, Ana. Paula. Surdez e Linguagem. Aspectos e implicações neurolinguísticas. São Paulo: Plexus Editora, 2007.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

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